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Capítulo 5 - A moeda

Agora, o lugar onde Lorena estava era cheio de pessoas vestindo uma espécie de vestido. Não, não eram vestidos. Vovô Edgar já mostrou fotos de homens e mulheres vestindo túnicas coloridas, e era exatamente aquilo que aquelas pessoas estranhas usavam. Inclusive ela. A túnica que usava era bonita e sentia-se confortável nela, ao contrário do vestido que usara na primeira vez. Não era colorido – o seu era branco e leve.

A menina estava no meio de uma multidão de pessoas que compravam comida e outros produtos. Havia um velho barbudo vendendo peixes e outro homem vendendo sapatos de couro. Muitos carregavam escudos e lanças, levando peixes em seus elmos. Parecia o centro de uma cidade antiga.

Lorena viu grossas colunas sustentando o teto do mercado – e teve certeza de ter visto aquelas colunas em algum lugar antes.

A menina saiu do mercado, observando outros homens falarem com outros, enquanto outro parecia cabisbaixo e com as mãos e pés atados por uma corda. Lorena reprimiu o impulso de ajudá-lo; mas, ao se aproximar, percebeu que nenhum dos homens a via. Então, ela desistiu de tentar ajudar aquele homem quando viu que vários outros também estavam presos por cordas.

Paralelamente ao mercado que havia acabado de sair, havia uma grande praça com árvores. Um grupo de pessoas estava reunido a alguns metros dela, falando sem parar. Lorena correu até o grupo. Parecia ocorrer um evento importante, pois aqueles homens com túnicas pareciam discutir coisas sérias, e não apenas conversando coisas do cotidiano. A menina entrou entre eles, sem ninguém notá-la. Não havia nenhuma criança a qual ela pudesse se identificar – aquela reunião parecia ser coisa de adulto. Lorena não sabia o que fazer no meio daqueles homens. A princípio, ela achou que teria que fazer algo por aquele homem preso por cordas. Mas como, se ele não a viu?

A menina não tinha o que fazer no meio daquela reunião de adultos. Frustrada e com medo de não conseguir voltar para a casa de Ella – sem antes recuperar as chaves – ela andou pela praça, avistando outro mercado. Ela caminhou até às escadas, sentando-se em um dos degraus em frente a uma das colunas. Na bolsa velha, ainda pendurada em seu corpo, ainda havia outros objetos que poderia usar..

Lorena abraçou os joelhos e pensou no que fazer. Ella dissera para seguir seu coração, mas a menina não sabia como. Não havia nenhum coração com pernas e braços para guiá-la até seu destino. Pensando nisso, ela fez um bico, frustrada. Mas a frustração logo passou quando ela viu um menino com túnica azul, um pouco mais velho que ela, passar pelo mercado com a mãe. Ele certamente havia visto Lorena e se perguntado o que ela estava fazendo sentada nos degraus da escada do mercado. Ele tinha cabelos encaracolados e pele cor de oliva, assim como a mãe e outra menina próxima a ela.

Quando a família se afastou e o menino desviou o olhar dela, Lorena os seguiu. Não demorou muito para que eles chegassem a uma fachada de uma casa. A mulher de cabelos encaracolados e negros abriu a porta dupla de madeira, entrando com os dois filhos. Quando a porta se fechou, Lorena saiu de trás de uma árvore e correu na direção dela. Para a sua surpresa, não havia fechadura. Mesmo assim, ao tentar abri-la, não conseguiu. A menina bateu na porta.

Não demorou muito para que a mesma mulher a atendesse. Sua túnica era branca e amarela.

- Oi. – Lorena não pôde conter a timidez diante daquela moça. – Posso entrar? Eu...me perdi dos meus pais.

Lorena não gostava de mentir, mas não tinha outra opção. Ela fez sua melhor cara de criança triste para convencer a mulher. E deu certo.

A moça deu um sorriso triste.

- Ah, minha criança... – disse ela, passando a mão pelos cabelos da menina. – Onde estavam seus pais? No mercado?

- Sim.

A mulher olhou para as pessoas que passavam pelas ruas.

- Vou ajudá-la a procurá-los. – disse ela, pronta para pegar na mão da menina e levá-la de volta ao mercado.

- Estou com fome. – murmurou a menina, fazendo de tudo para entrar na casa.

- Ah, desculpe! – disse a mulher, abrindo a porta de madeira. – Não pensei nisso. Entre, querida.

Quando Lorena entrou, se deparou com uma saleta e uma espécie de altar. A mulher colocou a mão em seu ombro e a levou para outro cômodo, passando por um corredor que levava a outros cômodos. A casa tinha dois andares. A anfitriã a levou para outra sala, um pouco maior que a anterior, com divãs vermelhos e uma mesa no centro.

- Sente-se. Vou mandar trazer alguma coisa para que você possa comer.

Quando a menina se sentou no divã, a mulher saiu. Na porta da sala, apareceram duas figuras curiosas.

O menino e a menina, os mesmos que ela havia visto antes, observavam Lorena com certa desconfiança. O menino foi o primeiro a entrar na sala.

- Quem é você? – perguntou o menino. – Eu te vi no mercado. Você é uma estrangeira?

- Por que acha isso? – perguntou Lorena.

O garoto franziu o cenho.

- Você não se parece com uma grega. – disse ele. – Qual o seu nome?

- Lorena. – murmurou a menina.

- Está perdida? – a menina passou pelo irmão e se sentou no divã ao lado dela.

- Sim.

- Você é muito nova! Coitada. Onde estão seus pais?

- Não sei. – respondeu Lorena.

A menina mais velha sorriu. Lorena gostou dela de imediato.

- Sou Kerina. Esse é meu irmão, Tales.

Lorena apenas sorriu de volta. Não demorou muito para que outra mulher entrasse na sala com um prato na mão. Ela colocou o prato sobre a mesa e, sorrindo para a menina, saiu silenciosamente da sala. No prato, havia peixe, linguiça e queijo. A menina reprimiu uma careta, mas pegou o queijo.

Kerina e Tales a observou enquanto comia.

- Onde está a mãe de vocês? – Lorena perguntou depois de alguns minutos de silêncio.

- Ela é sempre ocupada. – disse Tales, rindo. – Muitas servas para dar bronca.

- Servas? – perguntou Lorena.

- É. – disse ele. – Você ainda não me disse de onde veio.

Lorena deu de ombros, mas não respondeu.

- Deixe ela, Tales. – disse Kerina, depois olhou para a criança. – Mamãe vai te ajudar a procurar seus pais. Não se preocupe.

- Tem certeza de que seu pai não está na ágora? – perguntou Tales.

- O que é uma ágora? – perguntou Lorena.

Tales revirou os olhos.

- Você é mesmo uma estrangeira.

- É o lugar com os mercados e a praça. – disse Kerina.

- É lá onde os adultos discutem sobre a política. Todos estão lá agora.

- Política? – perguntou Lorena. – Ah, aquela coisa que resolve coisas sobre a cidade?

Tales coçou a cabeça e respondeu:

- Acho que sim.

- Crianças? – a mãe dos irmãos apareceu na porta. Ela olhou para Lorena. – Desculpe a demora, querida. Está se sentindo melhor?

Lorena assentiu.

- Sim senhora. – disse ela. – Acho que eu não quero procurar meus pais agora. Eu acho que...eles vão voltar ao mercado amanhã.

A mulher não parecia convencida, mas assentiu.

- Tudo bem, então. Amanhã podemos procurá-los.

- Tem certeza de que seu pai não está na guerra? – perguntou Tales.

- Guerra? Não existem guerras. – disse a menina.

Tales riu.

- Ela só pode estar brincando!

- Nosso pai está na guerra, Lorena. – disse Kerina. A mãe deles de repente pareceu abatida. A menina só notou isso porque estava olhando para ela naquela hora. – Às vezes o seu foi convocado e ele teve que ir...

- Eu não sei... – murmurou Lorena.

A noite acabou chegando mais rápido do que imaginava. A mãe os levou para um dos quartos, dizendo que Lorena poderia dormir em uma das camas vazias. A cama era um pouco desconfortável para ela, mas a menina não reclamou.

Quando se deitou, viu que havia algo duro embaixo dos lençóis. Ela esperou a mãe sair e enfiou uma das mãos sob o tecido. E ali estava uma chave dourada, exatamente como as outras. Ela ficou tão feliz que se esqueceu de que Kerina e Tales a observava. Mas, para a sua sorte, eles não viram quando ela colocou a chave dentro da bolsa. Com o coração batendo rápido, ela tentou dormir, mas não conseguiu.

Desde que falaram do pai que estava na guerra, Tales foi o que mais ficou abalado. Lorena percebeu isso quando o viu levantar da cama no meio da noite, fungando, para se dirigir à janela do quarto.

Lorena o ouviu sussurrando para o céu:

- Por favor, senhor Zeus, traga meu pai de volta. Por favor, grande deusa Atena, proteja meu pai...

A menina sorriu e se levantou lentamente da cama, caminhando até o garoto.

- Ele vai voltar. – afirmou Lorena.

Tales se virou para ela.

- Como sabe? Ele pode estar morto! – disse ele, com lágrimas nos olhos. – Ele deveria ter voltado, Lorena. Ele disse que voltaria depois de dois meses. Já se passaram dois anos!

A menina estremeceu. Seus olhos quase se encheram de lágrimas também. Dois anos! Realmente, aquele tempo não favorecia a esperança dos filhos e da esposa.

- Por que você não envia uma mensagem pra ele? – perguntou Lorena.

- Como?

Lorena sorriu e voltou para sua cama. Embaixo dela, ela havia colocado sua velha bolsa de couro.

As palavras do garoto mencionando aqueles nomes que o vovô Edgar já havia dito a ela e Jim se encaixou com outras histórias que ela havia escutado. Vovô Edgar disse que havia como enviar uma mensagem através de um arco-íris, caso você tenha uma moeda chamada Dracma.

Ela pegou a moeda dentro da bolsa. Aquilo era um dracma? Não era como a moeda que sua mãe usava para comprar sorvete para ela. Se fosse ou não, ela tinha certeza que aquela moeda não era para ela.

Lorena cutucou Tales e lhe entregou a moeda. O menino olhou confuso para ela.

- Se você rezar para a deusa Íris e jogar uma moeda em um arco-íris, você pode falar com seu pai. – disse a menina.

Tales pegou a moeda e sorriu tristemente.

- Desculpe. Eu acho que não vai dar certo. – ele disse.

- Essa moeda é especial. – disse Lorena. – Não desista.

Tales observou a moeda e olhou para o céu além da janela. Lorena voltou para a sua cama, ajeitando a túnica. O garoto ficou ali durante um tempo, mas a menina tinha certeza de que não estava tão triste como antes. Estava pensativo. A moeda, tão dourada e bonita, parecia ser realmente especial.

Como bem disse o mito da Pandora, a esperança é algo que não se pode perder.

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