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Fragmentado


Taehyung


Há vozes em meus ouvidos. Vozes que eu certamente deveria estar dando atenção, mas, não consigo.

Ela está aqui.

Finalmente ela está comigo outra vez.

Pela manhã, acordei preguiçosamente. Meus olhos teimavam em não abrir, eu queria permanecer ali, meu corpo precisava daquele descanso, estava relaxado. Eu tive uma noite como há muito tempo não tinha.

Alison...

Abri rapidamente os olhos, procurando ao meu lado na cama. Ela não estava. Fui até o banheiro, à sala e até a varanda. Ela não estava mais lá.

— Droga, Alison, por que você sempre faz isso?

Voltei para o banheiro e tomei um banho rápido. Vesti qualquer roupa que encontrei e desci para o 14° andar. Bati em sua porta e esperei. Esperei por muito tempo, bati incontáveis vezes. Nada dela.

Imaginei que pudesse era descido para tomar o café da manhã no restaurante do hotel. Ela também não estava lá.

Comecei a ficar impaciente, não era possível que ela tivesse simplesmente desaparecido.

Fui até a recepção e perguntei se sabiam para onde a hóspede do 1408 pudesse ter ido, se havia solicitado um táxi ou informado alguma coisa. Eles se negaram a me dar qualquer informação sobre quem estava hospedado na suite ou qualquer outro no hotel. Quase bufei raiva.

Quando voltei para o elevador, John aguardava o mesmo chegar.

— Bom dia, Sr Kim. — fez um breve aceno com a cabeça. — Devo pedir que recolham sua bagagem na suíte?

— Eu não vou viajar hoje, John. — as portas abriram e nós entramos.

— Imprevistos, Sr?

Eu pensei em sua pergunta. Sim, havia um grande imprevisto: Alison.

Como eu poderia ir embora agora, depois do que fizemos, da noite que tivemos, depois de dormirmos juntos? Eu não conseguiria.

Minha cabeça estava um caos novamente. O que aquela noite significou? Qual a importância dela para a Alison? Será que está arrependida, que considera um erro?

Eu estava começando a suar. Meus músculos estavam tensos e eu estava mais distraído do que de costume. Pensar nela sempre me deixou um tanto avoado, mas depois da última noite... Eu preciso falar com ela. É necessário que possamos esclarecer o que significou aquele ato.

Ela se arrepende. Tenho certeza disso.
E se ela me disser que foi um erro?

— Sr Kim, o Sr está bem? — olhei para John e ele parecia embaçado, sua voz estava longe. Minhas mãos estavam trêmulas.

Não, não pode ser...

Aquela noite foi a melhor da minha existência. Fizemos amor de um jeito que eu jamais pensei ser capaz. Fiz amor com ela como se fosse minha última noite nesse mundo.

Talvez tenha sido apenas nossa última noite juntos nesse mundo.

— Eu estou bem, John. — precisei me segurar no elevador para me manter de pé.

Eu sabia, sabia que estar com ela de novo acabaria comigo. Ainda assim, a necessidade de amá-la foi mais forte do que eu.

— Sr, devo cancelar o frete do helicóptero? — as portas abriram novamente e antes de sair eu olhei para ele.

— Sim, por favor, John. — respirei fundo. — Diga ao Jungkook que houve uma emergência e eu preciso ficar mais um tempo.

— Qual a emergência, Sr? — eu cheguei a abrir a boca para responder do que se tratava, mas nem mesmo Jungkook entenderia.

— Apenas diga a ele que eu ligarei depois. — assentiu e pegou o celular do bolso antes das portas fecharem novamente.

Eu fui para minha suíte, precisava ficar sozinho.

— Droga! De novo não! — bati a porta com força.

Meus olhos ardiam e minha garganta estava seca. Eu andava de um lado para o outro sem saber o que fazer a partir dali.

Um erro...
Um erro!

É isso que ela pensa? Que tudo foi um erro?
Como ela pode achar que eu amá-la de um jeito tão único pode ser um erro?

Ela é a única na minha vida. Ela é a pessoa que possui meu coração na palma de sua mão. Que com um estalar de dedos eu me desintegro completamente aos seus pés.

Parei de repente. O que eu estava fazendo comigo mesmo?

Ela não disse que foi um erro, eu sequer consegui falar com ela ainda. Alison pode ter saído para algum compromisso, ter ido dar uma volta ou qualquer outra coisa.

Respirei fundo, acalmando toda a turbulência que crescia dentro de mim. Nada era certo, ainda. Ela veio até mim na última noite, ela compreendeu o motivo de eu ter ido procurá-la anteriormente. Ela precisava de mim.

Ela disse que precisava de mim!

Passei as mãos pelo rosto, secando as lágrimas que nem imaginei que deixaria rolar no dia de hoje. Estava tudo bem.

Fui até o telefone e liguei para o quarto dela. Não fui atendido. Fiz a mesma ligação outras 7 vezes no decorrer do dia. Eu já estava ficando preocupado, então liguei do meu celular para a recepção, informei que já tinha o hábito de me hospedar aqui e gostava muito da suíte 1408. Fui informado que, infelizmente, a suíte não estava disponível. O alívio que eu senti ao saber que ela não tinha feito o check-out no hotel, chegou a me deixar mole.

Recebi uma ligação de Jungkook no início da tarde. Tinha uma reunião com a diretora do departamento de desenvolvimento. Não podia ser adiada para outro dia. Então marquei para o final do dia.

A diretora também teve imprevistos e não pudemos fazer no horário marcado, então tive que esperar. Se ela teve que esperar pelo meu momento disponível, cabia a mim esperar pelo dela. Jungkook era quem saía perdendo em tudo isso.

Depois do início da reunião online, ao ouvir uma batida porta, eu jamais pensei que encontraria a Alison depois dela. Eu perdi completamente o rumo por alguns segundos. Tê-la aqui, vagando pela minha sala, observando casualmente os quadros na parede, me deixa  fora do ar.

Vê-la andando com os braços para trás, com um sorriso maroto no rosto, me deixa perdido. Ainda mais com os cabelos nesta cor, usando um vestido como os que ela costumava usar quando nos conhecemos. Será que isso está mesmo acontecendo?

— ... Taehyung? — a voz de Jungkook me tira do transe.

— Sim, sim, estou ouvindo. — olhei brevemente para ele.

No entanto, nada agora poderia me manter tão focado quanto ela. Quando ela se vira pra mim, me sinto desarmado, vulnerável, exposto.

Tudo bem, acho que todos nós estamos cansados. Por hora, o que discutimos aqui já ajuda a adiantar muita coisa. — foi a vez da diretora se pronunciar.

Certo, então vamos encerrar por aqui. — Jungkook encerra a reunião.

— Tenham uma boa noite!

— Até breve, Sra Know. — me despeço dela. Ficamos apenas Jungkook e eu na chamada. 

— Taehyung! — me assusto com o tom alto do Jungkook.

— Porra, Jungkook, quer me deixar surdo?

— Olha pra mim. Ei! Tô falando com você!

— O que você quer? — ele está me tirando do sério.

— Me diz que a pessoa que chegou na sua suíte, não é quem eu estou pensando!? — começo a juntar a papelada sobre a mesa.

— Eu não adquiri o dom de ler a mente das pessoas, Jungkook.

— Não se faça de desentendido!

— Jungkook, eu preciso ir. — comecei a tirar um dos fones de ouvido quando ele perguntou:

— É a Alison que está aí com você? — minha reação tensa serve como resposta para a pergunta. — Eu não acredito que está transando com ela.

— Jungkook...

— Depois de tudo o que aconteceu, depois do caos que ela tornou sua vida, você ainda tem coragem de se envolver com ela? Ela não está casada? — ele vai emendando uma pergunta na outra, sem me dar tempo de assimilar a anterior.

— Estava. — finalmente ele se calou.

— Meu Deus! — ele suspira alto. — Você tem que se afastar dela, Tae. Tem que esquecê-la. Para o seu próprio bem.

— Eu... — meus olhos estão nela outra vez. — Não consigo. — desta vez ele não diz nada.

Eu queria tê-la esquecido assim que ela saiu pela porta da minha casa há 8 anos. Mas não consegui, não fui forte o suficiente.

— Eu não tenho o direito de dizer o que você deve ou não fazer da sua vida, mas, se servir de conselho, não seja um cuzão desta vez. Faça as coisas do jeito certo, para não ter do que se arrepender depois. — olho para ele. Não pensei que o Jungkook pudesse me dar um conselho significativo como este.

— Eu não serei.

— Eu conheço todas as suas feridas, sei como elas doem, então, tente se cuidar para não sair machucado outra vez.

— Obrigado. — sussurrei.

— Te vejo em breve. — ele encerrou a chamada depois de alguns segundos me observando.

Eu o conheço, sei exatamente o que está pensando a respeito disso. E sei, também, que está com medo.

Eu estou com medo.

Coloco os fones no case e fecho o notebook.
Alison não percebe quando eu me aproximo, está distraída com uma das pinturas na parede. Eu espero até que termine de apreciar a obra.

Não sei o que ela pensa a respeito do que vê, mas a paisagem retratada transmite uma calmaria instantânea.

Há uma casinha simples no canto esquerdo, logo à frente de um vale. No canto superior direito, um pôr do sol alaranjado, riscando tons de lilás nas nuvens, anunciam a chegada de mais uma noite. O campo verde é repleto de árvores altas e robustas. Alguns galhos tortos indicam uma brisa leve e calma na paisagem convidativa.

— Você gostou? — a pergunta surge no silêncio.

— É muito reconfortante. — ela pende a cabeça de lado, ainda observando a pintura. — Só aumenta a vontade de viver em um lugar assim. De se afastar um pouco de toda essa correria que a cidade grande nos impõe. — não digo nada sobre sua observação. Ela se vira pra mim com um sorriso pequeno. — Você está bem?

Sou pego desprevenido pela pergunta. Não imaginava que ela diria algo assim, já imagina ela disparando as palavras de forma direta, acabando de vez com qualquer chance minha de argumentar alguma coisa.

— Alison...eu... — nem ao menos sei o que responder. São tantas coisas na minha cabeça, no meu peito, que fica difícil definir como me sinto.

— Desculpe por interromper seu trabalho. — ela aponta para o notebook. — Mas eu precisava vir. Precisava falar com você.

— Entendo. — ela respira fundo. Parece tomar fôlego para enfim, arremessar o golpe de misericórdia.

— Taehyung, sobre ontem a noite... Me desculpe por ter vindo aqui daquele jeito. O motivo pelo qual eu vim, não foi certo e...

— Alison, por favor, não. — praticamente implorei para ela não acabar comigo daquele jeito.

— Taehyung...o que fizemos foi-

— Não! Não diga isso! — meu coração estava espremido no peito. Tudo pelo que eu temi o dia todo estava se tornando realidade bem na minha frente. Dei um último passo em sua direção e afaguei seu rosto com as mãos. — Não importa o que você pense a respeito do que fizemos, eu não quero saber. — pressiono minha testa na sua. — Não vai mudar nada, de qualquer forma.

Ela aperta levemente meus pulsos e encara meus olhos. Há uma dúvida permeando aqueles lindos olhos castanhos gentis. Ela ainda é a Alison que eu conheci. De natureza dócil, frágil e livre. Não importa tudo que se possa ver em seu exterior, ela ainda é tudo pelo que eu sonhei, esperei e amei.

— Taehyung... — sua mão suave deixa um rastro morno em meu rosto.

Fecho os olhos e sinto os fios macios de seus cabelos entre meus dedos ao deixar um carinho modesto em sua nuca.

Quando imagino que nosso momento, nossa história e nosso amor chegará ao fim com alguma frase de despida, ela me surpreende com um beijo.

O toque leve e discreto de seus lábios me dá a chance de me despedir com um gesto recheado de angústia e esperanças despedaçadas.

Eu a abraço com destreza e desespero. Não queria que ela saísse dos meus braços nunca mais. Mas essa decisão nunca foi minha.

Os braços dela me recebem de maneira tão voluntária e desprendida, faz meu coração disparar no peito. Sua boca envolve a minha língua com ardor, o jeito como gruda seu corpo no meu acende vagarosamente todos os meus sentidos.

— Taehyung... — ela ofega com meus lábios percorrendo seu pescoço. — Os motivos por eu estar aqui hoje são diferentes dos de ontem. — eu volto a encarar seus olhos. — Mas eu te quero hoje mais do que quis ontem.

Ai meu Deus!

— Eu quero te beijar sem pensar no depois ou no amanhã.

Eu não seria louco de pensar demais no que ela me disse, apenas a beijei como ela queria. Como eu também queria.

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