Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Armadilhas Invisíveis


Taehyung


As coisas parecem estar se encaixando perfeitamente bem. Meu trabalho está em ordem e tudo está tranquilo. Minha mãe já não me perturba há alguns dias, o que eu estou achando bem estranho. Ela não é de sumir de uma hora para outra quando as coisas estão "interessantes" para seu próprio entretenimento.

Melanie tem tido mais tempo livre, e estamos trocando mensagens com mais frequência. Duas vezes durante a semana, ela tirou uma folga e pudemos conversar um pouco por ligação. Eu sinto falta da companhia dela, assim como ela tem sentido a minha. E isso, em todos os sentidos. Em uma de nossas ligações, experimentei algo que nunca tinha feito: sexo por telefone.

Eu me senti muito estranho tendo apenas que imaginar a presença dela me acariciando e fazendo todas aquelas coisas agradáveis, que na verdade, só são agradáveis pessoalmente.
O pior de tudo foi ter aquela "conversa" íntima, sabendo que Alison estava a alguns passos de distância de mim. Me senti extremamente desconfortável pensando nisso, por isso, acabei não conseguindo dar a Melanie o contato que precisava.

Por outro lado, as palavras presas em minha garganta me sufocavam aos poucos. Não era justo esconder tudo o que estava acontecendo da Melanie, me senti traindo sua confiança. Eu precisava lhe contar tudo o que houve, todas as descobertas que fiz e os passos que precisei dar. Me sentiria melhor assim, e ela me ajudaria a resolver as coisas com mais cautela e sensatez. Tenho certeza disso. No entanto, eu não podia lhe contar que estava debaixo do mesmo teto que a Alison. Isso seria demais para ela. Mesmo que nosso contato seja bem limitado e não estamos nos envolvendo de nenhuma outra maneira imprópria.

Era isso que eu iria fazer assim que nos encontrássemos de novo, lhe contaria tudo e sei que seu raciocínio lógico trabalharia a nosso favor, na construção da nossa família. Em prol de tudo o que temos planejado. Deixando a Alison onde ela realmente pertence: ao passado.
Faltam poucos dias para Melanie retornar, e eu seguirei como planejamos. E a primeira coisa que preciso fazer, é voltar para casa na próxima semana.

Hoje cheguei um pouco mais cedo do trabalho, assim, pude aproveitar um pouco mais do meu tempo com os meninos. Jantei com eles, passamos um tempo na sala, com a pilha de brinquedos que eles preferem. Depois fui com eles para o quarto, coloquei-os na cama e li uma história para eles dormirem, sob o olhar voluntário de Anne.

Anne passa a semana com os meninos. Aileen vem para os fins de semana e feriados. Os meninos são bastante apegados às duas, e têm um carinho genuíno. Isso é muito bom. No entanto, às vezes pego Anne me observando. Me sinto um tanto deslocado com seus olhares, como se fosse um animal em um zoológico, constantemente analisado. Não sei se ela tem algum problema comigo ou espera uma oportunidade para me corrigir ou acrescentar algo. Mas eu posso descartar as opções de alguma correção ou acréscimo, pois nas primeiras semanas, eu mesmo recorria a ela para tirar eventuais dúvidas. Então, se fosse esse o caso, ela já teria feito, já que lhe dei carta branca para isso. Na certa, ela tem algum problema comigo.

Todavia, eu não ficaria surpreso. Ela é uma das responsáveis pelo cuidado direto dos meus filhos há quase 5 anos e, de repente, eu apareço aqui como se não fosse um homem estranho circulando entre essas paredes. Como se já estivesse aqui desde que chegaram.
Eu me sinto desconfortável dentro desta casa. Eu já conheço cada centímetro desse terreno há muito tempo. Mesmo com as mudanças, nada fugiu muito do que já existia aqui antes. Começando pela disposição dos cômodos, Alison não mudou nada nesse quesito. Acho que ela realmente gostava da casa do jeito que era.

Outra coisa que me faz sentir um pouco "em casa", é Alison. Nos conhecemos há muito tempo, tivemos um relacionamento sério e bastante conturbado em vários sentidos. Ainda assim, ela não é uma estranha para mim.
Aqui temos uma cozinheira, a faxineira e as babás. Mas também tenho a Penny, que trouxe comigo quando me mudei. O ambiente não é tão diferente para me causar tanta estranheza. Somente os olhares que me deixam deslocado vez ou outra. Porém, isso eu tiro de letra.

Os meninos pegaram no sono e Anne se retirou do quarto. Eu fiquei um pouco mais, observando-os. Não sei o que reparava ver de duas crianças dormindo, mas era muito reconfortante vê-los dormir.

Quando saí do quarto, Alison me esperava junto à parede, ao lado da porta. Bom, sendo a mãe, imaginei que ela quisesse vê-los antes de se recolher, não achei anormal ela estar ali. Mas quando me viu, ela arrumou a postura e se virou para mim.

— Você vai entrar? — perguntei baixo.

— Não, estava esperando por você. Queria te perguntar algo. — ela suspirou confiante.

— Tudo bem. — nos afastamos um pouco da porta, para conversar tranquilamente, sem a preocupação de acordar os meninos.

— Houve alguma coisa? — assim que ela parou no meio do corredor, onde iniciava a escada, não perdi tempo em perguntar.

— Não, nada de problemas. — ela estava com um sorriso confiante no rosto. — Bom... — ela limpou a garganta antes de prosseguir. — Todo primeiro final de semana do início da primavera, nossa família viaja para a casa do interior dos meus pais, e como você deve ter percebido pelo clima mais ameno dos últimos dias, a primavera chegou. — pensei a respeito.

— Isso significa que vocês irão romper uma "tradição" de família?

— Por que faríamos isso?

— Porque com família, creio que esteja falando os meninos nisso.

— Claro que estou, são meus filhos, afinal de contas.

— Então vocês quebrarão essa tradição. — confusa, ela franziu as sobrancelhas.

— E por que motivo? — colocando as mãos nos bolsos da bermuda, abri um sorriso triunfante.

— Por que eu tenho a guarda dos meninos, e você não irá com eles a lugar nenhum. — vi perfeitamente a raiva se apossando de seu interior.

— Você não pode me impedir de sair com meus filhos. A guarda que você tem não lhe dá esse direito. — seu tom seco não me fez recuar.

— Com tudo o que meu advogado possui de sua última tentativa de fugir com meus filhos, me garante o direito de não permitir que vá a qualquer lugar com eles, já que nada me garante que você não fugirá desta vez.

— Você sabe que eu não tenho essa intenção.

— Sei? — ela respirou fundo. Certamente estava tentando se acalmar para manter uma conversa sem exaltar a voz.

— Taehyung, estamos bem agora. Você está convivendo com os meninos, eu te convidei para a minha casa e tenho lhe dado todo o espaço e tempo possível com eles. Não fui contra receber sua mãe, ou levá-los para passear no parque e conhecer seu amigo e a família dele. Estou colaborando em tudo o que posso, porque sei que isso é importante para o Dylan e o Noah também. Então você não pode me negar essa viagem que fazemos todos os anos.

— Sim, Alison, eu ainda posso negar isso. — disse simples, observando o rosto dela ficar cada vez mais rubro de raiva.

— Se acha mesmo que eu tenho a intenção de fugir com os meninos, porque você mesmo não os vigia de perto, então?

— O quê? — os olhos dela brilharam com alguma ideia que se formou em sua cabeça.

— Venha conosco nessa viagem.

— E o que eu teria para fazer no interior?

— Bem...— ela colocou as mãos para trás e balançou o corpo para frente e para trás, num sinal claro de animação.

Aquele gesto me lembrou a Alison que conheci. Do espírito livre e inocente que ela possuía. Uma garota sorridente que cativou meu coração com seu jeito meigo e carinhoso. Que com seus vestidos florais, me fez perder o juízo a cada batida mais forte que meu coração dava quando a via. Uma Alison que eu nunca mais vi desde que ela recuperou a memória e me deixou desolado e sozinho nesta mesma casa.

— Você pode acompanhar os meninos em seus passeios anuais ao lago ou à cachoeira. Explorar a beira do lago em uma caçada por novas pedras com cores diversas e formatos curiosos com o Noah. Ou fazer barquinhos de papel com Dylan e observar quando eles somem cachoeira abaixo. Vê-los brincar no parque de diversões da cidade e rir com o jeito como Noah se esforça para morder uma maçã do amor, ou admirar-se com o jeito como o Dylan fica encantado ao ver a roda gigante. — todas essas citações me deixam ansioso. Seria maravilhoso ter um tempo assim com eles.

— Eu não posso ir. — recusei o mais rápido que pude.

Entretanto, meu corpo ficou tenso e um arrepio subiu pela minha espinha. Tentei apenas negar e dar fim àquela conversa, mas ela não permitiu que eu fosse. Suas mãos quentes seguraram meu braço e senti o ar faltar em meus pulmões com o seu toque.

— Por que não? — encarei as mãos dela em mim, depois seus olhos. — Eles adoram essa viagem em família, e você é parte da família deles agora. Seria importante que você participasse, que estivesse lá com eles. — o tom melodioso de sua voz me encantava como uma sereia. Uma maldição que eu não conseguia escapar ileso.

— Eu quero muito poder participar dos melhores momentos da vida deles, mas não é certo viajarmos nós dois e ficarmos sozinhos hospedados em uma casa no interior. Pode transmitir a mensagem errada até para eles.

— Mas nós não estaremos sozinhos, meus pais estarão lá, como todo ano.

— Seu pais também vão?

— Sim.

— E o que acha que eles vão pensar se nos virem juntos desse jeito, como se fossemos uma família unida e feliz?

— Eles sabem tudo o que está acontecendo, Taehyung. Sabe que estamos nos relacionando bem em prol dos meninos. E mesmo que eles não fossem, qual o problema de ser apenas eu e você? — suas mãos ainda estavam em mim, e seu corpo estava muito perto para que eu conseguisse sentir seu calor. — Por que tem medo de ficar sozinho comigo?

Maldita! Ela estava me atraindo outra vez, brincando comigo como se eu fosse um fantoche. Mesmo engolindo em seco, não permiti que ela me cegasse outra vez.

— Eu não tenho medo de ficar sozinho com você, Alison. Só não acho apropriado, pois me casarei em breve. E isso não seria bem visto pela minha noiva. — ela soltou meu braço e se afastou devagar.

— Então não temos um problema, já que não pretendo acabar com seu noivado.

— E não conseguiria, mesmo se quisesse. — refutei em seu mesmo tom, calmo e tranquilo.


Em poucas horas o sol partirá por trás das montanhas arborizadas com um verde escuro e seus mistérios entre a fauna e flora local. Não posso negar, a vista daqui é ótima.

Pela janela do quarto, após acordar de um cochilo à tarde, as nuvens começam a ganhar um leve tom de laranja e flutuar pelo céu vagarosamente. O ar aqui é mais puro, sem dúvida, e o silêncio é persistente. Bem, só quando os meninos estão dormindo, claro.

Ainda deitado, observando o vagar das nuvens, ainda me pergunto como acabei aceitando vir nessa viagem com Alison e seus pais. Não que tenha acontecido nada significativo ou que mereça algum destaque, mas me dar conta de que estou deitado na cama que costumava ser da Alison, na casa que eram de seus avós e agora são de seus pais, em uma viagem em família, como se eu pertencesse a ela, me deixa estranho.

O que eu estou fazendo?

Sem dúvida alguma, essa será mais uma das coisas que eu não poderei contar para a Melanie. O que me faz pensar, não estou agindo corretamente se tenho que deixar de lhe contar certas coisas. O quão errado eu estou por me deixar levar por meus impulsos desenfreados?

Ela está conseguindo o que quer, está me manipulando para agir como deseja. E pior, está usando meus filhos contra mim. Por que, de que outro jeito ela conseguiria me trazer até aqui se não fosse assim? Preciso acabar com isso o quanto antes, ou minha vida se tornará uma bagunça outra vez.

Durante a viagem ela não falou muito comigo, apenas o necessário. Não fez comentários ou iniciou conversas aleatórias ou cotidianas. Dividiu seu tempo entre o tablet e o notebook. Quando os meninos acordavam durante esse tempo, ela lhes dava total atenção, enquanto eu dirigia. Viemos em dois carros, claro, eu preferi vir no meu. O Sr e Sra Pines, assim como Anne, que por algum motivo teve que vir porque Aileen, que passa os fins de semana conosco, não poderia, devido a algum empecilho pessoal, veio com eles no carro da Alison.

Obviamente recusei que os meninos  fossem em outro carro que não fosse o meu. Anne viria comigo, mas o Sr Pines achou que sua filha deveria acompanhar os filhos. Eu não vi problema algum nisso, pois não tinha intenção alguma de manter mais contato que o necessário com ela. Sendo assim, a divisão entre os carros ficou desta forma.

Quando chegamos, antes mesmo de podermos nos acomodar, Noah foi insistente em passear na beira do lago. Tinha dormido as longas  4 horas de viagem até aqui, estava mais do que descansado e precisaria gastar um pouco da energia acumulada. O Sr Pines fez companhia a ele enquanto nos instalamos.

A casa tinha 3 quartos prontos para serem usados. Como de costume, Alison ficaria em um, seus pais em outro e a Anne ficaria no terceiro com os meninos. Como desta vez teve um hospede a mais, algumas mudanças foram necessárias. Um quartinho no final do corredor, com caixas, alguns móveis inutilizados e poucos itens de construção, foi a quarta opção. Por eu ser um convidado dos Pines, Alison se propôs a ficar com ele, já que, segundo ela mesma contou, aquele costumava ser seu quarto na infância, quando vinha para cá com seus avós. Nas paredes ainda havia um tom rosado e alguns desenhos colados aleatoriamente. Eu não queria ser nenhum tipo de inconveniência nesta estadia, então me ofereci para ficar em um hotel mais próximo. A Sra Pines foi a primeira a se opor, insistindo que ela faria uma boa limpeza  no cômodo e Alison poderia usá-lo sem nenhuma intercorrência. Concordando com a mãe, Alison começou a puxar algumas caixas, empilhando-as em um canto e abrindo espaço para uma cama ser montada.

Passado esse contratempo, me instalei no quarto o quanto antes e desci para fazer companhia para o Sr Pines e Noah. Dylan preferiu ficar dentro de casa, desenhando na companhia de Anne.

Não demorou muito para a hora do almoço, e devo confessar, a comida da Sra Pines estava ótima. Durante a refeição, o Sr Pines me falou um pouco sobre pesca e suas habilidades, me convidando para me ensinar a montar um anzol decente que pegaria os maiores peixes. Eu tinha em mente algo diferente, queria aproveitar o máximo de tempo possível com os meninos fora do nosso ambiente cotidiano, mas Alison acabou me convencendo a aceitar, pois à tarde, os meninos tiravam um bom sono depois do lanche. Enfim, aceitei.

Pouco depois do almoço, Alison, o Sr e a Sra Pines deram uma saída. Eu fiquei com Anne e os meninos. Não demorou muito para eu sentir o peso do cansaço da viagem e todas as tarefas que fizemos até então, pois, tinha ajudado a subir as peças para montar a cama que Alison dormiria à noite, já que seu pai era mais velho e com menor força física. Sem contar com toda a energia que o Noah me fez gastar correndo atrás dele na beira do lago.

De forma sincronizada, Noah e eu pegamos no sono no sofá da sala. E a melhor parte foi ele dormir nos meus braços pela primeira vez. Fiquei tentado a levá-lo para meu quarto e terminarmos aquela soneca juntos, mas sei que seria difícil descansar alguma coisa levando chutes e socos vez ou outra. Então o deixei em seu quarto e parti para o meu.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro