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Capítulo 13: Aceitação

Changbin está de olhos abertos, ainda deitado na cama. O quarto parece diferente, está escuro e silencioso, ele tenta se virar mas não consegue, como se o pescoço estivesse fixado numa posição só. Ele não consegue mexer os braços nem as pernas, nem ao menos consegue falar. Ele mexe as pupilas e tenta ver algo através daquela escuridão nem um pouco sútil. E então, algo surge. Olhos castanhos, lábios rosados, pele pálida e mandíbula marcada. Tem cheiro de pêssego e algo a mais, é agradável e sedutor. Changbin sabe quem é, seu corpo reage de uma maneira estranha quando ele sente mãos rudes esfregando a pele da sua cintura. Ele vê Chan em cima do seu corpo, sentado sobre o seu quadril, as mãos dele tocando sua barriga, acariciando, apertando, beliscando. Changbin quer que pare e ao mesmo tempo não, ele quer dizer algo, perguntar o que está acontecendo, mas não consegue.

Chan se abaixa na sua direção, parcialmente escondido pela escuridão do quarto. Ele fica a centímetros de distância, aqueles olhos castanhos intensos o encarando fixamente. Changbin se vê perdido, olhando diretamente para o abismo escuro dos olhos dele. É como se o ar estivesse denso ao redor deles, tudo passa devagar, como se aquilo tivesse alterado a ordem das coisas. Changbin quer erguer a cabeça e beijá-lo, ele quer desesperadamente tocar em Chan, senti-lo em cada cantinho do seu corpo, é um desejo tão feroz que ele mesmo fica assustado. E então, quando tudo parece voltar a girar, Chan desce até os lábios dele e tudo é engolido pela escuridão novamente. Changbin acorda de solavanco, emergindo do sonho como se estivesse se afogando. Ele arfa desesperado por oxigênio e percebe que está sozinho no quarto onde antes era o escritório do seu pai, onde atualmente Chan está dormindo. Ele não está lá.

Ele não sabe o que fazer quando percebe tudo que acabou de acontecer. O sonho vívido parece assombrá-lo como um fantasma insistente. Ele levanta da cama e o incômodo surge, mas Changbin não tem tempo para isso. O menino sai do quarto e a casa parece vazia, mas o tempo não para. Um banho gelado e alguns minutos gastos penteando o cabelo e se vestindo é o suficiente para colocá-lo de volta nos eixos. Changbin sai de casa correndo, atrasado para o colégio pela primeira vez, por sorte - divina, talvez - ele não perde o ônibus. As horas se passam e ele consegue chegar na escola antes que os portões estejam fechados, um sermão ali sobre responsabilidade e pontualidade e outro lá por ele ter chegado atrasado na primeira aula o faz esquecer um pouco tudo que sonhou, mas ainda está lá, espreitando nas entrelinhas da sua memória, os toques, a sensação, o sentimento. Changbin fica distraído durante toda a manhã, e quando o almoço chega, ele parece derrotado sentado na mesa do refeitório.

Jisung está discutindo com Hyunjin sobre a última sessão de RPG que eles tiveram algumas semanas atrás, algo sobre um Boss super difícil que eles enfrentariam na próxima batalha. E honestamente? Changbin não entendia uma palavra do que eles estavam dizendo. Minho não está hoje, seu pai precisou viajar pela manhã, o que significaria que ele estava responsável pela loja naquele turno. O dia passa tediosamente lento, mais algumas aulas pela tarde, uma pequena pausa para um lanche rápido e mais aulas. Changbin está distraído, pensando nele e no sonho que o persegue como um espreitador.

Quando finalmente o céu dá lugar a um tom mais claro e o sol já não está torrando o solo, Changbin sai do colégio acompanhado pelos dois amigos, que estão entretidos em uma conversa animada sobre algo que Changbin desassociou no meio da discussão. Ele olha para a ciclovia do outro lado da rua em que caminha e espera que alguém apareça, alguém em específico usando um uniforme branco de taekwondo, mas tudo que vê são mulheres caminhando pela calçada e vez ou outra alguém passando de bicicleta. Mas não é ele.

No ponto de ônibus, Changbin se senta para aguardar o transporte. É um pouco frio e o fluxo de pessoas o distrai um pouco daquela dor de cabeça que o assombra em conjunto com os pensamentos constantes. Hyunjin é o único que o acompanha hoje, Jisung precisou ir para casa primeiro por algum jantar em família, ou algo parecido, Changbin jura que tentou prestar atenção no que o amigo dizia mas seu cérebro decidiu que ele estaria o mais aéreo possível hoje. No ponto de ônibus, as luzes dos carros na estrada obrigam Changbin a encarar os tênis que usa, aquele par de all star velho que ganhou da mãe no último natal, eles estão encardidos mas ele não consegue desapegar. É quase como seu amuleto da sorte, por mais que o menino não acredite muito nisso. Hyunjin está quieto como de costume, em um dos ouvidos o fone sem fio permanece piscando enquanto alguma música gótica toca em um volume razoavelmente alto, Changbin mal consegue ouvir, mas se chegasse um pouquinho mais perto do amigo ouviria a batida rítmica da bateria e um solo de guitarra.

Ele deita a cabeça no ombro de Hyunjin e abraça um dos braços do menino, se aninhando no melhor amigo. Hyunjin não é o mais carinhoso ou afetivo no grupo, mas ele é bom em aceitar coisas. Então, tudo que Hyunjin faz é aceitar de bom grado a carência do menino, passando o braço por cima dos ombros de Changbin e o aninhando no peito. Apesar de ser bem introvertido, Hyunjin é quem menos liga para o que os outros pensam, ele passou por muito para conseguir aceitar que podia sim ser diferente dos outros, tanto em aparência quanto em estilo, ele quer ser o mais diferente possível. Alternativo. Incomum. Changbin gosta disso. Ele não era comum, mas como Jisung mesmo disso, ele nunca faria amizade com pessoas normais demais.

- Bin, o que aconteceu com você? - Ele indaga. Hyunjin é um ótimo observador, ele é do tipo de pessoa que vai esperar até o momento certo para perguntar. Changbin sabia que, apesar dele estar o dia todo grudado em Jisung, Hyunjin o observou com atenção. Ele sabe que essa pergunta chegaria, de um jeito ou de outro. - Jisung não me contou o que vocês fizeram ontem, na verdade, ele me contou por parte. Chegou em uma parte que envolvia você e sentimentos românticos, ou algo assim. - Ele tira o único fone da orelha, virando para Changbin que ainda mantinha a cabeça apoiada no seu ombro. - Você mesmo pode me contar, Binie. Quero escutar de você. Sabe que pode me contar as coisas, qualquer coisa. - Ele sabe disso, não há nada que Changbin não possa contar para Hyunjin. Eles literalmente não tem segredos. Changbin sabe de todas imperfeições de Hyunjin, das suas alergias, medos e traumas, sabe que ele não pode ficar sozinho por muito tempo em um lugar abafado porque o lembra da época do bullying no fundamental. Sabe que ele tem fobia do mar e que ama dançar, mesmo que ele não seja nem um pouco bom nisso. Ele sabe tudo sobre Hyunjin. E Hyunjin sabe tudo sobre Changbin.

Eles eram desse jeito. Um livro aberto um para o outro. Prontos para serem lidos, manuseados e guardados com carinho. Changbin confia em Hyunjin de olhos fechados, da mesma maneira que confia em Minho e Jisung.

- Tô gostando do Chan. - Assume, porque agora, nessa altura do campeonatos, ele já não pode negar. É impossível negar ou fugir disso. - Muito. Gosto tanto dele que acho que posso morrer. - Hyunjin sorri e o aperta um pouco, quase como uma maneira de encorajá-lo.

- Não seja tão dramático, pequeno. - Changbin faz um bico. - Amar não é ruim e não vai te matar. Não vou deixar que isso aconteça. Nenhum de nós vamos deixar.

- Obrigado, Hyunie.

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