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Tocaia


Taehyung


Eu não tinha ideia que uma festa de criança pudesse ser tão cansativa. Não quero nem pensar em como é lidar com todos os preparativos.

Quando Jungkook me falou sobre a correria que estava tendo nas semanas anteriores, não imaginava que esse tipo de trabalho fosse árduo. Apesar de tudo, ele e a Wendy pareciam muito satisfeitos com o resultado.

Claro, haviam muitas crianças que nunca vi por lá, mas a Molly estava especialmente radiante em poder comemorar seu quinto aniversário ao lado das pessoas que ela gosta. Devo me lembrar que, todo aquele vai e vem, as brincadeiras e as correrias pelo enorme salão, o fiz por livre e espontânea vontade, afinal, sou padrinho dela, um status que ainda assim, não me mantém presente o suficiente na vida dela.

Melanie se deu muito bem com todas aquelas crianças em volta dela, é um lado seu que eu não costumo presenciar, mesmo sabendo todos os esforços que ela faz para arrecadar fundos para centenas de orfanatos e crianças carentes. Ela tem um dom especial para isso, e não poderia ser diferente em sua relação direta com elas.

Uma situação em especial que me deixou, de certa forma, muito envergonhado pelo rumo que meus pensamentos tomaram, me gerou algumas perguntas que eu ainda não havia me feito.

Melanie estava em uma cadeira, com seu longo vestido marfim sem decotes ou fendas, bem diferente dos que costuma usar. Sobre seu colo, uma criança de pelo menos 1 ano, amarrotava suas vestes sem pudor algum. Ao ver a cena, eu imaginei como seria ela com o próprio filho nos braços. Nosso filho. Foi quando tudo começou a ruir na minha cabeça.

Eu sei que Melanie quer ter uma família, com no máximo dois filhos. Mas, como eu ficaria diante disso tudo?

Nunca tinha pensado a respeito de ter filhos. Depois do que houve com a Alison, essa ideia nunca chegou nem perto de algum vislumbre. No entanto, desde que fiquei noivo da Melanie, tendo total conhecimento desse lado que ela pretende colocar em prática, passei a me perguntar se eu deveria ser pai. Com tudo o que aconteceu entre Alison e eu, não achei que merecia mais qualquer menção a paternidade. Não me sinto no direito de ter tal alegria, quando tenho ciência de que tirei dela essa hipótese. Quer dizer, não era uma hipótese de fato, e sim um sonho que ela carregava consigo desde muito cedo.

Agora, quão inescrupuloso eu seria ao sentar com a Melanie e decidir o momento certo para termos filhos, sabendo que, em algum lugar nesse mundo, Alison carrega o desfruto de nunca poder tê-los?

Eu sei que ela diria que nada do que houve no passado é culpa minha, inclusive a Alison chegou a me dizer isso. Ela tirou aquele peso enorme que eu carregava com o sentimento de culpa. Ainda assim, há alguma coisa no fundo do meu peito que não me deixa seguir adiante. Não me parece correto.

Sem contar que, até hoje, não entendo o porquê da Alison simplesmente ter sumido daquele jeito. Eu vi nos olhos dela que compreendia a situação que aconteceu, o motivo da Melanie estar no meu apartamento naquela manhã. Assim como vi também que algo não estava certo naquela despedida. Eu deveria ter ido com ela naquela manhã. Deveria ter ficado perto dela. Alguma coisa mexeu com os sentimentos dela, mas ela não me disse o que era, e desapareceu de repente.

Ela sabia exatamente o que eu faria para encontrá-la, e conseguiu cobrir perfeitamente cada rastro seu, me deixando mais uma vez na penumbra, lutando contra sentimentos devastadores que ameaçavam me consumir por inteiro.

E, mais uma vez, quem me trouxe de volta daquele maldito limbo de sentimentos atordoante, foi a Melanie.

Passei dois anos procurando pela Alison, e pelo esforço que a Melanie fez para me manter bem, foi difícil ignorar sua prestatividade, atenção e carinho. Ela estava ali por mim, sempre, e tudo o que me pediu em troca foi que enxergasse o que tinha na minha frente. E era ela que estava lá todas as vezes.

Procurei por motivos para não deixá-la entrar na minha vida outra vez, e eles não existiam. Não havia nenhum contra para que ela não estivesse aqui, ao meu lado. E eram incontáveis os prós.

Eu amava Alison, mas isso não era suficiente para fazê-la ficar. Ela decidiu me deixar, sem me dizer o motivo, a razão para que não pudéssemos seguir juntos. Isso não existia com a Melanie, mesmo ela sabendo que meu coração pertencia a outra.

Faz três anos que finalmente decidi lhe dar a chance de tomar o lugar de alguém que não queria estar lá.

Infelizmente, ainda não amo a Melanie. Mas ela me trás segurança e conforto. Está ao meu lado em todos os momentos, me apoiando e compartilhando um amor que ela sente por nós dois. Isso é mais do que eu mereço receber dela, depois de tudo o que a fiz passar.

Eu tenho tentado, de verdade, dar a ela um espaço, mesmo que mínimo, no meu coração. Sou positivo acerca de seus planos, dou-lhe a atenção que precisa e carinho do jeito que ela merece. Não com amor, mas com todo o afeto possível, porque também não sou um cretino insensível.

Ainda assim, uma parte de mim nunca será completa.

Já ouvi dizer que no caminho árduo dos sentimentos mais profundos, existe o amor da sua vida e o amor para sua vida. Melanie certamente é o amor para a minha vida. Ela pode não ser o que eu quero, mas, sem dúvida, é o que eu preciso.

Deitado na cama, viro sutilmente o rosto e a vejo dormindo ao meu lado. Foi um dia cansativo para ela, sei que os preparativos para o casamento está lhe tomando muitas energias. E ainda tivemos o aniversário de Molly à tarde. Tudo isso a deixou exausta.

Me virei para ela, puxei uma mecha de seu cabelo e coloquei para trás.

— Você é realmente uma mulher incrível. Não desiste por nada nesse mundo quando quer alguma coisa, não é mesmo? — murmurei tão baixo, que eu mal podia ouvir minha própria voz. Assim que deixei um beijo suave em sua testa, ouvi a campainha tocar.

Olhei o horário no celular e, apesar de não ser nem 19h, não tenho ideia de quem poderia vir até aqui.

Sai do quarto, e já no corredor eu podia ouvir aquela voz marcante e imperativa. Impossível não reconhecer.

— Sra, o Sr Kim já se recolheu.

— Você prestou atenção no que eu disse? Eu preciso falar com ele, é urgente.

— Sra...

— Tudo bem, Penny, eu resolvo isso. — entrei na sala fechando o roupão.

— Sim, Sr! — nunca me arrependi de ter contratado a Penny. Ela sempre sabe exatamente como agir em determinadas situações e deixa o ambiente o mais confortável possível para mim e para quem está ao meu redor.

— O que faz aqui a essa hora? E por que todo esse estardalhaço? — passei pela minha mãe, indo até o aparador e me servindo uma dose curta de whisky.

— Eu preciso que você venha a um lugar comigo. É super importante.

— Seja lá o problema que você tiver, eu não vou a lugar nenhum. Pelo menos não hoje. Estou cansado. — peguei meu copo e fui para o sofá.

— Você entendeu quando eu disse que era o importante? — ela arruma a postura, tomando um ar mais superior.

— E você não ouviu quando eu disse que estava cansado? — posicionei uma almofada atrás da cabeça e dei um gole na minha bebida.

Minha mãe apressou os passos, tirou o copo da minha mão e colocou de volta no aparador.

— Não me importa se você está cansado, precisa vir comigo agora! — tenho que confessar que aquele jeito autoritário dela estava me irritando.

— Preciso? — levantei, dei a volta por ela e peguei de volta o copo. — Não é você quem decide o que eu preciso. Você nunca teve competência para isso. — voltei para o sofá. Ouvi ela respirar fundo, provavelmente se acalmando para não perder a pose.

— Meu filho querido... — olhei em seus olhos, esperando o teatro que ela faria na tentativa de me convencer a ir com ela. No entanto, seus olhos firmes, seu tom de voz sério e a pose imaculada dela, me fizeram entender que não se tratava das futilidades de uma socialite com tempo sobrando. — Eu sei que não temos a relação de mãe e filho que deveríamos ter. Mas, mesmo que você não compartilhe de sua vida pessoal comigo, há coisas que uma mãe pode facilmente descobrir sobre a vida de um filho. E eu tenho certeza que, o que estou prestes a te mostrar, lhe deixará, no mínimo, boquiaberto. — dei mais um gole na bebida, sem desviar meus olhos dos dela.

— Do que se trata? 

— Eu prefiro poupar seus nervos e evitar que você tenha uma crise de ansiedade antes de chegarmos lá. Então vista-se, precisamos ir o quanto antes. — não havia hesitação em seus olhos, suas palavras ou no seu comportamento firme e austero.

— Acho bom que esteja certa sobre a importância disso para mim. — levantei e deixei o copo vazio na mesinha de centro.

— Não tenha dúvidas quanto a isso, meu querido.



— Pelo amor de Deus, mãe, por que estamos espionando a casa de alguém?

— Shh...não faça barulho. — bufei irritado.

Por incrível que pareça, a bolsa que minha mãe carregava tinha espaço suficiente para guardar um binóculo. Eu não tenho ideia do que ela está vendo dentro daquela casa, mas ela parece muito entusiasmada.

— Vai me dizer ou não, o que estamos fazendo aqui?

— Foi por causa dessa sua impaciência que eu não falei do que se tratava. Você, certamente, já teria invadido a casa a essa altura.

— Por que eu invadiria uma casa que um dia já foi minha? Caso não saiba, eu a vendi porque não tinha mais interesse em ficar com ela. — me remexi desconfortável no banco. Estava cansativo demais ficar preso naquele carro nos últimos quarenta minutos.

— Por falar na venda dessa casa, você não sabe quem a comprou de você? — ela perguntou sem ao menos tirar os olhos do binóculo.

— A imobiliária disse que o comprador queria sigilo com o fechamento do contrato de compra e venda. Eu sou um homem de negócios, sei bem como isso funciona.

— Mesmo assim, você não procurou saber quem havia adquirido o imóvel depois desse tempo todo? — fiquei intrigado com essa pergunta. Ao mesmo tempo, irritado com a hipótese que se formava na minha mente.

— Por acaso o novo dono do imóvel é alguém que você admira de alguma forma? — ela baixou o binóculo e me encarou impassível. — Se você me disser que me tirou de casa para tietar alguma celebridade, eu juro que vou mandar te internar.

— É essa sua arrogância e falta de cérebro que te coloca em situações tão imprevisíveis. — agora fiquei realmente irritado.

— Mais que diabos! — ela me deu um tapa na perna como se eu fosse um menino de 5 anos precisando de uma advertência.

— Fique quieto! — ela rosnou entre os dentes.

Puta que pariu, era só o que me faltava, ficar de tocaia na entrada da propriedade de alguém, só para satisfazer o ego da minha mãe.

Eu não saí imediatamente daquele carro e fui embora, porque, sinceramente, não quero que ela tenha problemas por estar invadindo propriedade alheia.

— Boomer, bem devagar, pare na entrada da casa. — ela ordenou. Eu me mantive calado, mesmo que estivesse me revirando de raiva por dentro. — Você já pode sair agora. — eu virei lentamente o rosto para encará-la.

— O quê?

— Vá até lá e toque a campainha.

— Você está...

— Se perguntar se estou louca, juro que farei minha mão arder nesse seu rostinho bonito. — ela não estava brincando ao dizer aquilo, e eu jamais ouvi ela fazer uma ameaça que não cumprisse. — Presta bem atenção, Taehyung...— ela se virou para mim. — Eu sei que a pessoa que está atrás daquela porta é importante para você de alguma forma, então deixe todo esse cetíssismo de lado e confie em mim.

Quando a minha mãe me olhava daquele jeito e usava as palavras certas, era como se alcançasse um lugar dentro de mim que nunca pertenceu a ninguém. E mesmo que tenha me gerado, mas nunca cumprido o papel que eu tanto precisei, nesses momentos ela se mostrava ser mãe.

Eu sentia o peso de seu lugar, sentia o cuidado irradiar por seus olhos e sua tentativa de obter de mim o que nunca teve. Sei que não foi culpa dela todos aqueles anos que precisou se manter afastada. Como cuidar de uma outra vida, quando sua está um verdadeiro caos? Ainda assim, acho que se ela tivesse ao menos tentado, tudo seria diferente.

Sem dizer mais nada, e confiando que ela não estava me metendo em uma enrrascada, eu saí do carro, dei a volta e caminhei bem devagar pela passarela de madeira. Subi as escadas da fentre e toquei a campanha. Me virei e olhei para ela, da janela do carro, esperando, igualmente ansiosa. Toquei outra vez. Eu também estava nervoso, não tinha ideia do que poderia estar me aguardando depois daquela porta.

Quando a porta abriu, a luz interna incomodou meus olhos inicialmente, todo aquele tempo no escuro, dentro do carro, não poderia surtir outro efeito.

Meu coração foi parar na boca quando eu vi a Alison parada diante da porta. Eu fiquei perdido, sem reação. Minha garganta ficou seca, mas eu precisava conferir que os meus olhos não estavam me enganando. Engoli em seco e consegui dizer:

— Alison?!

— Tae... Taehyung...!

Eu podia jurar que mundo tinha parado de girar. Era mesmo ela, Alison, a minha Alison.

Tanto tempo que perdi procurando-a, em cidades próximas, vigiando seus pais, seguindo-os e sempre sendo despistado, pela internet e até através a editora que pública seus livros, e não obtive sucesso algum. Enquanto isso, ela estava aqui, se escondendo de mim onde um dia nos escondemos de paparazzis e mídias.

Eu não acredito! Como eu pude ser tão burro? Porém, como eu poderia, sequer, supor tal coisa? Era impossível prever isso.

Sou arrastado de volta para a realidade quando a criança que ela segurava no braço, emite um grunhido. Ela puxou cuidadosamente a cabeça do menino para seu peito e envolveu mais os braços em volta dele.

— O que está fazendo aqui? — ela dá um passo atrás. Por um instante chego a acreditar que ela vai correr escada acima e sumir por alguma porta no andar superior, mas ela não faz isso.

— Alison...eu...não acredito que encontrei você. — estou praticamente sussurrando. Os olhos arregalados dela piscam compulsivamente, enchendo-se de lágrimas.

— Alison, precisa de ajuda com o... — uma moça mais alta do que ela, com cabelos castanhos e pele muito pálida, chega até a entrada, carregando outra criança no colo. — Está tudo bem, Alison? — ela olha rapidamente para Alison, depois para mim, desconfiada.

— E-está sim, Aileen. — Alison se vira depressa para a moça e entrega a criança que estava em seu colo. — Você pode levar os meninos para o quarto, por favor?

Com a pressa em seus movimentos, eu não sei se ela quer ficar a sós comigo para podermos conversar, ou se só está evitando mais distrações que a impessa de se livrar de mim mais rápido.

— Se precisar de alguma coisa, é só me chamar.

— Não se preocupe, vai ficar tudo bem aqui.

Enquanto a moça sobre as escadas, agora segurando uma das crianças pela mão e a outra no colo, Alison nem se dá ao trabalho de me convidar para entrar. Ela apenas coloca a mão no meu peito e me empurra para fora.

— O que está fazendo aqui, Taehyung? Como descobriu que eu moro aqui? — ela fechou a porta atrás de si.

— Alison...?

— Há quanto tempo sabe que eu moro aqui? A imobiliária que te deu a informação? — ela parecia muito nervosa com a situação, um tanto apavorada, diga-se de passagem.

— Na verdade, eu... — olhei de soslaio para o carro. Não posso negar que o Boomer sabe ser bastante discreto. Assim que olhei na direção do carro ele partiu da entrada da casa.

— Não importa como descobriu que eu moro aqui, eu preciso que você vá embora. — ela abraça o próprio corpo com a brisa fria que balançou seus cabelos, agora tão grande quanto na época em que a conheci.

— Alison, vamos conversar.

— Eu não tenho nada para conversar com você, Taehyung.

— Você me deve uma explicação do porquê ter sumido daquele jeito, sem um motivo aparente.

— Eu tive meus motivos, os quais não tenho obrigação alguma de lhe contar, ou seja, não te devo nada. — a frieza nas palavras dela me assusta.

— Alison, estávamos bem, tudo parecia em paz entre nós, então por quê? Por que você foi embora tão de repente? Eu preciso saber o por quê? Não me negue isso. — os olhos dela estão escuros, lágrimas em volta e o nervosismo evidente no modo como ela morde o lábio.

— Eu...e-eu...

— Por favor, Alison... — com os dedos levemente sob seu queixo, tomei completamente a atenção de seus olhos. Aquele simples toque fez meu coração disparar no peito, eu não imaginei que ainda nesta vida, chegaria a vê-la outra vez. Menos ainda, que teria a sorte de poder tocá-la.— Eu preciso disso. Preciso saber o que mudou subitamente para que você me deixasse outra vez  

— Taehyung... — ela murmurou meu nome como poesia, e eu só pude esperar que finalmente houvesse uma razão eloquente para nosso distanciamento. — Eu tenho que ir.

— Alison, não...

— Eu preciso colocar os meninos para dormir.

A realidade me atingiu como um soco no estômago. Eu estava tão focado em ter uma explicação, uma única razão que justificasse o sumiço dela nos últimos anos, que havia me esquecido que haviam duas crianças esperando do lado de dentro. E a imagem dela com um deles no colo me levou a hipóteses angustiantes.

— Aquelas crianças são...seus filhos? — ela fugiu do meu olhar tão rápido que me senti com a alma despida. — Você...se casou outra vez? — a simples menção a isso me deixava fraco.

— Taehyung, sinto muito, mas eu preciso ir. — ela se virou e abriu a porta.

— Alison, não vai ainda, por favor. — eu estava implorando pela presença dela por mais alguns minutos.

— Eu...eu falo com você uma outra hora. — ela entrou e escondeu o corpo atrás da porta.

— Por favor, me prometa que poderemos conversar. Não importa o dia ou a hora, apenas me prometa que me dará as respostas que preciso.

— Tudo bem...eu ligarei em breve e marcaremos um encontro. Eu prometo.

Por mais firme que tenha sido sua promessa, eu tinha certeza que ela não iria acontecer. Ela ainda estava fugindo de mim, eu só não entendia o porquê. Só me restou me conformar com sua resposta naquela hora. Mas eu não a perderia de vista. Não mais.

— Eu estarei esperando por isso. — forcei um sorriso. Ela não fez o mesmo, apenas fechou a porta e me deixou com o coração arruinado no sereno.

Demorei alguns minutos para absorver tudo o que tinha acontecido ali, me certificar de que tudo não era uma ilusão, que eu estive realmente em sua presença outra vez.

Saí com passos decididos. Peguei o celular e comecei a digitar uma mensagem para John no caminho de volta para o carro, que estava parado próximo ao portão da entrada do terreno.

— Boomer... — entrei no carro e coloquei o cinto. — Para a minha casa. — ele respondeu apenas com um menear e partiu com o carro.

— Quer dizer que você realmente a conhece? — a pergunta da minha mãe rompeu um longo silêncio. — O que pretende fazer agora?

— Eu ainda não sei ao certo.

— Certo, então devo acrescentar que...

— Não, mãe, não estou com cabeça para mais conversas agora. Tenho muito no que pensar.

— Eu só ia perguntar se ela lhe contou que...

— Mãe, por favor! — interrompi bruscamente. Minha mente estava um verdadeiro embaraço, não tinha paciência para mais nada.

— Tudo bem, conversaremos sobre isso depois. Só espero que você tome as atitudes correntes sobre tudo isso.

Eu não tenho ideia do que ela queria acrescentar com aquilo, mas eu não tinha condição alguma para dar explicações a ela ou debater sobre a Alison. Eu estava despedaçado, confuso e com medo.

Sim, medo. Ela não esperava me ver. Ela não queria me ver. Sendo assim, ela pode partir novamente a qualquer momento.

Por mais que ela tenha esse direito, eu não queria perdê-la de novo. E o pior de tudo, é saber que mesmo tendo reconstruído sua vida, agora com um novo marido e filhos, que por motivos sentimentais e altruístas ela deve ter adotado, saber que ela está ao meu alcance é melhor do que não ter nada dela.

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