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O serviço de entregas da Kiki

~em parceria com a Apenas_Kaari~

Ela tinha me convidado para uma festa de Halloween. Eu não sabia que tipo de importância isso tinha para ela, e estava um pouco inseguro em relação a isso.

Na Eun havia declarado sua paixão por mim há quase um mês talvez, e passamos todo tempo sem nos falar, até ela aparecer em minha casa me convidando para uma festa. Era muito estranho. Mas eu fiquei sem jeito de negar o pedido da minha amiga (o que eu esperava que ainda fosse).

Tinha decidido ir de Harry Potter para a festa à fantasia. Imaginei que se nós dois ainda estivéssemos nos falando, ela teria dito para irmos de bruxos, Rony e Hermione, Harry e Gina... Talvez aquilo definisse nosso relacionamento, se eu fosse de Harry e ela de Hermione, estaríamos fadados a sermos apenas amigos. Mas se ela fosse de Gina, e ela era o tipo de pessoa capaz de encontrar a peruca certa, eu não faria ideia de como reagir.

O senhor da loja de fantasias estava estressado, e fiquei levemente preocupado com a veia saltando de seu pescoço.

— Um minuto, ok? — Ele disse pela quinta vez depois que perguntei se eles vendiam uma fantasia do uniforme de Hogwarts da casa Grifinória.

Todos os telefones estavam tocando ao mesmo tempo e os papéis de sua mesa teimavam em cair.

— Eu vou dar uma olhada sozinho. — Avisei já me afastando daquele setor caótico, mas o rapaz não pareceu perceber.

Resolvi encontrar minha fantasia sozinho e passei peça por peça nas araras. Eu tinha algumas horas para achar alguma coisa e ir à festa. Meu plano B era ir de idol, até porque me confundiam nas ruas constantemente.

Com licença, você é o Jimin do BTS?

Você é o Sung-woon do Wanna One?

Já sei! Você é Heechul, do Super Junior!

Não, não, e não. Eu era apenas Lee Taemin, estudante de dança, e aspirante a dançarino profissional. Talvez eu devesse ter tentado ser idol, mas talvez não soubesse lidar com a falta de liberdade.

— Isso é divertido! — Ouvi uma risada entre as araras. Era uma garota, escondida entre as fantasias. Ela estava abaixada e sua visão mirava no rapaz atrapalhado no balcão.

Eu não desviei o olhar quando ela me encarou. Parecia uma adolescente já fantasiada para o dia das bruxas. A garota tinha um piercing no nariz, usava um batom roxo e um vestido preto. Os adolescentes estavam ficando mais rebeldes a cada dia.

Mas atrás dela, eu vi a luz. A fantasia que eu estava procurando.

Ela correu para o balcão quando me aproximei, mas eu só queria mesmo pegar as roupas e sair dali. Eu não tinha muita moral para dar sermão em adolescente malcriado.

— Vou levar. — Avisei ao rapaz, ainda lutando contra um vento que carregava seus papéis.

Me virei para fechar a janela, mas não havia nada aberto, o local era climatizado.

— Vou pagar com cartão. — Murmurei ainda olhando em volta.

A criatura de batom roxo estava pendurada numa prateleira ao lado do rapaz, mas ele não parecia percebê-la em meio a toda a bagunça.

— Hei! Você não pode bater no meu automóvel e sair desse jeito! — A menina berrou e passou correndo porta afora.

Me distraí um segundo com ela tirando uma vassoura do meio da rua e falando coisas sem sentido. Quando abaixei o olhar vi uma varinha sobre a bancada, ao lado de algumas caixas. Era um grande achado, porque eu tinha pensado em pegar um graveto qualquer na rua, mas a loja vendia acessórios legais.

— Vou levar essa aqui também. — Puxei o objeto para perto das minhas roupas.

Com a mão ainda tremendo, o vendedor conseguiu passar meu cartão. Parecia que toda bagunça havia amenizado de repente, e ele até se desculpou por não ter me dado assistência.

Caminhei pela calçada ainda pensando sobre Na Eun. Tinha cogitado enviar uma mensagem para ela, mas nossas conversas haviam se tornado curtas e envergonhadas. Mesmo assim, resolvi arriscar e comecei a digitar enquanto caminhava.

Min: Oi, Na!

Na: Oi

Min: Tudo bem?

Na: Sim, e com você?

Min: Estou bem. Vai fantasiada de quê? Acabei de encontrar uma fantasia... Tenta adivinhar!

Na: Hei, estou ocupada no trabalho agora. A gente conversa depois

Min: Ah, ok! Desculpe! Você quer que eu te busque em sua casa? Meu outro capacete ainda está aí, certo?Sei que vai ser hilário ir fantasiado de moto, mas quem liga? hahahaha

Na: A gente se encontra lá na festa

Min: Ahh... Ok. Até mais tarde então

Na: Até mais tarde, Min

Soltei o ar pela boca, mas não tive tempo de sofrer, já que alguém segurou meu braço. Levantei a sobrancelha quando dei de cara com os olhos pintados da garota de batom roxo.

— Devolva minha varinha! — Ela exclamou chamando atenção das pessoas na rua.

— Não estou com sua varinha. — Falei tentando me soltar dela.

A garota estava segurando a vassoura que havia resgatado mais cedo.

— Você a pegou! Me devolva! — Ergueu a palma aberta e me encarou com uma olhar autoritário.

— Eu comprei uma varinha. É minha. Volte lá e compre a sua.

Me curvei brevemente para ela e continuei caminhando. A menina me seguiu e começou a tagarelar enquanto apressava o passo para me acompanhar.

— Olha aqui, você não está entendendo! — Ela continuou reclamando. — Eu sou uma bruxa, e você está com a minha varinha.

— Aham.

— Vou jogar um feitiço em você! Assim que eu recuperar minha varinha. — Sussurrou a última frase.

— Ok.

Travei a mão na sacola quando ela tentou tomar de mim.

— Hei, seus pais não te ensinaram bons modos, não? — Reclamei levantando o braço e afastando a sacola dela.

— Mas é minha. — Ela respondeu indignada.

— Você pagou por ela? Eu paguei. Então é minha.

— Você comprou por engano, idiota! É minha! — Cruzou os braços.

Era incrível como aquela garota, que parecia tão indefesa fisicamente, conseguia ser tão petulante e autoritária.

— Então pague por ela. — Ergui minha mão aberta.

Ela pareceu pensar, com sua sobrancelha totalmente arqueada, como se fosse me matar apenas com palavras, como uma bruxa.

— Você não tem dinheiro? — Sorri um pouco. — Então peça aos seus pais e me deixe em paz.

— Você vai se arrepender, humano.

Olhei para trás para vê-la furiosa mais uma vez.

A bruxinha resolveu me seguir naquele dia. Eu não tinha muitos compromissos, mas fui assistir a uma aula teórica na universidade ainda naquela manhã. A garota entrou na turma e sentou-se perto de mim.

— Devolve, ou faço um escândalo aqui mesmo. — Ela sussurrou durante a aula, mas ignorei e continuei copiando os tópicos do slide. — Eu não estou brincando.

— Ok. — Murmurei.

— Eu sou uma bruxa! — Ela levantou-se da cadeira, chamando a atenção de todos.

— Se retire da sala, dona bruxa. — O professor disse com as mãos na cintura. — Isso não é lugar para brincar.

Eu quis rir da careta dela. Aquela criatura chegava a ser engraçada.

— Mas ele pegou algo que é meu. — Ela passou a mão pela cabeça, talvez se sentindo intimidada pelos olhares da turma.

— Nem a conheço. — Falei dando de ombros.

— Te pego lá fora. — Ela me lançou um olhar irritado e saiu marchando, com o nariz empinado.

— Leve sua vassoura também. — O professor chamou sua atenção.

— Ops! — Ela correu de volta e saltitou para fora com sua vassoura.

Aquela cena rendeu algumas risadas na turma e o professor até fez algumas piadas sobre Halloween. Para uma "bruxa" ela era bem destrambelhada.

— Tudo bem, começamos com o pé esquerdo. — Ela me abordou assim que a aula acabou. — Eu me chamo Noo Ri, e preciso muito da minha varinha de volta.

— Você vai a uma festa também? — Falei já caminhando e a garota correu para me alcançar.

— Ela é minha por direito, ta? Era da minha mãe, e antes disso da minha avó, e antes disso da minha bisavó...

— Olha Noo Ri, ninguém vai te levar a sério enquanto agir desse jeito. Peça aos seus pais e eles lhe comprarão uma varinha.

Toquei seu ombro gentilmente e ela pressionou os lábios ainda me encarando.

Mas ela continuou me seguindo, e estava lá quando fui almoçar, quando fui para a aula prática e até a minha casa.

— Taemin, como pôde deixar sua amiga na rua? — Mamãe entrou em meu quarto e dei um salto da cama quando vi a bruxinha com ela.

— Você sabe que a Na é minha única amiga mulher. — Falei sem reação pelo sorriso cínico da garota, mas minha mãe já estava distraída com o celular.

— Estou atrasada. — Mamãe disse. — Cuidado se for sair de moto.

Sentei me sentindo derrotado. Mamãe sempre estava ocupada trabalhando no hospital e não me escutava. A menina sentou-se na cadeira da minha escrivaninha e começou a mexer em minhas coisas, mas a sacola da fantasia estava na cama.

— Você só tem uma amiga mulher? — Ela cruzou as pernas e me lançou um olhar.

— Sim, por quê?

— Um cara bonito como você seria rodeado de mulheres... — Ela piscou como se estivesse flertando comigo. — Mas só anda com uma? Então você gosta dela?

Mencionei responder, mas a verdade é que eu não fazia ideia do que falar. As coisas estavam confusas desde que a Na Eun havia se declarado, e nenhuma resposta concreta surgia em minha mente. Óbvio que paramos de fazer as coisas que fazíamos antes, e minha amiga passou a ficar constrangida com a minha presença.

— Acho que você não sabe. — A garota disse entediada e logo suspirou, já olhando em volta.

— Eu deveria ter uma resposta para isso?

A menina deu de ombros. Me virei para os retratos em meu mural e me senti perturbado em ver como nós nos divertíamos antes, e que talvez fosse impossível sermos assim novamente.

— Você parece perturbado. — Ela chamou minha atenção sorridente.

— Você gosta de ver as pessoas assim?

— É... Eu curto o caos. — Noo Ri sorriu outra vez. — Sou uma bruxa, sabe?

— Acho que você não bate muito bem das ideias, Noo Ri. — A observei sentindo compaixão por aquela mente esquisita. — Você já está grandinha demais para sair por aí fingindo que é uma bruxa.

— Eu sou uma bruxa. — Tocou seu peito, quase ofendida.

— Então faz alguma mágica.

Pisquei meus olhos com expectativa, mas ela suspirou parecendo frustrada.

— Preciso da minha varinha para isso. — Choramingou.

— Não caio nessa. — Movi meu dedo indicador e recebi uma rosnada.

Desisti de expulsar a garota e coloquei a varinha em meu bolso enquanto procurava algo na geladeira. Certamente quando eu saísse, ela iria também.

— O que tem para comer? — Ela encostou olhando para dentro da geladeira.

— Vou comer apenas um sanduíche e me arrumar para a festa. — Murmurei pegando os ingredientes.

— Festa? Eu adoro festas! Uma vez eu fiz aquela bola brilhante que fica rodando cair no meio do salão. — Soltou uma gargalhada. — Foi tão divertido.

— Acho que vou ligar para a polícia. — Pensei um pouco.

— Apenas me dê a varinha e vou embora.

Mas Noo Ri era incrivelmente boa de papo, e além de conseguir um sanduíche, ela me fez contar sobre Na Eun.

— É, talvez a amizade de vocês acabe. — Ela concluiu depois de tomar um grande gole de refrigerante.

— Ela é a pessoa mais próxima que eu tenho. — Suspirei.

— Então namore com ela.

— Tsc! Não posso ferir os sentimentos dela e oferecer um sentimento que eu não sei se existe.

Me senti patético quando a vi me encarando com uma careta debochada. — Só se beijem, durmam juntos, e continuem amigos. É a mesma coisa.

— Quantos anos você tem? — Me inclinei sobre a mesa.

— Acho que você vai se atrasar para a festa.

Chequei as horas e saltei da cadeira, correndo para o quarto.

— Vou te perturbar a noite toda. — Pude ouvir sua voz enquanto tomava banho. Havia levado a varinha para o banheiro, até porque ela estava encaixada em meu bolso.

— Você é a pessoa mais louca que já conheci! Eu deveria procurar seus pais!

— Aaah, estão todos ocupados em causar danos em algum lugar.

— O que é isso? Você é como Harry Potter? — Saí do banheiro, já vestido. — Quero dizer, Voldemort?

— Estou mais para Kiki, uma versão menos boazinha. — Deu de ombros, mas logo ergueu as sobrancelhas ao me ver. — Uaaau! Você até que fica bonito de bruxo.

— Obrigado, Kiki. — Ri um pouco e me olhei no espelho. — Será que a Na vai de bruxa também?

— Acho que você se preocupa bastante com ela... — Ela se jogou em minha cama. — Nunca quis beijá-la?

— Nunca pensei... — Passei a mão na nuca. — Quando éramos adolescentes, mas eu estava passando pela puberdade. — Ri sem jeito.

— Você sente atração por ela. — Concluiu se aconchegando em meu travesseiro. — Por que não ficou com ela então?

— Eu te disse, Kiki. Ela é muito importante para eu só pegar.

— Você é nojento! — Me fez uma careta. — Eu odeio homens bonzinhos.

— Você é muito nova para sair com homens.

— Você não sabe muito sobre mim, Harry. — Debochou gargalhando. — Eu sou uma bruxa.

— Você é maluquinha. Agora me diga seu endereço e a deixo em casa antes de ir para a festa. Seus pais devem estar preocupados.

— Não se preocupe. Posso ir voando na vassoura, mas ela anda meio rebelde desde que a estacionei no meio da rua. Preciso da minha varinha para consertá-la.

Parei de ajeitar meu cabelo e voltei a observar aquela criatura, espalhada pela minha cama.

— Você encarnou mesmo o Halloween, não é? — Falei pegando a varinha e observei um pouco o objeto.

Eu não tinha percebido o quão bem feito ele era, com detalhes dourados.

— Tome. — Ergui a varinha. — Pegue e vá para casa. Está ficando tarde para brincar na rua.

Noo Ri levantou-se rapidamente e pegou a varinha. Acabei rindo do carinho que ela fez ao objeto e como a esfregou em sua bochecha.

— Devo lhe fazer uma cicatriz? — A menina apontou a varinha para minha testa.

— Acho que tem maquiagem no quarto da minha mãe, obrigado. — Me curvei brincando, o que a fez gargalhar.

— Eu deveria lhe lançar uma maldição, mas sinto compaixão por você, humano. — Ela disse já andando para a porta. — Obrigada pelo sanduíche.

— Te acompanho até a porta. — A segui tentando acompanhar seu passo.

Mas Noo Ri desapareceu completamente, o que me deixou desnorteado. Ela estava ali, e um segundo depois não estava mais. Procurei pela casa, pensando que ela poderia estar brincando outra vez. Cheguei a correr alguns metros na calçada, mas nada.

— Estou ficando louco. — Ri sozinho.

***

Procurei Na Eun pela festa. Era um evento da universidade, então acabei trombando com algumas pessoas conhecidas e suas fantasias medonhas. As pessoas deviam gostar de gastar tempo com aquele tipo de coisa.

— Oi Min! — Ouvi a voz da Na Eun e acabei rindo quando a reconheci por debaixo daquela peruca desgrenhada. — Eu vim de Hermione.

— Nos seus melhores dias. — Gargalhei tocando seu cabelo.

Ela estava bonita. Na Eun sempre conseguia ficar encantadora, e essa era uma de suas qualidades. Ela tinha os olhos mais redondos do que puxados, e vivia criticando seu próprio maxilar por ser mais marcado que o da maioria das meninas.

Nosso uniforme era igualzinho.

— Acho que compramos na mesma loja. — Brinquei um pouco aliviado por vê-la sorrindo. — E de quebra ganhei uma bruxa esquisita hoje.

— Essa doeu. — Ela tocou seu peito.

— Não estava falando de você. Apesar da juba, você consegue ser uma bruxa adorável.

— Não podia ser Hermione sem o cabelo armado.

— Achei que fosse vir de Gina. — Falei já dançando a música que estava tocando. Eu precisava me mexer para não parecer tão estranho.

— Eu fiz minha escolha. — Ela murmurou sem me encarar. — Sei que é melhor para você assim. Então, esquece o que eu te disse outro dia.

Ela riu, mas era a risada de mentira da Na.

— Você não precisa se sacrificar por mim. — Murmurou bem baixinho.

Aquilo me fez parar. Eu não sabia lidar com aquilo. Eu não sabia o que estava sentindo, mas tinha certeza que estava sentindo algo.

Fui empurrado para frente de repente, e meu corpo colidiu totalmente com a minha amiga de infância. Na Eun me segurou, mas nossa aproximação a fez ficar sem graça.

— Foi mal aí! Sai da pista se não for dançar! — Alguém disse e a voz conhecida me fez olhar para trás. Noo Ri piscou para mim.

Não tive tempo para dar uma bronca nela, porque a vi desaparecer diante dos meus olhos, como se fosse mágica.

— Taemin? — Na Eun me cutucou parecendo preocupada.

Encarei seu rosto ainda absorto no meu susto, e eu me senti aliviado por estar com ela. Como se minha insanidade não fosse problema, Na estava ali.

Ela não reagiu quando a abracei.

— Hoje tive um dia muito estranho, mas só sei de uma coisa. — Falei a prendendo em meus braços. — Que eu odeio ficar longe de você.

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