Um Novo Começo
Taehyung
O sol brilhava forte no céu. Era um dia bastante propício para um banho de piscina. Chegando ao lobby eu entreguei meu celular nas mãos de John, logo depois de avisar ao Jungkook que tirei o dia de folga. Sei que ele deve ter ficado uma fera ao receber a mensagem, mas só terei certeza amanhã, quando ligar meu celular outra vez.
Aproveitei e dispensei John, não precisarei de seus serviços, meu foco hoje é a Alison.
Quando cheguei na área da piscina ela já havia escolhido um guarda-sol, estava instalada e passava protetor solar no rosto.
Me aproximei devagar, com as mãos no bolso do short, apenas observando-a com seu jeito simples e natural. Parecia algo inédito aprecia-la desse jeito. A maneira suave que ela levou as mãos até o tornozelo e subiu suavemente, espalhando o produto pela perna, era encantadora.
Sem dúvida alguma, eu era um bobão apaixonado. Como ainda poderia estar intacto esse sentimento por ela? Não tenho a menor ideia. Minha única certeza era que, de alguma forma, nada parecia ter mudado. Pelo menos dentro de mim.
Ela levantou, jogou um pouco do protetor na mão, passou uma na outra e espalhou pelo abdômen. Nem tinha percebido que parei onde estava e meus músculos ficaram tensos.
Não importa o que a Alison diga, ou como se comporte, todo ato com ação direta nesse ponto do corpo dela me deixará sempre assim. Não há palavras que consiga remediar o efeito receoso no meu corpo e não há olhares ternos vindos dela que diminuirá a culpa que eu sinto.
Não consigo evitar.
No entanto, não posso deixar de observar que ela age naturalmente. É como se aquela marca não existisse ali, que uma cicatriz como aquela fosse um "mero detalhe" em seu corpo.
Quando ela me disse que aquela cicatriz era o motivo do fim de seu casamento, achei que ela fosse insegura com seu corpo e isso a impedisse de aprofundar mais a relação física entre os dois. Mas, vendo-a agora, totalmente despida de qualquer receio ou vergonha em exibi-la, tenho plena certeza de que eu estava errado. Claramente o impacto na relação dos dois tinha relação com o fato dela não engravidar.
Eu estive certo esse tempo todo, aqueles centímetros em sua pele a privava de uma vida plena e feliz.
— Taehyung! — ela grita assim que me vê, faz um sinal com a mão e eu volto a caminhar devagar. — Está tudo bem? — perguntou quando me sentei na espreguiçadeira.
— Está sim. — dou um sorriso para reforçar minha mentira. Eu nunca vou me livrar dessa culpa.
— Tudo bem, então vire-se, vou passar protetor nas suas costas.
Fiz o que ela pediu e suas mãos macias percorreram minha pele, espalhando o produto.
Não tinha muito movimento na piscina, mesmo o dia estando tão convidativo para tal. Pouquíssimos adultos estavam por ali, menor ainda era o número de crianças.
Não posso negar que me sinto mais confortável pelo lugar não estar cheio.
As mãos da Alison pousaram em meus ombros, levantei a cabeça e a observei. Seu olhar estava fixo em alguma coisa. Vasculhei a direção em que ela olhava e constatei que não era alguma coisa, e sim de alguém.
Na borda mais rasa da piscina tinha uma mulher, com ela estava uma criança que certamente tinha menos de 1 ano de idade. Meu coração apertou de repente. Sabia exatamente o que ela estava pensando.
Uma outra criança, na faixa dos 8 ou 9 anos, correu e pulou dentro da piscina, o bebê se assustou e as mãos da Alison apertaram meus ombros. Coloquei minha mão sobre a dela e por alguns segundos, não houve nada. Ela estava em silêncio, estagnada com o que via e completamente inerte em um mundo dentro da própria cabeça.
— Ok, vamos lá. — ela apertou meu ombro, depois guardou o protetor na bolsa e me estendeu a mão. — Hora de nos refrescarmos!
Foi uma mudança tão brusca no comportamento dela que eu me senti perdido. Ainda assim, peguei sua mão e seguimos para a água.
Na piscina, nada de pulo. Ela sentou na borda e entrou calmamente. Fiz o mesmo. A partir daí, o mundo era completamente diferente.
Alison nadava graciosamente; às vezes mergulhava e nadava entre os outros hóspedes; competimos para ver quem conseguia ficar mais tempo debaixo d'água; nos beijamos muitas vezes sob a água cristalina e compartilhamos risos animados e confiantes. Bebemos alguns drinks nos momentos em que saímos da água; ela reforçou nossa proteção solar e se espreguiçou sob o sol por algum tempo. Não tinha coisa melhor do que vê-la assim, tranquila, espontânea e feliz.
Ao voltarmos para a piscina, ela envolveu minha cintura com suas pernas, eu segurei em sua cintura e ela abriu os braços, se mantendo sobre a água. Fiz movimentos suaves e seus cabelos deslizavam em ondas pela água. Ela parecia tão livre.
Meus olhos percorreram o corpo dela e minha respiração ficou presa na garganta ao ver a cicatriz dela tão de perto, ao alcance de um dedo. Eu levei minha mão mais para o centro do corpo dela, e finalmente tive coragem de sentir aquela marca sob meus dedos. Ela era fina e maleável, tinha mais visibilidade do que espessura. Passei o polegar sobre ela, sem desviar por um segundo o olhar atento e curioso. Soltei o ar com força, como se, de alguma forma, estivesse me livrando de uma vez por todas da culpa que me maltratou por todos aqueles anos.
Ela soltou minha cintura e moveu as pernas suavemente sob a agora, fez a volta e emergiu bem na minha frente.
— Acho que estamos a bastante tempo aqui. Está na hora de ir. — sugeri observando meus dedos todos enrugados.
— Você que manda! — ela concordou antes de envolver meu pescoço e me beijar.
Aquele ato envolvia mais do que um beijo inocente costuma nos dar. Ela tinha outras intenções, e eu soube imediatamente quais eram. Na pausa de um beijo para outro, olhei rapidamente em torno da piscina, já não havia quase ninguém circulando por ali. A segurei junto a mim e suas pernas voltaram para minha cintura. Era um perigo como aquele que ela queria, e eu estava adorando ser seduzido, arrastado para o fogo que crescia dentro dela.
De repente, uma gritaria nos pegou desprevenidos, e um choque na água nos afastou. Alguns adultos retornaram à piscina com suas crianças, o que indicava que horário do almoço tinha acabado.
— Não podemos continuar com isso aqui. — sussurrei em seu ouvido.
— Parece que não. — ela se afastou mais e me encarou com aqueles olhos cor de mel semicerrados. — O que é uma pena. — ela me provocava do jeito que sabia que eu gostava.
— Espera, aonde vai? — perguntei quando ela alcançou a beirada da piscina.
— Está na hora de ir. Não foi isso que você disse? — de pé ao lado da piscina, ela tirou o excesso de água dos cabelos.
— Disse, mas eu não posso sair agora. — arqueei uma sobrancelha. Ela sabia ao que me referia.
— Lamento por você. — fez um biquinho e me mandou um beijo estalado.
— Alison, espera! — ela virou-se de costas e saiu andando. — Alison, você vai mesmo me deixar aqui assim, e sozinho? — ela finalmente parou e olhou pra mim.
— Eu creio que você precisa de ajuda com...— ela ergueu o dedo indicador e apontou pra mim. — Isso aí, mas se for depender de mim, então você vai ter que me pegar primeiro. — me desafiou com um olhar penetrante.
— Alison... — era mesmo um desafio, e ela não hesitou em pegar nossas coisas no guarda-sol e sair andando como uma vitoriosa.
— Te vejo em breve, amorzinho! — zombou sem se virar pra mim e ainda deu um tchauzinho bem debochado.
As pessoas olhavam pra mim com censura quando eu entrei no lobby do hotel, usando um chinelo e uma bermuda tactel ensopada. Fui obrigado a pedir desculpas ao passar pelos funcionários do hotel ao rumar ao elevador.
— Ah, Alison, você me paga por isso...! — murmurei sozinho quando as portas fecharam.
Eu não tinha certeza de para que suíte ela iria, mas, como era conveniente, já que o andar dela era primeiro que o meu, apertei o 14, depois o 25. Ao abrir das portas no 14° andar, eu avistei a Alison próximo à porta da suíte dela.
— Alison...? — minha voz ecoou pelo corredor vazio e ela se virou para trás. Ao me ver dentro do elevador, me observou de cima a baixo, com a bermuda ainda pingando, agora no carpete do corredor, assim que dei o único passo necessário para sair dele.
— Ai, droga! — foi a única coisa que ela disse antes de eu disparar correndo em sua direção.
Ela se apressou para pegar o cartão-chave dentro da bolsa e entrar na suíte. Ela conseguiu pegá-lo e abrir a porta, entrou, mas antes de conseguir fechá-la, eu a impedi.
— Não! — ela gritou assustada quando não teve êxito. — Taehyung!
— Você sabe que não vai conseguir se livrar de mim agora. — atrapalhada com a bolsa, ainda na tentativa de fechar a porta, resistiu o máximo que pôde.
— Taehyung! — me adivertiu entre risos.
— Eu não quero que se machuquei, então melhor desistir logo.
— Por favor, não faça isso. Tenha piedade.
— A única coisa que não terei agora é piedade de você, Alison. — minha voz baixa soou rouca.
— Tudo bem, tudo bem! Eu desisto. — ela olhou em meus olhos, mas ainda não soltou a porta. — Eu sei que fui malvada, e ao reconhecer isso mereço um pouco de compaixão. — bem devagar ela cedeu e deu um passo atrás. Eu ainda fiquei onde estava, observando cada movimento seu, com cautela.
— Então agora você é uma boa menina? — ela assentiu, dando outro passo atrás. — Sabe, Alison...não importa o quão "chapeuzinho vermelho" você seja agora, eu ainda serei o lobo mau.
— Não! — deu um gritinho e tentou correr para o banheiro.
Infelizmente para ela, eu era mais rápido. Entrei numa velocidade extraordinária, bati a porta e a puxei pelo braço, imobilizando-a em meus braços.
— Como vai fugir de mim agora? — ela se debateu por um instante, tentando se soltar dos meus braços que envolviam os dela, e minhas mãos os mantinham fixos em suas costas.
— Tudo bem, eu já disse que desisto. — tentou conter o sorriso dissimulado. — Você venceu!
— Acho que mesmo que você quisesse, não teria como fugir de mim agora, teria? — ela negou com a cabeça. — É sempre bom olhar nos olhos de um perdedor. — zombei e ela riu.
Eu a beijei. Beijei com fúria, tesão e luxúria. A cada movimento da minha língua, ela se desmanchava mais em meus braços. Eu a soltei de seu cárcere e seus braços correram para me abraçar. O fogo dela estava ali, ainda mais aceso do que antes. Quando ela largou a bolsa no chão, eu a encostei na mesinha da entrada e minhas mãos apertaram sua bunda por baixo do tecido fino da peça entitulada como saída de banho. Ela gemeu em meus lábios com a investida e eu soube que ela tinha tanta pressa quanto eu. Deixei seus lábios e a virei de costas, beijando agora sua nuca entre os cabelos molhados. Minhas mãos subiram pela cintura dela e eu tentei desfazer o laço da peça inferior do biquíni dela, e ela riu.
— Você não achou que eu ia mesmo correr o risco desse laço soltar e eu ficar parcialmente nua na piscina, não é?
— Merda! — praguejei baixo quando me deparei com o nó nas extremidades da peça. — No entanto, isso não vai me impedir de ter o que eu quero! — passei dois dedos pela parte inferior do biquíni e o puxei para o lado, expondo mais sua nádega.
— A única coisa que eu não quero agora, é que você desista. — ela murmurou ofegante quando eu pressionei minha ereção em sua bunda e meu corpo quente exigiu contato com o dela.
Ela pousou as duas mãos sobre a mesinha e empinou a bunda. Pronto, game over para nós dois. Baixei depressa meu calção, ela abriu mais as pernas, segurei meu membro pela base e exigi passagem em sua cavidade quente e apertada. O gemido manhoso dela com a minha primeira investida, anunciava a mais excitante e aclamada derrota que ambos desejamos.
— Tem compromisso amanhã à noite? — ela pousou os talheres no canto do prato e limpou discretamente a boca com o guardanapo.
— Suponho que você tenha algo em mente. — seu olhar penetrante me deixou levemente desconcertado. Não era exatamente o que eu tinha em mente, mas sei o que ela pensou.
— Tenho sim, e a programação começaria com um par de ingressos para um musical de curta temporada na capital. — ela hesitou, não esperava por algo assim.
— Oh, isso é... — ela pegou a taça de água e tomou um gole. — Está me convidando para um encontro?
Eu não sei porquê razão, mas senti meu corpo esquentar e esse calor se concentrar em meu rosto. Fiquei nervoso de repente.
Por mais que nossa relação não seja definida, e eu deseje que se defina em algo concreto, me senti como se estivesse pisando em um campo mimado. No entanto, não é exatamente isso que estamos fazendo?
Depois da manhã na piscina e do fogo no quarto, saímos para almoçar, caminhamos pelo parque floral da cidade, visitamos uma galeria de arte e estamos finalizando com um jantar, que me parece muito romântico. Ainda assim, não dar um rótulo a isso me deixa tranquilo. Então, ela falar em encontro, pronunciar essa palavra e deixar evidente que meu convite nada mais é do que isso, me deixou travado. Não quero que ela se sinta pressionada a pensar muito sobre isso, e repense tudo o que temos feito.
— Eu acho... Sim, tecnicamente é isso. — forcei um sorriso, meu coração batendo feito um bumbo nos meus ouvidos.
Ela não expressou nenhuma reação por alguns segundos que me pareceram uma eternidade. Em seguida, um sorriso tímido brotou em seu rosto, e, finalmente, vi seus olhos apertarem levemente com o sorriso dela se abrindo mais.
— Sim, eu adoraria ir à um encontro com você. — eu cheguei a soltar um grunhido com o alívio que se espalhou pelo meu corpo.
— Tudo bem...então vamos fazer isso. — eu não tinha mais ideia do que estava saindo pela minha boca, tamanho foi o meu nervosismo.
Oi, galerinha, tudo bem?
Demorei, mas voltei!
Sinceramente, não sei o que há de errado com a minha cabeça. Ando sem tempo para quase nada, só o básico de casa, filhos, trabalho e faculdade, mas essa cabeça cheia de fantasia não me dá descanso. Aff!
No meu dia a dia, no trajeto para o trabalho, eu costumo ler, colocar os episódios das minhas séries em dia ou resolver pequenas coisas do meu cotidiano. Porém, como obtive um pouco de "paz" nos últimos dias, estou sem leitura no momento e não estava muito afim de assistir nada, adivinhem o que me ocorreu? Isso mesmo, uma nova fic se formou na minha mente e eu comecei a escrever.
Eu mal estou tendo tempo para revisar essa e postar, agora me vem mais isso. E pasmem, já fiz o pedido da capa e ela está pronta. Kkk
Pois é, meus amores, logo mais vem aí uma nova fic Jikook ABO. Atualmente ela tem 7 capítulos, mas ainda não formulei, sequer, uma sinopse. Pode isso? Kkk
Enfim, pretendo voltar com a att dessa aqui ainda essa semana. Beijos, amores!
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