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Capítulo 7

(1932 palavras)

     Com toda a certeza esse foi o primeiro dia de aula mais longo de toda a minha vida. Durante o caminho de volta, meu irmão começou a questionar as minhas atitudes:

- O que foi que aconteceu com você? Parece até que não quer fazer parte do meu grupo!

- Não parece Dylan, eu realmente não quero. Você está me obrigando a isso!

- Qual é?! É pedir muito querer que minha irmã tenha o mesmo círculo de amigos que eu? Além disso, o melhor círculo.

- O melhor círculo? - pergunto incrédula - Eles falam das outras pessoas como se não fossem nada!

- Aquilo é só da boca pra fora, você vai perceber que eles são legais.

- Eu não quero discutir sobre isso Dylan, foi um longo dia, eu só quero tomar um banho, jantar e depois fazer minha corrida noturna.

- Você tem razão, foi um longo dia. Tão longo que você conseguiu arrumar tempo para enfrentar o Christopher Bradley! - ele fala irritado.

- Como... Como você sabe disso?

- Então é verdade? Você não vai nem tentar negar?

- Ele é um idiota - dou de ombros.

- E você fala como se isso explicasse tudo! - ele ri sem humor.

- E não explica? - questiono.

- Você faz ideia que aquele idiota é sinistro demais?

- Você anda com o irmão dele! - acuso.

- Sim, e até o irmão dele acha ele estranho. O próprio irmão! Por que você acha que eles vivem brigando?

- Por que irmãos gostam de brigar?!

- Quer saber? Esquece! Só fica longe dele Sam, é sério. Por favor - ele pede.

- Acredite irmãozinho, você não precisa se preocupar com isso porque tudo o que eu mais quero é manter distância dele.

- Eu só estou preocupado com a sua segurança...

- Não precisa Dylan, eu sei cuidar de mim mesma, fiz isso a vida toda porque eu nunca tive alguém para me defender ou proteger!

    Assim que solto as palavras, me arrependo. Percebo a tristeza nos olhos de Dylan.

- Nós não temos culpa do que aconteceu com você Sam, acredite nós também sofremos muito com a sua ausência.

- Eu sinto muito - falo - Eu não quis dizer isso dessa forma...

- Está tudo bem, vamos entrar.

   Nossa conversa foi tão longa que sequer notei quando chegamos em casa. Dylan desceu do carro e entrou sem me esperar. Acho que acabei magoando ele... Mas qual é?! Eu só disse a verdade, não tive a intenção de culpar ninguém, mesmo que tenha soado dessa forma.
Assim que entro, encontro meus pais na sala assistindo um programa na TV e Dylan tirando o casaco e colocando no cabideiro.

- Como foi o primeiro dia de aula meus filhos? - minha mãe pergunta.

- Foi só um dia normal - Dylan responde mal humorado e sobe para o quarto.

    Vejo meus pais se entreolharem desconfiados e depois ambos me encaram de forma questionadora.

- Como Dylan disse, só mais um dia normal - dou de ombros e subo também para meu quarto.

     Fecho a porta e coloco minha bolsa no chão. Tiro meus sapatos e jogo no outro lado do quarto. Sim, eu sou uma pessoa bagunceira, mas estou tentando mudar esse lado. Após alguns minutos ouço uma batida na porta.

- Posso entrar? - ouço a voz do meu pai.

- É claro - respondo.

    Ele entra no quarto em silêncio e se senta na cama ao meu lado.

- Quer conversar sobre hoje? - Ele pergunta.

- Não?! - falo um pouco indecisa.

- Isso só me deixa ainda mais curioso pra saber o que aconteceu entre você e seu irmão - Ele sorri de maneira tranquilizadora.

- É só que... - suspiro - Ele quer que eu faça parte do grupo dele e quer agir de forma protetora comigo, mas eu não estou acostumada a ser protegida,  nunca tive alguém pra fazer isso por mim e sem querer acabei magoando ele com algumas palavras. Eu disse que sentia muito mas acho que não foi o suficiente...

- Ouça querida... - meu pai pega nas minhas mãos - Dylan cresceu sabendo que a irmã havia sido sequestrada. Durante todos os anos da vida dele, ele sempre dizia que quando te encontrássemos ninguém mais seria capaz de separar vocês. Ele começou a fazer aulas de todos os tipos de artes marciais que você possa imaginar quando tinha apenas 7 anos, tudo pra ser capaz de te proteger... Quando todos perderam a esperança, ele foi o único que continuou acreditando que te encontraríamos. Então, não se preocupe, ele não está chateado com as suas palavras, só está chateado porque você cresceu e aprendeu a se virar sozinha. Porque tiraram você de nós e enquanto você sofria ele estava vivendo a vida que era pra vocês dois... Ele está chateado porque sente que deveria ter sido ele no seu lugar.

    As lágrimas escorrem dos meus olhos sem que eu perceba. Eu não sabia que meu irmão se sentia dessa forma...

- Eu não acredito que ele passou todos esses anos se sentindo assim...

- Agora vocês têm a oportunidade de deixar tudo isso pra trás e escrever uma nova história. Nós temos essa oportunidade.

      Sorrio para meu pai e o abraço.

- Obrigada, pai.

- Ao seu dispor senhorita - ele ri.

        Meu pai me dá um beijo na testa e sai do quarto deixando-me a sós com meus pensamentos. Decido tomar um banho e tentar uma nova conversa com Dylan depois do jantar, talvez ele aceite me ouvir após encher a barriga. Assim que levanto-me para ir em direção ao banheiro, ouço meu celular tocar. Observo a identificação na tela e trata-se de um número desconhecido. Desconfiada, atendo:

- Alô? - falo.

- Sam? Caraca não acredito que funcionou, é você mesmo! - ele fala animado.

- Lincoln?

- Você reconhece a minha voz... - ele fala surpreso e emocionado ao mesmo tempo.

- É claro que sim! - dou risada - Você tem uma voz peculiar...

         E ele tinha mesmo! Era uma voz bem engraçada por sinal.

- O que você quer dizer com isso? - ele pergunta.

- Nada não Lincoln.  Como conseguiu meu número? - pergunto me desvencilhando de sua pergunta.

- Incrível não é? É um novo aplicativo que estou desenvolvendo, ainda não escolhi o nome mas vou pensar em algo.

- Um aplicativo que encontra o número de telefone das pessoas? Isso não é tipo ilegal? - pergunto confusa.

- Isso aí! Mas não foi por isso que te liguei.

- E por que você me ligou? - sorrio.

- Eu disse aos meus pais que fiz uma amiga e agora eles querem te conhecer. Você acha que pode jantar na minha casa sexta? - ele pergunta animado.

- Eu não sei Lincoln, preciso conversar com meus pais sobre isso antes... 

- Ah... Tudo bem... - ele diz desanimado.

- Mas isso não é um "não" - falo depressa - Eu só preciso mesmo conversar com eles, você sabe que estou aqui há pouco tempo e, apesar de meus pais serem ótimos, ainda não saí sozinha desde que cheguei. Acho que eles ainda estão um pouco receosos quanto a isso... Você entende, certo?

- É claro que sim - Lincoln suspira - E eles estão certos em se preocupar Sam, as pessoas podem ser bem más quando querem, acredite. 

- Eu sei disso Lincoln. Olha, eu vou conversar com eles amanhã e te dou uma resposta, okay?

- Okay. Sam? - ele chama.

- Sim?

- Como foi com o Christopher hoje? Ele te incomodou?

         Eu quis rir diante da pergunta de Lincoln. Eu sabia que, mesmo se eu dissesse que o cara me agrediu, ele não teria coragem de fazer nada a respeito. Mas, confesso que o fato dele se importar com isso, já é uma grande prova de sua amizade. Por fim, decido não mencionar minha pequena discussão com o brutamontes.

- Não, foi tranquilo. Ele me levou em segurança até a aula de Física. 

- Ah que ótimo! - ele responde aliviado - Se ele tivesse feito algo com você, eu não ia deixar barato!

           Mentiroso, pensei.

- Sorte a dele não ter feito nada então - dou risada.

- Escuta, Sam, preciso ir agora. Meus pais estão me chamando para o jantar, até amanhã.

- Até amanhã, Lincoln.

    Desligo o celular e corro para o banho, não quero ser a última a descer para o jantar e nem que todos fiquem me esperando para começar a comer, não posso e não quero ser um incômodo.

     Apesar de não responder ao pedido de Lincoln, confesso que estou animada para ir até a sua casa. Lincoln é uma pessoa maravilhosa, tem um coração de ouro e realmente espero que meus pais permitam que eu vá.

    Termino meu banho em 5 minutos e sigo em direção ao maravilhoso aroma de frango assado que me guia até a cozinha. No local, meus pais já preparavam a mesa e Dylan ainda não havia descido.

- O cheiro está divino, mãe! - exclamo.

- Obrigada meu amor, espero que o sabor também esteja - ela sorri ternamente.

- Sempre está, querida! - meu pai fala depositando um beijo rápido na bochecha dela.

   Alguns minutos depois Dylan apareceu e o jantar foi servido. Eu não sabia ao certo como pedir a permissão dos meus pais para ir à casa de Lincoln, então os chamei um pouco receosa.

- Hum... Mãe, pai? - chamo.

- Sim? - minha mãe responde, enquanto meu pai ergue os olhos para mim.

- Eu estava pensando... Bem... Um amigo me convidou para jantar na casa dele na sexta, eu queria saber se posso ir...

    Um silêncio se instalou no local e vi o momento em que Dylan soltou o garfo que segurava depositando-o no prato, enquanto parava sua mastigação ao meio. Uma atmosfera tensa parecia se formar e meu pai foi o primeiro a falar.

- Quem são os pais dele?

- Bem, vocês podem conversar com eles se quiserem. Eu só sei que o pai dele é cientista na NASA.

- Tudo bem, então me passe o contato da mãe dele que irei conversar com ela amanhã - minha mãe se prontifica.

- Eu não acho que seja uma boa ideia - Dylan contrapõe.

- Por que não? - pergunto.

- Porque você acabou de conhecer esse garoto, Sam. Mal sabemos quem ele é - ele responde cruzando os braços.

- Bem, você poderia conhecê-lo, mas duvido que queira se envolver com os "renegados" - falo fazendo aspas com os dedos, em sinal de claro descontentamento.

    Dylan faz uma careta e meu pai nos interrompe.

- Muito bem, já está decidido! Dylan, sua irmã não é uma prisioneira, ela pode sair quando quiser desde que nós saibamos onde ela está e se é seguro. Desta forma, amanhã falaremos com os pais de Lincoln para saber se realmente é uma boa família, assunto encerrado.

     Dada essa ordem, Dylan se levanta da mesa com o semblante emburrado e sobe as escadas. Meu pai faz menção de se levantar para ir atrás dele, mas minha mãe o segura delicadamente pelo braço.

- Minha vez - ela lança um sorriso na direção do meu pai e se levanta seguindo Dylan pelas escadas.

    Meu pai troca olhares comigo e sorri colocando mais um pouco de comida na boca.

- Nenhuma família é perfeita, não é? - ele ergue uma sobrancelha pra mim, o que me faz rir.

- Eu nunca esperei por isso - sorrio de volta.

- É isso que nos torna uma família de verdade.

- E eu não pediria mais nada além disso - confesso. - Ei,pai, eu também vou subir agora, tenho dever de casa.

- Tudo bem querida, tenha uma boa noite. Como um bom senhor que sou, vou ficar por aqui e assistir TV na poltrona até pegar no sono.

   Solto um riso e me levanto depositando um beijo em seu rosto.

- Boa noite, pai.

- Boa noite, querida.

   Eu sei que é errado mentir, mas eu não tinha dever de casa. Também sei que é errado ouvir a conversa dos outros, mas era exatamente isso que eu queria fazer, ouvir o quê minha mãe e meu irmão estavam conversando. Desta forma, aproximei o ouvido da porta e tentei ouvir o diálogo...

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