Kol Mikaelson

Encarei Rebekah e ela cruzou os braços.

—Vamos ficar nos olhando o dia inteiro ou vai falar logo o que quer?—Perguntei já sem paciência.

—Está irritado?—Ela indagou irônica me provocando.

—Sem paciência.—Respondi seco.—Inclusive para enrolações.

—Vou ser breve, fique tranquilo.—Ela disse se aproximando e me encarou desconfiada.—Sei que você e Hellen estão escondendo algo.

—Não perca seu tempo, não estamos escondendo nada.—Respondi tenso, mas tentando ser o mais tranquilo possível.

—Sabe que posso escutar seu coração, não é?—Ela riu.—Está mentindo irmão.

—É, você me pegou.—Ergui minhas mãos em rendição.—Hellen me contou o que aconteceu com Pierre e pediu descrição.

—Hum.—Ela me encarou ainda desconfiada.—Ela me contou sobre isso.

—Viu? Não estava mentindo.—Declarei sorrindo impaciente e ela sorriu falsa.

—Mas não é toda a verdade.—Ela acusou.

—O que mais quer que eu diga, Rebekah?!—Indaguei irritado.

—Onde ela esteve ontem à noite?—Rebekah questionou.

—Como posso saber? Não sou o babá dela.—Soltei ironizando.

—Fui até o quarto dela no meio da noite para conversar, ela não estava.—Ela disse dando um passo a frente.—Vi ela entrar hoje de manhã com o mesmo vestido do baile, não sou idiota.

—Bem...não sei onde está querendo chegar, mas não sei nada sobre as indiscrições da praguinha.—Tentei sair da sala, mas Rebekah segurou meu braço ficando cara a cara comigo.

—Não me convenceu, mas saiba que vou descobrir.—Ela me soltou e saí em velocidade vampírica.

Hellen Mikaelson

Monique se arrumava e tagarelava enquanto eu desenhava distraída.

—Então eu disse "Quer dar uma volta também?" E Kol disse "É claro, por que não me mostra seu quarto?" Mas é óbvio que não mostrei, eu sou uma moça de respeito.—Ela falava enquanto eu apenas a encarava e assentia.

Mentirosa, eu estava com ele ontem.

Ri com meu próprio pensamento e Monique parou de falar me encarando feio.

—Contei alguma piada?—Ela questionou ríspida.

—Desculpe-me, é que me lembrei de algo que aconteceu ontem.—Sorri para ela tentando parecer o menos falsa possível.

—Estava com meu irmão, não é?—Ela foi se aproximando com uma expressão maliciosa até estar bem perto do meu rosto.—Aposto que se agarraram.

Ela soltou a respiração em meu rosto e engoli seco.

—Haaa...peguei!—Ela aproveitou-se que eu estava vulnerável e arrancou o desenho de minhas mãos.—Vamos ver o que a senhorita Mikaelson anda desenhando.—Ela riu.

—Me devolve, Monique!—Tentei pegar, mas ela impediu olhando para o desenho.

—O que...É ISSO?!—Ela berrou virando o meu desenho.

O Kol? Por que diabos eu o desenhei novamente?!

—E-eu posso explicar!—Tomei o desenho da mão dela e recebi um olhar furioso.

—Explique-se, AGORA!—Monique bufou.—Por que desenhou o meu Kol??!

—Acalme-se, por favor!—Pedi nervosa e ela me segurou pelos ombros com um olhar psicótico.

—É melhor você não me dizer que está apaixonada por ele...—Ela ameaçou apertando meus ombros com toda sua força.—Ou eu faço da sua vida um inferno!

—O quê?! Ficou maluca?!—Perguntei indignada.

Eu NUNCA estaria apaixonada pelo Kol, não poderia!

—Estou te avisando, da próxima vai saber do que sou capaz por ele.—Ela disse entredentres e fechei uma das minhas mãos a fazendo sufocar me soltando.—O...qu...voc...

Abri a mão deixando Monique respirar e abri um sorriso vitorioso para ela.

—Escute, meu bem...—Me aproximei segurando ela pelo rosto com um sorriso diabólico.—Eu sou uma Mikaelson, não provoque minha ira.

A soltei e peguei o desenho de cima da mesa antes de sair.

Kol Mikaelson

Depois da breve "conversinha" que tive com minha irmã andei até encontrar o jardim, olhar para as flores me acalma e me ajuda a refletir.

Rebekah desconfiou, com certeza Hellen deu alguma pista. Preciso urgentemente ter uma conversa séria com ela!

Vi Pierre aparecer no jardim com outro homem, que parecia ter a mesma idade que o ruivo, rindo como se Pierre estivesse contando algum feito.

Maldito, estava se gabando por agarrar Hellen à força.

Uma imensa fúria surgiu em mim, fui com velocidade vampírica até os dois e eles se assustaram.

—Olá rapazes!—Sorri falso e eles se entreolharam.—Não sejam rudes, continuem conversando, não vou os atrapalhar.

—O que você quer, Kol?—Pierre me olhou com seriedade e disse num tom ríspido, dei uma gargalhada debochada.

—Isso não foi muito legal.—Soltei irônico indo até o amigo dele.—Saia daqui agora.

O compeli e ele saiu andando como se nada tivesse acontecido.

—O-o que foi isso?—Pierre deu um passo para trás me encarando desconfiado.

—Isso se chama controle mental. Os vampiros normais controlam os humanos e nós, os originais, controlamos os outros vampiros.—Falei normalmente e ele me olhou como se eu fosse maluco.

—Que tipo de sandices são essas que me fala??!—Pierre me encarou horrorizado me fazendo rir.

—Isso vai ser mais divertido do que pensava.—Falei comigo mesmo e abri um sorriso diabólico.—Últimas palavras?

Deixei as veias aparecerem sob meus olhos e minhas presas à mostra dando um passo a frente.

—Que tipo de monstro você é?—Ele indagou desesperado.

—Péssima escolha.—Ri e o ataquei direto na garganta.

Sem tempo para que ele gritasse o matei, seu corpo caiu sem vida no chão e limpei minha boca com o dorso de minha mão.

—Droga, cara.—Me abaixei perto do corpo e olhei para minha camisa manchada por sangue.—Você me sujou!

Peguei o corpo o tirando dali o mais rápido possível.

Hellen Mikaelson

Mesmo depois da discussão nos encontramos para esperar Kol e Pierre na frente da mansão.

—Está bonita.—Tentei puxar assunto enquanto os dois não apareciam.

—É, eu sei.—Monique sorriu falsa.—Você está arrumadinha.

Nem me dei ao trabalho de responder, apenas revirei os olhos e encarei a direção oposta.

—Senhoritas?—Kol apareceu sozinho com um sorriso faceiro no rosto.

—Onde está Pierre?—Indaguei preocupada.

—Não faço ideia, ele me disse que nos encontraríamos aqui.—Kol respondeu inocentemente.

—Talvez ele não venha.—Monique comentou maldosa.—Talvez tenha simplesmente desistido de galantear uma sem graça como você.

Estava pronta para responder à altura quando Kol nos cortou.

—Sem stress, meninas!—Ele sorriu e entrelaçou nossos braços, uma de cada lado.—Quem perde é ele.

Kol está bonzinho demais, algo está errado...