⚜️ 2×11
Hellen Mikaelson
Depois de passar o dia com Kol, o piquenique, andar por aí na floresta, ir na cachoeira. Voltamos para casa e me separei dele indo para meu quarto.
Entrei em meu quarto com o vestido todo encharcado e logo me dirigi ao banheiro para tomar um banho.
Kol me paga por ter me jogado na cachoeira!
Tomei um banho rápido e fui até minha cama vendo uma caixa branca com um laço dourado sobre ela. Peguei o bilhete que havia em cima do laço e o li.
"Fique linda esta noite, considere isso um dos seus presentes de aniversário."
Sem assinatura, mas pela caligrafia só podia ser Bekah.
Desfiz o laço e retirei a tampa da caixa revelando um dos vestidos mais belos que já vi.
Era um vestido ombro a ombro, preto, com mangas compridas e bordados prateados. Seu corpo delineava meu tronco perfeitamente e a saia era levemente volumosa. Na caixa também havia uma máscara, também prata, com vários detalhes delicados e uma flor preta na lateral.
Um baile de máscaras, Bekah sempre sabe o que fazer.
Me apressei para vestí-lo e arrumei meu cabelo em um rabo de cavalo alto, por fim colocando a máscara.
Rebekah Mikaelson
Estavam todos prontos. Já havia deixado o vestido sobre a cama de Hellen, a música já tocava e vários nobres já chegavam para o baile.
Me aproximei de Elijah e Nik que conversavam calmamente em um canto do grande salão.
—Irmãos...—Falei os cumprimentando.
—Olá, irmãzinha.—Niklaus bebeu um gole do seu vinho.
—Está muito bonita, irmã.—Elijah me elogiou e agradeci com um sorriso.
—Os dois também estão perfeitos!—Falei animada e olhei em volta.—Onde está nosso irmão?
—Deve estar por aí se agarrando com a meretriz de quem ele diz gostar.—Nik riu e o encaramos feio.
—Niklaus, isso não são modos.—Elijah o repreendeu e Nik revirou os olhos.
—Não fale assim dela, você não sabe de quem está falando!—Soltei irritada e ele me encarou desconfiado.
—E por acaso você sabe?—Ele semicerrou os olhos.
—Se soubesse já teria dito!—Disse ríspida e sua pose de desconfiança se desfez.
Mas sim, irmão, tenho quase certeza de que sei.
Vi Kol aparecer no meio daquela gente toda e se aproximar de nós meio aéreo.
—Boa noite, irmão.—Falei tirando ele de seus pensamentos.—Caprichou mesmo na aparência, está querendo impressionar alguém?
—Primeiro que já sou lindo sem precisar me arrumar e segundo, não é da sua conta irmãzinha.—Ele sorriu cínico e fiz o mesmo.
Puxei Kol um pouco distante de nossos irmãos que se puseram a conversar com outros senhores.
—Sei muito bem que quer impressionar a garota.—Soltei um sorriso malicioso para ele.—Mas tente ser discreto, ou Nik vai perceber.
—Perceber o que? Ficou louca Rebekah?—Ele disse se fazendo de desentendido.
—Não se faça de idiota, sei muito bem que quer impressionar a aniversariante.—Sorri jogando verde.
—Você enlouqueceu, Bekah.—Ele sorriu cínico e saiu no meio da multidão.
Veremos, irmão...ainda vou descobrir!
Niklaus Mikaelson
A música cessou e todos olharam para o topo da grande escadaria onde Hellen descia calmamente com o vestido que Rebekah a presenteou.
Aquela garotinha se tornou uma bela moça.
—Não vale chorar, irmão.—Elijah brincou e ri junto com ele.
—Ela cresceu, Elijah.—Um sorriso se formou em meus lábios.—Daqui a pouco não precisará mais de mim.
—Que isso, ela sempre vai precisar da família.—Ele disse e voltamos a prestar atenção em Hellen.
—Gostaria de parabenizar a senhorita Mikaelson, por seus dezessete anos!—O governador falou alto erguendo sua taça de vinho.—Um brinde à senhorita Mikaelson!
—Saúde!—Todos disseram e ergueram as taças bebendo logo em seguida.
Todos voltaram a conversar e Hellen veio em nossa direção com um sorriso no rosto.
—Onde está a Bekah? Preciso urgentemente agradecê-la por esse vestido maravilhosamente lindo!—Hellen disse meio alto por causa da conversa alta no salão.
—Vai ter outra oportunidade de agradecer, por que não aproveita sua festa?—Falei abrindo um sorriso e ela me abraçou.
—Obrigada, Klaus!—Ela se separou de mim com um sorriso de orelha a orelha.
—Agora vai.—Falei e Hellen saiu com um sorriso no rosto.
A acompanhei com os olhos até ver um rapaz tirá-la para dançar, meus olhos instintivamente passaram por todo o salão e vi Kol encarar Hellen de cara fechada.
Estranho...
—No que está pensando, irmão?—Elijah chamou minha atenção se colocando ao meu lado.
—O Kol. Nosso irmão passou o dia distraindo Hellen, eles não se odiavam?—Indaguei e Elijah me olhou estranho.
—Bem, acho amadureceram e perceberam que não levaria em nada essa briga boba.—Ele sugeriu e dei de ombros.
—Hum, ainda é estranho.—Falei desconfiado e semicerrei os olhos ao ver Kol roubar Hellen dos braços do outro rapaz quando uma nova música começou.—Não é do feitio do nosso irmão amadurecer.
—Dê à ele um voto de confiança, Niklaus.—Insistiu meu irmão e bufei derrotado.
—Está bem, mas ainda vou descobrir o que ele planeja.—Soltei contrariado.
Hellen Mikaelson
Kol e eu dançávamos, mas ele não parava de olhar por cima do meu ombro inquieto.
—O que foi?—Questionei preocupada.
—É o Klaus, ele não para de olhar.—Ele disse nervoso enquanto me conduzia.
—Calma, não é o fim do mundo!—Falei rindo.—Só estamos dançando.
—Se ele cismar já é motivo suficiente pra me mandar pro caixão novamente.—Ele soltou levemente amedrontado e uma sensação de desespero me invadiu.
—Não, ele não vai.—Falei nervosa tentando ser firme.—Eu não vou deixar isso acontecer!
A música acabou e nos separamos ainda nos encarando.
—Eu vou tomar um ar, está bem?—Falei suspirando e Kol apenas assentiu frustrado.
Me embrenhei no meio da multidão até conseguir sair daquele salão e parei na varanda da casa de onde era possível ver a lua em seu ápice.
Por que tudo tem que ser tão difícil?!
Senti uma lágrima escorrer por baixo da máscara e a desamarrei.
Céus! Como eu posso gostar tanto de alguém e ter que viver com medo do que os outros vão pensar??
Tentei enxugar algumas lágrimas que caiam com o dorso de minha mão.
Eu o amo, mas Klaus nunca entenderia. Ele se chatearia e colocaria a adaga em Kol por um século. E até lá eu já estaria morta...
Já considerei me transformar em uma deles, mas eu não quero. Eu nunca quis ser vampira!
Saí de meus pensamentos ao escutar um barulho estranho.
—Quem tá aí?!—Indaguei assustada.—Kol, se isso for uma brincadeira de mau gosto...
Nada, apenas o silêncio.
—Rebekah? Klaus?—Questionei esperando que um deles aparecesse.
—Por que não tenta outra vez bruxinha?—A voz do homem do meu pesadelo ecoou e antes que eu pudesse reagir ele levou um pano à minha boca fazendo tudo se escurecer.
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