03
-Acho que você não deveria ter acordado tão cedo, Emma.
Meu pai diz, estou há 20 minutos esperando Jonh.
-Eu esqueci completamente que eu iria de carona e que só levaria 5 minutos para chegar na escola.
Bufo.
-Pelo menos da tempo de comer algo além de uma maçã.
Ele diz me entregando um prato com panquecas.
- obrigada, pai
- Eu já to indo para o trabalho, o que acha de sairmos hoje? Que tal parque?
-Seria ótimo vomitar minhas tripas hoje. -murmuro, comendo as panquecas
-Emmaaa. -Ele repreende.
- Tá bom pai, tenha um bom dia.
Falo rindo da cara de espanto dele, minutos depois que meu pai saiu Jonh chega com sua buzina ensurdecedora
-Bom dia, flor do dia.- Ele diz quando me vê
-Bom dia cravo do dia
Falo indo em direção ao Seu carro absurdamente caro.
-Assim você me magoa, Emma.
Ele diz rindo e indo abrir a porta do carro pra mim.
-Hoje sonhei que você me deixava dirigir seu Carro.
Ele me olha com os olhos entreabertos e eu sorrio
- Esse é o tipo de sonho que nunca virará realidade.
Murcho no banco do passageiro, pelo menos tentei.
-Fica assim não, Emminha
Reviro os olhos e reparo na paisagem que fica 10 vezes mais linda dentro desse carro, assim que chegamos no colégio me sinto famosa com tantos olhares em cima de nós, mas eu sei que é totalmente normal quando um cara bonitão da carona pra uma Zé ninguém que nem sai de casa.
-Obrigada pela carona, até mais.
Tento ser mais rápido que ele saindo do carro, ele estaciona e corre na minha direção, frustando totalmente a ideia de não ter mais a atenção de todos.
-Sério que você me usa e me rejeita dessa forma, Emminha?
-Nem vem, foi você que veio com a ideia da carona.
Falo sorrindo sem o encarar.
- Vamos logo pra aula, preciso passar de ano, não quero repetir 3 vezes seguidas.
Jonh diz passando o braço por mim, me puxando, o olho totalmente apavorada com a aproximação, mas ele simplesmente ignora.
Quando as aulas acabaram ele insistiu em me dá carona novamente, porém dessa vez ele muda totalmente a rota da minha casa.
-EU SABIA
Falo o fazendo pular de susto.
-Sabia o que, sua doida?
-Que você ia me sequestrar.
Ele ri e me olha como se não acreditasse que eu disse isso.
- Só to levanto a gente pra sorveteria.
-tem certeza?
Digo desconfiada,
- Certeza absoluta, Emminha
Suspiro aliviada, depois de longos minutos na fila da sorveteria e de eu fazer de tudo para não sujar aquele carro lindo com sorvete, estávamos agora no meu sofá, discutindo qual filme da Marvel é o melhor.
-O homem de ferro é uma bosta
-Você que é uma bosta, Emminha, o homem de ferro É maravilhoso.
Olho pra ele em silêncio e gargalho segundos depois com o careta que ele fez.
-Isso não deveria soar tão gay como acabou de parecer.
Ele diz e ri também.
-Eu vou fingir que nunca ouvi isso, tudo bem?
Ele concorda com a cabeça, vejo uma ideia absurda passar pela minha cabeça e eu não acredito no que irei fazer.
-Quer ir no parque comigo e com meu pai?
Falo com receio da resposta dele.
-Seria uma honra, madame.
Antes que eu pudesse responder meu pai entra na sala e se joga no outro sofá.
-Hoje foi um dia cheio, filha.
Diz com as mãos no rosto.
-Você por aqui de novo rapaz?!
Ele diz dando uma piscadinha para Jonh e me olha.
-Filha, você ficará muito chateada se eu não ir ao parque? Hoje foi um dia cheio, estou cansado e ainda tenho uma papelada pra revisar.
-Claro que na...
Quando eu ia responder o Jonh me interrompe, mas que mania irritante
-Eu vou com ela senhor Jacob, se o senhor não se importar.
Eu olho pra ele com os olhos arregalados
-Por mim tudo bem.
Meu pai diz apertando a mão do Jonh e eu o olho indignada.
-Minha opinião não vale?
Pergunto sem acreditar no complô que esses dois fazem.
-Eu sei que você quer passar mais tempo comigo, eu sou irresistivelmente...
-Irritante
Falo completando o que jonh ia dizer e vejo meu pai subindo as escadas rindo, eu to começando a duvidar da lealdade do meu pai
-Quanto ele te pagou pra ficar comigo?
Pergunto cheia de teorias.
-Que?
Ele ri alto.
-Você não é tão insuportável a esse ponto de ele ter que pagar alguém pra andar com você, Emminha.
-Ele fez isso na quinta série.
Murmuro e ele ri mais alto ainda.
-Você tem o melhor pai do mundo.
Fala gargalhando.
-Aí meu Deus, acho que vou ter uma overdose de tanto rir.
Ele diz e eu gargalho também, vendo seus olhos marejarem de tanto que ria.
-Deixa de ser idiota, vou ir me arrumar, tem pizza na geladeira e o controle tá bem ali.
Aponto para o outro sofá.
-Quer companhia, Emminha?
-Deixa de ser atrevido, garoto
Falo subindo as escadas devagar, não vou confiar na minha sorte em subir a escada correndo e cair igual banana madura.
-Emminha?
Ele me chama quando eu já estou na metade das escada.
-Seu nariz está Sangrando de novo
Coloco a mão no nariz e depois a olho, que merda de sangramento estúpido.
-você está bem? -Pergunta ele com o semblante cheio de preocupação.
-Estou, não vou demorar.
Tento subir mais rápido, porém me arrependo quando minhas pernas quase falham.
-Ufa, venci mais um dia.
Sussurro com as mãos na cintura, recuperando o fôlego enquanto olhava as escadas.
Quando eu já estou pronta e saindo do meu quarto acabo dando de cara com meu pai
-Vai ir assim ?
Olho para minha roupa, um moletom preto e uma calça jeans larga.
-Vou?! -Falou ainda olhando pra minha roupa.
-Claro que não, entra para o quarto de novo, mocinha.
-Mas paiiii...-Tento fazer birra, obviamente não funciona.
-Filha, você é linda e maravilhosa, mas não vou deixar você ir para um encontro assim.
-Mas não é um encontro. -murmuro.
-Na minha época isso era um encontro
Ele diz vasculhando meu guarda roupa.
-ACHEI
Ele diz jogando uma calça jeans e uma blusa branca de alcinha junto com um casaco de malha fina.
-vai logo se trocar.
Entro no banheiro bufando, 5 minutos depois saio, ele me olha surpreso.
-Você está tão linda, Emma.
- Ele vai ver as marcas.
Falo mostrando um pequeno vão que deixava minha barriga amostra, lá era aonde tinha mais marcas. O doutor explicou que seria normal.
-Filha, você é branquela e estabanada, a maioria das vezes pessoas branquelas e estabanadas têm marcas no corpo e ele nem vai reparar. -Insiste.
-Tá bem, acho que estou nervosa, pai.
-Eu também estou filha, o primeiro encontro da minha filhinha, eu to emocionado.
Ele diz todo bobo e eu não resisto a vontade de rir.
-Pai, já falei, não é um encontro
Ele suspira.
-Anda logo, Emma. O garoto deve está com cãibra na bunda.
Rio e ele desce comigo, dado de cara com Jonh deitado de conchinha no sofá
-Ele é um ótimo partido, Emma
Olho indignada pra meu pai.
-Shi. -repreendo ele.
-Eu sou mesmo, senhor Jacob.
Jonh diz levantando e se espreguiçando, qualquer dia eu morro de vergonha com os comentário desses dois.
-Podemos ir?
Ele para e fica me olhando.
-Acho que to apaixonado por sua filha, senhor Jacob.
O olho boquiaberta e depois olho para meu pai que sorria ao meu lado.
-Aaah pelo amor de Deus, eu não mereço isso.
Falo puxando Jonh para o lado de fora
- Tchau, pai.
-Não volte antes das 3 da manhã.
Ele grita e eu o ignoro.
-Como eu queria um pai desse.
Ele diz em forma de lamentação e eu só paro de puxar ele quando chegamos perto do carro.
-Me sinto usado por você.
Rio dele mesmo estando brava.
- Larga de ser fresco e podemos ir?
-fresco? Eu to é fervendo, agora vamos.
Rio da piada mesmo sendo sem graça, ele suspira enquanto abria o carro pra mim.
-Você fica linda assim.
Ele diz apontando para meu corpo.
-Obrigada.
Falo totalmente envergonhada e ele finalmente liga o bendito carro e vai o caminho todo sorrindo para o nada e eu eventualmente faço o mesmo.
-Eu não posso ir na montanha-russa, Jonh.
Falo tentando inventar uma desculpa que não seja "tenho leucemia em um estado avançado, to fraca demais pra uma montanha-russa e eu provavelmente iria morrer"
-Quem vai a um parque e não vai na montanha-russa?
-Eu não posso Jonh, tenho pressão alta, vai você que eu te espero aqui.
Falo apontando para o banco e minto na cara de Pau.
- O que você veio fazer um um parque então?
- Comer cachorro quente?!
Sinto falta das batidas do seu coração, é um som tão caloroso e familiar.
Lewis capaldi | Rush
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