Capítulo 68
Márcia narrando...
Já me tinha esquecido o quanto é difícil se levantar cedo para arrumar a casa, lá em São Paulo era sempre a minha mãe que arrumava ou a Isabella, francamente já me tinha esquecido até como é que se limpa um chão!
Depois que eu vim morar com o Yuri a minha rotina e as minhas habitudes mudaram um, tive que deixar a preguiça de lado e dar uma de dona de casa, Isabella não podia mais me ajudar porque ela mora longe, Juliana vive dormindo e Yuri é outro preguiçoso, nem a tolha esse garoto consegue meter no lugar.
Esses últimos meses que se passaram a minha vida mudou, mudou para melhor, meu relacionamento com o Yuri está mais firme do que nunca, às vezes discutimos ficamos alguns dia sem se falar porque sou orgulhosa mas as nossas brigas não duram muito, a minha faculdade está correndo a mil maravilhas, daqui alguns meses vou me formar e graças a deus posso dizer adeus à escola, vou começar a trabalhar.
Yuri me falou que ele não curti essa parada de eu querer trabalhar, ele quer “me sustentar ” mas eu não deixei e nunca deixarei, porra ser sustentada por alguém sendo que você é maior de idade é vergonhoso, uma coisa é quando você não têm opção, não têm trabalho no meio dessa crise toda mas a partir do momento que você gosta de depender dos outros, gosta do dinheiro dos outros pra mim é só as vadias desse morro que fazem isso!
Francamente não me arrependo de ter voltado para escola, antes eu não queria saber dos estudos, não tinha vontade de tentar, minha mãe me desmotivou a vida inteira, me humilhou e sempre me fez acreditar que eu não tinha capacidade para estudar nem ser alguém na vida.
Parece típico nessa família os pais serem filhos da puta, não prestarem!
Eu mesmo não sinto falta dela, não me preocupo com ela nem faço questão de ligar, pode ser ser pecado falar isso porque mãe é mãe, mãe têm que ser louvada e respeita mas é impossível u ter afeição por uma mulher que nunca me apoiou quando eu precisei,não me ajudou quando eu tinha meus problemas de adolescente!
Quando eu vi que estava entrando na bad pensando nos meus antigos problemas, abanei a cabeça pata afastar esses mãos pensamentos, subi o volume da música, atei meu cabelo e continuei limpando.
Márcia: E seu retrato eu guardei no meu celular, eu vou embora, mas saiba que eu vou voltar, agora não tô preparado pra amar 23 anos na flor do esperma pra usar! — cantaloro no ritmo da música —
Comecei arrumar a parte do armário do Yuri, a única coisa que esse homem têm organizado é as suas roupas e sua coleção de armas.
Dou graças a deus porque arrumar toda essa roupa eu ia passar o dia inteiro aqui.
Arrumei tudo bonitinho e separado, bermuda em um lugar, blusas em outro, arrumei seus bonés na parte de cima do armário... Eu ia pendurar algumas blusas mas um caixa passa fita me chamou atenção.
Uma caixa preta e simples, sem muito detalhes peguei ela nas mãos e fui me sentar em cima da cama.
Eu queria saber o que tinha de dentro então abri e me deparei com um monte de fotos deles e dos garotos, fotos antigas, tempo que ele ainda era banguela e usava laço de sapato no lugar de cinto para apertar as calças.
Peguei cada foto na mão e observei com atenção, eu ria de algumas fotos deles, têm uma que eu achei horrível ver Yuri de barba pintada de amarelo.
Continuei me divertindo vendo as fotos até que uma me chamou atenção, uma bebezinha de meses nos braços do Yuri, ele tinha um brilho inexplicável no olhar, olhava para ela com amor nos olhos...
As fotos com a bebê eram repetitiva, mais eu pegava nelas mais eu via semelhanças de Yuri no rosto da criança, ele parecia amar ela de verdade só com o olhar, a bebê também não tirava o sorrido do rosto ao lado dele.
Peguei a foto onde ele tinha os olhos inchados e a cara vermelha por enquanto segurava a criança no colo, era parecia ser recém nascida.
Virei a foro e me surpreendi com aquilo que estava escritos, senti uma decepção, vontade de matar ele com água quente, meu coração batia aceleradamente e eu tentava controlar a minha raiva.
Ele me enganou esse tempo todo!
Yuri narrando...
Cheguei em casa já era de noite estava todo partido, tinha mó sono e tava na larica.
Esfolei as costas, as pernas e os dois cotovelos fugindo de uma viatura policial, me fodi mlk, tombei feio mas Kaique foi o pior.
Wesley já mandou a ordem pra nós vamo ter que pagar o prejuízo da moto, nem liguei!
Abri a porta de casa e tudo estava delicioso, o odor da comida estava pela casa inteira, essa minha preta é zika mermão, papo de 10!
Amo essa desgraçada demais, é marrenta, teimosa mas eu gosto dela assim, nós têm os nossos delírios, nunca me senti tão ao lado de uma mulher.
Entrei na cozinha que Márcia estava de costas cortando algo, me aproximei para beijar sua nuca mas a mesma se retornou violentamente apontando a faça pra mim.
Yuri: Coé Marcinha tá doida é porra, abaixa isso porra! — digo assustado —
Seu rosto estava vermelho e seus olhos inchados, algumas lágrimas desciam pelo seu rosto eu não estava compreendendo qual era o seu problema, porquê ela está chorando desse jeito nem porquê ela está com uma faca apontada pra mim, ontem mesmo a gente estava de boa!
Márcia: Não me chame de Marcinha, filho da puta, mentiroso, canalha... Nossa mano como eu fui tão burra! — diz com raiva —
Franzi as sobrancelhas não entendendo aquilo que ela estava dizendo.
Yuri: Ih, fumou maconha vencida mulher? Que papo estranho é esse?
Ela dá um riso irônico, passa a mão pela cabeça e me encara com lágrimas descendo pelo rosto.
Márcia: Eu falei pra você que tinha medo de amar e não receber nada em troca, falei que odeio mentiras e falsidade, contei pra você cada sofrimento meu, você foi o único homem que eu disse um “eu te amo ” e você faz o quê Yuri... Nojento! Tenho ódio de você, ódio.
Pprt tava perdido, não entendi qual era do b.ô, será que alguém tá querendo queimar a nossa fita? Se sim, Márcia não é burra, ela é o típico de mulher que acredita no que vê não naquilo que o povo comenta ou diz!
Yuri: Espera Márcia, não tô entendendo aquilo que você está falando — me aproximo lentamente dela — Eu não sei aquilo que te disseram, mas tu nem é idiota de acreditar aquilo que os outros dizem, tô agindo contigo na sinceridade, sem malandragem, vamos sentar e trocar um lero pó.
Márcia: Agindo na sinceridade — ri — Minha buceta no seu rosto Yuri, vai tomar no cu. Agora vai acusar o povo pelo facto de você ter uma filha, vai negar que você me iludiu, enganou e escondeu durante esse tempo todo que você foi um frouxo, escroto, idiota comigo — grita de raiva — Eu estava começando acreditar que você me amava realmente, que era verdadeiro mas você acabou de destruir tudo, acabou de me mostrar que você é igual a todos os outros homens, um canalha — tento pegar a faca da mão dela mas Márcia puxa a mão e passa a faca no meu braço me ferindo —
Yuri: Ah, desgraçada! — grito de dor —
Márcia: Desgraçado é você, bem feita seu idiota eu falei que não aceitava traição, não aceitava mentiras!
Entre a dor no braço e a vontade de matar a Márcia, eu não sabia como ela sabia que eu tenho uma filha quer dizer tinha, só de ouvir ela dar esse escândalo todo por uma informação errada, informação que em vez dela me perguntar, sentar e conversar Márcia já vêm me julgando, ameaçando com uma faca.
Vontade de derrubar ela na porrada, partir a cara dessa vacilona mas eu não seria capaz primeiramente bater em mulheres não é meu forte, papo de covardia e segundamente não posso esquecer que eu estou namorando com a prima do Wesley!
Yuri: Quer saber, toma no cu tlgd, filha da puta não te traí porra nenhuma, agi contigo na humildade, não te escondi nada a não ser esse negócio da minha filha... Eu ia te contar mas não sabia quando, não queria falar sobre esse assunto. Eu tenho uma filha sim, meu anjo, meu orgulho que sempre nas horas que eu vejo a morte bater a porta ela me salva, está do meu lado! Ana Clara era o nome dela, este mês ela ia completar 3 anos de vida tlgd, ela deveria estar aqui do meu lado mas a vida foi injusta, tirou ela de me mim... Eu já fui casado com um psicopata que deve coragem de dar um fim no meu bem mais precioso... Ja fui pai mas a minha vida morreu, foi embora — digo com uma mistura de raiva e tristeza —
Enquanto Márcia me encarava com os olhos arregalados e a boca entreaberta eu abanei a cabeça negativamente e dei de costas saindo da cozinha, ouvi ela me chamando mais nem dei atenção, peguei meu radinho e meu celular em seguida saí de casa.
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