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1- Situações difíceis, pedem medidas desesperadas.

2 de outubro 2017, Port Isabel

84 dias para o Natal...

Guinevere

A dúvida me corrói, não sei se estou fazendo a coisa certa ou cometendo apenas mais um erro, minha mão está tremendo é posso sentir o suor tomar minha testa e meu pescoço, deixo o ar escapar quando com cuidado, deixo os confeitos caírem sobre o chantilly cor de rosa.

— Joga mais titia, tá pouco, joga mais!— Grita Mabel enquanto olhava do outro lado do balcão.— Quero bastante granulado!

— Quietinha Mabel, preciso ter bastante atenção aqui.— Falo olhando o bolo de dois andares que estou fazendo para Mabel levar para festa da escola.

— Guine pare de frescura, é só jogar o confeito em cima e está bom.— Genebra fala pegando um punhado dos granulado colorido de açúcar, tento segurar a mão dela mas acabo não fazendo a tempo e ela joga tudo sobre o bolo que vira algo parecido com um borrão multicolorido.

— Não! — Grito olhando o desastre que o bolo havia virado.

— Isso!— Grita Mabel animada, ela ama a bagunça.— Agora sim está perfeito!

— Pega logo esse bolo e vamos de uma vez, a menina está atrasada.— Genebra diz limpando a mão. Velha sem vergonha, ela sabe que fez besteira, mas ela nunca iria admitir que o fez, Genebra era assim, fazia suas bagunça e fingia que não fez.

— Está bem, vamos, vamos.—  Digo pegando o bolo e indo para porta com as duas. Assim que abrimos a porta, nos deparamos com um brilhante carro preto, é um desses super caros, sinto meu sangue gelar.

Do outro lado da rua conversando com Jude, uma vizinha fofoqueira que vem a ser a minha maior rival quando o assunto é decoração de natal. Está o homem de quem tanto ouvir falar. Ele está usando um terno preto, seus cabelo estão arrumados e mesmo de longe vejo a mecha branca que ele tem na frente, tudo aquilo dá um charme maior a o visual refinado que ele ostenta.

— Genebra, preciso que você leve o bolo e a Mabel para escola, vou direto para loja.— Falo me virando para minha amiga, ela está parada olhando para o carro e para o homem que está a nossa frente, Mabel está vidrada no carro, e eu agradeço por isso.

Genebra não me questiona, pega a mão de Mabel e vai embora rumo a rua de trás. Eu fico parada olhando o homem que me encara do outro lado da rua, seu olhar é frio e sem sentimento, do jeito que Avery disse a muitos anos. Vejo ele dispensar Jude e atravessar a rua, ele caminha até mim e me olha como se eu fosse uma alienígena vinda de Marte.

— Avery? — Ele pergunta me encarando.

— Não, mas eu sou a pessoa que você está procurando.— Digo de forma direta.— Preciso conversar com você, poderia vir comigo?


New York, 22 de julho de 2009
8 anos atrás

Avery

Estou nervosa, sinto meu coração bater como uma britadeira contra o meu peito. Stuart deve chegar em breve, afinal havia marcado com ele às três no café perto do escritório, ainda faltam quinze minutos, ele vai chegar, ele tem que chegar.

O teste de gravidez que está na minha bolsa, parece pesar uma tonelada, a incerteza também pesa sobre os meus ombros. O que eu direi para Guine se Stu não aceitar bem a minha gravidez? Minha irmã sem dúvidas irá surtar. Me arranco dos devaneios quando o relógio marca três horas em ponto, me agito na cadeira e olho para porta, e olho, olho,olho e depois de quase uma hora esperando, eu resolvo ligar para Stuart, ele não atende, eu ligo novamente e no último toque ele atende.

— Caramba Avery, estou no meio de um negócio importante.— Ele diz com a voz irritada.- Você está me atrapalhando.

— Eu estou a uma hora te esperando aqui no café, você se lembra que marcamos aqui hoje?— Pergunto bem irritada.

— Não tenho tempo agora, se quiser pode ir lá em casa mais tarde.— Quando escuto o que ele diz, posso jurar que uma parte da minha alma se vai.— Mas agora não dá.

— Adeus Stuart.— Falo antes de finalizar a ligação.

Saio do café e vou direto para o apartamento que divido com Clarisse, ela é secretária de um figurão de Manhattan. Sem pensar muito, junto tudo o que me pertence em uma mala, deixo os sapatos, vestidos e algumas jóias que Stuart havia me dado durante nosso relacionamento. Antes de sair, pego o notebook de Clarisse e compro uma passagem de avião para o Texas, penso em toda minha família, minha mãe, meu pai e em Guine, ela tinha razão afinal, a grande maçã não é para garotas como nós. Após pegar tudo, vou embora, além do dinheiro que ganhei trabalhando para Stuart, vou embora levando uma parte dele dentro de mim.


***


Port Isabel, 14 de março de 2010

Sete anos atrás.

Guine não sai do meu lado, ela me olha com amor, ternura, ela está feliz com a chegada do bebê, ainda não falei, mas ela vai ser a madrinha além de está recebendo a pequena como parte de um presente, hoje Guinevere completa 19 anos, minha irmã está crescendo.

A médica disse que teria que fazer uma cesária, o bebê não teria espaço para sair, por conta disso não preciso fazer força, apenas relaxo e olho para minha irmã que assiste a tudo com certo espanto. Ela sorri quando minha bebê nasce, não consigo vê-la, mas escuto seu choro.

— Alv, ela é linda, tem o seu nariz!— Guine, diz saindo do meu campo de visão.— Olá pequena Mabel, bem vinda ao mundo!— Minha irmã fala em algum lugar atrás do pano, eu não vejo nada, não consigo. Se passa uma eternidade até que uma enfermeira apareça com a minha filha, vejo com tristeza que ela se parece com o pai, um pai que ela nunca vai conhecer.

***

Houston, 22 de outubro de 2015

Dois anos atrás.

Estou fraca como sempre, minhas mãos estão pesadas e o gosto ruim não sai da minha boca. Mesmo assim me forço a escrever a carta, não posso morrer sem que Guine a tenha, Stuart vai ajudá-la assim que receber essa carta.

Escrevo cada palavra com um grande esforço, o câncer tornou tudo em esforço, respirar, comer, abrir os olhos, dormir. Sinto que a cada dia que passa, a morte me toma mais um pouco, por isso preciso terminar a carta. Nela digo a Stuart que fui embora grávida e que tive uma menina chamada Mabel, coloco o endereço de onde Guine vai morar e o endereço da confeitaria que ela lutou para abrir, peço que ele venha assim que receber a carta. Isso é o bastante.

Espero minha irmã chegar e quando ela chega eu entrego a carta para ela e lhe digo o que ela deve fazer.

— Alv eu não vou atrás desse homem, eu vou trabalhar para manter a Mabel, não precisamos de nada desse cara.— Minha irmã diz com fúria no olhar.— Ele não ligava para você, se lembra que me disse isso.

— Eu me lembro bem disso, mas ele pode ajudar se for preciso, veja como um opção Guine.— Falei tentando sorrir.— Envie só quando for necessário.

— Ok, só se for caso de necessidade extrema.

— Só se você não tiver recursos.

— Só se a Mabel precisar muito.— Minha irmã disse sorrindo.— Mas não vai ser necessário, eu garanto.

Port Isabel, Presente

Stuart

Aquela carta havia acabado com o meu mundo, eu tinha uma filha com Avery, a mulher que foi o centro de tudo, a mulher que fugiu sem deixar uma pista. Eu era pai de uma menina chamada Mabel, uma menina que estava precisando de mim.

Havia se passado apenas quatro dias desde que recebi a carta, não pensei direito antes de largar coisas importantes e partir para o Texas atrás de Avery e da minha filha. Eu me perguntava como ela estaria, como a menina seria, será que pareceria comigo? 

Estava ansioso quando o carro parou em frente ao endereço que estava na carta. Vejo uma mulher parada do outro lado, atravesso a rua e vou falar com a mulher que me olha com interesse. Preciso sondar o terreno, preciso saber qual tipo de jogo estamos jogando aqui.

— Bom dia, a senhora saberia me dizer se aquela é a casa da senhorita Glimes?— Pergunto sorrindo.

— É sim, mora ela a menina e a velha escandalosa, são todas malucas,ficam ouvindo música o dia inteiro. — Mal sinal, pelo visto Avery não era querida pelos vizinhos.— Um homem como o senhor deveria ficar longe daquelas malucas, aquela mulher...

A mulher segue falando enquanto eu olho a casa, tento ver algum movimento quando vejo a porta se abrir e uma menina ruiva sair correndo por ela, seguida por uma mulher de cabelo castanho acima do peso que carrega uma montanha cor de rosa, atrás vem uma mulher negra muito bonita, as três parecem felizes. A Mulher de cabelo castanho olha para o carro e depois para o redor, seus olhos se colam aos meus e na hora tomo ciência que aquela não é Avery. Vejo ela entregar o bolo para outra mulher que pega a menina e se vai. Dispenso a mulher com um gesto e atravesso a rua encarando aquela moça.

— Avery? — Pergunto parando a frente dela.

— Não, mas eu sou a pessoa que você está procurando.— Diz me encarando.— Mas preciso conversar com você, poderia vir comigo?— A encaro por um longo tempo antes de dizer que sim.

Juntamente com a mulher que ainda não se identificou, vou até um restaurante totalmente decadente, o local é bem cuidado, mas a decoração é feia e nada ali chama muito a atenção. Ela abre a porta e me faz entrar ali, vejo a mulher ir de um lado ao outro ligando luzes e algumas máquinas, ela passa por mim e vai para o outro lado do balcão onde liga uma máquina de café expresso. Só depois disso ela para e me olha.

— Avery está morta, eu sou a irmã dela, Guinevere, eu que enviei a carta falando sobre a minha sobrinha.— A voz dela é fria assim como meu coração fica ao escutar aquilo. Avery havia morrido?

— Eu...eu... não entendo, como assim a Avery está morta?— Pergunto meio desorientado.

— Ela teve câncer, no pulmão, foi rápido demais.— Guinevere diz com uma voz aguda demais.— Isso tem dois anos, sem tirar o ano que ela lutou contra a maldita doença.

— Eu sinto muito, ela deveria ter me procurado, eu teria ajudado.

— Teria mesmo? Eu realmente acho que não teria não.— Encaro a mulher e sinto sua raiva por mim apenas com o olhar perfurante dela.— Avery me falou que você coloca seu trabalho a frente de tudo, você é do tipo que não liga muito não é?

— Naquela época eu era, mas isso mudou, ao ponto que cancelei diversas reuniões para esta aqui, pois achei que veria Avery e conheceria nossa filha.— Digo de forma direta encarando a mulher.— Mas pelo visto não foi a Avery que me mandou aquela carta não é? Você escreveu a carta de passando por ela?

— Não, ela escreveu um mês antes de morrer, foi como uma bóia caso eu precisa-se de ajuda para manter Mabel. — Guinevere abaixa o olhar e fica em silêncio por um tempo.— Eu não quero pedir sua ajuda, mas eu Não tenho saída, não posso fazer isso com a minha sobrinha.

— Então Avery deixou essa carta como um seguro para você?.— Pergunto desconfiado, a história parecia muito estranha.— Isso me parece suspeito.

— Olha, se você não quiser acreditar, não acredita, posso arrumar um advogado e entrar com um processo contra você, o que renderia um escândalo imenso.— A encara e sei que de alguma forma ela faria aquilo.— Seria um circo midiático e poderia te afetar ou você pode fazer o DNA e pagar os direitos da Mabel.

— Então é sobre o dinheiro?— Pergunto sabendo a resposta antes que ela possa confirmar.

— Não é sobre o dinheiro.— Fico surpreso com isso.— Mabel é diferente das outras crianças daqui, ela é mais inteligente, tem uma visão diferente, hoje ela estuda no melhor colégio da cidade, mas é bem caro e o meu restaurante não está dando lucro para pagar a escola, manter o plano de saúde, comprar comida e coisas assim.— Guinevere faz um gesto de negação antes de passar a mão pelo rosto.— Não é pelo dinheiro, é pela vida que a Mabel merece, eu não queria mandar a carta, mas eu posso passar necessidades, mas ela não, a Mabel nunca.

— Então você está falida?— Pergunto de forma retórica.— Por causa disso mandou a carta, porque não tem como pagar tudo da menina.

— Exatamente, eu só preciso que me ajude a pagar a escola e o plano de saúde da sua filha.— Minha filha... Minha mãe vai surtar quando descobrir que tem uma neta perdida.

— Guinevere Glimes correto?— Ela confirma com um gesto de cabeça eu pego meu telefone e ligo para minha secretária que atende no segundo toque.— Autumn?

— Sim senhor McAvoy, como posso ajudá-lo?— Aurora fala em sua voz formal.

— Preciso que faça uma transferência bancária para mim.— Digo antes de olhar para Guinevere.- Qual o número da sua conta e qual o seu banco?

— Você não precisa depositar nada para mim, preciso apenas que me ajude com a Mabel.— Ela fala de forma decidida, eu a ignoro.

— Ligue para o Fael e peça que encontrei a conta da senhorita Guinevere Glimes e assim que ele encontrar deposite 100 mil dólares.— Vejo os límpidos olhos azuis da mulher se arregalarem e ela me encarar com espanto.

— Senhor, tem certeza do valor?— Me questiona Aurora.— É um valor muito alto.

— Não sou nenhum idiota Aurora, apenas faça o que eu mandei.— Delito o telefone e olho para mulher.— Eu quero que a minha filha venha para New York comigo, tome esse valor que eu te dei como um ressarcimento inicial, depois posso te dar mais dinheiro se quiser.

— Mabel não vai a lugar nenhum e você pode enfiar seu dinheiro onde quiser, eu não preciso do seu dinheiro.— Olho indignado para ela.— Pode me lançar o olhar que for, eu não quero seu dinheiro e se você cismar e levar a minha sobrinha, eu vou fazer meus direitos como tutora legal dela.

— Mas segundo a carta, eu sou pai dela, eu tenho meus direitos.— Falo de modo frio.— Tenho mais direitos do que você.

— Olha aqui, você pode indo embora daqui, esquece essa carta, esquece a Mabel, finge que nunca fui atrás de você.— A mulher bate no balcão me olhando com raiva, eu não me afasto ou saio do meu lugar.— Olha aqui Stuart ou seja lá como se chama, pode voltar para New York, para sua empresa e para os seus negócios, não preciso de nada que venha de você.

— Você pode ficar chateada, mas eu não vou desistir da minha filha.— Me afasto do balcão e vou indo para porta. Antes de sair do local, me viro e a encaro.— Irei voltar mais tarde, quero conhecer a minha filha.— Saio do local e do lado de fora escuto um grito que certamente é de raiva, caminho até o carro e peço que o motorista me leve para o Hotel.

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