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Corações Em Jogo

Amber

- O que acha que eles estão conversando? - Julie, observando a filha dentro da piscina, deu de ombros.

- Não tenho ideia, mas pode ser algo bem sério, pelo jeito como ele chegou aqui.

Algo nessa perspectiva da Julie não me parece sólido.

Taehyung é um homem reservado, sei disso, mas seu nervosismo aguçou meu faro. Tem algo mais nessa conversa que o deixou inquieto.

Lembro bem como ele estava tranquilo durante a repercussão dos boatos sobre o cancelamento de seu casamento com Melanie kart. Ele não se abala com facilidade. Exceto quando se trata da Alison. Ela é ponto fraco dele, sem dúvida, e teria que ser cego ou muito desatento da realidade para não perceber isso.

De qualquer forma, só nos resta esperar pela Alison para saber o que realmente Taehyung queria com ela. Claro que não ficaríamos de fora ou deixaríamos de perguntar o que está acontecendo.

- Vocês me fazem ver relacionamento como algo improvável de acontecer na minha vida. - comentei. Julie me encarou com sarcasmo.

- Uma hora ou outra você vai se render aos fascínios que os sentimentos amorosos nos trazem.

- Eu não quero isso para minha vida. Relacionamentos são complicados demais e consome muita energia e tempo. E eu não disponho de nenhum dos dois para me permitir ser consumida. - ela riu. - Estou falando sério, Julie.

- Ninguém entra em uma relação conturbada por escolha própria. Todo mundo quer um amor tranquilo e consistente em equilíbrio e compreensão. Mas nem sempre possuímos isso. E quando o coração já está consumido, é difícil jogar tudo para o alto e esquecer que o amor ainda existe.

- As pessoas não deveriam ser tão complicadas de lidar, se querem estar com alguém.

- Em muitos casos, como o da Alison e Taehyung, eles não são complicados um com o outro, só não souberam ser abertos em momentos cruciais. - seu olhar fixou em sua filha, que estava na boia. - E é sempre mais fácil ver os erros quando estamos de fora da relação toda. Eu sei bem disso.

- Presumo que esteja falando de si mesma agora. - ela sorriu amarga.

- Minha relação com o Daeho foi complicada no início, mas olha só onde chegamos.

- Ele é um cretino, e só queria sexo contigo.

- Eu sei bem disso, e quando decidi que aquilo não era a relação que eu procurava, dei um basta. Esclareci para ele minhas perspectivas, objetivos e planos, e acabamos onde estamos hoje.

- Está tentando defendê-lo?

- Por que eu faria isso? - foi sarcástica. - Nós realmente não nos relacionamos por muito tempo, porém, ao entender que eu não voltaria para ele sob as circunstâncias que ele queria, foi quando se deu conta que não haveria um retorno. Talvez, tenha sido aí que ele se tocou que não poderia viver sem mim, e finalmente mudou.

- Ninguém muda por outra pessoa.

- Não, Amber, não muda. Ele mudou por ele mesmo. Eu me tornei seu objetivo de conquista, e ele sabia que não me teria de volta agindo daquele jeito. Ele mudou por puro egoísmo. E quando queremos tanto uma coisa, ou alguém, nenhum esforço ou mudança é em vão. - descrente, minha única reação foi um resfolegar xoxo.

- Nesse ponto do egoísmo, eu posso concordar. Mas eu não aceitaria manter alguém na minha vida que já tenha me magoado antes.

Julie colocou o óculos escuro, recostou na cadeira e colocou uma toalha dobrada atrás do pescoço, relaxando.

- Claro que você concorda, já que é exatamente assim.

- Eu não sou egoísta. - virou o rosto pra mim, mas não pude ver seus olhos, apesar de saber que eles estavam centrados em mim.

- Você só se preocupa consigo mesmo, sua carreira e acha que as pessoas têm que saber lidar com isso e ponto. Não existe maior egoísmo que esse.

- Eu me preocupo com você e Ali.

- E seja lá quem aparecer em sua vida, tem obrigação de entender que suas prioridades têm que ser a dele também. Não é mesmo?

- Não é pedir muito que a pessoa seja compreensiva.

- Mas você está pronta para ter esse mesmo nível de compreensão com ele?

- Isso depende mais dele do que de mim.

- Sabemos que você não gosta de homem grudento, carente e "atencioso". - riu abertamente, mas eu não achei nem um pouco engraçado.

Não há nada de ruim em querer alguém desprendido, ambicioso e seguro de si mesmo. São qualidades que eu prezo muito, e é o mínimo que alguém precisa ter para pelo mesmo chamar a minha atenção.

- No entanto, essa sua fantasia de achar que toda relação tem que ser preto no branco, vai mudar quando seu coração for arrebatado e você se ver perdidamente apaixonada por alguém. Você ainda não experimentou o que é uma paixão verdadeira, por isso acha que eu e Ali somos fantoches de sentimentos ilusórios que nos deixam cegas, mas nem tudo se trata apenas de nós quando o coração está em jogo. O "eu" não existe mais quando seu coração está entregue, Amber. Lembre-se disso.

Um dos motivos para eu resistir tanto a esse tipo de sentimento, é exatamente a parte de deixar o coração à mercê de outra pessoa, e não perceber o quão manipulável nos tornamos no decorrer do processo.

Não creio que precisamos deixar de ser quem somos para estar com outra pessoa. E saber que isso se torna uma possibilidade quando nos apaixonamos, me deixa ainda mais resistente.

Meu telefone toca, uma notificação. Assim que pego meu celular, dou um leve suspiro mergulhada em pensamentos.

- Desconfio que você não esteja muito longe de entender exatamente o que eu estou dizendo. - sorriu vitoriosa.

- Não fique tão animada, é apenas um passatempo. - gargalhou.

- É incrível como nem você mesma acredita no que diz.

MY: Jantar esta noite? - uma mensagem curta e sem interesses ocultos.

Mas não posso deixar que ele pense que pode ter a minha companhia quando lhe for viável.

AR: Tenho compromisso. - respondi friamente.

- Voltei, meninas. - a voz da Alison desperta Julie automaticamente. Ela volta a se sentar e retira os óculos, a encarando especulativa.

- Conta tudo! - exige brincalhona. Eu as observo casualmente.

- Ah, não era nada de muito importante.

- Tá, ainda assim, queremos saber. - insiste.

Com um ar misterioso, Alison olha para nós duas e um sorriso travesso surge em seu rosto.

- Bem, resumindo tudo, ele me chamou para sair.

Toda serelepe, Julie comemora com gritinhos, puxando a cadeira da Alison para mais perto.

- Quase vinte minutos de conversa para isso? - perguntei cética.

- Ele foi fofo, e parecia muito nervoso para fazer o convite. Enrolou um pouco, mas finalmente disse o que queria.

- E você aceitou, né? - eu não consigo entender de onde a Julie tira tanto entusiasmo para as relações alheias. Mas ela sempre foi assim, e eu não posso dizer que detesto isso nela, pois também sempre foi cautelosa.

- Eu sugiro que você use uma lingerie bem provocante.

- Amber! - Julie me repreende.

- Julie, não seja inocente. Acho que você não esqueceu o que houve da última vez que eles se viram nesse contexto, e eu não posso discordar que ela deva fazer um sexo selvagem com ele, mas sem sentimentalismo. Sabemos onde isso tudo leva.

- Acha mesmo que ele me convidou para sair apenas para transar comigo?

- Claro que não foi por isso, Ali. Não dê ouvidos para a Amber, ela é amargurada por natureza.

Pensando bem, eu não sei o que achar desses dois juntos. Eles parecem pisar em ovos quando o assunto é estarem juntos, mas ele teve todo esse tempo para fazer isso e não fez.

- Sinceramente...- ambas me encaram. - Eu não sei dizer, mas te conhecendo por todos esses anos, sei que você gostaria desse tipo de atenção vinda dele. Na dúvida, use a lingerie e aproveite o que ele tenha para te oferecer. - dei de ombros.

MY: Tudo bem. - outra notificação.

Se eu não conheço tão bem as razões e sentimentos que envolvem minha amiga e seu amante de carteirinha, não posso sequer pensar que sei das intenções de alguém que acabei de conhecer.

AR: Estou livre depois das 22h.

Os planos de Julie e Alison para fazer compras naquela tarde me deixam exausta só de ouvir em quantas lojas elas planejam passar apenas para aperfeiçoar um look para um jantar que pode não resultar em nada.

Ainda assim, é muito bom ver as duas entusiasmadas. Não posso negar que a felicidade momentânea das duas me contagia por dentro.

MY: Adoraria fazer uma refeição contigo. Te vejo mais tarde. - tive que fazer um esforço para não sorrir com essa última mensagem.

Estou beirando a tolice que tanto me esforcei para minhas amigas não caírem. No entanto, é difícil não se deixar levar por poucos momentos de descontração e fuga da realidade que esse ser humano me atribui.

Mas ainda posso me manter resistente a ele, porque nenhum homem tem a capacidade de virar meu juízo do avesso como minhas amigas se permitem.

- Ótimo, chega de firulas, meninas. Vamos dar um mergulho. - tiro meu chapéu e o roupão. Julie e Alison se levantam, me acompanhando.

- A água deve estar uma delícia. - ainda animada, Julie deixa o óculos escuro na mesa.

Quando nos aproximamos da piscina, Dylan bate as mãos na água e dá pulinhos dentro da piscina.

- Papai! - sincronizadas, olhamos ao mesmo tempo para a porta e o sério e apático Sr Kim atravessa o pátio usando apenas uma bermuda.

- Meu Deus... - arqueei as sobrancelhas. - Alison, é bom você caprichar muito bem nessa lingerie.

- Ah, amber, a baba está escorrendo aí no seu queixo. - encarei Julie com repulsa.

- Se toca Julie, eu não tenho interesse no homem alheio. Mas certos atributos são inevitáveis de reparar. Ainda mais vindo de quem vem. - ainda observando o Kim, o vejo entrar na piscina pelo outro lado, indo em direção ao filho. - E agora eu entendo bem o porquê da Alison o querer por perto frequentemente.

- Você é incorrigível, Amber. - Alison me dá um leve tapa no braço, e nós três mergulhamos na piscina.

Alison

Taehyung foi cavalheiro e gentil. Mesmo não havendo necessidade alguma, mas, fazendo deste momento um verdadeiro encontro, ele passou em casa, esperou que eu terminasse de me arrumar e me trouxe a um restaurante aconchegante e com um excelente cardápio.

Eu notei que ele estava um pouco nervoso e ansioso.

Na verdade, parecia mais ansioso do que nunca. Se atrapalhou um pouco ao abrir a porta do carro para eu sair quando chegamos aqui, quase trombou com o garçom quando fez a gentileza de puxar a cadeira para eu sentar, e ficou mudo assim que fomos deixados a sós.

Ele estava constantemente evitando me encarar por mais de dois segundos e vasculhar o ambiente sem propósito algum.

Durante todo esse tempo que nos conhecemos, eu nunca tinha reparado que ele pode ser...tímido, em determinadas ocasiões. Parece bobo ele agir assim, mas esse comportamento me proporcionou bons sorrisos. Talvez, o fato de eu ter levado essas situações como algo bobo e sem muita particularidade, eu o tenha deixado ainda mais encabulado. Mas não posso negar, ele fica muito fofo quando está tímido.

- Alison... - pigarrou chamando minha atenção.

- Sim?

- Você, por acaso... - ele estava com dificuldade para fazer uma pergunta? Deve ser algo bastante importante. - Teria...uma cor favorita?

Inicialmente, fiquei muda. Ele teve cautela ao me perguntar isso? Sério?

- O quê? - foi a única coisa que consegui dizer em meio a minha confusão mental.

- Bem...geralmente as pessoas têm uma cor preferida. Algumas podem ter mais de uma e, sei lá, achei que você pudesse ter uma. - forçou um sorriso e encarou o próprio prato.

- Roxo. - ele voltou a me olhar. - Mas não aquele roxo intenso. Algo mais suave, como aquele breve arroxeado que surge no céu ao pôr do sol.

- Entendi. - conteve um sorriso pequeno.

- Ah, na verdade, acho que está mais para lilás ou lavanda, do que roxo. - acrescentei.

- Foi isso que eu imaginei. E ouso comentar que combina com você. - achei galante esse comentário.

- E você, tem uma cor favorita?

- Talvez azul. Mas azul turquesa. Me dá uma sensação de estável e profundo.

- "Ouso comentar que combina com você" - repeti sua frase e nós dois rimos.

- Me desculpe por isso. - acanhado, ele evitou meus olhos. - É que me fizeram refletir esses dias, que já se passaram tantos anos desde que nos conhecemos, e sequer sabemos coisas tão simples um do outro. - pensei sobre o que ele disse.

- Então me convidou para sair só para saber qual é minha cor favorita? - brinquei.

- Não. O ideal, segundo me disseram, era que eu deveria saber sua música ou banda favorita no ensino médio, se já teve animais de estimação e do que mais tem medo.

- Hum... deixe-me pensar... Minha banda favorita no ensino médio eram os Backstreet Boys e eu era apaixonada pelo Nick Carter. A música deles que eu mais ouvia era I Want It That Way, mas não era minha música favorita dessa época. Eu era louca por Toxic da Britney Spears. - ele gargalhou. - Estou falando sério. - ele prosseguiu rindo. - Eu não tive animais de estimação, porque sou alérgica a diversos tipos de pêlos.

- Nossa, eu não sabia.

- Claro que não. - enfatizei. - Meu corpo fica todo vermelho e enche de bolinhas que coçam demais, sempre que tenho contato com algum animal.

- Sinto muito. - foi solidário.

- Eu já me acostumei a não poder ter um bichinho há muito tempo, relaxa. Mas, a urticária não me deixa tão apavorada quanto pensar que eu posso passar por algum tipo de acidente outra vez, e nunca mais me lembrar dos meus filhos. - eu sei que essa parte foi um balde de água fria em nossa descontração, mas se ele queria saber mesmo, agora não tem como voltar atrás.

- Espero que me perdoe por te fazer pensar em coisas assim. - suspirei.

- Como mãe, penso que todas nós temos esse medo em comum. De modos diferentes, mas nada nos apavora mais perder nossos maiores amores. - ele ficou calado e pensativo. Acredito que algo no que eu disse o tenha afetado de alguma forma. - Porém, acho que esse não é o tipo de assunto que devemos colocar em pauta agora, certo?

- Claro, como preferir.

- Admito que deveria ter deixado as últimas respostas para outro momento. Quem sabe assim, você me convidaria outras vezes para sair. - ele ficou vermelho. Tomou um gole d'água e mexeu distraidamente no guardanapo sobre seu colo.

- Para ser sincero, Alison, eu estava disposto a manter uma relação amigável contigo, como temos tido nas últimas semanas. - fez uma pausa. Aquele maldito tempo em silêncio quase me fez chorar.

Só me resta entender se essa fosse a relação que manteríamos daqui para frente. Nenhum de nós dois ficou inteiro depois de todos esses anos de amor, mas não quer dizer que não seria doloroso perdê-lo como o amor da minha vida e tê-lo apenas como o pai dos meus filhos, um amigo.

- No entanto, meu coração grita para que eu tente ter você outra vez. - emiti um som desconhecido e fui obrigada a cobrir a boca. Não sei se foi alívio, um grunhido do desespero encrustado no fundo da minha alma se desfazendo, ou a esperança sendo ressuscitada. - Você está bem? - segurando as lágrimas com o máximo de esforço que pude, assenti.

- Sim. Desculpe. Continue. - minha voz ficou rouca de repente.

- Eu não sei onde podemos chegar com isso; se vamos conseguir construir algo daqui a algum tempo, ou se não passaremos de poucos momentos agradáveis nesse período, mas eu gostaria de tentar. Devagar, optando por um começo sem muitas expectativas ou me baseando no que já conheço de você para traçar conclusões precipitadas. Pretendo ser aberto e estou disposto a nunca enxergar as coisas de maneira unilateral. Creio que esse foi nosso erro desde o início, pensar que o certo era nos manter reclusos em dúvidas e fazer escolhas baseadas em certezas irreais e estúpidas. E não quero que nosso passado interfira nesse processo. Pelo menos não quero mais me agarrar aos erros de antes e te ver com aqueles olhos amargurados e receosos. - se calou de repente, mas prosseguiu com um olhar complacente. - Alison, por que está chorando? Não é isso que você quer? - neguei com a cabeça.

- Não, não é nada disso, eu só...estou surpresa com tudo isso. Emocionada, na verdade.

- Alison... - ele estendeu a mão na mesa e eu a segurei com força. Ainda assim, ele sentiu o quanto eu tremia. - Você me dá a chance de tentar te reconquistar?

- Sim! - respondi tão rápido que nem me dei conta que falei alto demais. - E eu farei o possível para recuperar a sua confiança, ser compreensiva e igualmente aberta contigo. - eu já não sabia se chorava ou ria de alegria e ansiedade. Isso era tudo o que eu mais queria nesse mundo, uma oportunidade de refazer nossa história.

- Eu acredito que você fará tudo isso. - sorriu genuíno. - Agora, por favor, pare de chorar, eu não sei lidar com esse tipo de situação. - sequei o rosto com as mãos e mantive apenas o sorriso. - Detestaria pensar que o início de nossa nova história começou a partir de um choro seu. - eu ri.

- Não se preocupe com isso. Esse é o segundo choro mais feliz e importante da minha vida. - brinquei.

- E qual foi primeiro? - ficou curioso.

- Quando os meninos nasceram. - me lançou um olhar repleto de carinho.

- Eu deveria ter pensado nisso.

- Sim, deveria. - acrescentei brincalhona. Ele riu e a atmosfera em nossa mesa mudou completamente.

Passamos um tempo considerável conversando depois do jantar. Nenhum de nós queria ir embora e perder a chance de aproveitar essa interação.

Foi tão inédito compartilhar mais uma garrafa de vinho enquanto ouvia ele falar das travessuras que já aprontou no fundamental. Ouvir da própria boca dele quando levou um ratinho para a sala de aula em um dia de prova e o soltou despreocupadamente só para não se dar mal na disciplina durante o ensino médio, me arrancou muita gargalhada. A maneira como detalhou o desespero de suas colegas, foi ironicamente cômica.

Eu não tinha muito o que contar, sempre fui muito tranquila e dedicada. O máximo de imprudência que já cometi, foi pular o muro da escola e perder os dois últimos períodos só para ver um filme impróprio para os meus 14 anos na casa da Amber. Sendo assim, as aventuras dele são muito mais interessantes.

A noite mais tranquila, reveladora e de emoções diversas que tive com Taehyung nos últimos 12 anos. Nossa história é longa e cheia de controvérsias, mas acho que podemos mudar tudo isso. Esta noite prova isso.

Agora, parado em frente a minha casa, tenho ideia das coisas que passam na cabeça, pois meu coração palpita no peito intensamente.

Como devemos nos despedir? É nosso primeiro encontro de alguma forma, mas nosso desejo um pelo outro é palpável e dentro do carro a temperatura subiu consideravelmente. Mesmo que nenhum de nós tenha feito nada para provocar o outro, eu sinto o calor do corpo dele tocar o meu.

Um beijo curto que expresse um pouco de nossa atração seria correto? Ou seria melhor evitar qualquer toque? Estou confusa, não sei como fazer isso. Não com ele. Não depois de tudo o que já fizemos juntos. Não sabendo o que uma simples aproximação pode desencadear em meu corpo.

Ah, Deus...

- O que você gostaria de fazer em nosso próximo encontro? - não havia jeito melhor de romper a tensão do que fazendo essa pergunta. Ele foi esperto.

- Qualquer coisa para mim estaria bom. Sei que os momentos que passaremos juntos serão igualmente reconfortantes, como hoje. - fui deliberadamente sincera. Ele franziu os lábios, num sorriso tímido.

- Deveríamos fazer algo durante o dia? Com os meninos?

- Não! - respondi rápido, capturando sua atenção imediata. - Nossa relação em família está ótima. Você tem total acesso a minha casa quando quiser vê-los. Esses encontros são para nos conhecermos melhor, se trata de nós. Então vamos deixar assim. - ele assentiu. Se o propósito dele era esse, então é isso que devemos fazer, dedicar esses encontros a nós.

- Tudo bem, então vou pensar em algo e te aviso.

- Certo.

Aquele silêncio desconfortável que caiu sobre nós não era típico de nossos momentos a sós, ele me causava agonia, uma ansiedade interna que não é normal.

Bom, se ele não diria mais nada, então eu finalizaria aquela noite de um modo bastante coerente com primeiros encontros casuais.

Tirei o cinto de segurança e me virei para ele, curvando levemente para frente. Em sua bochecha, deixei um beijo suave e demorado. Ele fechou os olhos e senti sob meus lábios sua bochecha esquentar. Admito, as reações dele me deixam fascinada. Nenhum dos problemas que nos afetou e nos afastou nos últimos anos, diminuiu ou alterou o jeito como seu corpo reagia a mim. Pode ser tolo e indulgente da minha parte pensar assim, mas ele não resiste aos meus toques. Assim como sei que eu não seria capaz de resistir aos dele.

Passei a mão pelo outro lado do rosto dele. Um carinho discreto, que deixava subtendido minhas intenções.

Ele segurou minha mão e cheirou meu pulso enquanto eu o observava sob à luz fraca que entrava pelas janelas. Seus olhos escuros e intensos fizeram meu corpo formigar. Para ser mais específica, o local entre as minhas coxas esquentava cada vez.

- Alison... - a voz rouca e baixa, praticamente vibrava em meu corpo.

Encostei minha testa na dele, o suspiro quente e inaudível em meu queixo, fazendo meu corpo arrepiar.

Não queríamos conversar. Não mesmo. Queríamos nos beijar, nos tocar, nos sentir...nos entregar um ao outro.

- Você pode passar a noite aqui. - sugeri em sussurros. - Tem bastante espaço na minha cama.

Eu senti ele tremer quando apertou os olhos, como se sofresse internamente ao ouvir aquilo.

Independente de qualquer coisa que eu constatasse, não queria privar meu corpo de sentir o dele, então o beijei.

Ele correspondeu ao meu beijo devagar, um tanto hesitante. Eu sabia que ele não queria apressar as coisas, mas resistir ao desejo era mais difícil quando estávamos tão perto.

Me arrastei no banco, ficando ainda mais perto. O puxei pela nuca e permiti que ele invadisse minha boca com a astúcia de um animal selvagem se preparando para fisgar sua caça.

Suavemente, guiei sua mão para minha cintura, e senti ele apertar levemente o local antes de emitir um grunhido gutural. Se ele me quisesse ali, me tomaria da forma que lhe fosse propícia, eu estava deixando isso bem claro.

- Alison... - puxei levemente entre os dentes seu lábio inferior. - Por favor...eu quero fazer as coisas com cautela. - murmurou. - Precisamos ir devagar se quisermos algo a longo prazo.

Devagar.
Ok, entendi. Vamos devagar então.
Beijei uma última vez os lábios dele e me afastei.

- Tudo bem. - ele pareceu surpreso. Eu podia jurar que tinha um certo desapontamento no olhar dele, mas resolvi ignorar e fazer as coisas do jeito dele. - Nos vemos em breve então. - peguei minha bolsa no painel do carro e olhei para ele antes de sair. - Certo?

- Sim. - soltou um suspiro aliviado. Eu me despedi com um sorriso largo e entusiasmado.

- Boa noite, Taehyung.

- Boa noite, Alison.

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