Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 11 - O bosque


A menina caminhou até a árvore e olhou para a chave pendurada em um cordão. Antes de pegá-la, Lorena olhou para os lados para ver se alguém estava por perto. Não havia ninguém – apenas um pequeno pássaro azul descansando em um galho de uma pequena árvore.

Lorena colocou o cordão com a chave em volta de seu pescoço. Ao fazer isso, notou que sua roupa havia mudado novamente. A menina agora parecia uma pequena caçadora: vestia uma calça grossa e pesada, botas marrons e um colete de pele castanho-claro.

- Muito bem, menina.

Lorena deu um pulinho ao ouvir uma voz grave e rouca atrás dela. Ela se virou rapidamente e arregalou os olhos.

Um velho homem de barba longa e grisalha estava parado entre duas pequenas árvores. O pássaro azul havia desaparecido, e o homem sorria de modo gentil. Estava com os dois braços para trás. Sua roupa era branca e longa, como uma túnica.

- Desculpe se eu te assustei, criança. – ele disse. – Não foi minha intenção.

- Não tem problema. – Lorena murmurou.

O homem sorriu e se aproximou.

- Sua missão está chegando ao fim – ele começou. – Você está indo muito bem.

- Missão? – Lorena perguntou. – O que é uma missão?

O velho sorriu novamente, mas não respondeu. Ele colocou uma das mãos grandes e enrugadas no ombro da menina e a virou para a direita. Depois, apontou para uma trilha larga bem a frente deles. Lorena tinha quase certeza de que não havia trilha nenhuma antes disso.

- Vamos andando. Vou levá-la até o Lago. – o homem disse. – Explicarei tudo no caminho.

Lorena concordou e começou a caminhar até a trilha. O velho ficou ao seu lado, andando lentamente com as mãos para trás. A menina esperou a explicação, mas ela não veio. Então, resolveu perguntar:

- Quem é você?

O velho deu um sorrisinho.

- Não posso lhe dizer meu nome. – ele disse. – Mas sou um druida. Um sacerdote do bosque. Esse é meu bosque.

- Seu bosque? – ela perguntou. – E o que é um druida?

O homem não respondeu a pergunta, o que deixou Lorena um pouco irritada.

- Precisamos de você. – o druida disse. – As inimigos estão prestes a atacar a tribo. O rei está fraco. Precisa da Espada Dourada para defender o seu povo.

- Espada Dourada? – Lorena perguntou, curiosa.

- Sim. – o velho respondeu. – Apenas alguém com a alma pura o suficiente pode tirá-la do Lago. Muitos já tentaram, mas nunca conseguiram! Mas você, minha querida, é tão pura quanto uma fada. Conseguirá a Espada Dourada, e eu entregarei ao rei da tribo.

A menina não hesitou.

- E onde fica esse Lago?

O homem sorriu satisfeito.

- Estamos a caminho. – ele disse. – Você é uma menina corajosa, Lorena. Será uma grande mulher.

- Eu não quero crescer. – a criança murmurou.

O druida riu.

- Ninguém quer.

Depois de alguns minutos caminhando pela trilha, os dois avistaram uma pequena clareira. O lago ocupava todo o lugar, e algumas árvores se inclinavam sobre a água como se estivessem prestes a cair.

Lorena aproximou-se lentamente até a beira no lago. A água era escura e lisa, e ela não fazia ideia do que havia ali dentro.

A menina olhou para trás para observar o velho. Ele sorria, encorajando-a. Aquilo era estranho. Os adultos nunca pediriam para que uma criança entrasse em um lago escuro e aparentemente perigoso.

Eu sou corajosa, Lorena lembrou a si mesma.

- Vou entrar. – disse ela ao druida, tirando as botas e o colete.

- Boa sorte, garotinha. – o velho disse.

●●●

Quando seu corpo pequeno e magro se chocou contra a água gelada e escura, Lorena fechou os olhos e deixou seu corpo afundar. Então, ela abriu os olhos lentamente. A chave, pendurada em seu pescoço e dentro de sua roupa, brilhava como uma estrela. Mas não era apenas a chave que brilhava.

Havia vários pontinhos brilhantes abaixo da menina; bem no fundo do lago. Era mais fundo que ela imaginava. Porém, o que antes parecia um lago escuro e sem vida, agora parecia um céu estrelado. Para Lorena, ela estava flutuando sobre um céu noturno, infinito e silencioso. Esqueceu-se até mesmo de respirar. Ela ficou ali, sentindo a água entrando pela sua roupa e molhando seu corpo. Não fazia ideia de quanto tempo havia passado, mas ela estava ali; observando um céu estrelado bem abaixo dela.

- Venha, criança. – uma voz feminina disse, doce e acolhedora como uma mãe. – Não tenha medo. Vou lhe mostrar o caminho.

Lorena olhou para os lados para procurar a dona da voz. Quando olhou para baixo; para os pontos brilhantes, ela viu um rosto. Um rosto luminoso e delicado que parecia ser feito de mil estrelas. Seus cabelos eram longos e dourados, quase brancos.

A mulher-brilhante foi se aproximando, flutuando levemente, e estendeu a mão para Lorena. A menina estava tão extasiada com tamanha beleza que não conseguiu dizer nada. Apenas estendeu a mão e deixou que a moça a guiasse.

Elas nadaram uma ao lado da outra, cada vez mais fundo. Lorena não sentia falta de oxigênio. Acabou percebendo tarde demais algo que antes parecia ser impossível nas aulas de natação: estava respirando debaixo d'água.

A menina então notou que os pontos brilhantes não eram estrelas, mas sim pedras preciosas. Milhões de pedras que agora se mostravam coloridas e pequenas. Entre elas, havia uma bela espada dourada embainhada. A moça brilhante soltou a mão de Lorena e pousou os pés sobre as pedras. A menina continuou flutuando na escuridão, observando as pedras coloridas.

A moça então pegou a espada com as duas mãos e flutuou até a criança. Seus olhos amarelos observaram Lorena, e um sorriso surgiu em seu rosto.

- Minha cara princesa do bosque... – ela começou. – Essa espada é uma arma muito poderosa. Nas mãos da luz, pode salvar nosso mundo. Nas mãos das trevas, pode destruir todos nós. Entregue ao rei, criança, e seja valente.

Lorena pegou a espada e concordou com a cabeça. A espada brilhava como a chave em seu pescoço; e, quando olhou para as próprias mãos, ela percebeu que todo seu corpo também brilhava em um tom arroxeado.

A menina sorriu para a moça e nadou até a superfície, segurando a espada cuidadosamente. Quando sua cabeça emergiu para fora da água, ela viu o velho druida deitado sob uma árvore, roncando baixinho. Lorena saiu do lago e olhou para as próprias roupas. Como era de se esperar naquele mundo estranho, elas se encontravam secas.

Ela colocou a espada sobre a relva para vestir o colete e calçar as botas. Depois, se aproximou do velho que dormia.

- Senhor Druida? – ela chamou.

- Hã? Sim? – o velho balançou a cabeça.

Ele sorriu e se levantou rapidamente ao ver Lorena pegar a espada no chão.

- Sabia que ia conseguir! – ele disse, dando largos passos em direção à criança; sem tirar os olhos da arma. Ele estendeu a mão, mas Lorena recuou.

- Não. Tenho que entregar ao rei. – a menina disse, lembrando-se das palavras da mulher-brilhante.

O velho franziu o cenho.

- Pois bem, é o que vou fazer. – o druida disse. – Me entregue, menina, e continue sua jornada. Sua missão aqui já acabou.

Ele estendeu a mão novamente, mas Lorena balançou a cabeça em sinal negativo.

- Não. – ela disse. – Eu quero entregar para o rei. A moça-brilhante disse para eu entregar.

- Não confia em mim, Lorena? – ele perguntou.

Lorena não respondeu, pois não havia resposta. A menina só sabia que tinha que entregar aquela arma a quem precisava.

- Não seja teimosa – o homem disse. – Me dê a espada para que eu possa entregar ao rei.

- Não. Eu tenho que ajudar o rei, e não você. – ela disse.

Lorena tentou passar por ele, mas o velho entrou na sua frente e tentou agarrar a espada. Mas a menina foi mais esperta e se esquivou de sua mão. Sem hesitar, ela correu em direção à trilha; escutando os passos do homem atrás dela.

- Criança teimosa! Volte aqui! – ele gritou. – Me entregue a espada!

Mas Lorena não parou. Ela corria rápido, e o peso da arma não a atrapalhava. O velho druida continuava gritando, chamando-a de malcriada e teimosa. A menina apenas ignorava. As árvores passavam por ela como furacão, o vento batendo em seu rosto violentamente.

Na escola, ela era a mais rápida de sua sala. Quando resolviam apostar corrida, Lorena sempre ganhava. Alguns colegas da sua sala dizia que ela corria como um menino. Mas a menina apenas respondia: eu corro como Lorena.

Sem ouvir a voz do homem e percebendo que estava bem longe dele, Lorena parou e se escondeu atrás de uma árvore. Ela respirava com dificuldade após tanto esforço, e suas mãos agarravam cuidadosamente a espada.

A menina olhou para a trilha atrás dela, mas não havia ninguém. Ao ouvir um estalo, Lorena deu um pulo e voltou-se para frente. Quando olhou para cima, percebeu que os galhos das árvores se mexiam rapidamente, unindo aos galhos vizinhos.

Lorena ficou parada observando um túnel de galhos e folhas de árvores se formar na sua frente, até que um pequeno pássaro azul passou voando pela menina. A ave fazia círculos no ar, como se quisesse chamar a atenção dela. Ela tinha quase certeza de que era o mesmo animal que havia visto ao entrar naquele bosque.

- O que foi? – ela perguntou ao pássaro.

O túnel ficava cada vez mais estreito e escuro, e o pequeno animal voou para dentro dele. Lorena não tinha outra opção a não ser segui-lo. O túnel de galhos e folhas se comprimia cada vez mais rápido. A menina apertou os passos e não tirou os olhos da ave, que voava desesperadamente para encontrar uma saída. Lorena tropeçou várias vezes nos galhos e nas pedras que surgiam no chão, mas não parou de correr.

Minutos se passaram até que uma luz surgiu e o pequeno pássaro azul começou a voar em círculos novamente, tão rápido quanto um beija-flor. O clarão ficava cada vez maior à medida que Lorena corria.

Quando saiu do túnel, a menina se viu no alto de uma montanha. O passarinho azul pousou em seu ombro e piou docemente em seu ouvido. Vá em frente, ele pareceu ter dito.

Lorena olhou para a paisagem e sorriu.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro