⚜️ 1×08
Niklaus Mikaelson
Hellen passou por mim e fiquei paralisado com lágrimas nos olhos, deu tudo errado.
—Você...devia falar com ela.—Meu irmão disse com cautela.
—Não.—Me virei para ele.—No momento ela deve estar me odiando, por que você não tenta falar com ela?
—Provavelmente ela também me odeia agora.—Ele disse com humor e franzi o cenho.
—Como assim?
—Tirando o fato de que fui embora sem me despedir e quando volto atrapalho o quase beijo dela com o tal Harry.—Kol soltou irônico.
—O nome do garoto é Henry, e como assim ela quase beijou ele?!—Me alterei e Kol revirou os olhos.
—Quem se importa? O problema aqui é outro.—Ele se aproximou.—Temos que fazer Hellen se acalmar. Não sei se se lembra, mas ela ainda é uma bruxinha hiper mega poderosa.
—Olha, eu sei que em algum momento ela pode se revoltar contra nós, mas é por isso que eu a estava protegendo da verdade.—Expliquei e ele mudou seu olhar.
—Não estava protegendo ela da verdade, estava protegendo à si mesmo.—Kol balançou a cabeça em negação e se afastou em direção à porta.
—Isso é mentira!—Protestei.
—É?—Perguntou com ironia.—Então me deixe ajudá-la com a magia.
—Para corrompê-la e a voltar contra mim?—Soltei no mesmo tom.
—Você só pensa que a qualquer momento alguém vai trair você? Sinto em informar, mas sua vida é entediante irmão.—Kol disse se virando para sair, mas voltou a me olhar.—Não se preocupe, vou conversar com Hellen. Ela com certeza deve odiar menos a mim, pelo menos hoje.
Kol me deixou sozinho naquela sala. Eu queria ter um surto e quebrar tudo, mas peguei o corpo de Rebekah para colocá-la em seu caixão.
Hellen Mikaelson
Com o rosto enfiado no travesseiro para abafar o som eu chorava desesperadamente, eu tinha uma imagem do meu pai e ele quebrou totalmente a visão de honestidade que tinha comigo. Eu me sinto traída, enganada, frustrada por nunca saber de nada.
Ouço batidas na porta do meu quarto e ignoro, mas a pessoa não desiste.
—Seja quem for, vá embora!!—Gritei com a voz chorosa, mas irritada.
—Hellen, abra a porta.—Kol pediu.—Conversa comigo, por favor.
—Me deixa sozinha!—Gritei de volta.
—Para de drama, tá bom? Em algum momento você descobriria o lado obscuro dos Mikaelson!—Ele continuou batendo na porta e revirei meus olhos.
Cansei! O único jeito de fazer Kol ir embora era abrir a maldita porta, então foi isso que fiz.
—Pronto, porta aberta.—Falei dando espaço para ele entrar e limpei discretamente as lágrimas em meu rosto.
—Você estava chorando.—Ele disse se sentando no sofá.
—Não, não estava!—Retruquei irritada e me sentei em minha cama.
—Isso não foi uma pergunta.—Ele soltou me fazendo encará-lo confusa e apontou para o ouvido.—O lance da super audição, lembra?
—Que seja!—Bufei.—Eu fiquei com raiva.
—Você não é a única que tem mágoas com o Niklaus, na verdade a fila é bem extensa.—Kol disse tentando me fazer rir, mas não funcionou nem um pouco.
—Se ele não fosse tão mentiroso e manipulador...—Completei de uma maneira fria e Kol me repreendeu com o olhar.
—Falar mal do Nik é divertido e eu sei que ele merece, mas ainda é como se você fosse filha dele!—Kol me repreendeu e franzi o cenho confusa.
—Como assim "como se fosse a filha dele"? O que você quis dizer, Kol?—Indaguei séria e ele se atrapalhou um pouco.
—O-o que? Não, eu disse que você ainda é a filhinha dele, como se ainda fosse a criancinha de cinco anos.—Ele se corrigiu, mas não me convenceu.
—Fala a verdade, eu sei quando você mente!—Pedi irritada e ele mudou a postura de desesperado para sério.
—Escute, a vida não é feita de chocolate e todos fazem coisas ruins. Não é porque uma pessoa esconde algo de outra que se torna o pior monstro que você conhece, meu irmão te ama e fez de tudo para te proteger. Pode ser que não tenha sido a melhor maneira de fazer as coisas, mas esse é o jeito dele de dizer que se importa!—Kol me passou um sermão me parecendo mais irritado do que eu.
—Já acabou?—Perguntei séria e ele assentiu.—ENTÃO FORA DO MEU QUARTO!
No momento em que gritei todas as janelas do meu quarto se estilhaçaram e Kol foi arremessado contra o chão pelo impulso da explosão.
—Ah meu Deus, Kol!—Fui em sua direção preocupada.
—Tudo bem, coisinha.—Ele riu se sentando no chão e fez uma careta ao arrancar um caco de vidro do próprio braço.—Eu vou ficar bem, você se machucou?
—Não.—Soltei olhando para meus próprios braços, eu estava intacta.
—O que aconteceu?? Que barulho foi esse?—Meu pai apareceu desesperado na porta do quarto e veio em minha direção.
—Foi um acidente.—Declarei antes de receber uma bronca, ou algo do tipo, desviando o olhar na direção oposta.
—Você se machucou? O que foi isso, querida??—Meu pai me examinou com o olhar e ao perceber que estava tudo bem me abraçou.—Que susto, nunca me perdoaria se algo te acontecesse!
—Tudo bem...pai, eu estou bem.—Falei me afastando um pouco, ainda estava magoada com ele.
—Por favor, não faz isso filha.—Ele me pediu com lágrimas nos olhos.—Eu faço o que você quiser!
—Tudo o que eu quiser?—Perguntei interessada.
—Só me diga o que tenho que fazer para que me perdoe!—Ele exclamou em um ato de desespero.
—Se é assim...quero que tire a adaga de Rebekah.—Falei fazendo o sorriso do meu pai morrer.
—Ela precisa aprender a lição.—Ele continuou convicto.
—Então nada feito.—Falei cruzando os braços séria.
—Espera! Só uns cinco anos.—Ele tentou negociar e o encarei horrorizada com aquele absurdo.
—Ficou louco?—Perguntei assustada.
—Três.—Sugeriu Kol, que até agora se mantinha calado e recebeu um olhar apreensivo de mim.
—Tudo bem, dois.—Meu pai se deu por vencido e sabia que esse era o limite que ele excederia.—Assim está bom?
—É, melhor que nada.—Sorri indo em direção ao meu pai e o abraçando.
—Eu prometo que nunca mais vou esconder nada de você!—Ele disse aliviado me apertando no abraço e beijando o topo da minha cabeça.
—Eu não queria machucar ninguém pai, eu juro.—Falei sentindo lágrimas escorrerem dos meus olhos.
—Eu sei, querida.—Meu pai afagou meus cabelos.—Ninguém te culpa.
Me separei dele e me virei para Kol.
—Me desculpe, Kol.—Falei abaixando o olhar.
—Tudo bem, coisinha.—Ele sorriu.—Não tenho mais nenhum arranhão, está vendo?—Ele abriu os braços mostrando que os cortes já haviam cicatrizado.
—Está bravo comigo?—Perguntei meio receosa.
—Não foi nada legal a maneira como falou comigo...—Disse Kol sério.—Mas vou deixar passar.
Kol desfez sua carranca deixando um sorriso aparecer.
—Hãham...—Meu pai pigarreou e o sorriso de Kol sumiu.—Hora de dormir, não é? Amanhã é um longo dia.
—Verdade.—Olhei em volta e voltei meu olhar para ele.—Tem outro quarto pra mim? Esse não está no melhor dos estados.
—Pode ficar com o quarto da Rebekah, ela não vai estar presente por alguns anos mesmo.—Meu pai soltou com humor.
—Boa noite papai.—Falei dando um beijo em sua bochecha.
—Boa noite, minha anjinha.—Ele se aproximou da porta.
—Boa noite Kol.—Acenei com a cabeça.
—Dorme bem, coisinha. Amanhã o dia vai ser longo.—Ele acenou de volta e saiu do quarto.
Fui até meu armário e peguei minha veste de dormir, Rebekah que me perdoe, mas vou ficar no quarto dela por enquanto.
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