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Verdades Dolorosas

Taehyung

John mal abriu a porta para sair da minha sala, e minha mãe entrou feito um furacão imprevisível.

— Mãe, agora eu não posso conversar. Estou de saída. — recolhi meus pertences sobre a mesa e coloquei nos bolsos.

— Você está indo vê-la? — ela abriu um sorriso maléfico nos lábios. Eu não sei o que ela estava tramando, mas eu não podia perder tempo.

— Eu não tenho tempo para os seus joguinhos agora. — virei-lhe as costas e segui para a porta.

— Eu não estou fazendo nenhum jogo, Taehyung. Só quero que você saia daqui munido de informações concretas. Eu jamais faria joguinhos com a vida do meu filho e dos meus netos. — ouvir aquilo me fez parar abruptamente e me virar para ela.

— O quê? — com passos graciosos e firmes, ela se aproximou de mim e estendeu um envelope branco.

— Essa aqui é a prova que você precisa para colocá-la contra a parede. — ela sorriu. — Pois, pela sua cara de assustado, vocês não tiveram tempo suficiente para ela lhe contar que você é o pai dos filhos dela.

Eu praticamente arranquei o envelope das mãos dela, abri numa velocidade recorde e meus olhos percorreram o resultado de exame de DNA com uma fúria agressiva.

— Que porra é isso?! — o papel tremia na minha mão, evidenciando o pavor que percorreu meu corpo.

— Como a nossa relação nunca foi muito expressiva, você não conhece meu lado mais persistente. — caminhei até uma poltrona e sentei. Minhas pernas estavam a ponto de ceder a qualquer momento. — Eu não chegaria até você para desenterrar um passado tão complexo como esse. — fitei seus olhos com certa dúvida. — Não se preocupe, seus gostos particulares por mulheres peculiares não é o que me interessa aqui. — ela sentou-se na poltrona oposta. — Acredite, o jeito como vocês se conheceram não me surpreende. O que me deixou interessada em toda essa bagunça foi a reação dela ao ouvir seu nome quando eu mencionei.

— Como você descobriu onde ela estava?

— Eu tinha pensado em lhe advertir que seria bom você me atualizar sobre sua mudança de endereço da próxima vez que eu viesse à cidade, mas como o assunto se tornou mais complexo do que eu imaginava, acho que vou deixar essa parte de lado.

— Você não respondeu a minha pergunta.

— Quando eu cheguei à cidade e bati na porta errada, vi que tinha muito mais do que um endereço errado que eu não estava sabendo. — ela cruzou elegantemente as pernas e fixou os olhos em mim. — O que me deixou muito curiosa a respeito dessa moça, foi ela ter filhos que eram, diga-se de passagem, uma cópia idêntica sua quando era criança. Porém, ela não me disse que nada que pudesse atiçar essa curiosidade, mas a reação dela ao ouvir seu nome foi o estopim para estarmos aqui hoje. — ela deu um longo suspiro e prosseguiu: — Nos últimos dias eu estive muito ocupada fazendo minha própria investigação. Foi assim, entre seus empregados e um detetive particular que obtive tudo o que precisava. — ela deu um sorriso melancólico. — Claro, também contei com um pouco de sorte e uma babá distraída para conseguir a amostra de DNA necessária para o exame. Conseguir a sua parte não foi problema, já que as mães geralmente têm acesso fácil aos filhos. Enfim, depois de coletar tudo o que precisava, procurei você.

Eu deixei o resultado do exame sobre a mesinha à frente e caminhei até a janela. O que já estava emaranhado se tornou um nó completo dentro da minha cabeça. Era complicado demais assimilar que a Alison tinha dois filhos. E pior ainda, era saber que eles são meus filhos também.

Se um buraco abrisse sob meus pés e eu fosse arrastado para a mais completa escuridão, não sei se conseguiria diferenciar a ocasião com o que estou vivendo hoje. Fui mantido em uma névoa intensa nos últimos anos sem saber do paradeiro da Alison, mas seu retorno me jogou em um limbo que me consome por inteiro em uma confusão de sentimentos arrasadores. Decepção, mágoa, medo e a mais profunda sensação de traição me rondam o tempo todo, surgindo no meu peito e tomando todos os meus sentidos.

— Como ela pôde fazer isso comigo? — sinto meus punhos cerrados com a raiva percorrendo minhas veias.

— O que você fará agora?

Eu não sei! — isso é tudo o que tenho vontade de gritar. Mas gritar, exalar essa agonia crescente através de palavras exaltadas não vai resolver nada. Então vou partir para uma ação mais decisiva.

Minhas pernas agiram tão rápido quanto meus pensamentos, mesmo que eu não tivesse consciência disso. Com passos rápidos, passei pela mesinha, peguei o resultado do exame com o envelope, me aproximei da minha mãe, deixei um beijo demorado no topo de sua cabeça, talvez ainda assimilando toda a desgraça que vagava em minha mente e saí.

Cheguei à casa da Alison o mais rápido que John pôde dirigir, como se minha vida dependesse de estar ali o quanto antes. E, na verdade, dependia.

Saí do carro e vi uma moça guardando uma mala no fundo de uma SUV prata.

— Onde está a Alison? — a moça, assustada com minha proximidade repentina, não conseguiu articular uma frase, apenas apontou para a porta de entrada.

Eu praticamente corri pela passarela e subi as escadas da frente, quase esbarrando nela quando saiu com uma bolsa de bebê nas mãos.

— Taehyung?! — os olhos arregalados dela não me surpreenderam.

— Vamos conversar! — soou mais como uma ordem do que um pedido.

— Taehyung, agora eu não posso...

— Você pensa que vai fugir de mim de novo e eu vou ficar parado sem fazer nada? — ela reagiu com espanto à minha pergunta. — Nós vamos conversar. E faremos isso agora! — virei para a moça que afivelava o cinto em uma das crianças e bradei: — Ei, você... — ela me encarou nervosa. — Retire ele desse carro e entre. Agora!

— Quem você pensa que é para dar ordens a minha babá, como se fosse o dono da casa? — replicou irritada. Eu olhei bem no fundo dos olhos dela e contra-ataquei.

— Você não vai a lugar nenhum com os meus filhos! — não achei que era possível, mas os olhos dela dobraram de tamanho. — Agora creio que você me deva algumas explicações. — a segurei firme pelo braço e entrei na casa que eu costumava chamar de lar. — Onde fica o escritório? — parei no corredor da entrada, diante da escada.

— À direita. — respondeu fraco. — Taehyung, você está me machucando. — reclamou quando voltei a caminhar, arrastando-a comigo.

— Pode ter certeza que não dói mais do que ser apunhalado pelas costas. — resmunguei irritado.

Chegando ao escritório eu a coloquei para dentro, entrando e fechando a porta em seguida. Eu não tinha ideia de como começar aquela conversa. Eu a soltei e ela passou a mão pelo braço, onde eu segurava com mais força do que pretendia.

— Agora você vai me explicar isso aqui! — joguei o envelope sobre a escrivaninha. Com cuidado, ela pegou o envelope e abriu. Eu não conseguia me conter, estava mergulhado em sentimentos muito intensos, andava de um lado para o outro. Vez passando as mãos pelos cabelos, outra cerrando os punhos para ter algo no que concentrar que não fosse toda aquela merda que estava acontecendo.

— Onde você conseguiu isso? — parei, olhei em seus olhos com uma fúria exacerbada.

— Acho que não é você quem tem direito a fazer as perguntas. — me aproximei bem devagar. — Eu quero que você me explique, e não aceitarei menos que a verdade, o que você pretendia todo esse tempo escondendo meus filhos de mim. — ela engoliu em seco. — Mas vamos pelo início... — virei de costas, voltando a andar impacientemente. — Quando você descobriu que estava grávida? Antes ou depois que foi embora sem um motivo plausível?

— Taehyung, eu... — voltei-me para ela, o rosto em brasa pela fúria. Além de ser uma pergunta essencial, ela pretendia fazer rodeios para me dizer a verdade.

— Eu não quero uma história, Alison, apenas os fatos verídicos. — ela abraçou o corpo, fitando o chão.

— Eu descobri no dia em que fui à sua casa. — me curvei na mesa e apertei as beiradas com tanta força, que meus dedos ficaram brancos.

— Por que não me contou isso quando esteve lá?

— Eu pretendia fazer isso, afinal, esse foi o motivo de ter ido até lá, para começo de conversa.

— Então, por que não me disse?

— Porque a Melanie estava lá. — bufei incrédulo.

— Quer dizer que você vai colocar isso como desculpa para não ter me dito que estava grávida? A Melanie e eu não tínhamos nada! Eu não passei a noite com ela, deixei isso bem claro.

— Eu não duvidei quando você me disse que não tinha mais nada com ela.

— Mais que droga, Alison! Se acreditava em mim, por que foi embora daquele jeito e sumiu nos últimos 5 anos? — não contive a raiva em minha palavras.

— Porque eu me senti culpada, arrependida...suja. — sua voz vacilou, ela estava chorando. Por mais que eu detestasse vê-la chorar e confrontá-la daquele jeito, não foi possível me conter. Meu coração estava em ruínas, e eu precisava saber a verdade.

— Do que é que você está falando? — com a cabeça baixa, ela secou as lágrimas antes de me encarar. Aquela expressão em seu rosto me deixou reticente. Sentia que toda aquela seriedade iria me derrubar ainda mais.

— Na primeira noite em que te procurei no hotel, eu fui com o intuito de dormir com você. Finalmente, depois de anos fazendo tratamento, eu estava em um ciclo de fertilidade adequado, e você era o único que poderia me dar o que queria.

— O quê? — o choque quase eximiu minha capacidade de falar.

— Eu descobri que o Harold não podia ter filhos, pois havia feito vasectomia e não me contou sobre isso. Esse foi o motivo de eu ter pedido o divórcio, doía demais saber que ele tinha mentido para mim. — ela retomou o fôlego e continuou: — Eu estava tão abalada com tudo aquilo, sempre rodeada de mentiras e manipulações, que acabei cedendo e me tornando alguém que eu não era.

Eu não tenho nem palavras para dizer algo a respeito. Mas sinto como se meu corpo estivesse sendo carregado por bilhares de formigas, bem devagar, rumo ao buraco mais fundo da terra.

— Eu tentei um encontro casual, um cara qualquer, quanto mais aleatório, melhor. Mas fui um fiasco nesse aspecto também.

— Você tem ideia do quanto isso poderia ser perigoso? Poderia acabar na cama com algum maníaco, sociopata ou sabe-se lá o quê. Ou poderia se satisfazer momentaneamente com alguém "interessante" e depois descobrir que ele te passou alguma doença venérea. — perdi a noção do rumo dessa conversa ao acrescentar esse raciocínio lógico.

— Eu estava entorpecida e desesperada, esses detalhes não estavam, nem de longe, entrando na minha cabeça. — acrescenta envergonhada.

Fui até um pequeno armário, onde costumava guardar bebidas quando essa casa ainda pertencia a mim. Para o meu azar, dei de cara com mais um monte de livros.

Merda!

— Eu não tinha ideia de que encontraria você naquele hotel. Mas aconteceu. — prosseguiu, ainda de cabeça baixa. — Quando você voltou à minha suíte, no dia seguinte, eu fiquei ainda mais arrasada por você me fazer relembrar de  tudo o que eu queria manter longe da minha cabeça, lá no passado.

— Agora você vai colocar a culpa em mim por isso também? — cheguei a me sentir ultrajado com a hipótese.

— Nada disso foi culpa sua. — os olhos marejados dela procuram os meus. — Nada, nunca, foi culpa sua. Claro que, eu não esperava aquela reação sua quando te contei da gravidez, mas já te disse isso antes, o acidente não foi culpa sua. Quando eu perdi a memória, e você me disse que tudo estava bem entre nós, eu entendo agora que você tinha medo de me perder. — não sei se é porque estou na defensiva, mas essas palavras me deixam ainda mais atento, apesar do coração murchar um pouco com essa sua perspectiva. — Sei que tudo o que fez foi para me manter ao seu lado.

— Não é essa...parte que eu preciso ouvir agora. — hesitar diante do "inimigo" é sempre sinônimo de derrota.

— Você queria a verdade, e eu estou dando a você. — não pude argumentar. — Eu havia chegado a conclusão de que você me devia um filho. Domada pela raiva e todos os sentimentos negativos que estava carregando nos últimos dias, agi por impulso ao ir vê-lo.

— Você sabe que eu só te procurei para deixar as coisas resolvidas entre nós. De forma definitiva, já que aquilo me tortura demais.

— Eu sei disso. Agora eu sei. Na verdade, logo após aquela noite, eu caí em mim. Percebi que fui imprudente e leviana ao procurá-lo.

— Ainda assim, voltou lá e fez a mesma coisa inúmeras vezes. — a raiva estava voltando.

— Quando te procurei no dia seguinte, eu pretendia te contar a verdade, mas você não permitiu que nosso laço se quebrasse.

— Você ainda ousa querer me usar como culpado por você manter aquela farsa?

— De certa forma, sim, você tem culpa. — tive que fazer um esforço enorme para não socar a porta de algum armário. — Você estava em todas as partes de mim. — estou torcendo mentalmente para isso não ser um trocadilho sobre o livro dela. — Fosse no meu passado, em todas aquelas lembranças boas; no meu presente, literalmente ao meu alcance; e no meu futuro, a cada vez que meu corpo e alma desejava estar contigo outra vez.

Eu estou tentando não baixar a guarda, mas é quase impossível quando tudo o que ela diz está gravado à ferro quente em meu coração. Ela não parece estar falando de si mesma, isso é tudo o que eu tenho sido: passado e esperança de um futuro só nosso.

Pela primeira vez, desde que entramos no escritório, ela ousa sair do lugar. Com as mãos para trás, ela olha em volta, como se divagasse sobre tudo o que eu significo em sua vida.

— Mesmo estando casada, o peso da sua presença era constante dentro de mim. Não apenas por lembrar das coisas ruins. — ela para e olha para mim. Aqueles olhos profundos seduzem a minha alma, eu posso sentir. — Mas por relembrar constantemente das coisas boas. Foi por isso que eu não consegui parar o que estávamos fazendo. Todos aqueles encontros, com você me cercando de tudo o que eu senti falta por tanto tempo, não pude quebrar dar ao meu coração algo que ele pediu por tanto tempo. — me senti obrigado a engolir em seco e quebrar o contato visual com ela. Seria minha desgraça permanecer no terreno dos seus sentimentos, enquanto suas palavras me hipnotizam desse jeito. — Quando aquele ciclo diário de estarmos um com outro foi quebrado, eu pude voltar à realidade e, foi então, que descobri que minha menstruação havia atrasado.

— Nada disso faz sentido pra mim.

— Eu sei que não, mas pra mim fazia, naquele momento. — ela está em frente a mesa agora, muito perto. Tenho medo disso. Tenho medo de não ser capaz de agir de acordo com a situação atual. — No entanto, você estava em mais um dia comum do seu dia a dia, com ela. Minha mente não me permitiu pensar além de: o que você tem feito, Alison? Sua vida estava calma, tranquila. Eu cheguei de repente e, trazia comigo uma notícia que o prenderia a mim para sempre. E eu nem sabia se isso era algo que você queria. Fui tomada pelo medo de você me rejeitar, de rejeitar o bebê que estava ganhando vida dentro de mim. Tive medo de você reagir como reagiu da última vez, e eu morreria se você cogitasse a ideia de tirá-los.

— Você diz entender o quanto eu te amava, mas me pintou como um monstro em seus próprios devaneios.

— Sim, eu fiz isso. O medo pode mudar todas as nossas ações, nos auto-sabotar de um instante para o outro. É a base disso que tenho vivido nos últimos anos. Um medo constante de você aparecer, descobrir sobre sua existência e tomá-los de mim.

Minha vontade era afagar seu rosto, olhar em seus olhos e pedir que nunca mais tenha medo, que estaria ao seu lado e jamais a magoaria.
Porém, o magoado nisso tudo fui eu. Posso ter um lado frio e calculista e o uso quando necessário. Não sou esse ser diabólico que ela tanto teme. Nunca fui. Mas saber que fui usado, manipulado para ela obter o que queria, e depois ser descartado como se não tivesse a mínima importância, é como arrancar o coração do meu peito com garras afiadas.

— Eu sinto muito por tudo isso. — ela dá a volta na mesa e se aproxima de mim. — Agora sou eu que me ponho diante de você para pedir que me perdoe. — ela deu mais um passo, mas eu recuei. Seus olhos, brilhando pelas lágrimas, apenas refletem os meus.

Por mais que ela tenha sido a pessoa que eu sempre quis, meu melhor desejo, minha maior alegria e desespero, meu único amor, eu não consigo ficar perto dela agora. Não depois de tudo o que ouvi.

Com passos rápidos, saí do escritório e bati a porta. Não iria deixá-la ver o quão fundo ela cravou esse punhal no meu peito. O quanto doía, e o quanto essa dor emanava pelos meus olhos.

Subi correndo as escadas e me refugiei no banheiro. Eu tinha certeza que um pouco de água fria no rosto ajudaria a aliviar todo esse pesar. Foi inútil, nada poderia deixar esses sentimentos mais leves.

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