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Desilusão

Alison

A última vez que me senti tão nervosa e trêmula foi na primeira vez que estive em um programa de tv para uma entrevista sobre o meu primeiro livro. Desde então, me acostumei com as câmeras e perguntas mais aleatórias que me faziam.

Mas hoje, meu coração disparou e minhas pernas amoleceram de um jeito que eu já não me lembrava mais como era pedir socorro ao universo para conseguir respirar novamente.

Tae-hyung!

Faz 8 anos desde a última vez que o vi, e ele parece que não mudou nada. Ainda tem aquele sorriso sensual que seria capaz de derreter uma geleira. Olhos marcantes e olhar intenso, uma postura leve e decidida, cheio de charme e de si mesmo. Sabe que é lindo e que chama a atenção de qualquer pessoa. Uma presença máscula e imponente. 

No entanto, apesar de seu olhar impenetrável, ele parecia distante, perdido. Aquele brilho que ele costumava ter, demorou um pouco para aparecer. Ele também não tinha toda a segurança e atitude de antes, aparentava estar receoso. Talvez a minha presença não tenha lhe agradado de alguma forma.

Se um dia eu disser que foi fácil deixá-lo no passado, estaria mentindo. Sua presença esteve marcada em mim por todos esses anos. Eu apenas aprendi a conviver com ela e distinguir que ele não fazia mais parte do meu presente. Pensar desse jeito parece ter dado certo. Mas vê-lo outra vez, me deixou...estranha.

— Como foi a conversa com a CEO da editora OuroPell? — encaro Harold ao volante, mas demoro um pouco para me situar do assunto.

— Boa.

— Boa? Só isso? — pisco alguma vezes, voltando ao presente.

— Foi ótima, na verdade. Ela se mostrou bastante interessada em uma reunião particular.

— Isso é ótimo, querida! — ele entra com o carro na garagem. — Você escreve o gênero de livros que a editora dela tem interesse em publicar.

— Ela me deu o cartão de visita dela e pediu que eu entrasse me contato.

— Vai ser uma excelente oportunidade para você. Essa editora é a mais requisitada do mercado. — ele desliga o carro e apaga os faróis. Vira-se pra mim sorridente. — Eu sei que você vai conseguir se sair bem em uma reunião com ela, tenho certeza. — ele pega a minha mão e beija carinhosamente.

— Obrigada pelo apoio. — sorri fraco e ele respirou fundo, mais animado do que eu.

— Você está muito quieta hoje. — ele observa ao entrarmos em casa. — Deve estar cansada. — deixa o sobretudo no sofá e se dirige a mim, colocando as mãos no meu rosto e beijando minha testa. — Deveria descansar, amanhã será um dia agitado. — fito seus olhos em dúvida. — Não se lembra que dia é amanhã?

— Sexta-feira? — murmuro e ele ri.

— Querida, amanhã é dia 9. Tenho uma convenção importante para participar.

— Ah.

— Sei que tem andando muito ocupada com seu novo livro, então não estou desapontado por ter esquecido.

— Sinto muito.

— Não se preocupe. Está tudo bem. — ele se vira para a mesinha da entrada e esvazia os bolsos.

Agora estou me sentindo péssima por ter esquecido de algo tão importante para ele. Vínhamos falando dessa data por semanas, e na véspera da tão esperada convenção dele, eu esqueci completamente.

— Harold?

— Sim?

— Se amanhã é dia 9, isso significa que...— meu coração acelera.

— Hoje é dia 8? — ele brinca.

Eu me aproximo mais dele e envolvo meus braços em seu pescoço, beijando sua boca com precisão. Colo meu corpo ao dele e enfio as mãos em seus cabelos.

— Gostei de como você ficou animada. — ele sorri em meus lábios, passando as mãos pela minha cintura.

— Harold, querido, vamos subir e aproveitar nossa noite. — vou deixando um rastro de beijos por sua bochecha e pescoço.

— Isso parece ótimo. — ele reage com um gemido abafado.

— Temos que aproveitar cada oportunidade nos próximos dias. — suas mãos ficaram firmes em minha cintura e ele me afasta.

— Está me dizendo que...

— Sim, querido, hoje começa o meu período fértil. — Eu o abracei novamente, mas ele não parece tão interessado agora. — O que houve?

— Eu preciso terminar de organizar algumas coisas para a convenção de amanhã.

— Mas você tem deixado isso pronto há semanas.

— Eu só não quero acabar esquecendo alguma anotação importante.

— Tudo bem, então vou te esperar na cama. — pego minha bolsa e vou para a escada.

— Não fique muito ansiosa, pode ser que eu demore um pouco.

Parei no segundo degrau e me virei para ele.
Há poucos instantes ele estava empolgado em irmos para o quarto e nos deleitar no corpo um do outro, não faz sentido ele simplesmente ter perdido o interesse tão de repente.

— Harold — desci os degraus — você está me evitando? Justo agora?

— Eu não estou te evitando Ali, só tenho coisas para fazer.

— Você está me evitando sim, eu tenho notado isso.

Harold já não era tão viril como quando nos conhecemos, sei que isso é bem comum para um homem que está chegando aos 50 anos, mas as coisas andam bem estranhas ultimamente.
Já houve duas oportunidades que o flagrei assistindo filmes adultos, ele me evita em determinadas ocasiões e passou até a sair do banho já vestido.

— Harold, você perdeu o interesse em mim? — minha voz falha ao perguntar.

— O quê? — ele parece surpreso com a minha pergunta.

— Você não se sente mais atraído por mim?

— Alison, que bobagem. Claro que eu ainda me sinto atraído por você. — ele fica agitado e evita me olhar.

— Então o que está havendo? Por que tem andado tão distante ultimamente?

— Eu estou um pouco cansado. Tenho trabalhado bastante nessa nova pesquisa e a convenção de amanhã é muito importante. — ele vira de costas e passa a mão pelo rosto. O típico comportamento de quando está mentindo para mim.

— Harold?

— Hm?

— Por que está mentindo? — ele fica calado e ainda não me olha. — O que é tão desgostoso para você precisar mentir pra mim? — ainda silêncio. — Você está tendo dificuldade para ficar...duro? — a última palavra sai como um sussurro.

— Claro que não! — ele se vira rápido para mim, com os olhos arregalados. — Posso não ter mais 30 anos, mas, com certeza, esse não é o problema.

— Então se não é isso, o que...— parei ao chegar a uma conclusão dolorosa. — Você está me traindo? — ele suspira cansado.

— Santo Deus, Alison, de onde você tira essas ideias?

— Se você não está com problemas de disfunção, só pode ser porque tem outra!

— Alison, não diga bobagens. Eu não estou traindo você. — ele senta no sofá, entrelaça os dedos e repousa sobre o rosto.

— Eu não consigo entender. Se eu não estou menos desejavel, você não está com problemas e não há uma terceira pessoa envolvida, o que há de errado, então? — caminho devagar em sua direção, sem desviar os olhos dele, sua postura de culpa só me deixa ainda mais curiosa.

— A sua fertilidade é o problema! — responde convicto. Eu tento entender seu raciocínio, mas não consigo encaixar as coisas na nossa situação. — Já parou para prestar atenção que você só tem me procurado na cama no seu período fértil? — engulo seco porque ainda não faz sentido pra mim. — Eu tenho sido apenas uma opção de concepção para você, Alison.

— Isso não é verdade.

— Claro que é! — ele levanta e olha direto nos meus olhos. — Quando não está em seu período fértil, você apenas trabalha ou escreve. Não me dá nenhum tipo de atenção ou carinho espontâneo. Então, quando sua preciosa semana chega, eu sou tudo o que você quer. É uma situação bastante desagradável.

— As coisas não são desse jeito.

— Então me diga, desde seu último período fértil, quando você me procurou? Quando veio, de livre e espontânea vontade, se deitar ao meu lado? Quando me procurou para uma rapidinha dentro do carro no estacionamento do supermercado? Quando sequer se insinuou pra mim ou me provocou?

— Você sabe o quanto isso é importante para mim. — o bolo em minha garganta não me permite dizer mais do que isso.

— Eu sei. E é só disso que temos vivido no último ano. — ele começa a andar de um lado para o outro, irritado e impaciente. — As nossas conversas são sempre sobre o seu tratamento de fertilidade, ou sobre suas consultas com a Dra. Kall. Quando você menstrua, o mundo desaba sobre nossas cabeças e voltamos ao início. Outra vez começam as conversas sobre sua fertilidade. É só isso que temos feito. — ele para e me encara triste. — E eu estou cansado disso. Sou seu marido, acho que mereço mais do que ser tratado como um garanhão, que tudo o que importa para os demais é a minha essência genética.

— Eu nunca tive a intenção de fazer você se sentir assim. — me sinto envergonhada por tê-lo tratado dessa forma. Harold é especial pra mim, e eu queria que ele estivesse feliz e esperançoso tanto quanto eu.

— Mas é tudo o que você tem me feito ser. — ele caminha até o aparador e enche um copo de whisky, que toma em um único gole. — Achei que eu fosse importante pra você, como pessoa, como seu marido.

— E você é, não duvide disso, por favor. — meus olhos ardem enquanto eu tento conter as lágrimas. Ele se vira pra mim com uma súplica no olhar.

— E eu ainda seria se não pudesse lhe dar um filho?

Nos olhamos por um tempo incalculável. Aquela pergunta deveria ser a coisa mais simples que eu poderia responder, mas meu coração está apertado demais com a possibilidade de passar a vida inteira sem nunca carregar um bebê no ventre ou segurá-lo em meus braços nos seus primeiros momentos de vida. 

— Harold...

— Você sequer consegue me responder isso sem ter que pensar a respeito. — agora ele está magoado, o jeito como bate o copo sobre o aparador demonstra seu desgosto.

— Harold, todo casal tem seus altos e baixos, e estamos em um momento delicado, principalmente porque estou há anos fazendo esse tratamento, por isso ele significa tanto. Não é uma situação definitiva. Claro que eu fico triste toda vez que vejo que nossos esforços não levam a nada, mas em breve, teremos nosso felizes para sempre todos os dias. Aqui, nos meus braços, — passo as mãos por suas costas, subindo devagar e apertando levemente seus ombros. — nos dando muitas noites em claro. — pouso a cabeça em suas costas, sorrindo ao imaginar nossa família.

Ele inalou o ar com dificuldade, apoiou-se no aparador com os punhos cerrados e baixou a cabeça.

— Nunca teremos a família que deseja, Alison.

— Não seja pessimista, Harold. A Dra Kall está confiante nesse novo tratamento...

— Alison... — ele se vira e pega minhas mãos. — Eu sei que você tem lutado muito por isso, mas esse sonho não se tornará realidade.

— Querido, precisamos acreditar que pode dar certo desta vez. Tudo é questão de nos mantermos... — ele aperta minhas mãos e as coloca junto ao peito.

— Alison, eu não posso ter filhos.

Estupefata e descrente no que acabei de ouvir, a única coisa que consigo dizer é: — O quê?

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