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Capítulo 5

Minha mãe era dona de casa, mas às vezes ocupava seu tempo fazendo bolos para o pessoal da vizinhança.

Caso fosse ter algum aniversário ou a família fosse receber parentes, as vizinhas geralmente batiam no portão de casa e pediam para a minha mãe usar suas "mãos mágicas" e fazer um bolo. O que ela fazia de bom grado, cobrando menos do que as outras boleiras da cidade, apenas por gostar de ser útil.

Quando voltei para casa, depois de ter conversado com Keila, a primeira coisa que senti foi o cheiro de bolo sendo assado.

Encontrei minha mãe na cozinha preparando a cobertura de morango que iria no bolo de baunilha. O forno estava ligado e pude ver a massa crescendo através do vidro.

No balcão, o gato preto estava deitado, parecendo ele mesmo uma massa de bolo queimada e rejeitada. Ele levantou a cabeça quando entrei e seu único olho se fixou em mim.

— Para quem é esse? — perguntei, indicando o bolo com a cabeça.

— Para a dona Dalva, uma senhora que frequenta a igreja comigo. Parece que sua neta virá visitá-la e ela quer receber a menina com um bolo. — Minha mãe deu de ombros, terminando de cortar os morangos.

— Estou vendo que o gato já é dono dessa casa mesmo. — Apontei para o bichano esparramado no balcão.

Minha mãe não respondeu, simplesmente levou os morangos até a panela que estava no fogão.

— Hoje encontrei a Bruna no ônibus — comentei, sem entender muito bem porque estava entrando no assunto. — Sabe, a menina que ajudou a gente a escolher as coisas para o gato.

— Você precisa dar um nome para ele — ela me repreendeu, ainda focada no que estava cozinhando. — E como ela está?

— Bem.

E a conversa acabou aí. Por que eu queria que minha mãe soubesse que encontrei com a Bruna? Balancei a cabeça, tentando ordenar os pensamentos.

Pensei em falar para ela sobre o bilhete também, bem como minhas suspeitas de quem era o meu admirador secreto. No entanto, sabia o que ela ia dizer. O sonho da vida da minha mãe era que eu e Guga nos tornássemos um casal. Durante anos ela insinuou que eu deveria ficar com ele, até eu lhe dar uma boa dura e ela finalmente parar com aquela ideia maluca.

Então comentar sobre o assunto traria todos aqueles comentários indesejados de volta. Por isso, virei as costas.

— Se você vai para o seu quarto, leve o gato junto — minha mãe pediu, quando percebeu que eu estava saindo da cozinha. — E não esqueça de passar pomada no olho do coitadinho do jeito que o veterinário ensinou.

Com um suspiro, voltei e peguei o gato no colo. Ele começou a miar de uma forma tão desesperada que até parecia que eu estava maltratando o bicho. Minha mãe até se virou para ver o que eu estava fazendo.

O gato começou a se debater. Uma de suas unhas se fincou em minha mão. Gritei, ao mesmo tempo que soltava o gato.

Em um pulo, ele se afastou correndo da cozinha.

— Que doido! — exclamei, vendo o filete de sangue saindo do ferimento que o bicho causou.

— Ele sente que você não gosta dele — minha mãe respondeu. — Precisa passar mais confiança para o gato.

Resolvi não responder, pensando que, se eu não gostava dele, era só porque a recíproca era verdadeira.

Abri o Orkut. Eu usava meu apelido - Sami -, porém a foto do meu perfil era o Dean, de Sobrenatural. O que posso fazer, se era uma fã descontrolada? Sempre me imaginei trabalhando ao lado dele para combater os demônios do mundo.

Depois de passar em algumas comunidades de fãs da série, meus dedos digitaram Bruna na barra de pesquisa.

Óbvio que recebi centenas de resultados. No entanto, logo em um dos primeiros, estava ela.

A minha Bruna.

Minha? Ok... Isso foi estranho.

De qualquer forma, clique no seu perfil. Ela estava sorrindo na foto, deixando a câmera capturar suas covinhas. Havia depoimentos de amigos em seu mural e vi que ela também fazia parte de algumas comunidades de Sobrenatural. Pelo menos tínhamos algo em comum.

Levei o mouse até o botão de adicioná-la, mas hesitei. Bruna já achava que eu a estava perseguindo. Não seria estranho pedir para ser sua amiga no Orkut sendo que nos conhecemos no dia anterior?

Não tive muito tempo para pensar, pois nessa hora o gato pulou em cima do teclado. O que fez, de algum jeito, apertar o botão de solicitação de amizade.

Você pediu para adicionar Bruna Ribeiro, a mensagem apareceu na tela.

— Nãããããão! — gritei.

Não demorou dois segundos para minha mãe abrir a porta do quarto. Minimizei a aba do Orkut no mesmo instante.

— O que aconteceu, Sâmia?

— Hã.. Eu... — Olhei para o gato, que deitara no meu teclado. — O gato subiu no teclado e fechou o que eu estava fazendo — menti, e nem soube exatamente porquê.

— Que escândalo! — Mamãe revirou os olhos. — Pensei que alguém tivesse morrido.

Bem que eu queria morrer. Desaparecer da face da Terra para Bruna nunca mais me encontrar. Que vergonha! Mas tinha que ter um jeito de reverter a situação.

— Não. — Abri um sorriso sem graça, torcendo para ela ir embora logo. — Só fiquei com raiva do gato.

Ele ergueu o rosto para mim, focalizando seu olho nos meus, como se me desafiasse a contar a verdade. Eu o ignorei.

— É só tirar ele daí, não precisa abrir o berreiro — minha mãe finalizou, finalmente saindo do quarto e voltando a fechar a porta.

Soltei um longo suspiro, tirando o gato de cima do teclado.

— Vamos ver o estrago que você fez — rosnei para ele, antes de deixá-lo no chão.

Abri a aba novamente, torcendo para eu conseguir desfazer a solicitação de amizade.

Você e Bruna são amigas, era o que dizia.

— O quê? — perguntei em voz alta, soando mais animada do que gostaria.

Bruna havia aceitado minha solicitação. Ela não me achava uma perseguidora doida, afinal.

O gato miou, como se estivesse satisfeito com o seu trabalho, depois pulou em cima da cama e foi direto para o meu travesseiro.

— Obrigada — falei, virando-me para ele, sem conseguir conter o sorriso em meu rosto.

Ele miou mais uma vez antes de dar uma volta no lugar e se deitar para dormir. E eu nem consegui reclamar.

Bruna

Rápido: qual foi a primeira música que escutamos no ônibus hoje?

Sami

Você Sempre Será

Bruna

Então é você mesma. Fiquei em dúvida por causa da foto

Sami

E eu achando que minha identidade estaria protegida

Bruna

Não te culpo. Também escolheria o Dean para ser a minha foto de perfil

Sami

Haha! Mais uma fã de Supernatural

Bruna

E como
*emoji de coração*

Sami

Desculpa estar parecendo uma perseguidora, juro que sou normal. Na maior parte do tempo

Bruna

Tudo bem, já estou me acostumando a ter você atrás de mim. Mas o que você acha de conversarmos pelo MSN? Me adiciona lá:

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