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6- Praia



JJá haviam se passado algumas semanas após o dia do cemitério; finalmente Midoriya havia retornado ao seu normal, e, consequentemente, feito uma amizade ainda mais forte com Kirishima. Ambos discutiam sobre sua nova novel que seria lançada em breve:

— Eu só digo isso: se for para fazer um final merda, que mate os personagens e diga que é o fim da obra – Izuku disse enquanto bebericava seu café expresso.

— Credo, Deku. Sei que muitos finais de obras de grandes prestígios são um pouco decepcionantes, mas isso é ser extremista! – rebateu Kirishima.

Continuaram conversando até que diversas batidas fossem deixadas na porta, assustando-os.

— Deku maldito! Você pensou que ignorar todos os meus e-mails e telefonemas seriam o suficiente para fazer eu esquecer da sua existência pro resto da semana?! – Ochaco berrava enquanto dava diversos chutes na porta de alumínio.

Kirishima foi abrir sem entender nada enquanto Midoriya se escondia em seu quarto.

— NÃO ABRA, KIRISHIMA! ELA VAI ME MATAR! – exclamou, escondendo-se embaixo da cama.

Eijirou ficou parado encarando a porta, sem saber o que fazer; alguns minutos depois, a mesma fora forçada, revelando uma mulher completamente ofegante e vermelha.

— Seu escritor de merda! Pensa que pode estourar o prazo dessa maneira? – empurrou Kirishima para longe e foi em direção aos acentos de Deku. Sabia que não iria poder tocá-lo, mas nada lhe impedia de arremessar coisas e desferir palavras de baixo calão ao novelista.

Uraraka ficou parada em frente a cama, pensativa; tempo passado, ergueu a mesma com as mãos, apavorando Eijirou e assustando Izuku, que saíra correndo de debaixo do móvel para ir até as pernas do editor.

— ME PROTEGE, KIRISHIMA! – suplicou —, NÃO A DEIXE FURAR O MEU BRAÇO COM O SALTO NOVAMENTE!

— NOVAMENTE?! – gritou Kirishima, desesperado.

A chefe saiu do quarto com seus saltos vermelhos em mãos, contudo, ao ver a cena da sala de estar, acabou se acalmando; não imaginava que Eijirou estivesse progredindo bastante em relação ao menor, todavia a situação em que os mesmos se encontravam acabou acalmando seu coração.

Mesmo sendo amiga de infância de Midoriya, por conta do seu estilo de vida corrido, nunca conseguiu se aproximar tanto dele, mas isto não impedia que ambos se amassem profundamente, contudo ainda existe um muro que separava os dois; talvez, no futuro, o muro pudesse ser quebrado.

Quando a situação se acalmou, Eijirou pediu licença e fora arrumar um chá para a mulher descabelada que se residia atirada na poltrona da sala.

— Midoriya, você não é disso! O que aconteceu para estourar o prazo neste estado? – Uraraka perguntou de forma calma.

— Eu... eu não tenho inspiração para a cena; não sei como descrevê-la – admitiu

— Ahh, sério? E você sabe o porquê? – apoiou a cabeça na palma da mão.

— Não faço ideia... – balançou a cabeça, triste.

— É PORQUE VOCÊ NÃO SAI DE CASA, SEU NOVELISTA DE MERDA! – gritou. — CHEGA! Você vai viajar amanhã mesmo! – pegou seu celular e começou a escrever rapidamente —, e vai me entregar a droga do manuscrito pronto até segunda-feira e essa porcaria será publicada na sexta que vem!

Izuku suspirou, concordando com a amiga. Sabia que não podia fazer àquilo que estava fazendo e que seus leitores estavam ansiosos para a próxima obra que era para ter saído mês passado.

— E você vai ir junto, Kirishima! – apontou para o jovem enquanto segurava o celular na orelha, tentando fazer contato com Tokoyami. Eijirou olhou para Midoriya que apenas deu de ombros e foi até o quarto fazer a lista de exigências que entregaria para Fumikage.

[...]

No fim do dia, Tokoyami chegou na casa do amigo, acompanhado de todas as coisas que foram lhe pedidas.

— Já está tudo organizado na mala; o jatinho saí às 8 horas de lá, e talvez tenha algumas pessoas no aeroporto, entretanto o local que vocês ficarão é bastante reservado e sossegado. E, por sinal, é em uma ilha. Lá também deve haver algumas pessoas – explicou o maior.

— Jatinho...? – olhou de canto para o mais velho.

— Isso. Midoriya não pode viajar em um transporte comum e, por incrível que pareça, ele gosta de voar – respondeu.

Eijirou assentiu meio abalado; Fumikage não entendera sua expressão, e também o mais novo não se deu ao trabalho de explicar, apenas se despediu e foi para casa arrumar suas coisas para o que estava por vir.

[...]

Midoriya e Kirishima esperavam para embargar no jatinho de Ochaco; estavam sentados e Eijirou batucava os dedos sem parar; estes suavam, como se o garoto estivesse em um pique de ansiedade, medo e nervosismo.

— Kirishima? – chamou.

— S-Sim? – respondeu, trêmulo.

— Você tem medo de voar? – perguntou com um sorriso travesso no rosto.

— Eu n-nunca nem havia entrado em um jatinho antes – explicou —, também tenho medo de altura.

"Passageiros do voo XXX, por favor, encontrem-se no portão a direita", anunciou a voz no megafone.

— Vamos?

— C-Claro!!

Logo foram até o jatinho, e assim que este levantou voo, Eijirou se agarrou na poltrona, começando a rezar cinco rezas diferentes.

— Sabia que – começou apenas pausando para mastigar seu pão de mel — se um avião cair no mar, a chance de encontrar os corpos é de 10%? – se ajeitou na cadeira. — Ainda mais um jato pequeno como este; dependendo da profundidade, a pressão da água acabaria conosco em segundos – zombou Midoriya. — Pelo menos se eu morrer não irei precisar entregar o meu manuscrito para Ochaco – riu.

Izuku largou o pacote de seu pãozinho e olhou para o lado, encontrando Kirishima ofegando e suando de nervosismo.

— Kirishima, eu estava brincando! É claro que vai dar tudo certo, não precisa ficar nervos

Eijirou virou a cabeça lentamente, encarando o ídolo; direcionou o olhar para as mãos do novelista e assim as agarrou, apertando com a força controlada. Inicialmente se sentira incomodado com o toque repentino, mas ao ver o estado em que Kirishima se encontrava, notou que era hora de cuidar dele igual o garoto de mechas avermelhadas fazia consigo.

— 'Tá tudo bem, nada irá acontecer – assegurou.

— O-Obrigado – apertou um pouco mais a mão do homem.

[...]

Após muito tempo sobrevoando, finalmente chegaram em Okinawa; a ilha havia sido escolhida por Fumikage, logo este avisou o editor de antemão para o mesmo se preparar e estudar todo o guia turístico do local.

— Primeiro nós faremos check-in na pousada – avisou Kirishima, sentindo-se melhor por estar em terra firme novamente. Ele carregava suas malas e as do ídolo que andava atrás de si desviando de qualquer possível pessoa que tentasse lhe tocar.

A pousada ficava de frente para a praia, dando uma vista cada vez mais privilegiada.

— Com licença, nós temos uma reserva no nome de Midoriya Izuku – Eijirou falou baixo, tentando evitar ser o centro das atenções e assim formar uma multidão envolta do garoto.

— Certo, um quarto com vista para o mar? – olhou para os dois garotos e Deku balançou a cabeça em concordância. — Ok. Quarto 820; aqui estão as chaves. Bom passeio! – sorriu e estendeu as chaves que logo foram pegas.

— U-U-Um quarto?!! – perguntou, se amaldiçoando por ter gaguejado.

— Eu pedi ao Fumi... Desculpe, não me sentiria bem sozinho – sorriu fraco.

Kirishima resolveu que não seria bom fazer mais perguntas, portanto, apenas pegou a chave do cômodo e se dirigiu até ele ao lado de Midoriya; logo, ambos adentraram juntos.

— Se troque, nós vamos à praia – avisou Izuku enquanto tirava algumas roupas da mala.

— Certo.

Eijirou pegou algumas roupas na sua mochila, indo direto para o banheiro; assim que saiu do mesmo, estava um pouco diferente do habitual; seus cabelos avermelhados agora estavam penteados para baixo, mostrando o quão comprido era; este fato acabou surpreendendo Midoriya. O garoto vestia apenas um calção vermelho por cima da sunga preta; Deku observava o corpo definido do editor com tanto pudor que acabou corando com os pensamentos que tivera por um curto período.

O menor usava suas roupas novas que foram compradas por Fumikage; uma camiseta branca e um calção azul escuro que deixava um pouco de suas coxas expostas; o olhar de Kirishima fora atraído para àquele local, todavia logo desviou, escondendo o rosto nas mãos.

— Aqui, pegue isso – Midoriya lhe chamou a atenção; este lhe estendia uma câmera profissional. O menino a pegou e ficou observando atentamente. — Você pode tirar foto de tudo o que achar bonito – avisou.

Izuku carregava uma mochila com seus pertences de trabalho e um "kit de sobrevivência" sugerido por Tokoyami; antes de saírem do quarto, Kirishima se virou para o menor, o olhando com receio.

— O que você tem na mochila? – perguntou.

— Meu notebook, minha carteira com 500 reais, o carregador do note, um protetor solar e uma camisa extra – falou calmo vendo o olhar assustado de Eijirou.

— Primeiro: se você vai ficar sozinho, não deveria levar o notebook; se alguém passar e roubá-lo você terá perdido todo o tempo de trabalho que tivera; se deseja mesmo escrever, leve apenas um bloco e uma caneta – ordenou, vendo o menor bufar e retirar o aparelho de dentro da bolsa. — E também, o que você pensa que fará com 500 reais em uma praia? Leve no máximo uns 50 reais, eu tenho certeza que não comprará nada com um valor maior que isso.

— Não sei, eu posso querer comprar vários sorvetes – rolou os olhos, entediado. — Certo, levarei apenas 50 reais.

— Você provavelmente não compra nada na rua há anos, então cuidado com pessoas de má fé; existem vários tentando vender produtos pirateados, então evite-os! Compre apenas comida, porém com cautela; se ver que ela cheira mal ou tem textura estranha, negue – falou cruzando os braços. — E não saía dos arredores da pousada, se eu perder você, irei ficarei louco!

— Estou levando o celular – mostrou o aparelho.

— E se alguém te roubar? Sequestrar? Cair na água? Você desmaiar? – falava e gesticulava rapidamente, deixando Midoriya cada vez mais confuso; sabia que ele tinha medo de lugares abertos e com muitas pessoas; sua ansiedade apenas estava deixando o garoto pior.

— Eu vou ser sequestrado?! – perguntou quase entrando em pânico.

— NÃO! Digo, não. Eu falei só por falar... – choramingou, tentando desfazer o horror que botara no menor; queria se socar por ser um babaca, deveria estar grato pelo ídolo ter saído do quarto e conseguido vir à praia consigo. — Só toma cuidado. Não hesite em me ligar.

— Tudo bem, mais alguma coisa? – perguntou; já estava um tanto cansado dos sermões do garoto, eles conseguiam ser piores que os de Ochaco.

— J-Já passou protetor solar? – Izuku balançou a cabeça, concordando. — Ok..., coloque boné e óculos escuro, caso queira. Assim você consegue evitar uma queimadura e também conseguirá enxergar.

Deku pegou os acessórios e os colocou, sorrindo para Eijirou após. Recebeu um joinha do maior e acabou revirando os olhos novamente; foi até sua mochila semivazia e a pegou, colocando o bloco de nota e todas outras coisas que foram sugeridas. Já Kirishima andava com a câmera em mãos, mirando-a para locais em que pareciam não ter nada de relevante.

Logo saíram do quarto, o trancando em seguida; acabou que a chave ficara com Eijirou para que Izuku não precisasse se importar com aquilo. Haviam combinado de retornarem à entrada da pousada às 16 horas, ou antes, caso algo acontecesse. Caso acontecesse a segunda opção, Midoriya e/ou Kirishima mandaria uma mensagem avisando para que o encontro fosse adiantado.

Muitas pessoas olhavam para eles; era desconfortável para o ídolo receber tantos olhares sobre si, mesmo que soubesse que a maioria dos olhares fossem direcionados ao garoto musculoso ao seu lado, ainda assim se sentia mal.

De fato, havia tido uma ótima ideia para afastar o editor; havia percebido isso no aeroporto, então na praia com certeza não seria diferente, e com certeza, os olhares seriam ainda piores.

[...]

Assim que chegaram na praia, cada um foi para seu próprio lado; Midoriya encarava a areia fofa sem saber o que fazer, estava usando chinelos mesmo que sua grande vontade fosse um belo par de tênis. Pegou o bloco de notas e a caneta de dentro de sua mochila, tinha que pegar todas as sensações para que pudesse colocar em sua personagem de forma perfeita.

Respirou fundo, estava um tanto nervoso; retirou os chinelos e ficou se arrastando no piso de madeira que fazia um ranger engraçado, fazia aquilo afim de guardar a sensação para descrever em sua novel. Em um ato de coragem, retirou os sapatos e colocou os pés na areia.

Uma bosta.

Foi isso que pensou; aquela era, sem sombras de dúvida, a pior sensação do mundo.

Para começar, era superquente. Não aguentou muito e logo recolocou os chinelos já que seu pé parecia que iria derreter há qualquer momento, contudo, a sensação horrorosa de algo lhe pinicando e raspando ainda continuava, aquela maldita areia estava impregnada em seu corpo, querendo provavelmente sua alma. Céus, que tipo de pessoa podia achar aquilo bom? Como havia seres andando na praia sem algo nos pés?

Sua primeira impressão já não lhe agradava em continuar e com certeza sua personagem odiaria praias. Entretanto a culpa não era sua, era da maldita areia, então em passos rápidos ou pelo menos em uma falha tentativa, pois além de algo completamente asqueroso e maldito, a superfície não era plana, era completamente estranho pisar e sentir seu pé afundar e mudar de direção, tentou sair andando rapidamente para longe dali.

Depois de muito sofrimento e uma grande vontade de cometer suicídio, que logo passou ao lembrar que acabaria deitado morto naquela coisa horrível, ele finalmente chegou na parte onde a areia era molhada. Então, mais uma vez, ele pisou com seus pés na superfície, vendo que era completamente diferente, era como céu e inferno lado a lado. Guardou os chinelos em sua mochila, dentro de uma sacola. Ele sabia que seria uma boa ideia levar uma, já que conseguiria ficar naquela superfície.

Aquela areia era bem melhor em todos os aspectos, se perguntava por qual motivo a praia simplesmente não era composta só por àquela superfície plana, maravilhosa e gelada? Não tinha o calor horroroso e mesmo que ficasse um pouco impregnada em sua pele, não passava a mesma sensação horrível que tinha há minutos atrás.

Fazia várias anotações em seu pequeno bloco rapidamente, antes que precisasse ter que repetir a dose para relembrar de tudo; o que menos queria era pisar novamente naquela areia. Sentiu algo molhado, olhou para baixo vendo a água começar a tocar seus pés e tirando àquela textura maldita de sua pele.

Abriu um sorriso; tinha sido a melhor sensação do universo se livrar daquilo. Pensou que a água seria mais gelada, mas talvez o fato de mal ter tocado seu corpo tenha lhe passado uma imagem errada, já que estava tão satisfeito vendo a areia ir embora de si que nem ligava muito para a temperatura.

Todavia, algo lhe chamou a atenção: algumas crianças estavam passando correndo sobre a pequena maré de água que vinha na direção do escritor, resultando em vários respingos de água sobre si, o molhando e lhe deixando completamente atônito com a situação.

A água estava muito gelada, muito gelada mesmo, estava quase tremendo de frio pela quantidade de água jogada em si, e para piorar, seu bloco também estava molhado. A vontade imensa que estava de ir atrás daquelas pestinhas em forma de pequenos humanos..., respirou fundo e voltou a escrever, sua personagem começaria a odiar crianças tanto quanto ele naquele momento.

Estava tão ocupado escrevendo sobre a praia, principalmente, estava focando no seu ódio de crianças, que nem percebeu quando uma bola de vôlei estava vindo em sua direção e alguém gritou um "cuidado". Só foi perceber quando sentiu ser atingido com demasiada força na cabeça, fazendo com que desse alguns passos para o lado, um tanto zonzo.

— Meu Deus!! Você 'tá bem? Me perdoe, eu não queria lhe atingir! – falou uma voz um pouco alto à distância; Izuku deu alguns outros passos para o lado, afim de se afastar de quem quer que fosse.

Se virou para ver de quem era a voz e ficou surpreso ao ver um rapaz parecidíssimo com Kirishima, obviamente havia diferenças gritantes, porém Midoriya mal via as pessoas de mundo externo.

O garoto possuía cabelos acinzentados e olhos pretos, os cílios eram da mesma cor que o cabelo, fazendo com que os olhos tivessem certo destaque. Midoriya fez uma nota mental daquilo, nunca se sabe quando iria usar um personagem albino em sua série. Era musculoso e alto, provavelmente tinha a altura do editor e estava apenas com uma bermuda preta.

— Certo, não foi nada – assegurou. Claro que era mentira, sua cabeça latejava e parecia que iria sair rolando junto dá bola.

— Não, eu insisto! Eu posso te levar em algum lugar para ver se sua cabeça sofreu algum dano ou até mesmo para beber algo – insistiu.

Deku era um pouco lerdo, então não notava quando alguém demonstrava interesse em si já que não tinha tido lá muitos contatos com outras pessoas sem ser aqueles três; ele não entendia e muito menos percebia que a insistência do rapaz a sua frente tinha segundas intenções ou até mesmo quartas intenções, já que o homem estava bem animado querendo de alguma forma compensar o menor.

Midoriya não queria nada com o garoto estranho, só queria sair daquele inferno de praia rápido. Já tinha tido experiências negativas demais para um dia só por lá. Precisava voltar para o quarto e ficar lá até a viagem terminar. Foi então que lembrou que o mesmo estava jogando vôlei, não tinha ideia de que aquilo era possível em uma praia.

Um sorriso se formou em seus lábios, se era para pedir algo, então pediria, afinal, o rapaz estava lhe querendo de alguma forma retribuir, então acabaria tirando proveito daquilo. Afinal, era algo que estava muito curioso.

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