Novos Ciclos
Alison e Taehyung
— Chegamos! — Amber, saltitante, passou pela porta feito um raio.
— Amber! Estamos em um hospital. Você precisa fazer silêncio.
Julie entrou logo depois, carregando uma cesta com alguns doces, uma pelúcia e um balão preso na alça, escrito: menino ou menina?
— Ah, meninas, que bom que já chegaram. — Alison se mexeu desconfortável na cama. — Preciso de ajuda para me sentar.
— Onde está o Taehyung? — Julie deixou a cesta em cima da mesinha de cabeceira.
— Foi comprar um café. — Amber já estava arrumando os travesseiros atrás das costas de Alison. — É a primeira vez que ele sai de perto da gente desde que chegamos aqui. — com um sorriso cansado, ela puxa levemente o gorro na cabeça da menininha de 3,280kg em seus braços.
— Ali, ela é tão linda! — Julie se ajeitou ao lado de Alison, para ver a bebê mais de perto. — Fico muito feliz que seja uma menina. — com o olhar repreensivo, Amber encara Julie. — O que foi? Claro que estou mais feliz que tenha chegado com muita saúde e bem, mas não posso menosprezar o fato de que seja uma menina. — argumentou orgulhosa.
— Ela já tem um nome, Ali? — Amber aproximou o mindinho da mão do bebê e ela o envolveu com um aperto forte.
— Ainda não, deixei o Taehyung escolher. Creio que ele está mais nervoso do que nunca com essa escolha.
— Você passou por todo aquele trauma que dá a luz é, para deixar ele escolher o nome? — criticou Amber. — Isso deveria ser o mínimo dentre os seus direitos como mãe.
— Eu sei disso, Amber. Mas como eu já escolhi os nomes dos meninos, achei justo ele escolher o da nossa pequena. — passando suavemente o indicador pelas feições da filha, Alison sorriu encantada.
— Bom, não vou entrar nesse discurso outra vez. — afirmou Amber.
— O que faz muito bem. — sarcástica, Julie afastou a mão de amber e pegou a bebê no colo. — Alison precisa de tranquilidade e conforto agora, não dos seus discursos argumentativos e maçantes. — Amber fez uma careta para Julie.
Tanto Julie quanto Alison, eram mais do que cientes da posição de Amber naquele assunto. Mais simples do que qualquer um poderia imaginar, Amber só ia rebater que Alison escolheu os nomes dos primogênitos porque foi covarde demais para revelar a Taehyung sobre a gravidez. Que passou por tudo sozinha, por escolha própria.
Claro, Alison não estava de fato sozinha, amber e Julie sempre ficaram ao lado dela. Sem contar que sua mãe entrou e só saiu do hospital quando a filha recebeu alta e pôde levar os gêmeos para casa. Ainda assim, Amber não é hipócrita ao ponto de dizer apenas meias palavras para qualquer uma das amigas.
Pouco tempo depois da chegada das amigas, Taehyung entrou no quarto e ficou parado na porta, admirando a esposa segurando a mais nova Kim com muito zelo e carinho nos braços.
Ele não podia negar que passou por momentos aterrorizantes desde que Alison afirmou que sua bolsa havia estourado quando estavam no meio de um evento, que ele, claro, preferia não ter ido devido ao estágio avançado da gestação dela. Mas como ela insistiu e disse que estava bem, ele cedeu. Já tinha feito uma anotação mental importantíssima: no futuro, ele seguirá seu instinto, por mais que Alison tente persuadi-lo do contrário.
Entretanto, nem tudo foi terrível naquela noite.
Ele se encontrou com Melanie, ela parecia estar mais conformada com o atual estado civil dele.
Quando pediu Alison em casamento, Taehyung se viu temeroso por ter se precipitado de tal maneira, mas não tinha como voltar atrás. Nem ele queria isso, de fato.
Tão rápida quanto o esperado após receber o pedido mais desejado de sua vida, Alison contou às suas amigas sobre o pedido de casamento. E ele torcia muito para que ela tenha omitido as circunstâncias em que ele aconteceu. Não demorou muito para Namjoon e Jungkook ficarem sabendo. Taehyung não imaginava que Yoongi estava se relacionando justamente com uma das melhores amigas de Alison, Amber.
Para completar a surpresa do trio, o caso amoroso de Yoongi teve início com o rompimento de Taehyung com Melanie. Como toda jornalista atrás de um furo, Amber esteve algumas vezes em frente a sede da empresa, na esperança de uma exclusiva com Taehyung, já que, como amiga de Alison, não poderia simplesmente lhe pedir o endereço dele e correr atrás do homem como se fosse um dos muitos parasitas que assim fizeram. Por mais que o trabalho fosse importante para ela, e uma matéria exclusiva lhe garantiria uma ótima notoriedade, ela tinha ética e valores que não ousava ultrapassar o limite.
Em uma das duas vezes que Yoongi teve a oportunidade de vê-la, apenas a observou tentando falar com Taehyung. Por um instante, quando o Kim a reconheceu, ele achou que daria uma exclusiva para ela, pois, o jeito como ela sorriu para ele e o choque que ele aparentava, demonstrava bem que os dois já se conheciam informalmente.
Yoongi tinha um breve conhecimento sobre o passado de Taehyung, e imaginou que Amber fosse alguma das mulheres com quem ele já se relacionou brevemente. Porém, ele atestou o engano quando a viu pela segunda vez e se aproximou para falar com ela.
Amber não é uma fofoqueira de carteirinha, mas quando soube que Yoongi trabalhava diretamente com Taehyung, não foi complicado explicar como o conhecia, e de longa data.
Quando ouviu da boca dela que era amiga de infância de Alison, Yoongi não conseguiu evitar um sorriso largo de alívio. Dali para frente, a cada vez que se encontraram, ele se encantou mais pela inteligência voraz e perspicaz dela. Não foi fácil conseguir um encontro com ela, mas ele não estava disposto a desistir. E sua determinação o levou exatamente aonde queria.
E foi através de Yoongi, que estava cada vez mais próximo de Amber, que Taehyung soube de um evento que Melanie estava promovendo na cidade. Estava na hora dele colocar os pingos nos is.
Não foi fácil fazê-la aceitar vê-lo, mas ele precisava falar com ela o quanto antes, pois não saberia quanto tempo levaria para ela ficar sabendo que ele se casaria com Alison em algumas semanas.
Sem uma oportunidade de falar pessoalmente com ela, ele comprou um convite para o evento e já tinha uma estratégia eficaz para ter a atenção dela. Pelo menos por alguns instantes.
Alison não gostou nem um pouco quando Taehyung lhe contou o que planejava fazer, e se sentiu contrariada quando se recusou a cancelar sua ida. Taehyung, usando da inteligência emocional recentemente adquirida, apenas disse que se ele tivesse alguma intenção diferente de uma conversa com Melanie, estaria casado com ela, não em meio aos preparativos para o casamento dos dois. Pediu que Alison confiasse nele e afirmou que tudo daria certo. Evitaria qualquer atrito intenso com Melanie e não iria se expor a nenhum tipo de manchete que a constrangesse de alguma forma. Até porque, conhecia muito bem Melanie nesse sentido, e ela não iria querer esse tipo de exposição também.
Sendo assim, Alison sabia que tinha que lhe dar o benefício da dúvida. Tinha que confiar nele e entendeu que era um ciclo que ele precisava encerrar.
Melanie viu Taehyung assim que chegou ao evento. Por alguns instantes o coração dela parou, depois acelerou mais do que gostaria, então, o ignorou por todo o tempo que foi possível.
Próximo ao final do evento, ele a encontrou sozinha em uma mesa e pediu um tempo a sós para lhe falar. Ela recusou prontamente, mas ele insistiu. Jogou baixo, claro, pois sabia que ela não recusaria a oferta de uma doação generosa para a causa dela, em troca de alguns minutos da atenção dela. Não que ele não tenha feito uma boa doação antes, mas era a única estratégia que ele tinha.
Sentindo-se chantageada, Melanie subiu para segundo andar com ele e adentrou uma saleta particular. Antes que ele pudesse respirar o ar do cômodo, ela se virou para ele e lhe pediu que fosse rápido no que tinha a dizer, pois não seria bem visto ela deixar todos os convidados sem a atenção devida em um evento que ela mesma preparara.
Ele tomou alguns segundos para respirar fundo. Se ela queria as coisas de forma tão direta, teria que ser assim.
Quando ele revelou que estava de casamento marcado com Alison, ela não disse nada, mas sua expressão revelava tudo. Não demorou muito para ela mostrar sua aversão ao que dissera.
— Você não espera que eu deseje felicidade ao casal, não é mesmo? Porque se foi para isso que veio aqui, perdeu seu tempo. — ela levantou um pouco o vestido para dar passos rápidos até a porta, mas Taehyung a impediu.
— Não, Melanie, não foi por isso que eu vim aqui. — ela puxou o braço, evitando qualquer toque dele.
— Então, obviamente, sua intenção é me causar algum tipo de incômodo com essa notícia. Mas sinto te informar que isso não muda nada.
— Eu imaginei que poderia não mudar, mas preferia que você soubesse por mim, não por alguma coluna de fofoca ou similar.
— Ainda que eu soubesse assim, não mudaria nada.
— Eu esperava que mudasse. — ela o encarou calada. — Sei que você entende nosso rompimento.
— Entendo que você foi um grande canalha comigo, acredite. — ela voltou para o local de origem, evitando contato visual.
— Sim, eu fui muito canalha contigo, não nego isso. Reconheço os erros que cometi.
— Que ótimo, e o prêmio de homem do ano vai para Kim Taehyung! — gesticulou e fez uma mensura breve. Taehyung suspirou triste.
— Melanie, as coisas não precisam ficar tensas entre nós dois. Somos adultos que sabiam exatamente onde estavam se metendo. — ela bufou desdenhosa. — Desde o início, você sabia que eu, de forma resguardada, tinha sentimentos por outra pessoa.
Era um ponto que Melanie não poderia refutar.
Quando o conheceu, se encantou pelo jeito contido e muitas vezes alheio dele. Não demorou muita para ela entender que naquele coração habitava alguém que não estava ao lado dele. Torceu durante muito tempo para esse espaço ser seu de alguma forma, mas não aconteceu.
— Não seríamos felizes juntos. E você sabe bem disso.
— Não fale como se soubesse como eu me sinto no meio disso tudo. — Melanie compreendia o ponto em que ele queria chegar, mas estava disposta a dificultar as coisas para ele.
Àquela altura, toda a consciência que Melanie tinha do assunto estava muito bem guardada em algum lugar de seu subconsciente. Mas seu ego era espalhafatoso demais para dar o braço a torcer.
— Eu não vim até aqui para fazer isso. Sei que você me conhece bem para compreender que esse jamais usaria isso como ponto de partida na dissolução de algo. Não em uma relação como a que tivemos.
Mais calma, Melanie se virou para ele e olhou em seus olhos.
Sim, ela sabia que ele não faria esse tipo de coisa. Na verdade, sempre soube dos sentimentos dele, e sua franqueza durante a relação que tiveram, era incontestável.
Não lhe restava muito pelo que discutir, apenas aceitar que, por mais que tenha dado o melhor de si na relação dos dois, o coração dele não a escolheu por motivos próprios. Pois, se fosse por ele, como diversas vezes afirmou, teria dado a ela uma chance real de serem felizes juntos.
Sem dizer nada, ela caminhou de volta para a porta. Antes de sair, olhou para ele por algum tempo. Ele mudo, esperando por algum sinal de que essa conversa tinha sido frutífera de algum modo.
— Eu preciso ir, não posso deixar meus convidados esperando por muito tempo. — ele assentiu. — Obrigada por ter vindo hoje. E por suas doações.
Taehyung suspirou aliviado. Ao modo dela, aquilo significava um cessar fogo, mesmo que não estivesse em uma guerra de fato. Melanie era superior demais para qualquer tipo de escândalo ou bate boca com algum ex. E aquilo significava muito para os dois.
— Não esqueça de me enviar um convite para o próximo evento. — ela deu um meio sorriso e saiu, deixando-o sozinho.
Taehyung preencheu um cheque antes de ir embora e, de longe, se despediu dela com um menear de cabeça.
Quando se encontraram novamente na noite em que Alison precisou ir às pressas para o hospital, Taehyung temeu algum tipo de confronto entre as duas dentro do banheiro.
Ele aguardava Alison do lado de fora. Mesmo não tendo trocado nenhuma palavra com ela durante a noite, apenas alguns cumprimentos de longe, Alison não estava no melhor humor naquela noite. Entretanto, ao ir ao banheiro, sua bolsa estourou, e a única pessoa que apareceu no recinto foi Melanie.
Alison contou a Taehyung como foi a conversa das duas no dia em que Melanie esteve em sua casa, gerando ali, um enorme desconforto e uma tensão desagradável entre as duas. Claro, Taehyung sabia como Melanie poderia ser territorial quando estavam juntos, e Alison também não era obrigada a aceitar calada os desaforos alheios. Porém, as últimas semanas não eram as melhores para qualquer um ousar cutucar sua esposa com o mínimo que fosse de sarcasmo.
Inquieto, Taehyung andou de um lado para o outro em frente ao banheiro, e sabendo que Melanie e Alison estavam sozinhas no banheiro, lhe soava muito arriscado.
Independente das desavenças que já tiveram no passado, Melanie sabia que Alison era uma mulher precisando de ajuda imediata no momento.
Quando entrou no banheiro, viu Alison curvada na bancada das cubas, uma das mãos passando freneticamente na parte inferior da barriga.
— Você está bem? — ao olhar na direção de Melanie, Alison enrijeceu a postura.
— Estou ótima. — pressionou a torneira e deixou a água fria correr pelas mãos.
Melanie tirou o batom da bolsa e retocou a cor nos lábios.
Outra vez Alison se curvou. Sabendo que seu estado só iria piorar, pegou sua bolsa, tentando alcançar o celular. Mas as mãos trêmulas não permitiram que ela sequer desbloqueasse o aparelho.
— Alison, não precisamos nos tornar amigas se aceitar a minha ajuda. — ela encarou Melanie impassível, mas não conseguiu manter a expressão por mais de dois segundos.
Quando Alison, calada, franziu os lábios e apertou os olhos com mais uma dor se originando em sua lombar, ela cedeu.
— Estou prestes a dar a luz. Poderia chamar o meu marido, por favor.
— Ai, meu Deus! — apressada, Melanie correu pela porta e encontrou Taehyung olhando fixamente para o chão enquanto caminha para lá e para cá. — Taehyung... — ele parou assim que ouviu a voz dela. — peça ao segurança uma cadeira de rodas.
— O quê? — Melanie ignorou a pergunta e a expressão preocupada dele.
— E chame uma ambulância com urgência.
— O que está conhecendo? — tentou adentrar o banheiro. — Onde está a Alison? — Melanie o deteve.
— Faça apenas o que eu disse, sua mulher vai dar a luz a qualquer momento. — ele ficou apavorado.
— Eu preciso vê-la! — insistiu. — Vou mandar buscar o meu carro.
— Você quer mesmo correr o risco dela dar a luz dentro do seu carro, sem o suporte necessário? — ele hesitou. — Vá agora, e chame uma ambulância!
Melanie voltou ao banheiro, sabendo que Taehyung havia entendido bem a urgência da situação.
Alison estava em pé, mas encolhida pela dor crescente em sua lombar.
— Tudo bem, sei que não deve ser nada bom o que está passando, e prender a respiração ajuda a conter um pouco sua dor, mas você precisa respirar. — tomou as mãos da Alison, obrigando-a a olhar para si.
Alison estava com os olhos vermelhos e suas mãos tremiam cada vez mais.
Melanie não era mãe, mas ela tinha experiência o suficiente para poder ajudar. Em todos aqueles anos percorrendo diversos países ajudando o máximo de crianças possível a ter um lar e um desenvolvimento humano, ela já se deparou com inúmeras mulheres no mesmo estado que a Alison. Não que ela tenha estudado medicina ou algo do tipo, mas seu breve conhecimento já foi útil em diversas situações semelhantes.
— Onde está o Taehyung? — apertou fortemente as mãos da Melanie.
— Ele chegará logo. — ela soltou as mãos da Alison, pegou alguns papel toalha e umedeceu, passando na testa suada dela. — Agora vamos lá, inspire e expire devagar. — Alison fez o que ela pediu. — Quer se sentar um pouco?
— Não! — negou prontamente. — Prefiro ficar de pé.
— Certo, então para aliviar um pouco a dor, seria melhor você caminhar. — Alison assentiu.
Melanie se abaixou na frente da Alison e pegou seu pé, tirando a sapatilha que marcava a pele de seus pés inchados. Fez o mesmo no outro pé. Alison quase gemeu ao sentir o piso frio e reconfortante sob seus pés quentes.
— Tudo bem, vamos lá, caminhe um pouco. Não precisa ser rápido, vá no seu ritmo.
Alison deu uma volta, duas, três, até que Taehyung apareceu na entrada com a cadeira de rodas. Atrás dele, vinha um segurança, falando com alguém no rádio de comunicação.
— Alison!? — Taehyung travou a cadeira e correu para a esposa. — Como você está?
— Aguentando o quanto posso.
— Não é hora de bater papo Taehyung, ela precisa respirar. — ela soltou Alison quando ele serviu de apoio para ela. — Onde está a ambulância? — perguntou ao segurança.
— Entrando no estacionamento.
— Ótimo, peça para eles pararem na porta dos fundos. É mais próximo e ela não precisa de uma exposição nesse momento. — o segurança assentiu. — Vamos colocá-la na cadeira.
Taehyung ajudou a esposa a se acomodar e Melanie recolheu suas coisas — bolsa, xale e sapatilha — e colocou sobre o colo dela. Assim que Taehyung destravou a cadeira, e começou a virar em direção a saída, Alison tocou a mão dele, um pedido silencioso para parar. Ela olhou para Melanie e forçou um sorriso.
— Obrigada, Melanie. — ela suspirou e engoliu em seco.
— Se preocupe apenas em respirar fundo. Logo estará no hospital.
— Já estão estacionando na porta dos fundos. — informou o segurança.
Taehyung agradeceu Melanie em silêncio, com um olhar terno e grato.
Eles saíram do banheiro, entraram em um corredor amplo e já estavam no estacionamento dos fundos, onde a ambulância já estava preparada para receber a Alison.
— Ah, você voltou. — Amber finalmente notou a presença de Taehyung. — Soube que você terá a honra de escolher o nome da bebê.
Um tanto desconfortável, Taehyung olhou para Alison.
Ele já tinha algumas opções em mente e já havia compartilhado com a esposa. A maioria deles — no caso três — ela gostou, porém, o que ele deu como primeira opção, na qual estava mais inclinado a escolher, Alison ficou relutante.
— É uma honra exorbitante. E eu agradeço muito por ela. — ele se aproximou e entregou um copo térmico descartável com chá para Alison — Mas talvez eu não esteja à altura de tê-la recebido.
— Minha nossa, suas opções são tão ruins assim? — Alison riu abertamente. Não era muito difícil entender o receio que a esposa tinha, mas ele achava que valia a pena falar sobre o assunto quando fosse oportuno. — Depois de entender isso, tudo bem pra mim não saber as opções e me contentar em saber apenas o nome que escolheram no momento certo. — completou Julie.
— Bem, vou me contentar com isso também, pois estou sem cabeça para argumentar cada escolha sua, Taehyung. — acrescentou Amber. — Afinal de contas, a atenção deve ser toda dela agora. — com cuidado, Amber pegou a bebê no colo.
Alguns dias depois, Taehyung entrou pela porta de casa na frente da esposa. Com os braços livres, ele estava pronto para receber o abraço energético dos gêmeos assim que os vissem entrar. E foi exatamente o que aconteceu quando Noah ouviu os passos do pai.
Noah partiu apressado em direção ao pai, e Dylan fez o mesmo assim que percebeu o motivo da pressa do irmão.
Taehyung baixou e aguardou o impacto do encontro eufórico dos filhos. Ele ter entrado primeiro foi uma estratégia pensada com antecedência. Sabia que se Alison, com a bebê no colo, entrasse primeiro, certamente seria impossível evitar uma queda.
Em seguida, Taehyung e Alison colocaram em ação o planejamento de como apresentariam a bebê aos filhos mais velhos, que agora têm quase 7 anos.
Com calma, Taehyung conteve a agitação de Noah e aguardou que Alison sentasse no sofá e lhe desse o sinal que eles poderiam se aproximar. Taehyung, na altura dos olhos dos filhos, lhes explicou que estava na hora deles conhecerem a irmãzinha. Noah torceu o nariz e perguntou por que levaram para casa uma menina e não outro menino. Taehyung explicou que isso não era algo que eles poderiam escolher, assim como foi com eles, nasceram meninos e foram para casa com sua mãe. Dylan, curioso, perguntou se ainda naquela noite eles poderiam brincar com ela, foi a vez de Alison se manifestar, explicando que demoraria um pouco para que ela pudesse brincar com eles, pois ainda era muito pequenina. Ela estendeu a mão para o filho e ele se aproximou cauteloso. Parou diante da mãe e observou a bebê encolhida dormindo nos braços da mãe.
— Quanto tempo leva para ela ficar do meu tamanho? — Noah encostou ao lado do irmão e pegou a mãozinha fechada da irmã.
— Levará algum tempo, meu amor, mas você terá tempo para ensinar a ela as brincadeiras que mais gosta.
Com o toque de Noah, a menininha se moveu de seu embrulho macio e bocejou.
— Mamãe, o que ela come se não tem dentes? — questionou Noah.
Gargalhando, Taehyung sentou no sofá ao lado da esposa, passando suavemente a mão por suas contas. Era reconfortante para Alison sentir a mão quente dele ali, a deixava menos nervosa.
— Qual o seu nome? — perguntou Dylan ao bebê.
— Ela ainda não fala, querido. — carinhosa, Alison explicou a Dylan.
— Por que ela só dorme? — foi a vez do Noah.
— Vocês dois têm muitas perguntas, não é mesmo?! — Dylan subiu no colo de Taehyung, sempre olhando atentamente para o bebê que havia voltado a dormir. — Mas não se preocupem, daremos todas as respostas para vocês.
— Papai, como os bebês nascem? — afiado, Dylan obrigou os pais a se encararem por um longo tempo.
— Bom, essa pergunta o papai ainda não sabe como te responder. Mas em breve eu saberei como fazê-lo.
Nem Alison, muito menos Taehyung, estavam prontos para responder tal pergunta. Nem tinham ideia de como responder. Ainda assim, não tinha nada melhor do que estar em família, mesmo que às vezes fosse um tantinho constrangedor.
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