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15 - Gesto de confiança


Os quatro passaram a noite toda na recepção do hospital. Tokoyami e Asui acabaram dormindo encostados um no outro, mas já acordaram e foram comprar algo na lanchonete do hospital. Uraraka ainda estava dormindo encostada em Kirishima que não cochilou em nenhum momento, ele só aproveitou os momentos que os outros haviam dormido para chorar, por conta do seu medo.

Sim, o editor estava com medo de Izuku nunca mais olhar em seus olhos, nunca mais sorrir para si ou simplesmente lhe pedir doces como sempre, ele temia que depois do que o viu fazer com o homem que o atacou.

Kirishima já viu uma vez um olhar aterrorizado como o de Midoriya na noite anterior. Quando estava no ensino médio ele salvou um garoto de delinquentes, batendo em todos até não sobrar nenhum de pé, mas o garoto não ficou nem um pouco grato, pelo contrário, ele sentiu medo de Kirishima por conta do sua força e olhar selvagem, então nunca o agradeceu, apenas se afastou e o evitou de todas as maneiras possíveis. E é isso que Eijiro acha que vai acontecer em relação a Izuku, afinal ele viu seu lado que jamais queria ter revelado para o esverdeado.

Eijirou também passou a madrugada pensando em como sentiu medo de perder Izuku no momento que o viu sendo atacado. Aquele medo foi tão grande que fez Kirishima perceber que não imaginava sua vida sem Deku, não imaginava mais seus dias sem ele para cuidar e não é por ele ser seu autor favorito, mas sim por quem ele é, seu jeito peculiar acabou conquistando o coração de Eijirou dia após dia, mesmo que ele não percebesse ou se negasse a aceitar tais sentimentos, ele não conseguia mais fazer isso pois tudo ficou claro para ele após o incidente. Aquilo só está corroendo Kirishima por dentro. Ele sempre esteve preparado para perder tudo por conta de como foi criado, contudo, não estava pronto para perder Midoriya Izuku.

— Senhorita Asui Tsuyu, o Midoriya Izuku acabou de acordar e queremos uma avaliação psicológica imediata – falou o médico se aproximando deles, fazendo Uraraka acordar na hora.

Tsuyu não disse nada, apenas se levantou e seguiu o médico até o quarto de Izuku. Nesse momento, Kirishima se levantou decidido a ir embora.

— Ei, Kirishima, onde você vai? – perguntou Tokoyami se pondo à frente do editor, ficando surpreso com o quão acabado ele estava.

Kirishima encarou as próximas mãos, que estavam enfaixadas de modo desajeitado pois ele se feriu por conta dos diversos socos que deu no agressor de Midoriya e acabou fazendo um curativo de qualquer jeito em si mesmo.

— É melhor eu não ficar aqui... Ele... Deve estar com medo de mim, não vai querer me ver – disse Kirishima com uma voz chorosa, mas não derramando uma lágrima sequer.

— Kirishima, o Izu não vai fazer isso, fique aqui e espere – avisou Tokoyami.

— Talvez você seja o primeiro que ele vá querer ver, afinal você o salvou... – Uraraka esfregou um dos olhos, sorrindo. — Seremos gratos eternamente a você por sempre cuidar dele, se não fosse por você... Coisas muito piores teriam acontecido.

Por fim, eles acabaram convencendo Eijirou a esperar junto a eles até Asui retornar.

Asui entrou vendo Midoriya sentado encarando a janela, o cabelo esverdeado balançava um pouco devido ao vento que entrava pela fresta da janela, ele tinha um olhar um tanto abatido, mas não estava em crise o que já era muito bom. A mulher se aproximou e se sentou na cama, fazendo com que isso chamasse a atenção do menor que lhe encarou.

─ Quando vou embora? – perguntou direto, ele odiava hospitais, tinha memorias horríveis da época que fora internado.

─ Logo mais. Está tudo bem? Algum lugar ainda dói? Gero – perguntou com um sorriso gentil ao amigo que negou com a cabeça.

─ Só um leve incômodo, mas nada que seja preocupante, eu só quero ir embora daqui, sabe como odeio esses lugares... brancos, arrumados demais, cheiro de remédio. Meu estômago embrulha só de ficar nessa sala – apertou os lençóis.

─ Izuku querido, logo mais vamos embora. Uraraka e meu marido estão vendo um novo lugar para você morar, um lugar mais seguro. Tudo bem? – falou segurando a mão do menor que lhe encarou um tanto nervoso.

─ Como assim mudar?! Por qual motivo eu tenho que mudar, minhas coisas... Minhas... Minhas – começou a respirar mais acelerado. Não gostava de mudanças repentinas, ainda mais quando ele não era avisado, muito menos consultado.

─ Querido se acalme, isso é para seu bem. Gero – segurou as duas mãos e faz um leve carinho ─ Sua casa já não é mais segura, suas coisas vão estar tudo na casa nova. Nada vai mudar, acredite em mim. As coisas vão continuar como estão, só que um espaço diferente. Gero.

─ O Kirishima também vai? – perguntou para a amiga que piscou os olhos surpresa pela pergunta e logo sorriu de maneira calma.

─ Oh, sim, ele vai também junto com você, vamos todos ajudar nessa mudança. Gero – falou feliz em ver que o pequeno não tinha ficado com pavor, já que até mesmo conseguia segurar suas mãos sem que o mesmo surtasse. Achou que devido ao incidente que havia presenciado ele teria algum tipo de sequela ou trauma, fazendo com que novamente ele rejeitasse contato e aproximação de qualquer pessoa, estava feliz por isso não ter acontecido. ─ Tem algo que queira me falar, sabe.... Sobre o que aconteceu... Gero.

─ Eu senti medo, muito medo – apertou com força, até um tanto em demasiado, as mãos da amiga. ─ Eu não consegui fazer nada, eu simplesmente travei. Eu...

─ Shhhh, está tudo bem Izuk ─ se aproximou mais da cama e encarou os olhos esmeraldas. ─ É normal em certas ocasiões ficarmos em pânico a ponto de não conseguirmos pensar ou agir de forma adequada, é completamente normal. Gero.

— Mas se eu tivesse feito alguma coisa, eu não estaria aqui no hospital – falou chateado fazendo com que a amiga soltasse suas mãos, já que estavam ficando um tanto doloridas.

─ Querido, não há motivos para se culpar pelo o que aconteceu, tudo acabou bem e jamais irá se repetir já que vamos encontrar um local seguro para que você possa morar, então não fique pensando muito nisso, sim? Eu já estou muito orgulhosa por isso não ter lhe afetado, se tivesse acontecido há uns meses atrás certamente você não estaria tão calmo e tranquilo como está agora. Gero – sorriu, fazendo o amigo piscar algumas vezes.

Midoriya ficou pensando sobre o assunto; de fato o acontecimento não tinha lhe afetado tanto quanto ele imaginava que iria..., ok que ele estava um tanto receoso novamente em confiar nas pessoas, só que ele não se sentia mal com alguém de confiança estando perto.

Aquilo era bom, não? Ele estava avançando e melhorando mesmo com esse incidente, ter feito com que ele voltasse à estaca zero para confiar em pessoas completamente estranhas, ele confiava mais e aceitava as que já estavam a mais tempo em seu tempo. Ele abriu um sorriso pequeno e encarou a amiga.

─ Eu quero falar com o Kirishima – falou convicto para Asui que concordou.

[...]

Fora da sala, Kirishima estava surtando, ele poderia ter um problema cardíaco a qualquer momento devido à demora. No fundo ele queria ir embora e tentar se esquecer de todos os acontecimentos ruins, só que algo em seu peito lhe impedia de realizar essa façanha, ele queria conversar com o menor e ver se o mesmo estava bem, era tão sufocante que ele já estava ficando louco.

Logo Asui saiu e retornou à sala de espera e parou na frente do editor.

— Kirishima, ele quer vê-lo – falou em seu tom de voz gentil.

Eijirou respirou fundo e se levantou, indo na direção do quarto do novelista. Ele bateu na porta e esperou a resposta de Izuku.

— Entre.

Eijirou entrou no quarto com a cabeça baixa, com medo de encarar o novelista. Ele fechou a porta e respirou profundamente mais uma vez, depois se virou e encarou Deku que estava lhe olhando carinhosamente como de costume e sorrindo como sempre ganha doce.

— Izuku... – começou a dizer Kirishima e se aproximou do menino, que obviamente estava um tanto abatido e desconfortável com o ambiente, porém preferia apenas focar em Kirishima no momento. — Me desculpe.

Ele se ajoelhou ao lado de Izuku e colocou suas mãos sobre o colchão da cama que Midoriya estava.

— Kirishima? – questionou sem entender o olhar de culpa e tristeza do maior.

— Você me viu fazer algo terrível... Viu um lado meu que eu não queria te mostrar, eu sei que te assustei e você era a última pessoa do mundo que eu queria que ficasse assim – confessou e lágrimas grossas começaram a escorrer dos seus olhos. — Eu deveria ter me controlado, deveria ter arrumado outro modo..., mas quando vi aquela cena, pensei que havia te perdido e perdi a noção de tudo a minha volta... – apertou as cobertas do ídolo que não disse nada, apenas o observou. — Depois quando você recobrou a consciência... Vi o quanto eu havia lhe aterrorizado, e me senti um monstro... Talvez eu seja assim. Eu vou entender, se você não quiser mais alguém como eu perto de você... Só peço que me perdoe.

Kirishima disse todas aquelas palavras olhando fixamente para os olhos intensos de Izuku, no entanto, assim que concluiu sua frase, abaixou a cabeça e soluçou, com medo da resposta do menor.

— Ei... Olhe pra mim, Eijirou – pediu Izuku tocando os cabelos ruivos de Kirishima com a ponta dos dedos, sentindo desconforto, mas era o que queria fazer. Imediatamente Kirishima encarou Midoriya e ele se forçou a pegar as mãos enfaixadas do maior. — Sim, eu fiquei com medo... Não posso negar, mas só foi aquela hora, afinal você é o Kirishima! Você sempre faz de tudo para me ver bem e feliz, conhece todos os meus melhores e piores lados, que são muitos, e ainda sim nunca desistiu de mim... Por que eu desistiria de você? Por que me afastaria? Você salvou minha vida, e tem feito isso desde que começou a cuidar de mim, me salvando da tristeza e solidão diariamente – Deku falou com as mãos trêmulas por conta do desconforto que estava sentindo ao segurar as mãos de Kirishima e lágrimas estavam escorrendo dos seus olhos assim como os do editor.

Kirishima não conseguia encontrar palavras para definir o que estava sentindo então tentou tirar suas mãos das de Izuku, por ver o nítido desconforto do mesmo, porém Midoriya não permitiu e as apertou um pouco mais. Aquilo surpreendeu Eijirou mais ainda, por conta do trauma da noite anterior, o escritor deveria estar ainda mais sensível ao contato físico, e ele está, porém essa é a única forma que ele vê dos seus sentimentos alcançarem seu editor.

— Izuku! – protestou Eijirou.

— Está tudo bem, Kirishima, eu quero sentir o seu calor... Espero que algum dia eu consiga progredir mais em meu tratamento... E tentar demonstrar minhas emoções com gestos assim, em vez de apenas com as palavras que escrevo – respondeu sorrindo e fungando. — Eu quero que você continue comigo, Kirishima Eijirou, quero que continue ao meu lado... Obrigado por sempre cuidar de mim.

Aquilo fez Kirishima chorar ainda mais, que também influenciou Izuku a derramar ainda mais lágrimas. Então Eijirou apertou gentilmente as mãos de Deku.

— Eu sempre vou cuidar de você, Izuku, agora mais do que nunca... Irei para onde for... ─ respondeu sorrindo, querendo abraçar o menor, infelizmente sabe que ele já está se esforçando ao máximo apenas para segurar suas mãos e um abraço é algo impensável no momento. — Prometo melhorar, ser mais útil e um bom editor... Quem sabe até mais.

O final da frase do menino saiu de sua boca sem ele pensar direito, porém Izuku não a interpretou bem. O escritor estava muito feliz, pensou que talvez o editor não quisesse mais ficar junto a si depois do ocorrido, a ideia de não ter ele mais junto todos os dias fez ele ficar apavorado, porém o medo todo sumiu assim que sentiu o calor de suas mãos grandes e fortes. O pequeno queria entender melhor seus sentimentos, mas sabe que isso virá com o tempo, sabe que não adianta querer se forçar a compreender tudo de uma vez, pois não irá dar bons resultados, igual à quando ele se força a escrever algo que não quer e sai algo horrível.

— Você já é um ótimo editor, meio estranho, mas ótimo... Meu estranho editor – sussurrou e soltou as mãos de Kirishima, secando o próprio rosto e se ajeitando em sua cama.

Eijirou corou um pouco e aproveitou para lavar o rosto no banheiro do quarto do menor, relembrando todas as palavras ditas por Izuku, lhe dando ainda mais força para seguir em frente. Quando retornou ao quarto viu o novelista dormindo e sorriu aliviado por ele estar bem. Depois Kirishima deixou o quarto para ver Uraraka e Tokoyami que observaram Midoriya dormiu alguns minutos depois voltaram ao seu trabalho de encontrar uma nova moradia para escritor.

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