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Controvérsias

Taehyung

Levantei e fui até a janela, o Sr Pines estava no deck do fundo, arrumando algumas varas de pesca. Tinha um chapéu de aba longo na cabeça e um colete bem característico de quem pratica essa arte além de uma simples diversão.

O dia estava quente, e o tempo que passei na cama me deixou fadigado e suado. Pensei em tomar banho e descer. Porém, se eu ia para o lago, por que não ousar com um mergulho? O Sr Pines me disse que a água do lago não era gelada nessa época do ano e não tinha refresco maior que um mergulho durante à tarde. Perfeito, era isso que eu faria então.

Troquei meu calção por uma bermuda leve e mais apropriada. Peguei uma camisa e saí do quarto.

Desci as escadas e pelas portas laterais, vi a Sra Pines cuidando das plantas no jardim. Quando pisei no último degrau, ouvi a voz da Alison conversando com alguém, que presumi ser a Anne. Elas estavam na cozinha. Pretendia avisar que estava saindo, por isso os meninos estariam sozinhos no andar de cima, mas quando cheguei perto da porta, ouvi meu nome ser sussurrado.

— ... Ele está noivo agora, não há nada que eu possa fazer quanto a isso.

— Não estou dizendo que você deva fazer alguma coisa, só que...admirar de longe não arranca pedaço de ninguém. — ouvi o som de um risinho reprimido. — Ah, já entendi... — o tom zombeteiro da Anne revelava muita coisa. — Você já tem feito isso!

— Anne, fale baixo. — uma cadeira arrastou no piso e depois mais sussurros. — Não é que eu esteja procurando por isso, mas às vezes acontece de nos esbarrar-mos quando ele volta da corrida dele pela manhã. — Anne riu. — Tá, nem sempre é assim que acontece, peguei um estranho gosto por ficar espiando pela porta do meu quarto quando ele sobe todas as manhãs. Principalmente quando ele tira a camisa e eu fico observando o jeito como os músculos das costas dele se movem quando anda de volta para seu quarto.

— Alison! — Anne a repreende em um tom brincalhão. — Acho que vou mudar o horário do banho dos meninos. — Alison riu. — Se eu estiver lá em cima nesse horário, corro o risco de também ser agraciada com uma vista dessa.

Me obriguei a colocar a mão na boca para conter o riso. No final das contas, as mulheres não eram tão diferentes dos homens.

— Claro, só sendo cega para não ver como ele é bonito...

— Lindíssimo!

— Mas ele não é só isso. — precisei chegar mais perto da porta para ouvir o que ela murmurou. — Ele também é quente...muito quente.

— Seja mais específica.

— Anne, não seja tão curiosa.

— Você começou, então termine. — cruzei os braços e encostei na parede, atento a toda e qualquer palavra que ela diria a seguir.

— Ele é quente, é isso. Digo, em temperatura corporal. Parece que é sempre verão naquela pele. — Anne riu.

— Não foi isso que você insinuou, Alison. — insistiu a outra.

— Tá, tudo bem, vou dar algumas noções. — silêncio por alguns instantes. — Os braços dele...— curioso, encarei meus braços. — Podem ser fortes, mas ele sabe medir muito bem a firmeza de um corpo entre eles. Aquela mãos grandes... — meus olhos correram para elas. — Sabem exatamente onde tocar para te enfeitiçar sobre uma cama. — engoli em seco, era estranho ouvir aquilo sobre meus "atos". — E aquela boca... — outra vez o silêncio.

— Continua!

— Aquela boca pode ser o céu e o inferno. Só depende do que você procura no dia. O beijo dele pode ser carinhoso se lhe deseja amar, mas pode ser puro pecado se ele quiser apenas te deflorar. Se ele tem capacidade para fazer isso com os lábios, imagina o que faz com o resto do corpo?

Eu estava um tanto sem rumo ali. Imaginei fofoquinhas e comentários bem superficiais, não algo tão descritivo e intenso. Meu pior erro foi ter escutado essa conversa, agora vou andar por aí pensando no jeito como a Alison se lembra de estar em meus braços, sobre uma cama. E tudo que eu não preciso é lembrar de nós dois ardendo de desejo entre lençóis.

— Alison...? — chamei do corredor, antes de entrar na cozinha. Os olhos da Anne arregalaram ao me ver entrar na cozinha. — Estou indo para o lago, seu pai está por lá e... — abri a geladeira e peguei água, me servindo em um copo. Quando virei para a mesa, o rosto de ambas estavam vermelho. — Ele disse que vai me ensinar a fazer alguns anzóis.

— T-tudo bem. — forçou um sorriso, me encarando surpresa.

— Creio que os meninos ainda estejam dormindo, pois não havia nenhum movimento no quarto deles. — ela assentiu. — Tchau. — deixei o copo na pia e saí.

Passando pela porta dos fundos, parei e tentei entender que porra eu pensava que estava fazendo. Por que caralhos, eu tirei minha camisa para entrar naquela cozinha? Não dá para negar que qualquer pessoa gosta de se sentir desejada, mas onde havia ido parar meu raciocínio quando fiz isso?

Alison e eu não podemos ter mais nada, eu estou noivo e me casarei em breve. Fazendo ela me desejar ainda mais não é o caminho certo para me manter racional. Sei que ela está tentando sabotar a boa relação que temos me provocando esporadicamente, mas devolver na mesma medida é uma boa estratégia para manter o jogo de igual para igual? Ou me mostrar indiferente pode ter maiores chances de derrubar seu conceito de jogo?

Esse joguinho de sedução pode acabar nos levando para a cama, tenho ciência disso. E maior ciência ainda de que, se isso acontecer, ela vence. Eu perco a Melanie, o futuro que planejamos e a Alison ainda pode se gabar de conseguir me manipular e ficar mais confiante de que possui algum poder sobre mim.
Eu não posso deixar isso acontecer. De forma alguma.

Uma noite barulhenta, cercada de pessoas e luzes muito coloridas por todos os lados. Agora entendo bem porquê nunca fui muito fã de parques de diversões.

Bem o contrário de mim, os meninos vibram com tudo o que passa perto deles. De vendedores com balões de personagens de desenhos à artistas devidamente trajados andando com pernas de pau.

Nos brinquedos a gritaria era certa. Chegar perto doía meus tímpanos. E Dylan, sendo o mais tranquilo dos dois, me deixou intrigado ao querer fazer parte de um montante de crianças birrentas e barulhentas. Até ele é contagiado com essa atmosfera estranhamente "animada".
Alison ficou com Noah, ela já tem experiência suficiente para saber como lidar com ele nesse tipo de ambiente. Dylan estava comigo, no colo. Quando sugeri colocá-lo sobre meus ombros, achei que receberia uma recusa imediata, mas não foi assim que aconteceu. Ele aceitou e ficou muito contente em poder ver tudo com mais precisão. Contudo, meu cabelo está uma mistura grudenta de pipoca, algodão doce e outras coisas que ele simplesmente apontava e eu comprava para ele. Não sei se a Alison ficaria de acordo com isso, mas eu não preciso pedir sua permissão para fazer tudo com ele. Afinal, ele é meu filho também, posso decidir algumas coisas.

Noah quis ir em uma espécie de pula-pula com um tipo de escada na lateral. Não tenho nem ideia se isso é mesmo um pula-pula, mas parece. Alison foi com ele. Dylan viu de longe as luzes da roda gigante. Ele começou a se agitar sobre meus ombros, e eu tive que tirá-lo de lá. Tentei convencê-lo de que nós iríamos assim que sua mãe voltasse com seu irmão. Não foi uma boa ideia.

Dylan começou a espernear no meu colo, querendo descer. Me senti constrangido dele fazendo aquela cena e as pessoas passando por nós e me encarando como se eu estivesse importunando a criança.

— Roda-gigante, roda-gigante! Quelo' a roda-gigante!

— Tudo bem, nós vamos na roda-gigante, mas precisamos da sua mãe e do seu irmão, senão vamos nos perder nesse lugar cheio. — ele não me ouvia, continuava com o estardalhaço.

Deus, eu estava esperando pela resistência deles em algum momento, mas tinha que ser em um lugar como aquele?

— Dylan... — coloquei-o no chão, segurando firme em seus pequenos ombros, já que ele fez menção em correr. — Dylan, olha pra mim. — ele não cedeu, seus olhos molhados não me davam atenção. — Dylan! — fui obrigado a usar toda minha seriedade, e isso o assustou. — Se acalme, pare de chorar. — os olhos assustados dele finalmente me encararam. — Muito bem. — foi minha vez de respirar fundo. — Tenha um pouco de paciência, as coisas não são como você quer que seja. Nós iremos na roda-gigante quando sua mãe e seu irmão voltarem. Mas se você continuar com essa choradeira desnecessária, você não conseguirá o que quer. Entendeu? — ele não esboçou uma afirmativa ou negativa, começou a chorar de novo e estendeu os braços acima de mim. Olhei para trás e Alison estava lá.

— O que está acontecendo? — ela se curvou e o pegou no colo.

— Ele estava fazendo birra, queria a todo custo ir na roda-gigante antes de você voltar.

— E isso foi motivo para você assustá-lo dessa forma? — ela o abraçou e deitou sua cabeça no ombro.

— Ele não parava de chorar e todo mundo estava olhando. — agarrado na mãe, Noah intercalava o olhar entre eu e sua mãe.

— Não faça mais isso. Ele é só uma criança. — sinceramente, fiquei indignado com a reação dela.

— Ele deveria ser repreendido aqui, não eu. — coloquei as mãos na cintura, a encarando com descrença. — Sei que você dedica muito amor e carinho para eles, mas precisa ensinar limites também.

— Não ouse me dizer como devo criar meus filhos. — seus olhos furiosos me fuzilaram.

— Então não ouse fazer o mesmo. Eu sou o pai deles, caso tenha esquecido, e lhes ensinarei o que for preciso para serem respeitosos e obedientes, não mimados.

Notando que estávamos chamando uma atenção indesejada, para uma discussão sem cabimento, ela pegou na mão de Noah e finalizou com:

— Eu não vou discutir isso aqui. — me deu as costas e saiu andando.

É inacreditável que ela me trate como vilão, quando estou apenas tentando educar meu filho. Com certeza falaremos sobre isso de novo, pois não deixarei que ela me passe um sermão por agir adequadamente.

Me recusei a ir na roda-gigante. Não pelo que houve antes, mas por não ser adepto a esse tipo de diversão. Enquanto Alison brincou com os meninos, eu fui procurar alguma coisa "de adulto" para beber. Minha noite não estava indo como eu esperava, e a culpa disso é dela.
Tomei uma latinha de cerveja — que por sinal estava quente — antes de vê-los sair do brinquedo. No chão, Dylan correu em minha direção e pegou em minha mão, me puxando para o brinquedo.

— Papai, é sua vez! — paralisei.

Ele me chamou de papai?

Juro por Deus, essa era a última coisa que eu esperava ouvir. Depois da repreensão que dei nele, achei que o máximo que faríamos era dividir o mesmo cômodo, não que ele agiria como se nada tivesse acontecido e ainda me chamaria de papai pela primeira vez.

— Dylan...? — meu olhos ardiam, nunca pensei que a emoção de ser chamado de pai seria tão grande.

— Vamos, papai! — eu o segui, cambaleando.

— Vai lá, ele quer partilhar com você uma das coisas que mais gosta. — Alison aconselhou.

Eu não poderia recusar. Nem queria. O peguei no colo e fomos para o brinquedo. Ele estava sorridente enquanto eu o encarava inerte. Era possível as crianças esquecerem as coisas tão rápido? Nosso "desentendimento" não foi nem há meia hora e ele me trata como se nunca tivéssemos chegado àquele ponto.

Independente de como as coisas funcionam na cabeça de uma criança, eu me sinto um bosta por ter feito o que fiz. Olha só para ele, sentado no meu colo, com um sorriso de orelha à orelha e observando as luzes do parque. Aproximei meu rosto de sua cabeça, cheirei seu cabelo e deixei beijo no topo.

Eu estava mais feliz do que jamais imaginei que estaria outra vez na vida.

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