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Inimigas Declaradas

Melanie

Minha vida está de cabeça para baixo.

Havia dito ao Taehyung que voltaria de viagem no meio da semana. Como uma noiva apaixonada e com saudades do carinho e chamego do meu futuro marido, voltei antes, para fazer-lhe uma surpresa. Mas a surpreendida fui eu.

Ele não estava em seu apartamento, achei estranho as luzes apagadas e o cheiro de tinta fresca, mais intenso no corredor. Imaginei que ele tivesse mandado pintar o apartamento, mas as paredes não pareciam diferentes. Mesmo que ele só tivesse mandado retocar a cor, elas estariam mais recentes. Enfim, o apartamento estava o mesmo, exceto pelo quarto de visitas.

Senti o cheiro mais forte vindo da porta aberta, fui até lá e acendi as luzes. Confesso que meus olhos arregalaram quando eu vi o que havia sido feito ali. Contudo, não entendi do que se tratava.

Creio que Taehyung e eu teremos filhos, mas organizar um quarto para "meninos", sim havia duas camas de solteiro e desenhos diferentes em ambas as paredes. Me pareceu um pouco precipitado.

Liguei para ele. Perguntei como estava e se estava tudo bem. Ele parecia cansado, a voz baixa e monossilábica. Não demorei muito na ligação, e não disse que já havia voltado, ainda queria surpreendê-lo. E foi o que fiz.

Como não tinha intenção de ir para o meu apartamento, não havia avisado a minha faxineira para dar uma passada por lá e organizá-lo para minha chegada. Sem contar que eu mal tenho ficado em casa, passo mais tempo com o Taehyung. Por isso, meu apartamento não é muito frequentado ultimamente.

Fui para um hotel. Enviei mensagem para minha faxineira ir na manhã seguinte. Taehyung poderia estar lá se estava reformando o seu, mas ele acha que me incomoda de alguma forma se tiver que usá-lo. Besteira, mas não tenho como obrigá-lo.

Na manhã seguinte levantei tarde, meu sono ainda estava no último fuso-horario. Pedi apenas uma salada de frutas e fui para o escritório dele. Além da surpresa, queria almoçar com ele. A primeira parte funcionou muito bem. O jeito como seus olhos arregalaram ao me ver entrando em sua sala, foi magnífico. Ele mal conseguiu pronunciar meu nome ao me ver. Fiquei feliz em deixá-lo sem palavras. Fui até ele, em sua cadeira atrás da mesa e sentei em seu colo, abraçando-o. Deixei um beijo inocente em seus lábios, inicialmente, para só então demonstrar o quanto eu sentia sua falta em um beijo longo e caloroso.

Tudo pareceria bem normal até ali, se não fosse todo o nervosismo dele.

As coisas começaram a tomar um rumo confuso quando falei que havia chegado na noite anterior, e que estive em seu apartamento. Ele ficou estranhamente calado. Quando perguntei a respeito do quarto para crianças em seu apartamento, ele paralisou.  Ficou tanto tempo calado e perdido, que aquilo atiçou minha curiosidade. Ele me tirou de seu colo e começou a andar pela sala. Havia algo errado. Quando finalmente parou e me encarou, seu olhar estava aflito e temeroso.

Foi até sua mesa, ligou para a secretaria e disse que se alguém procurasse por ele, para informar que ele não estava, tinha saído para resolver algo urgente. Desligou o telefone e fechou a porta, se certificando de que não seríamos incomodados, trancando-a. Veio até mim, pegando gentilmente em minha mão e me levando ao sofá. Confesso, achei que sua saudade por mim precisaria de alguns momentos a sós para alívio e saciedade desse sentimento. Porém, ele sentou em uma poltrona, de frente para mim. Foi quando tudo começou a ruir.

Hesitante, ele começou dizendo que tinha algo muito importante que precisava conversar comigo, que não era do jeito que ele havia planejado, mas que não poderia mais esperar. Aflita, perguntei o que aconteceu para ele estar tão nervoso daquele jeito. Ele ponderou suas palavras, mas isso não ajudou em nada pela forma como ele começou o assunto.

— Reencontrei a Alison.

Desgosto. Era exatamente isso que essa frase me gerava. Como se não bastasse tudo o que essa mulher já o fez sofrer, ela nunca some de vez. Precisa estar sempre voltando e fazendo-o correr atrás dela como um cão corre atrás do próprio rabo.

Eu já estava farta dessa situação ridícula que ele se propunha a passar. Parecia um ciclo sem fim.

— Eu poderia perguntar qualquer outra coisa, mas o que me intriga de verdade é entender o porquê você ainda a procurava. — lhe encarei sério.

— Eu não estava procurando por ela. Minha mãe a encontrou, por um mero acidente.

— Jura? — levantei impaciente. — Muito fortuito ela parecer agora, justo quando estamos para nos casarmos.

— Eu não estou preocupado com isso.

— Você pode não estar, mas sei muito bem como as coisas terminam quando ela aparece.

— Melanie... — levantou e se aproximou, pegando minha mão. — Nada mudou. — disse convicto, mas seu tom de voz baixou repentinamente. — Não nesse quesito, ainda me casarei com você. — se calou, engolindo em seco.

— Porém...? — eu sabia que tinha algo mais por trás desse aparecimento dela.

— Quando minha mãe chegou e foi até aquela casa que você sempre quis conhecer, mas eu havia vendido, ela estava lá. — suspirei tentando manter a calma. Ela era mesmo muito ardilosa. — Ela que comprou a casa quando a vendi.

— E você não sabia disso?

— Como eu poderia saber? O contrato estava sob sigilo. Não tive acesso a isso. Sem contar que, ela me deixou, como eu poderia imaginar que se esconderia todo esse tempo lá? — devo concordar que foi bem inteligente da parte dela.

— Tudo bem. Se ela não será um problema em nossas vidas, não temos que falar sobre ela. — passei a mão por seu peito, subindo e afagando sua nuca ao beijá-lo.

— Mel, ainda tem algo que preciso te contar. — um frio subiu pela minha espinha. Juro que se ele me disser que a tem encontrado, não sei se sou capaz de me manter calma.  Não aguento mais essa mulher em nossas vidas.

— Pelo amor de Deus, Taehyung, por mais que eu preze sua sinceridade, prefiro não saber. — me lançou um olhar triste e meu coração disparou. — Você e ela... — só de imaginar, meu estômago revira.

— Ela tem dois filhos. — arqueei as sobrancelhas com a surpresa em ouvir tais palavras. — Gêmeos.

— Uh...isso é...uau, inacreditável.

— Não tanto quanto saber que eu sou o pai.

Soltei os ombros dele e me senti obrigada a lhe dar as costas. Baixei a cabeça e passei a mão pela testa. Não era possível que essa mulher nunca sairia de nossas vidas.

— Como foi que isso aconteceu? — agora fui eu quem começou a caminhar de um lado para o outro. A sala parecia muito menor, meu sapatos apertava meu pé e meu vestido parecia me sufocar. — Claro que não pergunto no sentido literal. — parei e me virei para ele. — Você me disse que ela não poderia engravidar depois do acidente.

— As chances eram mínimas, mas, ao que tudo indica, ela persistiu no tratamento e o fato de ainda não ter filhos quando se divorciou foi porque seu marido não podia mais. — voltei a caminhar, já podia ver meu casamento e meus planos para o futuro ruindo aos poucos. — Naquela manhã em que ela foi no meu apartamento e você estava lá, ela tinha acabado de descobrir sobre a gravidez.

— Ainda assim, sumiu por todo esse tempo, sem lhe dar uma única explicação.

— Sim.

Maldita egoísta.

— Você tem certeza de que eles são seus filhos? — parada, com as mãos na cintura, eu praticamente o interrogava como um criminoso.

— Tenho sim. Minha mãe havia feito um exame de DNA antes de me falar onde encontrá-la. Depois disso, contatei meu advogado para um exame judicial, e sendo constado, eu ia assumir a paternidade.

— Meu Deus, até sua mãe está envolvida nisso? Alguém que você vive evitando que entre na sua vida, sabia de tudo, e eu, sua noiva, sendo mantida às cegas. Como pôde esconder algo assim?

— Melanie... — ele se aproximou rápido e tentou pegar minhas mãos, eu recuei, estava absorta que tudo isso estava acontecendo e ele escondia de mim. — Eu não procurei por nada disso. Fui pego de surpresa e fiquei tão desnorteado ao saber quanto você está agora.

Fui até a mesa dele, sentei na beirada e passei a ponta do salto no carpete. Não sabia mais o que pensar sobre tudo isso. Era demais para assimilar em uma única manhã.

— Quando eu descobri sobre os meninos, ela ainda tentou fugir com eles. — ele prosseguiu e mantive minha cabeça baixa, não queria encará-lo agora. — Por isso entrei com o pedido de guarda deles, e meu advogado conseguiu a guarda provisória.

Foi o meu limite.

Sempre mantive a calma e serenidade, não importando os acontecimentos ao meu redor, mas aquilo era demais. Como ele pode agir todo esse tempo me escondendo toda essa parafernalha louca do retorno dessa mulher? Quantas vezes eles precisaram se encontrar enquanto eu estava fora? O preço a pagar por ter essas crianças na vida dele, é tê-la sempre por perto. Inferno!

— É, faz todo sentido aquele quarto no seu apartamento. Agora você também a levará para morar conosco? Porque não faltam mais surpresas desagradáveis em volta desse retorno dela.

— Isso seria um absurdo, Melanie.

— Tudo isso é um absurdo, Taehyung! — não fui capaz de conter a ira na minha voz e acabei perdendo o controle, excedendo em meu tom.

— Mel... — se aproximou, parando em minha frente, com as mãos em meu rosto. — Eu estava tentando resolver tudo da melhor forma possível, para não precisarmos mudar nada em nossos planos. — fitei seus olhos. — Agora eu já tenho tudo sob controle, e ainda poderemos manter a data do nosso casamento.

— Taehyung, eu não sei se as coisas serão tão simples assim.

— Você ainda quer se casar comigo, não quer? — tive que desviar o olhar, aquela pergunta mexia muito comigo. — Por que ainda quero me casar com você. — me atraiu instantaneamente. — Agora, mais do que nunca, quero que seja minha esposa.

A sutileza como ele cutuca meu ponto fraco é desastrosa. Ele sabe que eu o amo, sabe que quero me casar com ele. Tem total ciência que meu coração nunca bateu tão forte por alguém como bate por ele.

Quando o conheci, através da Wendy, nunca imaginei que alguém me deixaria tão entorpecida e encantada ao mesmo tempo. Ele tinha um olhar melancólico, uma tristeza profunda que não conseguia esconder. Mesmo com o sorriso no rosto, as palavras descontraídas e a interação constante, seus olhos gritavam uma verdade mais profunda do que qualquer um admitiria.

Ele foi gentil, educado e muito respeitoso quando dançamos no casamento da Wendy com Jungkook, nada diferente do que eu estava acostumada ver em outros homens. E pelo que eu pude acompanhar dele nos meses seguintes, de longe, ele realmente não era um cara como qualquer outro, apesar de seu comportamento social.

No aniversário de 1 ano de casamento da Wendy, houve outra festa que pudemos nos ver novamente. Tudo ainda muito formal. Aceitável para pessoas que não se conheciam no dia a dia. Mas, no aniversário da filha do Namjoon, tudo mudou. Ele me disse que não estava pronto para um relacionamento, e eu compreendia sua posição, ainda assim, aconteceu nosso primeiro beijo.

Sendo assim, sem lhe cobrar qualquer posição sobre o que estávamos tendo, após alguns encontros, passamos nossa primeira noite juntos. Aquela noite foi importante pra mim. Eu sabia que ele não tinha esquecido seu relacionamento anterior, que alguém ainda possuía seu coração, mas não me custaria nada tentar ocupar o lugar de outra pessoa que não estava mais presente.

Passamos dois anos entre encontros, flertes e nos envolvendo cada vez mais. Eu não queria falar sobre alguém que ele precisava esquecer, por isso não questionava a respeito. O passado dele deveria ficar lá, no passado. No entanto, anos após estarmos frequentemente nos vendo e mais envolvidos do que queríamos admitir, ela voltou. Eu percebi que ele andava pensativo, longe dos momentos que costumávamos aproveitar juntos. Sabia que algo não estava certo, por isso pedi um tempo, talvez ele sentisse minha falta e percebesse que eu era a única que não desistiria dele. Não foi como pensei.

Ela estava de volta, arrancando dele o que ainda lhe restava de sanidade, e ele me jogou para escanteio. Eu não era uma garotinha iludida que sonhava que o "homem dos meus sonhos" acordasse um dia e percebesse que eu era a mulher da sua vida. Mantive os pés no chão, e no final das contas, ela o deixou.

Eu já tinha presença fixa em sua vida, já que passamos anos em um relacionamento incerto. Me mantive ali, por perto, e mais de um ano depois, ele caiu em si, sabia que ela não voltaria para ele. Mas eu estava disposta a esquecer tudo o que havia acontecido e retomar de onde paramos. Não vou mentir, estava louca por ele, mesmo que não agisse com tamanho disparate e anseio. Ele era quem eu queria na minha vida e ponto. Ser centrada e objetiva me manteve onde eu sempre quis, não seria agora que eu o perderia para ela.

Ela voltou para sua vida com dois filhos. Ainda assim, esse não seria nosso fim. Ela é inconstante e previsível, em algum momento estaria assustada demais para lidar com todo esse peso e desapareceria outra vez. Sem contar que ele ainda permanece convicto em se casar comigo. Isso muda muito as coisas. A diferença é visível. Ele não parece confuso e disperso, apenas...muito ocupado com toda a bagagem que ela trouxe desta vez.

— Claro que ainda quero me casar com você. — permiti que ele me puxasse para um abraço. Como eu estava com saudades desse cheiro amadeirado, desse calor constante de seu corpo... Dos braços me envolvendo com delicadeza. — Não quero ter que adiar nosso grande dia.

— Não vamos adiá-lo, eu prometo.

Esse conforto foi essencial para eu respirar fundo e tomar as rédeas dos meus sentimentos. Eu quero me casar com ele, e ele quer que eu me torne a Sra Kim. Então vamos adiante. Só preciso eliminar uma erva daninha, para não criar raízes em um terreno que me pertence.

Eu senti uma diferença enorme no tratamento que Taehyung estava me dando. Quando longe, por telefone, o sentia disperso, hesitante. Agora sei bem o porquê, e não posso dizer que foi bom saber o motivo, mas era necessário lidar com ele. E Taehyung o fez.

Agora, depois de me contar os motivos que o manteve tão afastado de mim, ele voltou a ser como antes. Está falante, sorri alguns momentos e sempre que possível, segura minha mão com suavidade. Era disso que eu tinha falta.

Eu queria muito que esse tempo fosse suficiente para ele se entender e, quem sabe, me surpreendesse com uma frase diferente de "eu gosto muito de você, Melanie", ou "você é muito importante na minha vida, Melanie". Ainda espero por seu amor, e pela declaração desse sentimento. No entanto, isso ficou ainda mais longe de se tornar realidade, com a volta dessa Alison.

Tivemos um almoço tranquilo. Meu apetite não se fez presente, mas o bom humor de Taehyung sim. O que já foi suficiente para mim.

Ele precisou voltar para o escritório, e disse que sairia mais cedo naquela tarde, queria passar um tempo comigo. Porém, ele precisava ver os filhos pelo menos por meia hora antes deles dormirem. Segundo ele, os meninos já se acostumaram a vê-lo todas as noites, o que me deixou bastante curiosa. Aquilo significava que ele também a via todas as noites? Ele tratou de dizimar essa dúvida, garantindo que não era desse jeito que as coisas funcionavam entre eles. A presença dele na casa dela era pelos meninos, e ela não participava da interação deles. Tomei como garantia sua afirmativa, pela convicção que ele esclareceu o fato.

Todavia, se eles seriam parte da vida de Taehyung dali para frente, uma hora ou outra, eu teria que conhecê-los, certo? E foi assim que eu o deixei sem palavras.

Ele teria de ir vê-los, e dedicaria um tempo a mim, então, por que não conciliar as duas coisas?

Estava na hora de eu saber exatamente como funciona o território inimigo. Pois, uma guerra se vence com as melhores estratégias, e se ela tem os filhos como ponto fraco dele, é preciso saber como ela os usa.

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