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3- Amigo



Em meio à diversos desafios, Kirishima finalmente estava completando uma semana de trabalho. Ochaco lhe deu uma chave do apartamento do pequeno para que não o incomodasse e também lhe pediu para que o acordasse antes das nove horas, porque neste horário eles teriam uma reunião via Skype.

O maior chegou com algumas comprar que havia feito no supermercado para se certificar de que teria almoço para o ídolo, e, após guardar tudo, se dirigiu então até o quarto de Midoriya. Ao abrir a porta, o cheiro de mofo e roupas sujas invadiam suas narinas, fazendo-o tossir um pouco por conta do pó acumulado.

— Como ele consegue dormir assim? – questionou, tampando o nariz.

Pegou um apito que havia comprando em uma lojinha qualquer e assoprou, fazendo o som ecoar naquela caverna escura e fedorenta.

— Que porra é essa? – Midoriya sentou-se de sobressalto na cama, esfregando os olhos. Seu cabelo parecia um ninho de rato.

— Olha, você tem uma reunião com Uraraka em exatamente... – olhou para o pulso onde habitava seu relógio —, uma hora. Como eu não posso te tocar, essa foi a maneira mais fácil que encontrei para te acordar! Fantástico, não?

— Aquela vaca! Mal dormi à noite escrevendo os exemplares para ela e agora sou acordado assim – resmungou indo em direção ao banheiro.

Eijiro avaliava a situação do quarto canto por canto; acabou soltando um suspiro ao imaginar em como limparia todo àquele lixo. Acabou passando a semana passada toda focando em limpar os outros cômodos que acabou esquecendo que precisaria limpar este também.

Depois de longos 15 minutos, Izuku saiu do banheiro parecendo outro rapaz; os cabelos estavam molhados e a franja estava jogada para trás, todavia sabia que esta secaria em pouco tempo e logo voltaria a lhe atrapalhar.

Kirishima foi até a cozinha preparar o café da manhã do garoto inexpressivo; estava feliz porque o menor havia finalmente ganhado alguns quilinhos após sua chegada. Depois da refeição, fizeram seus agradecimentos e ambos foram para seus afazeres: Midoriya para frente do notebook e Eijiro a procura de algum saco de lixo. Havia pedido para Izuku para limpar seu quarto, e este, por milagre, aceitou sem reclamar.

Foi até as janelas em passos apressados; assim que a abriu, o ar parecia se movimentar, fazendo o cheiro podre sair aos poucos. Direcionou os olhos para os dois grandes armários existentes ali; se perguntava o porquê de dois.

E, para saciar sua curiosidade, foi até eles, abrindo-os em seguida; encontrou apenas uma camiseta aleatória e um terno. O resto das roupas estavam espalhadas pelo quarto, sujas. O outro armário era um repleto de prêmios que o menor havia ganhado por conta de sua carreira; se perguntava: por que em um armário de madeira?

Resolveu limpá-los e consequentemente, acabava tirando tudo o que encontrava no caminho, seja roupas sujas até manuscritos incompletos. Pegou um que era intitulado "obra inicial – primeiros detalhes" e colocou a mão sobre a boca para evitar o grito histérico; aquela era a primeira obra que o ídolo havia publicado, e ainda na primeira versão! Queria tanto ler, mas não invadiria a privacidade do outro desse jeito, então apenas se levantou indo até o mesmo que ainda esperava a reunião começar.

— Hm, Midoriya, eu encontrei alguns manuscritos... O que faço com eles? – perguntou, agarrado aos papéis.

— Jogue fora – respondeu, sem encarar o maior.

Kirishima arqueou a sobrancelha e ficou em uma pose rígida, fazendo Izuku soltar uma risada baixa.

— Você sabe quanto vale essas coisas? – colocou uma mão na cintura, encarando Midoriya. — São muito preciosos!

O garoto apenas grunhiu e começou a mordiscar a ponta do dedo, pensativo; colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, certamente em um tique-nervoso.

— Pode ficar com eles. Era isso o que queria? – Eijiro balançou a cabeça, confirmando. — Então fique. Agora me deixe sozinho, por favor, a reunião está para começar. – Kirishima apenas concordou e voltou para o quarto imundo do pequeno. — Ele é muito estranho... – sussurrou.

[...]

Eijiro continuou limpando os armários e separando os documentos que iria ficar para si. Após forçar a abertura de uma gaveta que estava emperrada, ele encontrou duas fotos: em uma Midoriya estava sentado ao lado de uma senhora baixinha de cabelos verdes e na outra, na formatura da escola ao lado de um garoto de cabelos pretos e olhos vermelhos; o que mais se destacava ali era o cachecol chamativo no uniforme completamente escuro.

— Eles nem devem se conhecer mais... – deduziu enquanto olhava a foto do colegial.

Procurou a data de ambas as fotos e quando encontrou, seus olhos quase saltaram de seu rosto ao ter conhecimento da real idade de Izuku. Mesmo que seu âmago dissesse para perguntar diretamente para o escritor, não poderia. Resolveu pegar todas as roupas sujas e colocaram para lavar.

— Irei informar Uraraka depois... – sussurrou, com um biquinho.

Depois de socar todas as roupas na máquina, finalmente fez a faxina no quarto; este parecia lhe implorar por uma limpeza. Graças aos produtos que usou, o cheiro de mofo e sujeira haviam se extinguido.

Acabou levando tanto tempo que nem percebeu que o horário do almoço passara, então correu para fazer algo para o novelista comer; observou que a reunião já havia terminado e este sorria como um maníaco enquanto escrevia rapidamente.

— Izuku, venha almoçar – gritou da cozinha.

O pequeno se espreguiçou e assumiu sua expressão rotineira; foi até a cozinha, sentando-se em frente à mesa e começando a comer desesperadamente.

Midoriya não dava tanto trabalho para Kirishima em relação a comida, entretanto não comia alguns pratos, normalmente os que tinham muitos legumes ou muito de X alimento que este não gostava.

— Hm, Midoriya, qual é a sua idade? – o maior perguntou, mexendo com os talheres.

— Completo 26 anos em julho – falou.

— V-Você é mais velho do que eu? – exclamou. — Eu pensei que você só tinha 19 anos!

— Eu comecei a escrever cedo, mas nem tanto, viu? – rolou os olhos. — Quantos anos você tem?

— Vinte e dois... – murmurou.

— A diferença lhe incomoda? – olhou de canto para o maior, que parecia ter ficado rubro. — Acho que você não pode rotular alguém só por conta da sua data de nascimento.

— Você tem razão... – falou baixo. — Desculpe por te perturbar com algo tão fútil.

Fez um sinal de positivo com o dedo para Eijiro e voltou a comer, sendo encarado pelo mesmo que sorria bobo pela ação.

[...]

Os dias foram passando e o progresso em relação ao ídolo parecia cada vez melhorar; o mesmo até havia lhe pedido para ser chamado de uma maneira mais informal.

— Deku, deixarei seu jantar pronto e irei embora – Kirishima avisou.

— 'Tá... – respondeu sem tirar os olhos do monitor.

O pequeno estava com uma tiara branca que havia ganho de Eijiro no dia anterior para prender os fios rebeldes. O presente fora concebido com a melhor desculpa que o maior conseguiu dar: "Isso é para comemorar às duas semanas de trabalho juntos". Claro que não negou.

Quando estava terminando de preparar o prato favorito de Izuku, a campainha tocou:

— Kirishima, abra a porta! – Midoriya gritou da sala. Eijiro suspirou e tirou o avental, logo indo em direção a porta.

— Olá, no que posso ajudar? – abriu a porta com um sorriso gentil; se assustou ao notar que quem estava ali: era o rapaz da foto que havia encontrado há algumas horas atrás.

Tentou não demonstrar a surpresa, contudo fora difícil; pensava que o ídolo não tivesse amigos além de Ochaco, porque a mesma lhe disse que quando este se fechou, muitos deixaram de querer a amizade dele.

Não entendia a presença dele ali. Se perguntava se era normal... Uraraka não avisara nada sobre e nem Midoriya, então o que o rapaz fazia ali? E, pelo rosto dele, ele também não fazia ideia de quem Kirishima era.

— Você é o editor do Izu? – perguntou, calmo.

— Sim, e você é...? – ficou segurando a porta. Acabou ficando desconfortável com o apelido que o garoto usara para mencionar Deku.

— Sou Fumikage Tokoyami – ia logo estender a mão para cumprimentar o menino, mas fora surpreendido por Midoriya que aparecera por ali. — Izu, olha só para você!

— Fumi, que saudades!! – o pequeno quase se jogou no homem presente, que se não fosse rápido, quase não conseguiria segurá-lo.

— Ei, ei, não se jogue assim, pode acabar se machucando – o maior afagou as mechas esverdeadas. — Olha só esse cabelão! 'Tá tão fofo com essa tiara, parece até uma criancinha.

— Bobão – fez um biquinho e emburrou o rosto. — Entre antes que crie raízes aí fora!

Eijiro estava perplexo com a cena que vira; Deku havia tocado em alguém por livre e espontânea vontade? Nem Ochaco conseguia essa proximidade com ele, quem dera o garoto que recém chegara. Além disso, fora completamente ignorado.

Ficou seguindo-os com o olhar; notava como Midoriya sorria verdadeiramente ao lado de Tokoyami e aquilo lhe incomodava deveras. Parecia que todo o esforço que estava tendo para fazer Izuku se sentir seguro e confortável consigo não passavam de um nada que nunca teria algum retorno.

Queria perguntar quem era aquele ser tão suspeito; carregava uma mochila preta, e, aparentemente, voltava do trabalho. Contudo, fora apenas até a cozinha terminar a janta do menor e recolher suas coisas.

Então, sem dizer sequer uma palavra, Eijiro foi embora.

Seus pensamentos estavam a mil; claro, seu chefe não precisava aceitar seu aperto de mão ou afago na cabeça, entretanto precisava lhe ignorar ou nem menos lhe dizer "adeus", "até amanhã" ou "nos vemos depois"? Não era difícil...

Se sentia frustrado.

Queria dizer para Midoriya que se não fosse por ele, provavelmente já estaria morto; enterrado há sete palmos no chão.

Sabia que já havia criado um elo forte com o ídolo, mas por que ainda se sentia assim? Parecia que Izuku ainda não confiava em si, que qualquer coisinha o faria lhe demitir ou simplesmente esquecer toda a confiança – mesmo pouca – que criara. Não se sentia bem-vindo, muito menos querido pelo pequeno.

Naquelas horas, Kirishima só queria gritar todas suas dúvidas que nem mesmo Ochaco poderia responder. Ele até mesmo havia presenteado o pequeno naquele mesmo dia! Não se arrependia, mas também não estava tão feliz igual estava algumas horas atrás. Ver a cena com Fumikage acabou lhe afetando de maneira completamente negativa.

Todavia tentou ignorar àquele sentimento. Não era nada além de empregado de Midoriya e com certeza não podia exigir que o outro tivesse confiança em si. Faria o próprio trabalho sem atrapalhar o ídolo.

Preferiu focar nos documentos que tinha ganhado; iria embalá-los para que não mofassem. Agradecia aos céus por não ter nenhuma traça ou mofo neles, mesmo estando no lixão de Izuku.

Acabou dormindo tarde; ficou até tarde dá noite lendo os manuscritos e procurando um lugar os mesmos que acabou esquecendo que devia dormir, e o resultado disso foi quase perder o horário para o serviço.

Contudo, notou algo diferente.

O cheiro que a casa exalava era ótimo; será que Midoriya poderia estar cozinhando? Não sabia disso, na verdade, pensava que o pequeno não sabia fazer tal proeza. Acabou ficando animado para ver a cena quando entrasse, mas quando abriu a porta, acabou se decepcionando...

De novo.

Era novamente Tokoyami. Eijiro franziu o cenho ao ver que o mesmo estava ali tão cedo; então notou que a mochila que o mesmo usava no outro dia não era porque ele tinha recém voltado do serviço, e sim para dormir ali. Poderia ao menos ter sido avisado!

— Bom dia, vejo que você tem a chave do apartamento do Izu – Fumikage falou da cozinha, desligando o fogão. — Perdão, mas você foi avisado do dia de hoje?

— Uhm? Não... – arqueou as sobrancelhas em dúvida.

— Certo, só evite perguntar então – e saiu, deixando um Kirishima confuso.

Eijiro não tinha entendido a pergunta, e muito menos entendido a mudança de humor do garoto. Não possuía intimidade para perguntar o que estava acontecendo, então apenas começou a fazer o próprio serviço.

Todavia, mais uma vez fora surpreendido naquele dia.

Tokoyami carregava Midoriya no colo; este estava com a cabeça baixa e parecia segurar com a força a camiseta do maior. Com cuidado, Izuku fora colocado no sofá, ainda com os cabelos cobrindo o rosto; viu Fumikage ir até a cozinha buscar uma sopa de vegetais; sabia que o pequeno odiava, então aquilo era... inusitado.

— Izu, eu quero que coma – ouviu um grunhido vindo de Midoriya que parecia ter começado a chorar. — Nós já conversamos sobre isso ontem.

— M-Mas, mas... – a voz era falha. Kirishima encarava toda a cena com surpresa.

— Coma e volte a dormir, ok? – sorriu e acariciou as mechas esverdeadas. — Você sabe que pode confiar em mim. Eu não vou sair daqui, está bem?

Izuku virou o rosto para Tokoyami que pegou um elástico e prendeu os cabelos do menor; conseguia ver o rosto inchado, os olhos vermelhos e as olheiras profundas, parecia que tinha virado a noite chorando. Comeu com calma em silêncio, logo após colocando o prato para o lado e se dirigindo até o próprio quarto e fechando a porta.

Eijiro ainda estava surpreso. Viu o de mechas escuras se levantar e suspirar triste; o que havia acontecido assim que foi embora? Midoriya parecia tão alegre e feliz. Parecia outra pessoa. Olhou para o outro homem presente no ambiente e viu que este o encarava.

— Nós precisamos conversar sobre Midoriya – avisou, baixo.

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