Capítulo 15 - A nova pagina
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Abro meus olhos com um pouco de dificuldade, olho para os lados tentando identificar que ambiente era esse que eu estou. Um quarto de hospital.
As coisas em minha cabeça estavam um pouco confusas ainda, estava tentando me recordar de tudo que havia acontecido.
Olho para meu pulso, ele estava com um curativo, eu tomava soro na veia e estava com aparelho para respirar. A porta se abre dando a visão de um médico, ele entra e se surpreende ao me ver.
-Oh, você acordou! - Ele se aproxima, verifica na ficha que estava em uma mesa ao lado de minha cama - Como está se sentindo?
-É... Acho que tô bem...
Ele da uma checada a mais na ficha, ele me examina e anota algumas coisas.
-Você está bem agora, teve sorte do resgate ter chego a tempo, se você tivesse perdido mais sangue algo pior teria acontecido. Uma mulher estava a todo momento ao seu lado, dela saiu mas logo deve voltar, acha que sabe quem é?
-Hum, acho que minha irmã
-Deve ser, vocês se parecem bastante. Bem estou indo, qualquer coisa é só chamar uma enfermeira - Eu assinto e ele sai do quarto
Dou um suspiro enquanto observo o teto. E parece que estou novamente nessa situação, acordar no hospital por conta de algo que eu fiz, fazer minha família passar por isso de novo, até quando?
A porta se abre novamente, e agora quem entra é minha irmã, ela olha pra mim surpresa é avança pra cima de mim, me abraçando bem forte.
-Finalmente você acordou! Ta tudo bem?
-Ta, mas você ta me apertando - Ela me solta e se senta na ponta da cama
-Nam, você- Ela para de falar - Nós falamos sobre isso depois. Como está se sentindo? Está com dor? Dor de cabeça, ta com alguma coisa?
-Estou me sentindo bem, só um pouquinho de dor de cabeça
-Você não sabe o quanto eu fiquei desesperada, eu te ligava sem parar mas dava que estava indisponível, eu e nossos pais ficamos desesperados te procurando pela rua. Quando você me ligou eu vi que era o número do telefone de casa, fomos correndo pra lá e te encontramos desacordada no chão da sala
-Desculpe...
-Não se desculpe, sério. Foi muita coisa de uma vez só, eu entendo que deveria estar doendo. Na última vez que você foi parar no hospital por essa causa, eu ficava me questionando por que você fazia isso, por que você queria tirar sua própria vida, eu não conseguia ver uma lógica para isso, não fazia sentido, mas ai uma mulher que vou eu me questionando sobre isso veio conversar comigo, e ela disse "Quem quer se matar, não quer terminar com a vida, quer acabar com a dor" então eu entendi, entendi que existem pessoas que não conseguem aguentar tamanha dor, e pensam que a única saída é tirar sua vida. Mas me fala, por que não me contou das fotos?
-Fiquei com medo, foi tão repentino eu fiquei assustada, e pensei que guardar aquilo pra mim pelo menos por um tempo iria poupar de vocês, não queria te preocupar
-Nam, eu sou sua irmã mais velha, é claro que vou me preocupar com você, idependente da coisa vou me preocupar. Você não precisa guardar as coisas para si, eu quero que você me conte, converse comigo, eu vou te escutar, estar aqui para o que você precisar. Você guardou tanto as coisas para você, que você explodiu, uma moda ou outra todos que guardam, ou escondem muitas coisas explodem, e era previsto que isso ia acontecer, mas você pode contar comigo para falar sobre isso, para falar sobre qualquer coisa!
-Aonde está mamãe e papai?
-Foram acertar as coisas no hospital, você vai ter que ficar aqui um tempinho, ficou desacordada por um tempo e está fraca ainda, você perdeu bastante sangue. Mas o que fez você mudar de ideia? Se você não tivesse ligado, não teria resistido...
-Assim como você falou, eu não queria morrer, eu queria acabar com a dor, e eu decidi dar mais uma chance, não quero apagar minha história assim.
-Fico feliz que tenha decidido isso! - Ela segura minha mão - Mas e o Hee?
-Eu tenho que fazer algo. Eu não te contei uma coisa também...
-O que? Me fala!
-Minha psicóloga falou que estou com dependência emocional, nele, e que tenho que fazer algo a respeito, tanto para parar de depender emocionalmente dele, como para o meu próprio bem, pois isso faz muito mau para a pessoa
-Mas então? Já sabe o que fazer?
-Eu tenho algo em mente, mas ainda estou pensando sobre
-Se precisar de ajuda, me fala, podemos falar sobre isso juntas
-Acho que é uma decisão que eu preciso ter agora
-Ta bom, mas qualquer coisa estou aqui
A porta é escancarada rapidamente, meus pais entram desesperados
-Ai meu Deus, finalmente! - Minha mãe diz me olhando
-Queria está bem? - Meu pai pergunta se aproximando com um vaso com flores em mãos
-Estou sim - Dou um sorriso
-Trouxe isso pra você, espero que dê mais cor para esse quarto - Ele coloca as flores na mesinha ao lado da minha cama
-Obrigado
-Nam, por alguma razão a sua psicóloga seu outros diagnosticos e não entrou em contato com a gente?
-Bem...
-Mãe, acho que não é o momento para isso! - Sam se opõe
-Não, ta tudo bem! Sim, ela me deu outro diagnóstico
-O que? É por que ela não falou comigo ou com seu pai?
-Eu sou uma adulta, ela disse que já pode falar os diagnósticos comigo, e não precisa mais falar tudo para vocês
-O que? - Ela parecia chocada e brava - Vou resolver isso agora!
-Mãe! - Tento chamada ela mas ela sai do quarto me ignorando - Que saco!
-Sua mãe provavelmente nunca vai mudar, vai ser sempre controladora e orgulhosa, não vai admitir que esteve errada em algum momento - Meu pai diz e dá um suspiro longo - É por isso que nosso relacionamento não deu certo
-Eu não era o único motivo?
-Nunca foi! Nosso relacionamento não estava bom antes mesmo de você nascer, eu é sua mãe somos bem diferentes, não sei como ficamos juntos por tanto tempo
-Mamãe é realmente muito difícil de lidar - Sam fala - Nam, o problema não era você e mesmo se fosse não se sinta culpada você é vítima também
-Filha, foi difícil, eu e sua mãe erramos muito, e provavelmente vamos errar ainda, é normal isso, me sinto mau por ter causados tantos problemas, não só a você, como também a você Sam - Ele olhava para mim é para minha irmã - Não nascemos sabendo ser pais, é pelo fato de Sam ter sempre sido muito mais idependente, e não precisar tanto de ajuda com algumas coisas eu pelo menos pensei que você seria assim também Nam, mas eu estava errado. Por conta de nossa ausência você hoje tem muitos problemas, traumas, inseguranças, eu nunca poderei voltar atrás, não tem como eu recompensar pelos momentos que você precisava de mim e eu não estava aqui para te dar atenção e para cuidar de você, te acolher, mas agora se você precisar de qualquer coisa, eu estarei aqui, farei o possível e o impossível por você me desculpe por tudo
Me sinto emocionada por ouvir essas palavras vindas de meu pai, eu nunca serei capaz de odiar, ou ter raiva de meus pais, pois são isso que eles são, meus pais! Eu os amo mais que tudo, idependente dos erros, de qualquer coisa, eu os amo.
-Eu te perdôo - Chamo ele e ele de aproxima de mim
O abraço mais forte que eu posso, o que mais gostaria era nunca mais o soltar, se eu fosse dizer qual era o abraço preferido que eu tive com meu pai, com toda certeza esse está em primeiro lugar.
-Eu acho muito difícil sua mãe dizer coisas desse tipo, ela nunca admite que esteve errada, mas ela pode se arrepender
-Eu sei, eu não estou brava, agora eu só quero tudo bem
Ficamos um tempo ali, conversando, mas para meu alívio nenhum assunto tenso, ou sobre qualquer coisa que me deixou insegura, ou com medo de falar, não foram apenas assuntos aleatórios, entre eles Sam e seu talvez namoro com o dentista.
Estava bem tarde, eu não estava com um pouco cansada, os dois decidem ir comer algo e me deixar descansar um pouco. Mas mesmo que eu estivesse sozinha, fico muito inquieta, pois algo estava me perturbando.
Me levanto devagar e tomo cuidado para não cair, me segurava no suporte do soro, e decido sair mais de preferência encontrar algum lugar que eu pode-se ver o céu.
Estava de noite, os corredores de onde era meu quarto estavam praticamente vazios, poucas enfermeiras, e elas se preocuparam um pouco em me deixar andar por aí sozinha, ainda mais depois da tal coisa que fiz para tirar minha própria vida. Então elas concordaram em deixar eu andar por ai, mas apenas com a companhia de uma delas, eu concordei pois apenas queria andar, não queria continuar naquela cama.
Eu andava com uma senhorinha ao meu lado, caminha vamos pelo hospital Aa procura de um lugar que eu gostaria de ver o céu.
Enquanto estamos andando, vejo em um corredor minha mãe, ela conversava com alguém, quando nos aproximamos mais vejo que de tratava da minha psicóloga, Areum. Eu sei que bisbilhotar é feio, mas era de mim que elas estavam falando, eu precisava saber o que era.
Junto da senhora enfermeira, me sento em um banco que ficava ao lado do corredor, elas não estavam muito longe então dava para ouvir.
-Você disse que ela nunca faria isso!
-Eu nunca disse que ela não faria isso, eu disse que as chances de qm baixas. Nam nunca gostou de se machucar, nem mesmo de ver sangue, você disse que ela tinha medo até mesmo de se ralar ao cair. As chances eram pouquíssimas, mas a sua filha chegou a um estado tão critico um sua saúde mental, que pra ela a única saida foi essa, por sorte ela decidiu que não, que ela não queria acabar com a vida dela ali.
-Não tente de justificar por um erro seu! Você falou e não estava certa, Nam culto o próprio pulso, você estava errada!
-Você que é mãe, deveria saber que a última opção dela seria se machucar dessa maneira, você sabe, o que faz eu me questionar a qual momento que ela passou para ter tido essa decisão
-E você sabia sobre o namoro da minha filha? Sabe se ela esta namorando?
-Todo tipo de conversa, de informação que é falado na terapia com sua filha é confidencial, eu jamais poderia falar para a senhora
-HEY! - Ouço o tom de voz da minha mãe se exaltar - Eu pago você para cuidar da saúde mental da minha filha, mas por conta de algo que você não me contou isso aconteceu
-Não, isso não aconteceu por algo que eu deixei de contar, pois se eu contasse para a senhora, seria bem pior. Sim eu sou paga apara cuidar da saúde mental da sua filha, mas uma coisa que é jurado é manter confidencial as coisas que ela me fala, se eu quebrasse essa regra eu tanto quebraria um juramento sobre a minha profissão como também a confiança que sua filha tem a mim, então eu prefiro que a senhora para de me pegar, ou se quiser me processar do que quebrar o meu juramento e a confiança que ela tem a mim
-Quer saber! Ela não precisa de uma psicólogazinha como você, pois ela a anos faz terapia com você e até agora eu não vejo diferença nenhuma! Eu vou é atrás de outro profissional, outro lugar, pois você não serve para ser psicóloga da minha filha! Pode tirar ela de sua lista de pacientes
Ouço o barulho do salto quinze da minha mãe se aproximando, logo passando por mim e pela enfermeira sem perceber a gente ali.
Me levanto e vou em direção a Areum, ela me olha surpresa e feliz.
-Nam, ainda bem que você está bem!
-Obrigado!
-Pelo o que você está me agradecendo?
-Durante todos esses anos você foi minha psicóloga, e além disso eu te considero uma amiga. Obrigado por não ter quebrado sua promessa, e ter sido a melhor psicóloga que eu pudesse ter. Eu não sei o que minha mãe fará agora, mas eu vou melhorar, eu prometo, eu espero que você veja futuramente como eu estarei bem
-E eu ficarei muito feliz em ver isso - Nós abraçamos como uma despedida
-Você ainda vai mudar a vida de muitas pessoas, e você mudou a minha
-Nam, você é alguém incrível. É eu não consigo me conter eu preciso perguntar, você tomou uma decisão?
-Sim, e eu vou fazer a coisa certa pode deixar
Depois de me despedir de Areum, eu e a enfermeira andávamos de volta para meu quarto.
-Por que não insistiu que ela continuasse sua psicóloga? Muitos jovens teriam confrontado seus pais, por que você não confrontou?
-Não iria adiantar, minha mãe não iria mudar de ideia, eu conheço ela, e eu quero nesse momento apenas arrumar as coisas, concertar tudo, tudo que está quebrado, e quem sabe mudar algumas coisas, talvez possa me trazer coisas boas
-Está na hora de mudar seus curativos
Vamos para meu quarto, ninguém estava lá, a enfermeira de meia Idade limpava o meu ferimento no pulso, e trocava os curativo.
-Já entraram muitas pessoas fazendo isso tentando tirar suas vidas. Eu já vi alguns que entraram tentando e saíram daqui vivos, outros tentaram e conseguiram, mas a todos aqueles que conseguiram sair eu sempre digo uns frase que eu escutei uma vez, mas foi uma frase que mudou minha vida completamente "Aqueles que querem tirar sua própria vida atiram na sua própria cabeça, mas aqueles que não querem optam por um lugar que pode ter volta" Muitos depois que ouçam isso decidem dar mais uma chance, outros precisam de uma ajuda mais especial
-"Ajuda mais especial "?
-Eu conheço um lugar, se você quiser posso recomendar ele para sua mãe, todos que eu conheço saem com suas vidas mudadas
-Mas o que esse lugar tem de especial para mudar a vida das pessoas?
-Simplesmente nada, mas as pessoas preferem acreditar que aquele lugar pode mudar da vida delas, e se elas quiserem que mude, vai mudar!
Depois dela terminar o meu curativo ela sai do quarto, me encontro sozinha tendo que encarar os meus próprios pensamentos.
Todas as vezes que eu fui parar no hospital, foram momentos diferentes, hoje especificamente tem sido mais diferente ainda, todas as vezes eu pensava " não foi dessa vez, mas será que na próxima vai ser? " mas dessa vez eu não estou pensando nisso, eu estou pensando será que haverá próxima?
Apenas uma pessoa me acompanharia durante a noite a aqui no hospital, essas pessoa seria minha irmã, nem que eu pedisse ela queria sair do meu lado.
Ela estava deitada em um sofá que havia no quarto, enquanto eu me questionava, como será amanhã? Ou eu estarei bem amanhã?
Não consigo chegar a uma conclusão clara, tendo em mente que preciso tomar uma decisão, e o mais rápido possível. Eu preciso disso, eu não posso deixar ele sem uma explicação, ou sem saber o que fazer, sem saber aonde eu estou.
Eu pego um papel e uma caneta que achei na bolsa da minha irmã, e ali do começo a escrever, colocar tudo de mim naquela carta, tudo que é preciso ser dito para ele, mas que eu não consigo em voz alta. Me sinto uma medrosa, ou uma covarde por estar escrevendo uma carta, e não dizendo isso de frente para ele, mas nos encontrando isso poderia prejudicar nós dois, e eu correria o risco de correr atrás, de não conseguir, mas eu sei que preciso.
Eu infelizmente preciso, não quero machucar mais ninguém, não quero prejudicar mais ninguém, não quero sangrar encima dele, eu não estou curada, nem sei de um dia eu vou conseguir estar, mas se eu não me curar daquilo que me feriu, eu vou sempre sangrar encima daquele que não me cortou.
É a última coisa que eu quero, e ainda mais evitar uma decepção futura, talvez fazer dessa relação um relacionamento cansativo, aonde se torne ruim para nós.
Prejudicar ele, a carreira dele, é a última coisa que eu quero nesse mundo, pois é o sonho dele, eu vi ele alcançar esse sonho, e não quero destruir ele.
Eu o amo, eu amo Heeseung como nunca amei alguém, eu encontrei nele algo que nunca encontrei em ninguém, paz, amor, carinho. Nem palavras conseguem explicar o amor que eu sinto por ele.
Mas nem sempre amar é o suficiente, deixar ir também é uma prova de amor por mais que machuque.
Eu cheguei a pensar que ele poderia ser a minha cura, que ele poderia me curar, mas agora eu penso que se eu não estiver curada eu posso acabar adoecendo mais e adoecer outras pessoas, a única pessoa que pode me curar, sou eu mesma.
Eu perdi alguns amigos, eu perdi meu avô, minha avó, eu perdi ele. Sempre foi o meu maior medo perder as pessoas que eu amo...
Hoje eu tenho medo de perder a pessoa que eu sou, a pessoa que é apaixonada por fotografia, que ri igual idiota por conta de uma mensagem, que se importa mais com as pessoas do que com si mesma.
Se eu me perder, eu nunca vou conseguir ver o mundo como algumas pessoas vê, eu não vou conseguir ver a vida como algo maravilhoso.
Eu não quero me perder, eu não quero perder a minha essência...
Eu quero curar coragem e me guiar para um caminho desconhecido, aonde eu consiga ser uma Nam Suk diferente, que não tem medo, que tem prazer de viver, que pensa no amanhã, e é isso que eu vou fazer, vou cuidar de mim para que eu não me perca.
Eu vou me encontrar, me descobrir e se ele quiser me esperar, irei voltar.
Ao ver a folha totalmente escrita sinto uma dor, uma dor no meu peito por estar querendo ou não me despedindo dele.
Minha irmã se senta ao meu lado e me abraça de lado, não seguro meu choro apenas solto, pois uma hora ou outra ele vai sair.
-Pode entregar pra ele?
-Posso, tem certeza disso?
-Eu preciso disso! É a nova página da minha vida
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Olá, depressão.
Enfim os dias de chuva chegaram, mas eles passam e depois de um dia de chuva, sempre tem um dia ensolarado.
É isso, estou postando bastante capítulos, espero que estejam gostando.
Talvez amanhã tenha mais, não sei num a de sabe se acontece um imprevisto. Porém o próximo será um especial na visão do Heeseung, eu não prometo que ele seja do tamanho que eu geralmente escrevo, pois não está planejado tanta coisa, mas eu farei o possível para ser um capítulo bom.
É isso até a próximo❤
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