17- Loja de conveniência
Esqueço muito de att essa fic HUSAHASUSHA
[...]
Já fazia alguns dias desde que Midoriya e Kirishima haviam se mudado para o novo apartamento. Deku estava emburrado porque recém havia retornado do médico; ele foi tirar os pontos de sua testa e odiou cada segundo. Já Eijirou estava cozinhando, preparando alguns doces para agradar o ídolo emburrado.
— Izuku, que dia é a consulta com a Asui? – Kirishima perguntou, indo até a sala após colocar os biscoitos no forno.
Por causa da proximidade do casamento, Asui teve que mudar os horários da sua agenda apertada para resolver os assuntos do casório. Na verdade, Izuku era um dos poucos pacientes que ela estava atendendo por não querer interromper o tratamento de maneira alguma.
— Sexta-feira – Midoriya murmurou, jogando no tapete da sala enquanto mexia em seu smartphone.
— Certo – Sorriu, se sentando no sofá. O editor pegou seu notebook e começou a conferir os e-mails.
Em alguns dias, eles irão ter uma reunião com uma grande produtora de animes, junto à uma de produtos de animes para conversar, e se Izuku aceitar, assinar o contrato para produzir a adaptação de alguma light novel dele para a próxima temporada de animes. Obviamente Deku não demonstrava estar animado, porém, ele pretendia se esforçar, principalmente por ver que Ochaco e Eijirou queriam aquilo. Mais especificamente ao editor que mostrava um interesse descomunal por suas obras.
Midoriya largou o celular e observou Kirishima. Ele estava diferente de como sempre trabalhava: seu cabelo não está espetado para o alto, está para baixo e lixo. Ele está usando um conjunto de moletom cinza. Izuku o achava muito bonito daquele jeito.
— O que foi? – Eijirou deixou de dar atenção ao notebook e virou seu olhar ao escritor. — Precisa de algo?
— N-Não! – respondeu e logo se levantou. Izuku ficou com as bochechas coradas e foi em direção ao próprio quarto.
Agora que eles estavam vivendo juntos, os sentimentos de Midoriya tem começado a ficar mais claros para ele, mesmo ele não sabendo ao certo onde eles o levarão. Kirishima se sente, de forma, parecido, querendo estar cada vez mais próximo ao novelista, contudo, sem invadir seu espaço pessoal.
[...]
— Estou entediado! – Deku reclamou, batendo as mãos nas pernas e olhando irritado para Kirishima que assistia ao Masterchef.
— Quer fazer alguma coisa? – perguntou, imaginando se o menor gostaria de jogar algum de jogo.
— Não! – bufou, se deitando no sofá.
Deku ainda se sentia incomodado com a casa nova, não havia se adaptado totalmente a ela por ser grande. Por estar acompanhado de Kirishima, se sentia seguro. Mesmo degustando os biscoitos preparados pelo editor, o humor do escritor não melhorou, e isso só deixava Kirishima mais determinado em animá-lo. Foi então que ele teve uma ideia louca.
Midoriya havia reclamado que estava com saudade dos salgadinhos e doces que o amigo comprava perto da antiga casa.
E por conta disso, o editor acabou se lembrando que existia uma loja de conveniência que fica aberta por 24h perto do prédio. Se conseguisse levar Izuku para lá, ele poderia se animar com a variedade de doces e salgados, afinal, o mesmo não fica pesquisando sobre na internet e não vai em um mercado há anos, então sempre pede as mesmas coisas por não saber das diversidades.
Já era meia noite e 45 minutos, a está hora, a loja já deveria estar vazia, apenas com um funcionário no caixa, não teria momento mais perfeita para levar Izuku lá.
— Deku, vamos na loja de conveniência! – falou animado, surpreendendo o garoto.
— Hmmm? Cheirou cola, foi?
— Vai ser legal! Você vai adorar! Tem muitas guloseimas que você nunca provou! – disse sorrindo de orelha a orelha, deixando Izuku um tanto cativado a ir para fazer a felicidade do maior.
Porém ainda não era o suficiente para convencê-lo.
— Doces... Pera, é quase uma hora da manhã, não podemos sair essa hora – retrucou.
— A lojinha é 24h, o bairro é seguro e qualquer coisa a gente corre! – falou, fazendo Midoriya fechar a cara por ouvir a merda do plano de fuga do rapaz. — Eu estou brincando, Izuku, eu nunca te colocaria em perigo... Só acho que você iria gostar de conhecer o lugar... Ia se divertir.
Izuku se sentou no sofá e suspirou. Querendo ou não, Kirishima sempre pensa apenas em si e faz tudo para lhe agradar.
Midoriya amadureceu tanto nesses meses que quer fazer as coisas para agradar Eijirou; não que esteja sendo obrigado, mas realmente quer descobrir o mundo que o garoto tem a mostrá-lo e assim largar aos poucos as algemas que o prendem.
— Certo... Só vamos vestir roupas mais quentes, deve estar frio na fora – respondeu e foi para o quarto se trocar.
Kirishima sorriu plenamente feliz com a aceitação de Izuku. Eijirou estava determinado em mostrar todas as magias de uma loja de conveniência para Midoriya, e não existe melhor momento para isso do que agora.
Midoriya estava desconfortável com sua decisão.
Se já tinha medo de sair normalmente de casa, sair no meio da madrugada onde tudo estava silencioso e suspeito parecia pior. Até mesmo quando encarava um gato e via ele lhe encarar de volta, parecia coisa de novel de terror.
Só que ele queria e muito se socializar mais, não queria ficar preso o dia todo em casa, queria mostrar como ele poderia um dia voltar a andar na rua sozinho sem ficar em pânico e achar que poderia ser atacado. Para falar a verdade, as chances de ele realmente andar sozinho eram pequenas, mas ele poderia andar com alguém conhecido.
Assim que chegaram no mercado 24h, o menor ficou um tanto cego pela claridade, tudo estava tão escuro e aquele lugar parecia ser algum tipo de lugar divino para brilhar tanto assim. Quando se aproximou, viu a porta automática se abrir.
Sabia da existência daquele tipo de porta, só que nunca tinha visto uma pessoalmente já que na sua época boa, onde seu estado mental não era como atualmente, as portas dos locais ainda precisavam ser puxadas.
Estava se sentindo um E.T que nunca viu nada, contudo, era esse o fato na qual o novelista vivia, sentia que cada vez mais era deixado de lado vivendo em uma vida em outra dimensão, perdendo assim todas as coisas novas à sua volta na qual ele não estava vendo e convivendo.
De certa forma, mostrava para Midoriya o quanto aquilo era ruim. Não queria ficar perdendo coisas simples daquela maneira, sentia que assim um dia acabaria ficando tão para trás que seria esquecido. Ele queria mudar, precisava para sentir melhor consigo mesmo e rever coisas na qual ele só via por uma tela.
─ Pelo horário que é, talvez não tenha ninguém além dos funcionários... – o editor falou, chamando atenção do menor que sairá de seus pensamentos.
Ambos estavam de moletom, só que apenas Izuku estava com o conjunto na qual a blusa era maior, o deixando fofo por quase sumir dentro daquele enorme casaco. Eijirou estava um pouco apreensivo, mesmo sendo ele quem tinha tido a ideia, estava com medo de um possível surto do menor ao ver alguém estranho.
─ Esse lugar é enorme! – Izuku falou, vendo inúmeros corredores e coisas espalhadas na qual ele nem sabia para o que serviam, provavelmente coisas inúteis na qual acabávamos comprando sem motivo. ─ Onde tem doce?
─ Vem, eu vou te mostrar – falou, pegando um carrinho de supermercado, vendo o olhar do garoto brilhar olhando aquilo.
─ Quer entrar? Eu te empurro.
─ Eu posso? – abriu um sorriso enorme ao ouvir àquela fala. Aquilo lhe lembrava tanto sua infância quando sua mãe lhe empurrava pelo mercado. ─ Faz tanto tempo, eu era uma criança... Não tem problema?
─ Claro que não, aqui entre – segurou com mais força o carrinho para o escritor entrar, só que no momento que ele ia se mexer, viu Izuku retirar a blusa, fazendo sua camisa subir um pouco, deixando Kirishima um tanto confuso.
─ Meu Deus, não lembrava o quanto isso era desconfortável! Meu Senhor, que coisa horrível, isso dói – colocou a blusa embaixo de si. Se sujasse era só lavar. Queria andar no carrinho, só que não com dor. ─ Agora vamos, vamos!! Eu quero doces.
Eijirou riu da atitude do menor, vendo o quanto aquilo de alguma forma parecia ser bom para ele, talvez fosse uma memória feliz na qual ele estava se recordando. Via o olhar curioso do garoto sobre as coisas, devido aos constantes traumas muitas coisas foram perdidas na mente de Izuku, coisas que eram importantes ou até mesmo simples, como a aparência de um mercado.
─ AÍ, MEU DEUS! – gritou, fazendo o editor quase pular devido ao susto, achara que tinha batido em algo com o carrinho. ─ Aquilo são peixes mortos expostos?!
─ Sim, quer ver de perto? – perguntou, soltando um riso baixo ao ver o sorriso e o balançar da cabeça animado.
─ Isso fede! – reclamou, se levantando um pouco e ficando de joelhos em cima de seu moletom, enquanto ficava cutucando freneticamente o peixe a sua frente. ─ Gelado.... Estranho... Estranho demais.
─ Não cutuque o peixe – Kirishima podia até falar aquilo, só que ele já tinha cutucado inúmeros peixes quando pequeno.
─ Me obrigue – falou, agora cutucando um camarão e logo depois uma lula.
─ Se continuar tocando os peixes assim eu vou te tirar de dentro do carrinho – avisou, vendo o menor inflar as bochechas e soltar um resmungo irritado voltando a se sentar no carrinho. ─ Porra, tô parecendo minha mãe – murmurou, voltando a levar o carrinho.
Foi então que eles chegaram no corredor de doces junto com as bolachas, tinham deixando-o sendo duas estantes repletas de doces e guloseimas e no meio algumas prateleiras menores. Izuku praticamente estava babando, enquanto com muita dificuldade, quase caindo de tão eufórico, ele saiu do carrinho.
Kirishima acabou entrando em sua conta no Facebook, que tinha feito recentemente, já que tinha feito várias mídias sociais novas com o nome Red, para assim falar com os fãs caso algum deles quisesse. Então, simplesmente começou a filmar toda a animação do menor. Deixando assim ao vivo, para quem estivesse online pudesse ver, no caso todos os seguidores do Deku, já que todos seguiam o Red, afinal, era ele que mexia na página oficial do escritor e fazia, às vezes, o menor interagir no Facebook.
─ EU NÃO ACREDITO! EU FICO CHORANDO POR DOCE E VOCÊS FICAM MENTINDO PRA MIM: "Não tinha, Izuku" – resmungou enquanto praticamente tremia por não saber o que pegar primeiro.
─ Eu só queria dizer que não temos dinheiro pra todo o corredor, do lado tem cereal, caso queira – Kirishima falou, recebendo uma encarada por parte de Izuku. ─ E eu estou filmando, por favor, não faça nada que nos leve para à delegacia.
─ Porra, por que tá filmando, então? Eu não posso nem ter um momento de intimidade com a Passatempo? – o menor falou, mostrando a bolacha para o editor que apenas riu. ─ Tá rindo do quê, otário? Você que vai pagar.
─ Indiretamente é o seu dinheiro, mesmo sendo eu o pagante – riu alto, vendo o menor pegar uma quantidade completamente desnecessária de bolachas. ─ Não pegue tanto, tem validade as coisas, pegue o que vai comer só.
─ Eu vou comer, acha que não?! – colocou a mão sobre o peito, fingindo estar ofendido. ─ Vou fazer um estoque só de porcaria, assim quando o mundo acabar pelo ataque de insetos gigantes e radioativos, eu estarei no meu estoque...Comendo feito uma Uraraka.
─ Uma Uraraka? – franziu o cenho, confuso com a frase do rapaz.
─ Uma vadia gorda – falou como se fosse óbvio, assistindo o garoto explodir em risadas.
─ Meu Deus, ela vai ficar puta quando ficar sabendo disso! ─ balançou a cabeça, desacreditado no poder de lhe fazer rir do menor. Reparou no vídeo e na quantidade de comentários e curtidas.
Um funcionário do mercado escutou a bagunça, no caso os gritos de Izuku, e foi ver o que estava acontecendo. Vendo um vulto verde pegar várias coisas e jogar no carrinho, onde um garoto alto e risonho filmava tudo. Ele suspirou, odiando trabalhar naquele período, sempre aparecia pessoas estranhas.
─ Senhor, não pegue coisas na qual não vai ter como pagar. Depois sou eu que terei que colocar tudo no lugar... – falou desdenhoso, chamando atenção do menor que parecendo um gato arisco pulou e se escondeu atrás do maior, com um olhar de puro pânico e susto.
─ Calma, ele trabalha aqui... Ele não queria te assustar... – Eijirou falou rapidamente, tinha até mesmo parado de filmar o menor quando viu o olhar dele. ─ Eu estou aqui, então tudo bem... Confie em mim.
O menor balançou a cabeça, mas ainda sim olhou mais uma vez para o funcionário que estava um tanto confuso com a situação. Mesmo querendo pegar mais coisas, estava relutante com aquele homem lhe encarando, então segurou a camisa do editor, que acabou achando fofo o gesto mesmo sendo um momento um tanto indelicado.
─ Que tal irmos à parte onde tem Danone? Sabia que tem Danone de chocolate? – Tentou puxar assunto e fazer o menor se animar novamente.
─ CHOCOLATE? COMO ASSIM EXISTE DANONE DE CHOCOLATE? – Midoriya falou, eufórico novamente. ─ Eu... Eu achei que só existia aqueles ruins de salada de fruta que a maldita comprava.
─ Tem vários sabores de Danone e também tem outras coisas legais, vamos lá – falou vendo o menor animado novamente. ─ Não se preocupe, vamos comprar tudo que está no carrinho, só por favor... Não apareça de surpresa, se não for pedir muito é claro.
─ Não, tudo bem, eu vi como ele ficou – o funcionário respondeu compreensivo, reparando no menor que corria no corredor, procurando a sessão na qual o maior havia lhe falado. ─ Só não baguncem nada.
─ Pode deixar – sorriu e voltou a andar com o carrinho, já que o escritor parecia ter encontrado a sessão desejada.
No fim eles acabaram comprando tantas coisas que era simplesmente impossível carregar, então o funcionário falou que poderia entregar o restante da compra na casa, claro com um custo adicional pela entrega em domicílio.
Eijirou acabou por aceitar, pediu que Deku escolhesse uma quantidade na qual fosse possível para ambos carregarem enquanto o restante ele pediria para ser levado amanhã de tarde, já que era madrugada e o serviço só funcionava à tarde, e assim que passou os dados da residência saiu junto ao menor que andava alegremente com uma sacola de doces na mão.
─ Vamos, vamos... Eu quero comer os doces com você em casa – Deku sorriu inocente, todo contente por sua compra enquanto andava praticamente saltitante de tão eufórico.
Kirishima abriu um sorriso com aquilo, de fatoIzuku era uma pessoa na qual ele faria de tudo para proteger, não conseguiaaceitar que nada nesse mundo tirasse aquele sorriso puro e inocente de seurosto. Seu coração se enchia de afeto ao vê-lo assim, a sensação realmente eraboa e ele estava começando a se viciar nela.
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