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Capítulo 09: Brincadeira?

Changbin estranha quando não vê sua mãe parada na porta de casa o esperando.

Eles estavam atrasados, eram cerca de oito da manhã quando os meninos retornaram para casa. Changbin estava preocupado e com medo, era a primeira vez que ele levaria falta no colégio e a primeira vez que ele fazia algo que daria um bom motivo para Miyan castigá-lo. Ele desce do carro quando Chan estaciona em frente a residência, Changbin dá passos ansiosos até a entrada, ele destranca a fechadura e entra com Chan em seu encalço. Tudo que ele vê na sala de estar é Erick sentado no sofá com uma caneca de café nas mãos, usando pantufas de coelho e o cabelo — normalmente cheio de gel e penteado para trás — bagunçado e caído sobre os olhos. Ele fica de pé assim que percebe os dois meninos na sala, indo até eles em passos largos e nervosos. Erick dá uma olhadinha em direção a cozinha e depois leva os dois até as escadas, cobrindo os meninos com o corpo largo.

— Miyan acordou. — Sua voz é ríspida pela manhã, mas ele não parece irritado ou chateado com eles. O coração de Changbin dispara com a ideia que sua mãe já está sabendo de tudo, que ela vai surgir a qualquer momento e vai brigar com ele. — Falei para ela que você não se sentia bem e que era melhor ficar em casa por hoje para descansar. —Erick olha para Changbin e o menino quase perdeu o compasso da respiração.

— Ela caiu nessa? — Chan indaga, pronto para subir as escadas e levar Changbin caso a mulher apareça na sala. Erick balança a cabeça, novamente espiando atrás.

— Falei que ele estava com dor de estômago e não se sentia bem para ir à escola. Ela acreditou, então se ela perguntar você diz exatamente isso. — Ele dirige a atenção para o menor presente. Changbin balança a cabeça, sentindo que está fazendo algo muito errado. — Vão logo, ela provavelmente vai querer te ver. — Ele empurra os dois para cima, e volta para a sala.

Eles se olham antes de subir as escadas o mais rápido e silencioso possível. Os dois entram no quarto e começam a se trocar as pressas, Changbin tira o casaco de Chan e o seu, ficando apenas com a camisa que vestia na noite anterior. Chan sobe no beliche superior e se cobre da cabeça aos pés, e Changbin faz o mesmo, pulando na cama e ensaiando sua melhor cara de dor. Eu não sei mentir, como vou fazer isso? Ele começa a tremer com a nítida ansiedade de estar fazendo algo novo, algo que ele nunca achou que precisaria fazer. Ele nunca mentiu para ela e Miyan provavelmente não cairia nesta fácil. Changbin pediu aos céus para que ela estivesse apaixonada o suficiente para não questionar se aquilo era ou não verdade, que ela realmente tenha caído naquele papinho de Erick. Eu? Doente? Quem acreditaria nisso? Seus amigos diziam que Changbin tinha uma saúde de ferro e ele nem lembra a última vez que pegou uma gripe, mas neste momento, quando ele vê o maçaneta sendo girada e Miyan entrando com uma xícara de chá na mão, ele percebe que talvez ela realmente esteja completamente apaixonada naquele australiano de olhos azuis.

— Oi, filho. — Ela fecha a porta quando entra, indo até ele com uma expressão de preocupação. Miyan o olha como se Changbin estivesse no leito de sua morte e ele se questiona o que realmente Erick teve que inventar para ela ficar tão preocupada. — Como você está se sentindo?

— Bem. Quero dizer, mal. Bem mal. Meu estômago dói. — Changbin coloca a mão sobre a barriga e franzi o nariz, agindo como se realmente estivesse em seu leito de morte. O beliche balança um pouco e Changbin tem certeza que Chan está rindo dele. Desgraçado.

— Oh, meu bebê. — Miyan senta na cama e entrega a Changbin o chá. Ele bebe a contragosto, o cheiro forte do chá faz sua barriga realmente doer, mas ele ainda bebe tudo e entrega a ela de volta xícara. Changbin não sabe até quando consegue sustentar aquele teatro, ele vê sua mãe realmente aflita e se sente mal ao mentir. Porém, ele realmente prefere isso do que levar um sermão, por isso, ele mantém com o fingimento, deitando de volta na cama e a olhando com os olhos um pouco caídos e cansados, porque ele realmente estava cansado e com sono, mas não por causa de uma possível doença. — Meu amor — Ela o chame assim e Changbin não tem ideia de quando foi a última vez que Miyan se referiu a ele com apelidos carinhosos. Ele sente nostalgia do tempo que era pequenininho e ela o chamava assim, ele sente falta daquele tempo e se sente pior por saber que ela apenas o está tratando assim por causa de uma mentira. — Como você e o Chan estão? Ele está te tratando bem?

Changbin não queria ter essa conversa agora, não ciente que Chan estava bem acima acordado e ouviria tudo. Antes, ele tinha uma forte opinião sobre o australiano, tinha muita coisa — ruim — a falar sobre ele, como por exemplo seu hábito de deixar suas roupas jogadas no espaço de Changbin no guarda roupa, sua mania de ser tão grudento pela manhã, sempre o puxando para abraços e contatos físicos indesejados, ele era metido e exibicionista, sempre ficando sem roupa pela casa quando Miyan não estava, além de ser cínico e mandão. E Changbin continuava o achando tudo isso, e até mais um pouco, mas veja bem, ele decidiu dar um voto de confiança nele, o ver com bons olhos e talvez ele estivesse levando isso muito a sério. Porque percebeu que, apesar dos vários defeitos, ele era gentil e atencioso, de certa forma. Que às vezes ele agia como um menino que tinha medo de ficar só, e Changbin o entendia, compreendia como era o medo da solidão.

Ele levanta um pouco na cama com auxílio dos cotovelos, olhando para Miyan pedindo que ela tivesse super poderes de mãe e pudesse ler sua mente. Não queria dizer tudo que pensava sobre Chan em voz alta, não queria ter que assumir — na presença dele — que o achava legal. Muito legal. E que ele não era tão ruim, só um pouco. Por isso, procurou palavras na cabeça, alguma que pudesse fazer sentido e que ele não precisasse se prolongar, mas não achou nada que não o levasse até um longo discurso de como Changbin sempre esteve errado em relação ao estrangeiro, e como ele talvez tivesse ganhado mais interessante por Chan do que deveria.

— Filho? — Miyan acaricia sua orelha esquerda, a mão delicada esfregando a cartilagem macia. Changbin abaixa a cabeça e o coração novamente acelera. Chega a doer quando ele começa a pensar demais em Chan. — Ele fez alguma coisa com você? — Ela indaga, a voz embargada de preocupação.

— Não, mãe. — Ele quer dizer que sim, que Chan mexeu com sua cabeça e que agora todas as vezes que eles estão juntos Changbin se sente como estivesse prestes a entrar em erupção. — Ele não fez nada de errado. — Eu que fiz. Quer novamente dizer, mas não consegue, a boca fica seca de repente com tantas coisas acontecendo dentro do peito. — Ele é legal. — Changbin se limita a dizer isso com um meio sorriso exausto. Sono, um pouco de fome e cansaço chega para ele como uma avalanche. Ele não quer mais conversar e Miyan entende, vendo a exaustão estampada em seus olhos escuros.

Ela dá um beijo na testa de Changbin antes de ir até as janelas e puxar as cortinas espessas, deixando o quarto parcialmente escuro. Miyan da uma última olhada no beliche superior antes de sair fechando a porta, finalmente deixando que os dois meninos consigam respirar normalmente. Chan salta da cama superior e logo pula para cima de Changbin, embolando na cama de solteiro minúscula até cair no canto da parede. Changbin deixa que ele faça o que quiser e deita de costas quando Chan puxa o cobertor que ele estava usando e se cobre também. O ar condicionado que se manteve ligado durante toda a madrugada deixa o quarto em um clima agradável, os pés de Changbin esfriam e ele se encolhe embaixo do lençol. Ele não quer conversar agora, mas a mente barulhenta o obriga a fazer alguma coisa para que o clima entre os dois não fique pesado. Changbin se vira e Chan já estava na sua direção, eles se olham calados e os olhos castanhos de Chan se enrugam nas bordas quando ele sorri e Changbin se pergunta como ele pode ser tão sorridente. Tudo que Changbin quer fazer agora é chorar um pouco e dormir pelo restante do dia, e embora seus olhos estejam pesados, fechá-los significaria encarar sua imaginação fértil que o levaria a pensamentos que ele não queria ter no momento.

— Deu tudo certo, tá vendo? — Chan diz. Seus rostos estavam a centímetros de distância, Changbin pode ver as sardas claras no rosto dele com mais atenção, pode ver os pequenos detalhes dos olhos castanhos dele e os cílios longos que dançam em seus olhos.

— Eu menti pra ela.

— Na verdade, meu pai mentiu. — Ele corrige. — E a gente só foi na onda. E é melhor do que levar reclamação, né?

— Me sinto mal por fazer isso.

— Qual é, Changbin? Vai dizer que nunca mentiu para sua mãe? — Changbin nega e Chan encolhe um pouco os ombros. — Bom… — Ele procura as palavras certas e quando não acha, ele só se aconchega melhor na cama e suspira. — Existe uma primeira vez pra tudo, né? — Changbin quer se esconder embaixo do lençol e sumir para sempre, odiando o que tinha acabado de fazer. — Ei, Bin. — Sua voz muda um pouco para um tom mais delicado e Changbin só quer que ele não fale nada. Seu coração se agita como tambores quando ele toca no seu braço por cima do lençol, sem realmente encostar na pele. Changbin sente queimar onde encosta mesmo sem o contato físico e quer pedir para Chan fazer parar. Que ele pare de deixá-lo bagunçado e confuso. — É normal, sabe? Mentir às vezes. Todo mundo tem segredos dos pais.

— Eu sei.

— Você tem segredos? — Ele parece interessado em descobrir, mas logo desiste ao suspirar e parar de tocá-lo no braço. — Você não vai me contar. Provavelmente só seu amigo Lino sabe. — Chan usa um tom enjoado quando se refere ao Lee e Changbin o encara de sobrancelhas franzidas.

— Qual o seu problema com o Minho?

— Qual o problema dele comigo? Essa deveria ser a pergunta. Eu não fiz nada para ele naquele dia e ele só faltou pular no meu pescoço.

— Ele só tava preocupado comigo.

— Bom, então pede pro seu namorado maneirar, porque não é como se eu fosse te machucar nem nada do tipo. Eu só queria que você viesse de bicicleta comigo pra casa.

— Ele não é meu namorado.

— Mas age como fosse.

— Algum problema com isso?

Chan fica calado, mas quase deixa algo escapar. Ele fica rubro das bochechas até as orelhas, como se alguém tivesse acabado de pincelar uma tela em branco com o tom de rosa mais claro que Changbin já viu na vida. Changbin espera que ele diga algo, que ele fale que não tem problema com isso e que ele não se importa, que ele aja com escárnio e depois os dois vão rir disso e deixar para lá, mas Chan não diz nada. O silêncio se prolonga entre os dois até que Chan pigarreia e desvia os olhos de um Changbin muito confuso.

— Óbvio que não. — Parece mentira quando ele diz isso olhando para qualquer lugar que não fosse os olhos escuros de Changbin. — Por mim que vocês dois sejam felizes. — Chan sai da cama, tropeçando no lençol que enroscou na perna e quase caindo. Changbin vai ao seu auxílio, mas Chan se afasta antes que ele pudesse ajudar.

— Você tá agindo igual criança falando desse jeito. — Ele balança os ombros. — Qual o problema?

— Nenhum, ué.

— Qual é, Chan? Eu e Minho não namoramos, por que você tá agindo assim? — Por que estou me justificando? A gente também não tem nada. Changbin quer que ele volte a agir como antes, mas tudo que consegue ver é uma barreira se erguendo silenciosamente entre os dois, junto a um clima palpável de incômodo.

Ele parece notar a insistência de um acordo na expressão aflita e confusa de Changbin. Chan respira e olha para ele com um meio sorriso e balança a cabeça, percebendo que realmente não estava agindo normalmente.

— Deixa pra lá. É brincadeira, só queria te irritar. — Chan fala mas Changbin ainda acha estranho, não parece verdade. Ele sai do quarto, deixando Changbin para trás sentado na cama e com várias perguntas não respondidas na mente.

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