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Traumas do Passado

S/N estava em uma enorme papelaria, para poder comprar itens para o consultório, como folhas de sulfite, canetas e etc.

Quando estava no corredor de grampeadores, seu celular tocou, ao olhar era a sua mãe, que desde que ficou sabendo que S/N namorava e estava noiva de Sanzu Haruchiyo, não aceitava isso de jeito nenhum.

Passou o ranço mãe?

—Não vem com gracinha S/N! Eu ainda estou muito decepcionada com você!

—Ué mãe, você me disse que queria que eu te desse um genro não é?

—Exatamente S/N! Eu queria um genro descente e trabalhador, não um delinquente, bandido e doido que você arrumou!

—Não fala assim dele! Sanzu é uma pessoa incrível e adorável. Ele até pode ser um bandido, más ele me ama muito. Isso não é o que importa?

—Quero ver na hora que esse marginal fizer alguma coisa com você! Nem adianta voltar chorando para mim ouviu?!

—Eu não vou voltar para você choramingando! Nem com o meu outro ex namorado eu fui chorar atrás de você! O que me deixa decepcionada é você se recusar a conhecer ele e não querer ir ao meu casamento!

—Eu não vou no seu casamento e está decidido! Não criei filha minha para se casar com bandido! EU SOU CONTRA ESSE CASAMENTO S/N! CONTRA!

—Faça o que quiser, não precisa ir, más eu não vou me afastar do Sanzu! Está decidido isso! Vou me casar com ele em oito meses, com ou sem a sua aprovação! Nós nos amamos, e eu não vou deixar de casar com ele por sua causa!

Assim que S/N disse aquelas palavras, desligou o telefone, nem quis mais falar sobre o assunto do casamento com a sua mãe, ela não aprovava e odiava Sanzu com todas as forças, por ele ser um delinquente.

"Quem vai se casar com o Sanzu é eu! Eu vou me casar com ele e pronto!"

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Na sede da Bonten, todos os membros oficiais, os 7 principais estavam na mesa reservada somente a eles, a mesa de vidro com led.

—A Black Dragons iniciou um conflito, más logo depois desistiram. — disse Mikey.

—São um bando de bundões mesmo. — disse Kakucho enquanto pegava o seu copo de uísque.

—Mesmo que eles tenham cessado, precisamos ficar atentos, Taiju é imprevisível.

—Eu ainda acho que a gente deveria matar ele, só assim vamos ter sossego. — disse Sanzu.

—Exatamente. — disse Rindou. —Por que não podemos matar ele?

—Não quero gerar mais conflitos.

—Você? Logo você Mikey? — disse Takeomi.

Mikey respirou fundo e disse:

—Da última vez que eu decidi tomar atitudes sangrentas, teve uma briga feia entre a Toman, Black Dragons e Bonten... essa nem foi a pior parte... eu quase levei Shinichiro a morte. — disse Mikey com os olhos cheios de lágrimas e logo elas escorreram no rosto. —Se Shini morresse, eu nunca mais me perdoaria!

Todos que estavam ali na mesa se calaram, dando apenas para ouvir o choro do Sano mais novo, houve um silêncio sepulcral no local, que foi quebrado por Kakucho que pigarreou e disse:

—Com licença chefe, vou pegar mais um pouco de bebida.

Mikey assentiu positivamente e disse:

—Temos outras coisas para resolver... não temos tempo para ficar remoendo o passado. — ele disse e se levantou da mesa. —Temos que ir na Toman, Kenzinho precisa de ajuda com os novos recrutas.

Em seguida todos se levantaram da mesa e caminharam até a o estacionamento, subindo em suas motos e logo dando partida, indo até a sede da Toman.

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S/N chegou em casa as 19:30 da noite, preparou um jantar e depois foi ao quarto de casal para tomar um banho demorado e relaxante.

Após o banho, se secou e passou um creme corporal de cereja, se vestiu com uma camiseta do Sanzu e uma legging preta, se olhou no espelho e penteou o cabelo, e logo foi para a sala de estar para assistir um programa de TV.

Haruchiyo estava demorando mais do que o normal, e aquilo deixou S/N preocupada e pensativa, más logo esses sentimentos e pensamentos passaram, assim que escutou a moto dele entrando na garagem.

Em seguida, Sanzu abriu a porta de entrada com força, ele não estava bem, era visível isso.

S/N olhou para ele e Sanzu estava com um semblante sério de dar medo, ela ficou com medo de dizer alguma coisa para ele, pois nunca o viu assim, tão bravo.

—O jantar está pronto? — ele disse sério.

—S-sim San... eu fiz o que você gosta.

Ele não disse nada apenas se sentou na mesa e se serviu para comer, ele sem olhar para S/N disse:

—Não vai vir aqui comigo?

Em passos hesitantes, S/N foi até a cozinha, se sentando na frente dele com medo, ele estava muito nervoso com algo, más ela não queria perguntar.

—Está com medo? — ele disse e olhou para S/N sério.

—N-não.

—Você exagerou no sal. — ele disse e se levantou da mesa.

Sanzu ergueu a mão e o braço, S/N se encolheu, o que fez Sanzu franzir cenho surpreso.

—Ei, eu só levantei a mão e o braço para pegar o guardanapo. — ele disse e olhou para S/N que estava assustada. —Espera, você achou que eu ia te bater?

S/N não disse nada, e Haruchiyo apenas observou que nos olhos dela se formaram lágrimas, e ela se levantou da cadeira e foi até o fogão.

—Eu vou fazer de novo. Não vou exagerar no sal. Isso não vai acontecer de novo Sanzu.

Ele franziu cenho assustado e disse:

—Do que caralhos você está falando e querendo dizer com isso amor?

S/N não disse nada, apenas ficou preparando um novo arroz sem parar, como se fosse uma máquina que não para, Haruchiyo não teve outra opção a não ser chacoalhar ela pelos ombros e dizer:

—Para com isso amor! — ele disse e olhou para ela. —O arroz está bem salgado, más não tem problema, eu como só o salmão. — ele disse e desligou o fogão.

—Uma boa esposa não serve comida ruim para o marido. — ela disse chorando.

—Que história é essa? Amor, erros acontecem, eu acho que você só exagerou desta vez no sal, é normal isso acontecer.

Ele observou ela, S/N começou a chorar e ele não entendeu nada.

—O que foi amor? Me fala o que está acontecendo? Eu estou ficando preocupado.

Ela balançou a cabeça negativamente, se recusando a falar, Haruchiyo ligou os pontos e disse:

—É o Kisaki não é?

S/N sentiu seu corpo estremecer, se afastou do Sanzu e disse:

—Kisaki me batia quando a comida ficava ruim. Ele me violentava quando o arroz ficava salgado.

Sanzu se aproximou de S/N, ergueu o queixo dela e disse:

—Eu nunca, nunca te bateria S/N. É uma atitude de covarde isso. — ele disse e deu um selinho na boca de S/N. —Você pode fazer a pior coisa do mundo, más eu nunca vou te bater ou te machucar. E sobre eu estar bravo, é por causa que eu e Takeomi brigamos, me desculpa se o meu tom de voz te assustou, não era a minha intenção.

Sanzu abraçou S/N com carinho e disse:

—Você pode confiar em mim amor, é para você se sentir segura comigo e não com medo de mim. — ele disse e acariciou o cabelo longo de S/N. —Meu amor, eu te amo.

S/N se sentiu confortável e segura por ouvir aquilo, ela nunca viu Sanzu bravo daquele jeito, e devido a traumas do passado, em que toda vez que Kisaki chegava bravo em casa ele descontava toda a raiva nela, assim como a comida ficava ruim, e ele batia nela.

Haruchiyo pelo contrário, estava bravo com Takeomi, e se sentiu culpado por deixar ela com medo, não era a intenção dele, e sobre o arroz, ele simplesmente sabia que foi um erro e aceitou isso numa boa.

—Eu não sabia dessa história pequena. — ele disse olhando para ela. —Não precisa ter medo de mim. Más olha, cuidado com o sal hein? Vai fazer o seu marido morrer de pressão alta antes do casamento e antes de eu te ver de noiva? — ele disse rindo e fez S/N rir também.

—Você é incrível Sanzu. — disse S/N abraçando ele. —Te amo.

—Eu também meu amor. — ele disse e deu um beijo no ombro dela. —Minha pequenininha cheirosa.

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