Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Medidas Extremas


Alison

— Gail, eu preciso aproveitar essa oportunidade e fazer isso o quanto antes.

— Alison, existe todo um protocolo a ser realizado antes de iniciar o procedimento.

— Gail, escuta...— pego sua mão sobre a mesa e aperto levemente, mesmo que meu desespero me deixe mais agitada que de costume. — Você sabe que estou pronta, sabe o quanto estou esperando por isso, sabe melhor do que ninguém que esses processos triviais não são necessários para que eu tenha certeza de que quero isso.

— Alison, seria imprudente e antiético da minha parte não seguir o protocolo.

— Você me acompanha há bastante tempo, sabe que estou preparada para isso, sabe que esse é o meu maior desejo. — imploro.

— Alison...— ela cobre a minha mão com a outra, formando um casulo de compreensão e afeto. Me sinto confortada.

— Por favor, Gail, eu preciso disso mais do que qualquer outra coisa. Se você me disser que podemos fazer isso hoje mesmo, eu estou pronta.

— Alison! — ela se afasta, empurrando a cadeira e levantando inquieta. — Não posso fazer isso assim, de uma hora para outra. Eu poderia perder meu certificado de medicina.

— Tudo bem, sei que fui um pouco longe demais agora, mas estarei no meu período fértil até o fim da semana, podemos agilizar as coisas e ainda daria tempo.

— Eu sinto muito, Alison, mas não posso.

Minha agonia e desespero envolve cada célula do meu corpo, me transformando em alguém que nunca fui.

O desejo de ser mãe é tão grande e tão urgente, que minha obstinação me cega ao ponto de me fazer esquecer quem sempre esteve do meu lado.

— Você não pode me deixar na mão agora, Gail! — levando trêmula, sentindo o ar sumindo dos meus pulmões com a possibilidade de perder mais uma chance. — Não pode simplesmente fingir que não sabe tudo o que eu passei até aqui! — estou quase gritando com ela, que surpresa, recua alguns passo.

— Alison, se acalme.

— Eu não quero me acalmar, Gail, eu quero ser mãe! — dessa vez foi mais forte do que eu, as palavras saíram em um rompante determinado, extinguindo qualquer chance de uma conversa calma e compreensiva.

O peso do medo de perder outra vez a chance de um resultado positivo em um exame de gravidez, escorre pelo meu rosto. Por mais bonito que seja o sonho de ser mãe, ele está se tornando meu maior pesadelo, a cada vez que vejo uma chance escorrer por entre os meus dedos.

— Alison, por mais que você negue, é óbvio que está precisando de um acompanhamento psicológico. Todos esses anos de tentativas falhas lhe trouxeram consequências invisíveis, e por mais que diga que está pronta e deixe explícito esse sonho, talvez não seja o melhor momento para tentar engravidar. — ela se aproxima devagar, como se tentasse consolar uma criança que acabou de perder seu brinquedo favorito. — Eu aconselho que você procure um psicólogo-

— Eu não preciso do seu conselho! — cuspi as palavras com desdém. — Se você não vai me ajudar a conseguir o que eu quero, eu farei isso sozinha!

Virei-me para a cadeira, peguei minha bolsa e saí da sala, batendo a porta com força. Fui em direção ao elevador, mas já não conseguia manter uma postura digamos que... digna.

Empurrei a porta da escada de emergência e sentei no primeiro degrau à minha frente. Chorei copiosamente ali.

Não era justo que logo agora que meu corpo era perfeitamente capaz para receber uma criança, tudo estava contra mim. Eu havia esperado tanto por esse momento, lutei e fui forte por todos aqueles anos infrutíferos, sofri e renovei minhas esperanças por tantos meses que nem consigo contar, e agora, depois de não me permitir desistir, eu não tenho nada!

Abracei minhas pernas e encostei de lado na parede fria, soluçando as agonias internas e os sentimentos de insuficiência e incompetência. Eu era mesmo uma coitada naquela escada, alguém que, por mais que enfrentasse o mundo, jamais conseguiria o que quer.

Mesmo sendo uma boa pessoa, compreensiva, cautelosa e benfeitora em muitas instituições para crianças carentes, o universo conspirava contra mim de todas as formas possíveis.

Fazer o bem e esperar que o bem volte em dobro, não estava funcionando.

— Eu tenho que fazer alguma coisa. — abri a bolsa e peguei um lenço de papel, secando meu rosto. — Não posso ficar parada esperando que o meu bebê caia do céu. — levantei, me aprumei e respirei fundo. — Eu mesma terei que fazer minha própria sorte, e ninguém será capaz de me impedir!

O mundo todo está contra mim, sem dúvida!

Passei o restante do dia percorrendo a cidade e entrando em diversas clínicas de fertilidade que encontrei pela internet. Por incrível que pareça, nenhum médico aceitou romper a ética para me dar o que quero, mesmo que isso envolvesse uma quantia exorbitante em troca. Justo hoje, todos eles resolveram ser corretos, e a maioria ainda ousou se sentir ofendido com uma proposta tão simples.

Será que eles não percebem o quão desesperada eu estou? Será que não entendem que só precisam fecundar um óvulo e introduzir em meu útero, depois ir para casa gastar a fortuna que lhes daria em troca e fingir que isso nunca aconteceu? Eu não estou pedindo muito, quero apenas ter o meu bebê!

Será que não está claro o suficiente o quanto eu preciso disso? Todo esse meu desespero não é um sinal óbvio que meu filho seria a criança mais amada desse mundo? O mais desejado, o mais querido, a criança com a mãe mais dedicada, afetuosa, carinhosa e destemida do planeta? Será que eles não enxergam isso? Não é possível!

E para piorar tudo, Harold não para de ligar. Mais uma vez cancelo uma chamada sua. Eu não quero ver ou falar com ele agora. Estou nesse mar de agonia e desespero por culpa dele. Se tivesse sido honesto comigo, me contado tudo desde o início, eu não teria passado tanto tempo com um tratamento desse em vão. Apenas a raiva é suficiente para eu nunca mais querer vê-lo novamente.

Agora, depois de tudo o que passei, estou em uma mesa no restaurante do hotel em que estou hospedada, torcendo para um estranho puxar conversa comigo, por mais boba que seja, como desculpa para me levar pra cama.

Olha a que ponto eu cheguei para ter o que eu quero. Realmente é lamentável.

Logo eu, uma mulher que nunca fui muito fã de flertes ou cantadas, demisexual, que ignorava os olhares e charmes de rapazes alheios, estou aqui, ansiosa por qualquer contato. Patético.

Um homem alto, de cabelos bem arrumados, usando uma calça escura e camisa polo branca, senta-se a duas mesas de distância da minha. Não que eu me preocupe muito com o tipo de homem que vai me levar para cama hoje, mas ter um bom porte e uma genética boa indica que ele pode ser um homem viril o suficiente para me dar um filho saudável.

Ele percebe meu olhar sobre ele e sorri galante. O sorriso branco é um contraste significativo com seu tom de pele. Eu sorri de volta, e mesmo sem perceber fiquei tímida, minhas bochechas ganharam um rubor leve. Não tinha ideia que poderia realmente me sentir atraída por alguém em meio a tanto caos interno.

Ficamos trocando olhares por algum tempo. Ele dava um gole maroto em seu whisky de lá, e eu bebericava meu vinho de cá. Eram gestos singelos, quase imperceptíveis, mas havia algo acontecendo entre nós ali. Não tenho dúvida.

O que eu achei bem estranho foi que, apesar de todas as brechas que eu dava para ele, o homem não se aproximou para puxar conversa.

No entanto, pouco tempo depois uma moça, igualmente alta, com longos cabelos cacheados e uma maquiagem impecável, chegou na mesa. Ele levantou-se e puxou a cadeira para ela sentar. Depois de voltar ao seu lugar, com a mesma mão que ele segurava o copo de bebida até então, ele segura a mão dela sobre a mesa e eu vejo a aliança em seu anelar esquerdo.

— Mas que...descarado! — murmuro sozinha. — Flertando comigo esse tempo todo e é casado! — bufei irritada.

Me virei para o lado oposto e fiz sinal para o garçom. Ele rapidamente me trouxe outra garrafa de vinho.

— Não é possível que nenhum homem preste nesse mundo. — tagarelei enquanto o garçom me servia. Ele me olhou com as sobrancelhas franzidas, provavelmente sem entender do que eu estava falando. Mas não me importo.

Troquei de cadeira, ficando de costas para o casal que jantava animadamente, ignorando por completo a existência daquele cretino.

Passei mais algum tempo no restaurante, mas comecei a sentir algo estranho. Uma sensação esquisita, como se estivesse sendo observada. Olhei em volta e não vi ninguém que dedicasse tempo suficiente me olhando para alimentar essa minha sensação.

Permaneci na mesa, esperando essa impressão estranha passar. Não passou.

Pedi outra garrafa de vinho e ignorei todo o resto. O garçom me serviu e saiu. Eu já estava cansada de esperar que alguém tomasse a iniciativa de se aproximar de mim. E embriagada demais para conseguir levar adiante aquele plano ridículo que eu não tenho ideia de como pude optar por ele. Encarei a garrafa quase cheia e a taça quase vazia, decidindo encerrar aquela noite depois do último gole que havia na taça.

Assim que o líquido doce desceu pela minha garganta e coloquei a taça sobre a mesa, senti alguém parar ao meu lado. Como eu já tinha desistido de tudo, não dei ibope e nem quis saber de quem se tratava. Constatei que era um homem depois que ele deu mais dois passos e parou ao lado da mesa.

— Boa noite, Alison!

Meu coração parou assim que eu ouvi aquela voz. Controlei a minha respiração o máximo que pude e levantei a cabeça devagar, encontrando aqueles olhos intensos me observando.

— B-boa noite, Taehyung.

Ele puxou a cadeira e sentou-se, sem me perguntar se poderia. Esse jeito audacioso nunca muda.

Eu preferi dar atenção à taça entre minhas mãos na mesa, do que olhar para ele. Eu não consigo ser eu mesma na presença dele. Não mais.

Eu costumava ser espontânea e atenciosa com ele quando estávamos juntos, mas agora, sou obrigada a me enterrar em mim mesma para não me permitir deixar certos sentimentos à amostra. E isso é terrível.

Fui levantando o olhar bem devagar. Observei sua mão, que por sinal estava bem próxima da minha, seu braço parcialmente evidente, seu peito largo e levemente marcado pela camisa — continua definido, o que significa que ele ainda se exercita pela manhã —, e parte dele está atraindo ainda mais meus olhos. A camisa dele está aberta na gola, me deixando curiosa para ver mais do que aquele pequeno espaço de seu corpo. Quando finalmente encontro seu rosto, perfeitamente barbeado, lábios que qualquer mulher adoraria beijar e olhos que parecem invadir minha alma, eu expiro calmamente.

Por que estou nervosa?

— Você está bem?

— Eu estou ótima! — não, eu não estou nada bem! Maldito vinho! Eu preciso sair daqui.

— Onde está o seu marido?

Que ótimo, nem precisei dispensar a companhia dele, ele mesmo garantiu que isso acontecesse sem esforço algum.

— Eu não sei. E sinceramente, não quero saber. Agora, se me der licença...— levantei da cadeira, mas precisei me apoiar, pois estava zonza.

— Alison? — quando olhei para ele, já estava ao meu lado, me dando apoio para não cair. — Acho que você bebeu um pouco mais do que deveria.

— Você vai querer ditar o que eu posso ou não fazer da minha vida agora? — fui ríspida e acabei falando mais alto do que pretendia.

— Com toda certeza não, mas até você tem que admitir que exagerou.

Eu estava na defensiva. Tinha que estar, pelo menos enquanto ele estivesse por perto. Não podia deixar ele pensar que poderia se aproximar de mim como se fossemos velhos amigos.

No entanto, senti seu corpo colado nas minhas costas, suas mãos segurando meus braços e o cheiro maravilhoso de frescor amadeirado, deixaram minhas pernas mais moles do que o efeito do álcool.

— Alison, eu vou tirar você daqui! — isso não foi uma pergunta. Depois de envolver minha cintura com um dos braços para que eu não caísse, senti que eu não teria outra escolha, senão sair dali com ele.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro