Desejos Frustrados
Alison
Eu seria crussificada se dissesse que esse homem me causa sensações escandalosas? Seria apedrejada se afirmasse que sentir seu toque, me leva além do que eu jamais pensei que pudesse chegar? Seria queimada em uma fogueira se especulasse que seu beijo me acende como se fosse magia?
As respostas dessas perguntas, são algo que não me fazem pensar em um depois, eu só necessito de um agora.
O jeito que ele me toma em seus braços, me tornando algo que eu nunca fui, e deixando meu corpo em um desejo avassalador de tê-lo cada vez mais, só me faz me perder ainda mais nesse desconhecido desejo.
Enquanto ele me beija, e me pressiona contra si, eu ponho minhas mãos em seu rosto, e sigo para seus cabelos. Não tenho como mentir, tocá-lo e ser tocada por ele, me fizeram falta nesses últimos dias.
Como pode ser real tudo isso? Eu estive com ele apenas uma vez, e a reação do meu corpo, é totalmente condescendente com os dele, como se isso fosse algo que fizéssemos com frequência.
Meu corpo sentiu saudade do corpo dele, e como se isso não fosse suficiente, acarinhar seus cabelos, poderia se tornar minha religião. Apreciar sua companhia, seria algo simples como respirar, olhar em seus olhos, poderia ser meu mais novo passatempo favorito.
Quando ele interrompe o beijo, e nós dois estamos visivelmente ofegantes, ele não dá tempo de me recuperar.
- Eu quero você agora!
Aí meu Deus! Eu jamais conseguiria negar isso a ele. Menos ainda a mim, pois suas palavras abrem um caminho para uma excitação, que eu só pensei ser possível nas palavras.
Beijando ainda mais a minha boca, de forma descarada a mostrar seu desejo, ele me vira, e da alguns passos, mas em momento algum da a entender que deixará de me beijar. Continuando com os passos, sinto algo bater contra a minha bunda. Quando tiro uma de minhas mãos de seus cabelos, a apoio para tentar entender do que se trata, logo me dou conta de que é uma mesa.
Sem demora alguma, ele se inclina em mim, e eu envolvo mais meus braços em seu pescoço.
Mas ele parece realmente impaciente, pois simplesmente agarra minha cintura, e me coloca sentada sobre a mesa. Seu passo seguinte, é o que me deixa ainda mais ansiosa para tê-lo. Ele abre minhas pernas sem nenhuma cerimônia, e se encaixa em mim.
Sentir sua ereção em contato com a minha excitação, me faz ter certeza que não quero outra coisa, senão ele dentro de mim, matando todo o desejo que sinto agora.
Quando uma de suas mãos espalma a lateral do meu rosto, e seu polegar se fixa abaixo do meu queixo, ele levanta meu rosto, deixando meu pescoço livre para seu total acesso. A expectativa para que ele siga por esse caminho, me deixa ofegante, e isso parece agradá-lo.
- Se você soubesse o quanto desejei isso. - diz sem desgrudar os lábios de mim.
Mas tão logo ele profere essas palavras, desvia seu caminho da minha boca para meu pescoço, e a sensação de arrepio se faz presente como da última fez que estivemos juntos assim.
Minhas mãos deslizam por suas costas, e isso faz com que ele se pressione ainda mais contra mim, me fazendo sentir o quanto toda essa situação o está excitando.
Em um movimento rápido, sua boca deixa a minha pele, e ele se afasta à um passo de distância.
Em segundos ele abre dois botões de sua camisa, mas quando percebe meu olhar sobre ele, nem esses segundos, são rápido o suficiente para ele. Então em um rápido puxar de um lado para o outro, ele puxa a camisa, fazendo alguns botões voarem para longe.
Voltando a estar colado em mim, ele pega minhas mãos e coloca em seu peito, indicando que ele precisa que eu o toque. E eu assim faço.
Deslizando minhas mãos por todo o seu peitoral, ele fecha os olhos, e aprecia todo esse momento de carícia.
- Gosto das suas mãos me tocando.
Então minhas mãos estão nele, as dele estão em minhas coxas, explorando o máximo que pode, subindo por elas, ele passa os polegares por minha intimidade ainda coberta pela calcinha.
Ele percebe meus dedos se friccionarem em seus braços. Então ele para, e fica me observando. Aquele sorriso que ele exibe no rosto, me faz odiá-lo. Como pode fazer esse tipo de coisa comigo, e ainda ficar com um sorriso desse no rosto?
Então ele tira suas mãos de mim, e as leva direto para o cós de sua bermuda. Agora sinto meu coração acelerar de forma descompassada.
Ele retira a bermuda, e a deixa cair em seus pés. Segue com sua mão até a minha, e a guia até sua ereção. Ele volta a prestar atenção em mim, e seu olhar está cheio de malícia, mesmo que eu só o tenha tocado por cima da cueca.
- Você tem ideia das coisas que quero fazer com você? - diz baixinho em meu ouvido.
Voltando para o meu pescoço, ele deixa uma mordida suave, e em troca recebe um arfar que, eu não teria como evitar.
- Eu quero foder você, de todas as maneiras possíveis. Até você gozar chamando meu nome.
Ele pressiona mais uma vez sua ereção em mim, e eu passo a necessitar dele, de uma maneira louca.
Pressiono minha mão em volta de seu pau, e o brilho que passa em seu olhar, chega a parecer sombrio.
Ele volta a pegar meu rosto com uma das mãos, pressionando de cada lado das bochechas, fazendo minha boca se tornar um biquinho, como a chamada boca de peixe, e em seguida morde meu lábio inferior.
- Eu quero que você seja minha! Só minha, e de mais ninguém. - diz mantendo seu olhar sombrio em mim. - Não importa o preço que eu precise pagar por isso. Dinheiro nenhum vai me impedir de eu ter o que quero!
Nesse momento só consigo franzir a sombrancelha, estou perdida com essas palavras.
- o quê? - pergunto enquanto ele volta para o meu pescoço.
- Quero saber quanto tenho que pagar pra ter você exclusivamente pra mim?
Eu não consigo acreditar no que estou ouvindo. Como assim? Ele quer me comprar? Comprar minha atenção?
- Eu acho que não consegui entender direito o que você quer dizer com isso. - digo o afastando de mim.
- Qual é, não precisamos perder nada. Na verdade é exatamente isso que quero dizer.
Olho incrédula para ele. Isso parece ser tão estúpido, que chega a ser ridículo.
- Deixo você a vontade para decidir um valor, mas quero você aqui comigo todos os dias. E nenhum outro homem pode ter sua companhia. - diz voltando a se aproximar de mim.
Meu olhos começam a arder, e a sensação de decepção é grande.
Como um homem como esse pode realmente achar que eu venderia a minha companhia, ou até mesmo o meu corpo?
Volto a empurrá-lo, e dessa vez desço da mesa, tomando a maior distância possível dele. Mas ele consegue ser bem rápido, em um piscar de olhos, ele levanta sua bermuda, e me agarra pelo braço, me puxando para si. Quando me abraça, olhando fixamente em meus olhos, suas palavras parecem ainda mais duras aos meus ouvidos.
- Eu sei que eu poderia estar propondo isso para qualquer outra garota desse ramo, mas eu realmente quero que seja você.
Dessa vez, eu sinto meus olhos se encherem de lágrimas, que por sua vez, não demorarão muito a cair. O empurro com repulsa.
- Garota desse ramo? - eu só consigo pronunciar poucas palavras, tamanho é a minha surpresa e desgosto com suas palavras.
- Sim! - diz caminhando lentamente em minha direção. - Sei que as garotas de programa costumam ganhar muito com esse serviço, - para em minha frente. - mas você pode fazer o cálculo de quanto você ganha por noite, e eu cubro esse valor, para que você veja apenas a mim.
Clap! O tapa sai mais forte do que eu previ, e minha mão arde. Mas acho que a pior dor, é a que minhas lágrimas carregam.
Ele passa a mão pelo rosto, e me olha confuso. Mas eu não estou preocupada com o que ele pensa a respeito do que fiz, só quero muito sair daquele lugar, e não ter mais que encarar a cara dele enquanto desfere essas palavras sobre mim.
- Você acha que pode comprar as pessoas com seu dinheiro? Pois eu digo pra você o enfiar muito bem onde o sol não bate. - me viro seguindo para a porta, mas ele me puxa pelo braço, capturando minha atenção.
- Espera, eu achei que você gostaria da proposta.
- EU NÃO SOU GAROTA DE PROGRAMA! - digo aos berros, e creio que agora os quartos vizinhos, também já sabem disso.
Ele me olha como se procurasse as palavras certas para usar, mas não as encontra, e sua confusão é perfeitamente visível.
- Quando eu tive aqui da primeira vez, tentei explicar isso ao seu motorista, mas ele era muito pau mandado pra conseguir prestar atenção no que as outras pessoas dizem. - começo a ficar irritada, e minha voz reflete bem isso. - Eu estava na frente da boate, ele chegou lá, e eu, ocupada demais com o canalha no meu ex no telefone, não prestei atenção no carro que entrei. Acabei vindo parar aqui, ele apenas me ignorou quando tentei explicar. Então optei por falar com o dono do cachorro...
Nem eu sei de onde está vindo tanta aspereza para colocar nas minhas palavras, só sei que agora ele me encara obsorto, e eu me sentindo indignada com o ocorrido, só tenho vontade de pisar ainda mais nele, assim como ele acabou de fazer comigo, soltando aquelas coisas.
-... Quando cheguei aqui, você só fez exatamente o mesmo que ele, ignorou o fato de eu ter algo a dizer.
Ele fica pensativo, parece processar tudo o acabou de ouvir. Quando por fim resolve dizer algo, volta a fazer com que o chão sob meus pés, desapareça.
- Então porque cedeu e transou comigo?
Por essa pergunta, eu não esperava. Ele praticamente virou a conversa contra mim, e dizer a ele tudo o que seria a verdade, só faria ele voltar a crescer seu ego. Mas não sei como sair dessa.
- Eu...- minha língua trava, e eu não consigo assumir o óbvio. - Eu não sei!
Mas ao invés dele se sentir glorioso, e inflar o peito como um vencedor, ele vira de costas pra mim, apoiando seus punhos serrados sobre a mesa a qual, até poucos minutos atrás, nossos corpos se incendiavam.
- Porque voltou aqui hoje? - ele volta a se virar para mim, e pensar na resposta dessa pergunta, me faz querer sair correndo dali.
Eu sinto meu rosto queimar, e meus olhos rapidamente procuram qualquer outro lugar para olhar, que não seja a cara dele. Mas consigo perceber ele fechar os olhos, e baixar sua cabeça.
- Por quê está com vergonha da minha pergunta?
Sinceramente fiquei perdida agora, não consigo entender a expressão que ele tem no rosto. E pra piorar, ele começa a se aproximar de mim. Meu deus do céu, como saio dessa agora?
- Eu apenas...- ele já está perto demais para eu conseguir raciocinar. - precisava explicar todo esse engano. - engulo seco.
- Então me explica como foi pra você, o engano da outra noite, e como você pretendia cometer esse engano outra vez hoje.
Eu comecei a dar passos para trás, tentando não deixá-lo se aproximar demais, mas infelizmente havia paredes, e eu acabei encurralada.
Quando já está próximo o suficiente, ele põe uma mão em cada lado da parede, na altura do meu rosto, deixando bem claro pra mim, que eu não tinha como escapar.
- Será que você consegue me responder pelo menos essa pergunta? De preferência sem ficar tão corada, pois eu não teria capacidade de entender sua explicação, estando com pensamentos tão sujos. - suas palavras saem como susurros.
Eu não sei se ele realmente é um sedutor, ou se só fazia isso porque pensava que eu era uma garota de programa. E agora, que estou aqui, e ele não pode fazer tudo o que quiser comigo, em troca do seu dinheiro, tenta de qualquer maneira obter o que quer.
Porque como ele mesmo disse, nada o vai impedir dele obter o quer. Mas vou mostrar a ele, que as coisas não funcionam bem assim, mesmo que seu desejo se assemelhe ao meu.
- Então agora que você já sabe o que aconteceu, - passo por baixo de um dos seus braços. - Não temos mais o que conversar.
Ando até a porta, e rapidamente a abro e saio. Deixando para trás, um homem cheio de desejo, que igualmente a mim, precisava muito ser saciado.
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