Capítulo 49
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Isabella narrando...
Após ver Bárbara fechando os olhos lentamente rrr sua respiração ficando pesada aos poucos, me levantei e cobri ela.
Desde ontem a noite ela está com febre, fatiga constante e algumas dificuldades em respirar por conta do seu asma, chamei o Rayan, médico do posto pra vir examinar ele e graças a deus não é nada de grave, ele receitou alguns medicamentos pra dar pra ela.
Nos tornamos bastante amigos após ele ter se esbarrado em mim na barreira, no início eu era tímida com ele mas ao decorrer do tempo vi que ele era um cara super legal e divertido.
Antes de sair do quarto depositei um beijo em sua testa e fechei a porta, tinha que dar a Ágata seu jantar antes que algum vapor do outro viesse a buscar.
Agora é assim, distância dele, mando alguém ir buscar e levar, não quero olhar pra cara do Wesley nem falar com ele, faz um mês que a gente está assim, frio glacial!
Sinceramente pra mim era a melhor solução, prefiro me afastar de alguém que vive na solidão, não deixa ninguém entrar na sua vida e humilha os outros do que ficar perto!
Estava no alto das escadas quando ouvi a campainha tocar, antes que eu tenha o tempo de descer, Rayan passou a minha frente e abriu a porta, durante minutos ouve um silêncio total em seguida ouvi voz da pessoa que eu menos desejavam.
Wesley: Qual é cuzão, tira as mãos da minha filha — ele diz gritando —
Rayan: Relaxa aí cara, não vou comer ela não pó — disse —
Wesley: Cara? Tá pensando que sou teu chegado arrombado, fala direito nessa porra aqui tlgd.
Rayan: E se eu não quiser falar, qual vai se... — antes que ele terminasse de falar eu desci a escadas correndo —
Queria evitar um homicídio dentro da minha casa, o clima estava pesando cada vez mais, Wesley tinha os olhos vermelhos de raiva, sua respiração estava irregulada, sabia que a qualquer momento ele poderia explodir, já Rayan não demonstrava medo nenhum, tinha um sorriso debochado no rosto, em um movimento brusco ele retira sua filha dos braços dele e ela começa a chorar.
Rayan: Não é assim que se pega uma criança, desse jeito ela pode deslocar um os... — ele o corta —
Wesley: Toma no cu tu não quer né veado! Da minha filha quem cuida sou eu rapá, ninguém pediu a tua opinião — diz começando a se enervar —
Rayan ia responder mas eu não o deixo falar, o outro estava a dois dedos que quebrar a cara dele, então decidi me meter no meio.
Isabella: Bom gente já deu né, Rayan obrigada por ter vindo, sem sua ajuda não saberia o que fazer — me dirigo na sua direção sobre o olhar glacial de Wesley — Amanhã a gente se fala já tá ficando tarde.
Rayan: Claro... Espero que o jantar ainda esteja de pé — beija minha bochecha me deixando sem jeito —
Isabella: É claro que sim — dou um sorriso e lhe acompanho até a porta —
Rayan: Tchau.
Ele dá de costas e começa a caminhar morro abaixo, avisto Márcia sentada em cima de uma pequena muralha em frente da casa olhando pra mim e rindo da situação, fiz um sinal para ela esperar e caminhei em direção da sala aonde o outro estava deitado em cima do sofá com a filha nos braços.
Isabella: Agora que já acabou de fazer seu escândalo desnecessário faz o favor de levantar daí e sair da minha casa imediatamente — digo com a mão na cintura —
Wesley: Escândalo é o caralho neguim, chego aqui de boa pra buscar minha menor e encontro um pau no cu abusado dentro de casa, mó comédia esse filho da puta, e você também vacilona, desde quando trás macho pra cá — não aguentei, fui obrigada a soltar uma gargalhada alta e debochada —
Mas gente quem ele pensa que é pra me dizer aquilo que faço ou devo fazer?
Isabella: Primeiro o combinado não era de você vir buscar ela e sim mandar algum dos seus soldados no seu lugar porque deixei bem claro que não queria te ver mais, segundo aqui entra e saí quem eu quiser pois quem paga a renda sou eu e terceiro se eu quiser trazer 4 machos aqui pra dentro, eu trago pois que eu saiba meu pai não faz parte da minha vida faz tempo — digo completamente seca e sem paciência — Agora saí da minha casa e não volta mais!
Grossa mesmo! Ele não mediu as palavras naquele dia, falou coisas absurdas, que me magoram e bastante, passei o dia cobrando por esse traste até o momento onde eu remarquei que estava botando a minha felicidade de novo nas mãos de um homem!
Wesley: Mede tuas palavras mermã, tu não tá falando com nenhum mlk não e sim com um sujeito de homem, sou dono da porra toda, da quebrada inteira, aqui entra quem eu quiser tlgd, e aquele babaca não é bem vindo — diz possessivo —
Isabella: Suas ameças não me fazem mais nada Wesley, você pode ser o dono da porra inteira, comandar no exército mas por dentro continuará vazio e infeliz! Um homem solitário e que afasta todo mundo que está à sua volta — digo — Eu já tentei mas no final percebi que não sou nada além de um divertimento sexual então peço pela última vez... Fique longe de mim, não quero ouvir tua voz ou algo do tipo. Deixa eu viver minha vida em paz!
Wesley: Pode pá então, mas antes quero trocar um lero com tu... — diz sem jeito —
Isabella: Não tenho nem quero falar contigo, agora pela trigêmea vez... da minha casa — digo respirando fundo —
Wesley: Se é isso que tu quer vou meter o pé sim, depois não vêm com papo do caralho dizendo que sou isso e a buceta à quatro tlgd, tô aqui de boa tentando falar com tu — diz levantando do sofá e caminhando para fora da sala.
Na verdade eu não tinha a certeza das diversas palavras que tinham saído da minha boca, não me dei de conta quando abri a boca ora dizer isso tudo, sentia meu corpo enfraquecer aos poucos, meus coração bater aceleradamente e um aperto desconhecido me fazer perguntar se realmente deveria ser desse jeito?
Percebi que eu não podia negar, era o óbvio no meio de tantas confusões, eu tinha sentimentos por ele não podia o mentir para mim mesma, era algo forte e inexplicável que me atraía cada vez mais, era inevitável eu não sentir meu coração bater forte ao lado dele, vontade de quer beijar, tocar...
Mas eu não queria passar por esse pesadelo todo de novo, estava óbvio que ele não sentia a mesma coisa, e eu não estou disposta a me entregar para algo sem futuro.
* * *
Como dizer que nesses dias a minha vida "ganhou" bastante paz, algo que eu havia esquecido se existia.
Nunca mais recebi mensagem ou telefonemas do Rodrigo, ele desapareceu da face da terra de novo mas eu não sei se devo comemorar ou me preocupar, porque geralmente ele está aprontando algo e isso é que me dá mais medo.
Bom por mais estranho e duvidoso que pareça Matheus voltou a falar comigo, não como antes mas talvez era o início da gente recomeçar do zero, na base da amizade.
Sinceramente eu fiquei contente, seria estúpido de perder uma amizade apenas porque um recente algo diferente do outro!
Márcia e Yuri só vivem brigando mas assumir que um gosta do noutro isso ninguém faz, já a Juliana voltou pra casa faz tempo, ela se destanciou um pouco da gente mas sempre que dá eu vou lá e visito ela para ver como a mesma está se sentindo.
Juliana não está abatida e triste como antes, aliás às vezes ela sorri mas a maioria do tempo é com o Kaique, não sei porquê mas ambos estão bem próximos um do outro, não sei quais são suas intenções mas espero que ela não a faça sofrer.
Quanto a sua gravidez... Ela ainda está indecisa entre tirar a criança ou ficar com ela, talvez esse seja a escolha mais difícil a fazer!
* * *
Rayan: Sabe desde que eu ouvi você naquele hospital pela primeira vez me senti bastante atraído — confessa olhando nos meus olhos enquanto eu tentava desviar o olhar —
Isabella: Melhorou na cantada — digo zoando e ele faz cara de ofendido — Filha! — chamo —
Rayan: Você é muito apegada nela não é?
Isabella: Eu daria minha vida pela sua, Bárbara é minha fonte de luz, um amor que nasce dentro da barriga jamais poderá ser apagado ou esquecido, minha vida sem ela não faz sentido — digo sorrindo assim que Bárbara se aproxima — Vem comer antes de voltar a brincar...
Era sábado de tarde, o sol não estava muito quente, estava gostoso... Rayan nos convidou a vir almoçar em um restaurante no asfalto mas eu não queria sair da "minha zona de conforto" então eles nos trouxe para um bar aqui na favela.
Ele se aproximou bastante de nós, o que não me incomodava de jeito nenhum, Rayan tinha um jeito calmo e extraordinário de lidar com as pessoas, sempre com um sorriso radiante e confiante no rosto e o que mais me encanta nele?
Seu jeito simples e educado de tratar as pessoas.
Bárbara: Não quelo isso mamãe — diz empurrando o prato para frente —
Isabella: Mas vai ter que comer todinho senão ficará de castigo — digo de cara trancada —
Bárbara: Mas eu não gosto de legumes — justifica —
Rayan: Têm que comer tudo princesa, assim tu vai ficar forte e linda como cinderela — diz —
Aos poucos conversando com ele Bárbara começou a devorar tudo sem sequer reclamar alguma coisa, olho para o lado de fora e vejo Matheus descer o morro ao lado de KP, ambos olham na minha direção e dão um sorriso com ar desconfiados.
Rayan: Cadê sua outra filha? — o olho com a sobrancelha arqueada —
Isabella: Que filha... Nem eu tô sabendo!
Rayan: A menor, a mesma que já esteve internada no hospital, se não me engano o nome dela é Ágata.
Não teve como conter a gargalhada, em outros termos Rayan pensava que eu era a mãe da Ágata e o Wesley o pai, lhe expliquei um pouco meu trabalho de babá e no final do almoço fomos embora.
Por ironia do destino na hora que a gente estava saindo a moto do outro passou a minha frente com uma ruiva na guarupa, a mesma o segurava fortemente pela blusa, virei a cara de lado e fingi não ter visto nada.
Talvez eu tenha feito a melhor decisão de todas... Me afastar dele!
Bárbara 💖
Vamo ⭐ e bater essa meta 💬
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