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Confronto

Alison

Taehyung pode tentar se manter longe de mim o quanto for, mas dentro da minha casa fica bem mais difícil.

Eu sabia que ele não deixaria de aparecer esta noite. Não pode mais ficar longe dos meninos. Infelizmente, esse é o único momento que posso usar ao meu favor de alguma forma. Então o farei.

Tomei banho, coloquei um vestido que sei que ele apreciaria me ver usando. Sequei o cabelo e o deixei solto. Passei um perfume suave e desci para esperá-lo chegar. Para minha surpresa, quando cheguei ao final da escada, ele já estava aqui. Quando seus olhos me encontraram, foi inevitável vê-lo engolir em seco ao me observar de cima a baixo. Sei que ele se recordou da garota que conheceu me olhando daquele jeito. Cabelos soltos, um vestido leve e pés descalços. Sorri ao vê-lo suspirar em silêncio.

Mas aquele momento não durou muito. Ele virou o rosto para o outro lado e sorriu muito contente. Quando segui seu olhar, o meu sorriso desapareceu.

Melanie.

Ela conversava com Noah, um largo sorriso branco enfeitava seu rosto e os olhos de Taehyung transmitiam muita satisfação. Atrás de Noah, Dylan a encarava desconfiado. Taehyung estendeu os braços e Dylan disparou em sua direção, subindo em seu colo. Melanie se ofereceu para pegar Noah também, e o pequeno não se recusou a ir. Agora, Dylan escondia o rosto na curva do pescoço do pai e Noah, curioso, mexia nos brincos de Melanie.

De frente um para o outro, eles trocavam sorrisos e pareciam ser uma família feliz e perfeita de um comercial de margarina. Aquilo me incomodava. Há menos de 72 horas éramos nós compartilhando um momento assim. Agora ela tomou meu lugar. E seria assim daqui para frente, se eu não fizesse nada para tê-lo de volta.

Não sou uma mulher mesquinha que não deseja a felicidade do ex, apenas por ser obsessiva e rancorosa. Nada disso. Sei que ele só seria realmente feliz ao lado de quem ama. E essa mulher não é a Melanie.

O jeito como Melanie conversa com ele, como sorri e olha para ele, é evidente que seu coração pertence a ele. Não sou tola. E mesmo que ele sinta alguma coisa por ela, não é o amor que já sentiu por mim. Não é nada comparado ao que já vivemos. Caso contrário, eu não mexeria com seus sentimentos, não o deixaria na defensiva. Ele não teria medo de ficar perto de mim. Não fugiria. A única coisa que ele pretende, mantendo esse noivado, é tapar o sol com a peneira. Se enganar achando que pode viver como se eu não estivesse marcada para sempre em seu coração.

Eu poderia fazer um jogo sujo, apelar da maneira mais baixa e seduzi-lo até levá-lo para cama, acabando de vez com essa história de casamento com alguém que ele obviamente não ama. Mas não preciso fazer nada disso. Apenas o que sentimos um pelo outro será suficiente para trazê-lo de volta. E eu usarei as cartas certas para isso.

— Taehyung!? — me aproximei gentilmente.

— Alison. — ambos se viraram em minha direção e Noah parecia se divertir muito com os brincos dela. — Melanie, esta é Alison. — disse sério, me apresentando a ela. — Alison, esta é Melanie, minha noiva.

Não pude deixar de notar a ênfase que ele fez no fim da frase. Ele queria deixar evidente que nada havia mudado, e que a presença dos meninos em sua vida agora era de ciência dela e que ela estava de acordo com a maneira que ele estava conduzindo tudo. Seria difícil "competir" com alguém que aceitava tudo com um sorriso daquele no rosto. Mas ela não era tão implacável assim, tenho certeza disso.

Ela encurtou a distância entre nós e estendeu a mão para me cumprimentar. Os olhos semicerrados e as sobrancelhas franzidas, como se me reconhecesse.

— Alison...Pines? — estreitou mais os olhos. — A autora dos best-sellers? — é, ela me conhecia, de alguma forma.

— Isso! — apertei suavemente sua mão e sorri o mais gentil que consegui. Mas parece que essa confirmação a deixou reticente.

— Conheci muitas jovens e adolescentes que gostam dos seus romances. — acrescentou simpática.

— No fundo, a maioria de nós deseja viver um romance emocionante, no final das contas. — ela assentiu, apenas.

Aquela aura de apresentação casual foi interrompida pelo celular de Taehyung tocando no bolso. Ele pegou e ignorou a chamada.

— Bem... — se adiantou ele. — Como Melanie voltou antes do esperado, — olhou carinhosamente para ela. — como uma surpresa maravilhosa, achei que não havia mais motivos para não apresenta-la aos meninos. — agora ele se dirigiu a mim. — Desculpe, sei que foi inesperado e não te avisei com antecedência sobre essa visita, mas era necessária. — ele foi até ela e passou um braço por seu ombro, mantendo-a junto a ele.

— Não se preocupe. — foi a única coisa que pude dizer.

— Seu filhos são adoráveis. — me disse, ainda com aquele sorriso que estava começando a me irritar. — E, claro, lindos como o pai.

— Mel, não seja boba.

— Estou sendo sincera. Sabe que não tenho razão para mentir. — ela apertou levemente a bochecha de Noah, que se encolheu risonho. — Olhe só para eles.

A interação daqueles dois me deixou impaciente para sair dali o mais rápido possível. Não era possível que ele tivesse aquele tipo de relação com ela o tempo todo. Parecia tudo muito...fantasioso.

— Sim, eles são adoráveis. E lindos, como os pais. — comentei azeda, cortando toda aquela interação desnecessária. Para não ser confundida com grosseria, acrescentei: — Você também é muito linda. Nem se compara àquelas fotos em colunas de fofoca. — ela ficou séria, mas manteve a postura.

— Obrigada pelo elogio.

— Alison, hoje não poderei ficar para jantar com os meninos, mas virei amanhã com mais tempo. — ele beijou os cabelos de Dylan, antes de entregá-lo a mim.

— Tudo bem. Imagino que vocês têm muito o que fazer, depois de tanto tempo longe. Ainda mais com um casamento se aproximando.

— Exato! Ainda há muito para ser definido. — ela pontuou, enquanto Taehyung fazia um gesto para Anne. — Ainda não conseguimos enviar todos os convites. Estamos bastante atrasados. — Anne se aproximou e pegou Noah do colo dela, e com certo protesto ele foi no colo da babá. — Porém, — ela agarrou o braço de Taehyung, como um sinal claro de possessão. — agora não teremos mais motivos para ficarmos longe um do outro.

Aquele sorriso dele foi apenas para confirmar o que ela dizia, não para atestar que falar daquilo, naquele momento, era o que o deixava confortável.

— Entendo.

O celular de Taehyung tocou de novo. Anne saiu da sala com Noah, e Dylan brincava distraído com uma mecha do meu cabelo.

— É o Namjoon. Ele nunca me liga nesse horário. Acho que preciso atender. Me dê alguns minutos e podemos ir, tudo bem? — ela concordou e ele deu um beijo na bochecha dela, se afastando na direção da porta.

— Você é um rapazinho bastante tímido, não é? — fez um carinho no cabelo do Dylan, e ele e encolheu no meu colo.

— Ele precisa de mais tempo para confiar nas pessoas. — revelei.

— Se todos nós fossemos assim...

Antes que eu pudesse responder a sua frase, Dylan se contorceu em meu colo e eu o coloquei no chão. Sem olhar para trás, ele correu em direção ao pai, que estava do lado de fora, no celular. Ele agareou com firmeza suas pernas e escondeu o rosto entre elas.

Não durou um minuto o silêncio entre nós, mas parecia uma eternidade.

— Eu sei extremamente o que está fazendo, Alison. — com seriedade, ela me encarou com olhos frios.

— Perdão? — soltou um longo suspiro.

— Sou uma mulher que prioriza os bons modos em todos os momentos, mas não sou tola. Sei que está usando seus filhos para se aproximar dele.

— E por que eu faria isso? Até onde me lembro, fui eu que o deixei, e não o procurei durante todo esse tempo.

Com as mãos juntas à frente do corpo, um sorriso desdenhoso no rosto e saltos que me obrigavam a olhar para cima, caso quisesse ter aquela conversa olho no olho, ela veio até mim e disse baixinho:

— Eu não entendo essa sua obsessão por fazê-lo sofrer, mas sempre que as coisas estão seguindo um rumo tranquilo na vida dele, você volta e o arrasta para o buraco de novo. O que é tão difícil de aceitar? Que ele pode ser feliz com outra pessoa, enquanto você não é capaz de ir além?

— Você sabe que está sendo estúpida, não sabe? Eu não o procurei antes, e tampouco o fiz desta vez. — se a intenção dela era me provocar, conseguiu. Mas eu não ficaria calada, ouvindo seus desaforos. — Se eu não saio da vida dele, é porque ele não deixa. — não gosto desse tipo de confronto direto, mas ela me obriga a tomar essa atitude.

— Então, apenas dê um basta! Não adianta nada que ele te procure e você permaneça como uma sonsa perto dele, só esperando o próximo momento para fugir como se fosse uma donzela em perigo.

— Acho que você está dando o recado para a pessoa errada, Mel. — é impressionante como o sarcasmo tira a pessoa do sério como um estalar de dedos.

— Não banque a inocente.

— Longe de mim achar que minhas atitudes são as corretas, mas ele é seu noivo, e se não quer correr o risco de perdê-lo, você deve conversar isso com ele, não comigo. — ela me observou de cima a baixo, com uma expressão, no mínimo, irônica.

— Olhe só para você, vestida como a garotinha que ele conheceu, e ainda me diz que não há outras intenções por traz desse seu comportamento. Quando, na verdade, é ridiculamente óbvio o que está fazendo. Você não pode ser mais o que era, não pode tê-lo como já teve. Sabe que por mais que ele não a esqueça, o coração dele não te pertence mais.

— Ora, não me diga que você acredita que ele te ama. — desdenhei.

— Eu não crio falsas ilusões com isso, Alison. A única iludida aqui é você, por achar que ele ainda a ama como antes.

Não tenho como refutar suas palavras, eu sei que no coração dele já não tenho o mesmo espaço que antes. Agora ele consegue se manter afastado se quiser. Pode me beijar, sentir nossos corpos implorando um pelo outro, e, ainda assim, recuar. Talvez, ele não possa mais ser meu como eu pensava, mas, ainda tenho tempo para tentar.

— Como eu poderia me iludir quando eu o tinha tão perto e pude comprovar cada ponto que você insiste em dizer que são ilusórios? — ela franziu as sobrancelhas.

— Como assim?

Ela sabe que ele não a ama como um dia já me amou, mesmo assim, pretende levar esse matrimônio adiante, esperando que os sentimentos dele um dia mudem. Mas eu ainda posso dissolver essa relação. Eu não queria um jogo sujo, porém, é óbvio que ela fará tudo para não perdê-lo. Ainda assim, não seria jogo sujo se eu trabalhasse com a verdade. E, verdade essa, que ela parece desconhecer.

— Ora... — coloquei as mãos para trás, balançando o corpo casualmente. — Vocês têm uma relação tão envolvente, imagino que a base seja a sinceridade mútua, certo?

— Eu sei que você está ansiosa para me contar algo, então não precisa fazer teatro. — de repente, ela ficou rabugenta.

— Não é nada tão grandioso assim, tenho certeza que ele deve ter te contado. — ela ficou em silêncio, impaciente. — Apenas um detalhe que aconteceu em nossa viagem.

— Viagem? — bingo! Eu sabia que ele não contava tudo para ela, só não tinha ideia de que escondia coisas tão simples. Sobre o que mais ele não contou a ela?

— Sim. Temos uma viajem em família todo ano, e como ele estava ficando aqui durante esse tempo...

— O quê? — o tom dela foi surpreso, porém, baixo. Muito baixo.

— Ele não te contou que está morando aqui com os meninos. E comigo?

Eu me odeio por estar fazendo isso. Ele quem deveria decidir se realmente se casaria com ela ou voltaria para mim. Porém, há muito tempo deixei de ser a garota que recebe os ataques e fica calada. Se ela procurou por isso, ela tem que arcar com as consequências.

Essa visita poderia terminar com nós duas fingindo suportar a presença da outra. Na verdade, eu nunca tive nada diretamente conta Melanie. Se ela está na vida dele, se lhe faz bem, tudo bem. Mas eu não aceito mais ser cutucada com vara curta.

— Realmente, eu não tinha ideia de que você poderia me surpreender desse jeito. Olhe só pra você, se rebaixando a esse ponto, e tudo isso para quê? Levá-lo a sua cama por algumas noites e depois largá-lo. Isso é doentio.

Ouvir aquilo me tirou completamente do sério.

— Talvez o mais doentio seja esse amor que sente por ele. Quantas vezes ele precisará te largar para passar algumas noites comigo e depois, quando eu deixá-lo, você tentar tapar um buraco que nunca poderá preencher?

Sua mão passou como um vulto diante do meu rosto, antes de atingir meu rosto. Nossa, eu não tinha ideia que a mão dela poderia ser tão pesada.

— Com esse seu rostinho bonito, — coloquei a mão no rosto, sentindo minha face arder, enquanto encarava com fúria seus olhos rancorosos. — e essa voz melodiosa, você não é mais do que uma lenda. Uma sereia, cujo o único objetivo é destruir a vida dos homens. Ou, talvez, seja apenas venenosa, como a Medusa.

— De cortesia, lhe darei um pouco mais do meu veneno. — a fiz recuar um passo, dando-lhe a outra face à tapa, sem medo das consequências, indaguei: — Você pode achar o que quiser sobre o amor dele por mim, mas o corpo dele ainda arde de desejo por mim. — continuei. — Ele ainda me beija com o mesmo desespero de antes. Ainda me toca com paixão e treme quando gemo seu nome. E isso nunca mudará. E não há nada nesse mundo que você possa fazer para mudar isso. Se eu o quisesse em minha cama, ele estaria desposando dela desde o dia que se mudou para cá. — eu encarava seus olhos com uma intensidade absurda. Ela tinha que ver que eu não estava para brincadeira, e que por mais que ela tentasse, ela jamais o teria. — Você nunca sentirá como o desejo dele pode ser ardente e te faz sentir viva. Como o corpo dele se entrega com paixão avassaladora quando a dona de seu coração o toca, porque você nunca será parte dele, nunca possuirá seu coração e nem dominará seus pensamentos. Nunca!

— Sua...

— Não não não...você não tem como refutar isso, Mel. E agora, mais do que nunca, eu serei uma eterna pedra no seu scarpin caro. Daquelas que incomodam até te fazer sangrar, e quando você menos notar, não tem mais como se recuperar da ferida. — ela deu um sorrisinho ladino que me deixou incerta.

— Você tem sido essa pedra há muito tempo, Alison. E por mais que você tente se vangloriar dos sentimentos dele por você, da proximidade que tiveram enquanto estive fora, onde estamos agora? — os olhos dela chegaram a brilhar com o golpe certeiro que me deu nesta conclusão. — Nada realmente importa nesse seu retorno. Eu tenho ciência de que você é a droga dele. E todo viciado tem suas recaídas, mas olha só a determinação que ele tem agora. Por mais entorpecido que ele fique na sua presença, que você o arraste para sua satisfação momentânea, ele está convicto de que eu sou sua cura. Que eu tenho capacidade para fazê-lo superar o que já sentiu por você. E é isso que importa agora. — agora ela sorriu abertamente. — Hoje mesmo, ele deixou claro que não quer adiar nosso casamento, que ainda quer se casar comigo, fazer de mim sua esposa. E com o que eu deveria me preocupar? Com alguns amassos que vocês deram em uma viagem? Convenhamos, se você não conseguiu arrasta-lo para a cama na minha ausência, está na hora de ser racional e aceitar que ele não será mais seu, de forma alguma.

A tensão entre nós aumentou, eu estava pronta para tirar aquele sorriso sínico do rosto dela, mas Taehyung voltou.

— Melanie? — ela abriu um belo sorriso e o encarou.

— Sim, querido?

— Está tudo bem aqui?

— Está sim! Podemos ir? — ela se afastou, encontrando-o na porta.

Eu estava fervendo de raiva, não podia deixá-la sair com a última palavra. Porém, suas palavras me fizeram refletir.

Ele recuou quando, sem dúvida alguma, me queria mais que qualquer outra coisa. Tem se mantido resistente a todos os nossos encontros e, o pior de tudo, ainda estava certo que o casamento com ela era uma decisão sensata. No final disso tudo, eu seria apenas o amor de sua vida e não o amor para sua vida?

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