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10 - Consulta



Suas mãos suavam e sua respiração estava pesada.

Sempre ficava assim quando estava perto de algum lugar que obtivesse algum médico, principalmente aqueles que tratavam dos problemas psicológicos das pessoas. Possuía um enorme trauma por conta de suas internações do passado, onde todos os profissionais lhe tratavam da pior maneira possível, como se fosse ridículo ele estar ali.

Por esse e outros motivos ele tinha medo de se tratar com Tsuyu. Tinha medo de perder a imagem que construiu da amiga durante anos. A mesma sempre fora bondosa e gentil consigo, sentia medo dela se tornar outro ser quando se tratava do trabalho.

Quando adentrou na sala, achou-a peculiar. Geralmente as salas que frequentava sempre possuía um divã e o grande estofado onde se deitava para falar dos problemas, só que ali eram pufes bem grandes, tendo só uma poltrona na frente de dois pufes, um tapete bem felpudo e uma mesa pequena de centro. Percebeu vários jogos e brinquedos em estantes, o que lhe chamou muito a atenção.

Sentada no tapete com um sorriso gentil e sapeca estava Tsuyu Asui, uma bela mulher de cabelos esverdeados que beiravam ao preto de tão escuros, olhos negros e um sorriso bem magnífico. A mesma tinha uma mania de sempre falar a palavra "gero" no final de cada frase; Midoriya achava aquilo fofo. Ela usava um terno na cor preta e possuía os cabelos amarrados em um coque.

— Que bom que você veio, Izu, eu fiz cookies para te receber – apontou para a bandeja sobre a mesa de centro. Izuku sorriu e foi até o pufe se sentar, logo sendo engolido pelo mesmo. — Como está? Ouvi dizer que você pegou um avião e deixou até mesmo o senhor Kirishima assustado, gero.

— É... eu e ele viajamos, mas não era minha intenção assustá-lo, quando eu vi já tinha feito isso. Confesso que odeio crianças, então se você tiver filhos, Asui, os treine antes de me apresentar – despejou tudo, fazendo a psicóloga rir.

— Eu sei um pouco sobre tudo, você sabe como eu sou uma fofoqueira de plantão, gero – sorriu ao ouvir o riso do escritor. Ela gostava de fazer sessões descontraídas e como tinha certa noção dos problemas de Midoriya e o conhecia para ter tal intimidade, ela conseguia se soltar mais e deixar o paciente mais à vontade também. — Fiquei sabendo que querem expor todo o seu corpinho em um evento. Creio que está nervoso com isso, gero.

— Ei, não fala assim – pediu envergonhado pegando um cookie. — Seria mais como uma convenção para mostrar ao mundo que eu sou um humano e não um hamster alienígena – colocou o biscoito na boca e agradeceu aos céus por ter uma amiga que sabia cozinhar. — Eu meio que resolvi aceitar e vir me tratar com você para não surtar no dia.

— Oh, sim. Compreendo. Lidar com pessoas não é fácil, eu mesma sofro todos os dias para pegar o metrô, gero – colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. — No entanto, pessoas que te amam vão estar contigo, não precisa se perguntar. Por ora, se alguém tentar lhe atacar, pode ter certeza que Ochaco irá atacar. Eu... tenho medo dela, gero.

— Eu realmente a imagino fazendo isso – riu —, mas ainda fico assustado. Uraraka falou que seria uma boa ideia eu dizer sobre meus problemas pra todo mundo saber antes de chegar no evento, afinal, assim me pouparia de contato físico – explicou coçando seu braço direito e fazendo uma expressão estranha.

— Izu, isso não é de todo mal. Sabe, muitas pessoas têm problemas pelo mundo a fora, sabia que muitos pacientes que vêm até mim falam de suas obras, gero? – Izuku a olhou, espantado. — Elas os fascinam e os fazem se esquecer de seus problemas. Sei que usa sua escrita como forma de terapia mesmo sem perceber, coloca seus sentimentos de uma forma que muitas pessoas ficam entretidas e se esquecem de seus males. Gero.

— Eu... eu não fazia ideia de que minha escrita ajuda tantas pessoas... – balançou a cabeça, tentando retirar a cara de tacho que se formara.

— Sabe eu acho que caso você realmente mostre pro mundo seus maiores defeitos, muitas pessoas que são iguais a você vão ver que tem como dar a volta por cima, achar um escape para relaxar e não pensar em coisas negativas. Você é um exemplo, Midoriya. Sei que mesmo com todos seus problemas, você ainda luta e se esforça para não ter recaídas, gero – sorriu gentil.

— Eu gosto muito de escrever, sempre usei a escrita para fugir dos meus problemas e dores... Nunca imaginei que com ela eu poderia ajudar outras pessoas iguais a mim – devolveu o sorriso, só que este mais aberto. — Quando Kirishima me falou que tinha sido salvo por minhas estórias, eu fiquei muito feliz... Nunca pensei que alguém como eu poderia ajudar alguém com problemas. Eu quero ajudar mais pessoas, quero tirá-las da escuridão que eu estou.

— É muito bonito isso da sua parte, vejo que Kirishima teve uma grande influência em ti, pois não imaginaria você falando esse tipo de coisa há alguns meses atrás – pegou um cookie e começou a passar as unhas pelas gotas de chocolate. — Acho que você ter visto pessoalmente que salvou alguém lhe impactou e te deixou com uma vontade maior de melhorar. Entendo que é difícil a mudança, só que sempre estaremos aqui para lhe ajudar, gero.

— Você acha que eu poderia, além da escrita, arrumar outro jeito para melhorar? Eu ainda tenho crises demais, mesmo que Kirishima me ajude na maioria ou até mesmo o Fumi, eu ainda me sinto ruim – suspirou abalado.

— Hmm, o que acha de conversar com novas pessoas pela internet? Fiquei sabendo que Uraraka quer que você crie um perfil, então faça em alguma mídia e use o mesmo como diário, poderia lhe fazer bem, gero – sugeriu.

— Como assim diário? E não é perigoso conversar com pessoas estranhas na internet? – perguntou preocupado.

— Kirishima estaria com você para impedir que pessoas estranhas e perigosas se aproximassem. Um diário seria contando seus problemas e seu dia a dia para as pessoas, respondendo seres que possuem os mesmos medos e problemas que você e quem sabe até mesmo incentivando novos artistas. Sabe, no Instagram e no Tumblr existe várias imagens de pessoas que retratam seus personagens, aposto que você iria adorar o trabalho deles, posso passar os contatos se quiser depois, gero – falou vendo o brilho se formar no rosto do novelista. — Infelizmente nosso tempo acabou, só que semana que vem podemos voltar à conversa, o que me diz? Gero.

— Nossa, já? – ficou surpreso. Nem notara o tempo passando; estava se sentindo bem ao conversar com a mulher; nem parecia uma sessão de terapia. — Sim, eu voltarei semana que vem! – avisou, vendo o sorriso animado da amiga.

Após sair da sala de Asui, Eijirou ficou surpreso e feliz por ver que Izuku estava mais animado do que quando entrou; estava bastante preocupado e com medo do ídolo sair mal da sala, porém, seu coração se aqueceu ao ver que estava tudo bem. Depois de levar Midoriya para casa, eles ficaram trabalhando o resto do dia em tudo que precisavam para preparar o evento.

[...]

Dois dias depois, Ochaco e Eijirou arrastaram Midoriya para um shopping para cortar os cabelos e comprar roupas novas.

Mesmo não estando feliz com aquilo, ele foi subornado com sorvete, um sorvete que só vende no shopping, de melancia com melão. Era um sabor um tanto diferente, mas o menor parece gostar e sempre fez Tokoyami comprar para si.

— O que acha de a gente ir no salão primeiro? – sugeriu Uraraka. — Que tipo de corte tu quer?

— Eu só quero encurtar – murmurou andando lentamente atrás dos outros dois.

— Bora lá então – ela sorriu.

Kirishima andava devagar para acompanhar Izuku, que lhe agradecia mentalmente por isso. Logo eles chegaram ao cabeleireiro e demorou um pouco, pois Deku ficou extremamente tenso enquanto o cabeleireiro cuidava de suas mechas. Contudo, quando terminou, ele estava sentindo a cabeça até mais leve. Seu cabelo estava curto, porém, a franja continuava um pouco longa, não tanto quanto antes.

— Ficou ótimo! Como se sente? – perguntou Eijirou, animado.

— Hm... Não foi tão ruim. Onde vamos agora? – perguntou colocando o capuz de sua blusa na própria cabeça.

— Que tal comprarmos algumas roupas? – o editor sugeriu.

— Tem muitas lojas aqui, você pode escolher o que quiser – Uraraka sorriu com o progresso que estavam fazendo.

— Certo... – disse olhando para todos os lados, apreensivo, mas depois olhou para Kirishima, que parecia pronto para ajudá-lo no que precisasse e se sentiu mais confiante em continuar.

Eles começaram a vasculhar o shopping, até que uma certa loja chamou a atenção de Midoriya. Uma loja de roupas tradicionais. Seus olhos brilharam ao ver kimonos de todas as cores e estampas, e imaginou que devia ser mais confortável que suas roupas habituais, pelo menos para ficar em casa. O escritor entrou na loja por conta própria, surpreendendo Uraraka e Eijirou, contudo, ele ficou totalmente desanimado ao saber que teria que experimentar antes de comprar.

— Eu detesto experimentar roupas! – reclamou para Kirishima com as bochechas infladas.

O editor manteve sua expressão sorridente costumeira, contudo, por dentro ele estava tendo um ataque com a fofura de Midoriya, querendo abraçá-lo e apertar suas bochechas.

— É pra garantir que não vão precisar de ajustes, pode se trocar no provador – instruiu. — Estarei aqui caso precise da minha ajuda.

Deku pegou um dos kimonos e entrou no provador. Uraraka aproveitou para procurar umas coisas para ela e avisou que voltava em meia hora. Eijirou conferiu seu celular e respondeu uma mensagem de Tokoyami, que perguntou como Midoriya estava. O rapaz informou que estava tudo ocorrendo melhor do que o planejado, e estava tão distraído que não percebeu quando Izuku saiu do provador.

— Kirishima – chamou baixo.

O maior o encarou e seu queixo quase caiu. O kimono preto ficara perfeito nele, e está perfeitamente arrumado, algo que ficou na dúvida se ele conseguiria fazer. Deku não sabia porque estava envergonhado com o olhar do editor sobre si, afinal, nunca sentiu vergonha de Tokoyami nem de Ochaco. O coração de Eijirou martelava em seu peito; pensava nunca ter visto algo tão bonito quanto Izuku naquele momento. Se levantou para observar o rapaz de todos os ângulos possíveis.

— Ficou perfeito em você, Deku!! – sorriu caloroso, fazendo o coração do menor disparar, o deixando confuso com aquela sensação, mas concluiu que devia ser por conta de estar em um lugar diferente do habitual ou coisa do tipo.

— Uau, ficou ótimo Deku, quantos você quer? – Ochaco falou, assustando Eijirou por chegar antes do previsto.

— Uns quinze, de cores diferentes, cores escuras de preferência – pediu.

— Certo, vou conversar com o atendente – avisou.

Izuku só precisou experimentar mais dois modelos de kimono e até mesmo escolheu algumas yukata, ficando bem satisfeito com suas compras que só seriam pegas por eles quando fossem embora para não terem que andar com diversas sacolas.

Eles entraram em uma loja de roupas comuns e Midoriya escolheu algumas blusas de moletom, alguns números maiores que o dele, para que ficassem largos e confortáveis. Mesmo Uraraka insistindo para ele pegar algumas roupas mais sociais, no fim, aceitou levá-las, pois ele disse que as usararia apenas em casa, contudo, obviamente ele iria querer usar sempre para sair, pois já que é para se incomodar tendo que sair de casa, que seja com roupas confortáveis pelo menos.

Kirishima ajudou a escolher algumas camisetas e se surpreenderam ao encontrar algumas com estampadas das personagens das novels de Izuku, o deixando feliz e até mesmo viu algumas pessoas comprando as camisetas. Antes de irem pegar os kimonos para irem embora, eles passaram pela livraria do shopping e Midoriya viu uma sessão enorme só com suas histórias, fazendo seu peito aquecer e seu orgulho inflar. Kirishima percebeu seu olhar e sorriu junto.

— Você é tão incrível, Deku, isso só mostra o quanto as pessoas admiram seu trabalho e estão torcendo para você sempre lançar obras tão boas quanto as antigas – o editor falou observando as diversas pessoas em volta da sessão dedicada aos trabalhos do menor, se lembrando de quantas vezes ficava indo às lojas à procura das novels mais novas e até mesmo das mais antigas de Izuku. — Meu desejo é sempre estar ao seu lado, para acompanhar todo seu desenvolvimento.

O tom de voz do maior fez Izuku se arrepiar por um instante. Ele sorriu para Eijirou, mas não quis falar nada, pois Uraraka estava olhando para ambos com um sorriso malicioso nos lábios. Depois os três pegaram o que precisavam e foram embora, afinal, ainda faltava algumas coisas para se fazer antes do evento que iria ocorrer em pouco tempo.

[...]

O dia da entrevista era coincidentemente quando teria sua segunda sessão com Asui.

Ele foi com Kirishima pela manhã, reclamando do trânsito durante o trajeto e fazendo comentários irônicos sobre tudo que era possível, fazendo o companheiro rir. A sessão foi como a primeira, Asui também deu algumas dicas de como ele se manter calmo durante a entrevista e lhe encorajou a continuar se esforçando. Desta vez ela levou o escritor até a porta e encarou Kirishima que já estava a sua espera.

— Sr. Kirishima, poderia falar com você, gero? – pediu ela com um sorriso gentil no rosto.

— Ah, claro – respondeu um tanto curioso. — Você espera aqui?

— Sim, sem problemas – Deku disse se sentando em um dos sofás da recepção.

Eijirou entrou na sala e se surpreendeu com a quão acolhedora era, muito diferente das salas dos psicólogos que já frequentou.

— Então, Sr. Kirishima, gero – chamou a atenção.

— Pode me chamar só de Kirishima, não precisa dessa formalidade – sorriu.

Ela correspondeu ao sorriso e o encarou.

— Vou direto ao ponto: quero que você fique bem atento ao comportamento do Izu, mais do que você já fica, durante essa semana, na próxima sessão eu gostaria que você me contasse como ele reagiu após a entrevista, em relação às redes sociais e ter contato com os fãs virtualmente – pediu. — Fique atento a qualquer coisa que possa desestabilizar ele ou desencorajá-lo e me avise, gero.

— Prometo que darei o meu melhor.

— Então, nos vemos semana que vem, cuide bem dele, por favor, gero – disse Tsuyu.

— Cuidarei – respondeu e saiu de lá, encontrando Midoriya com uma expressão de tédio no rosto.

Aquela conversa não durou nem cinco minutos, porém, foi o suficiente para fazer Midoriya morrer de tédio. Ele não perguntou nada para Kirishima, apenas se concentrou em não surtar devido ao nervosismo por conta da entrevista que teria em menos de duas horas.

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