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Capítulo 8 Ano 2010

Você nunca ficará sozinha
De agora em diante
Se você quiser deixar tudo ir
Eu não te deixarei cair
Você nunca ficará sozinha
Eu te abraçarei até a dor passar.
Never gonna be alone
Nickelback

Desci as escadas rapidamente, não sabendo como eu consegui fazer aquele feito sem quebrar o meu pescoço, mas minha raiva era tanta que nem parei para pensar em meu bem estar. Só queria chegar logo ao meu destino e saber o que aquele garoto queria comigo.

Quando cheguei na sala vi Murilo de costas e olhando para um porta retratos que havia na estante. Aquela foto era a que eu mais gostava. A de toda minha família reunida em volta de uma árvore de Natal para a entrega de presentes.

Antes nós tínhamos o costume de fazer aquilo, era uma regra na nossa casa. Sentávamos em volta da árvore e ficávamos falando as características do presente. Advinhar era difícil, mas quando acontecia já dava para saber quem era o dono do presente. Era maravilhoso e meu irmão Ian era o melhor naquele jogo.

— Posso saber o que faz aqui? — Ele se virou e colocou o porta retrato com todo o cuidado onde estava.

— Vim lhe trazer a matéria. Eleanor me pediu. — Ele retirou um caderno cheio de ursinhos cor de rosa e estendeu para mim. Ignorei e decidi começar meu interrogatório.

— Como Ellie sabe onde moro?

— Ela não sabia, mas pensou que fossemos amigos. — Andei de um lado para outro para tentar conter minha raiva crescente.

Raiva de Ellie por ser intrometida e legal por pensar em me entregar a matéria que eu iria perder. Era uma gama de sentimentos conflitantes que eu estava sentindo, tudo ao mesmo tempo. E sentia aquilo por Murilo também, por estar sendo tão simpático.

Mesmo com minha carranca e voz irritada, sua expressão continuava serena, como se estivesse falando com um animal ferido.

— Por que diabos ela acharia isso?

— Porque eu fui te procurar na biblioteca, ela deve ter entendido isso. Não sou muito de conversar com novatos e ela deve ter deduzido que somos amigos. — Deu de ombros como se fosse normal o que estivesse dizendo.

— Mas não somos amigos. Tudo foi coincidência. — Eu queria muito perguntar o porquê dele abrir uma exceção comigo e ser tão simpático, mas tinha medo de sua resposta.

Ele poderia estar brincando comigo para depois fazer piada de mim. Eu sempre pensava e esperava o pior das pessoas e tinha motivo para aquilo. Mas tudo indicava cada vez mais que não era o caso. Então aquilo me levava a outra teoria. Pena.

— Bom nem tudo. — Ele passou a mão por sua nuca encabulado. — Eu te acho intrigante, peculiar, diferente. — Levantei a mão o parando.

— Se seu intuito era me elogiar não está conseguindo.

— Ser diferente não é ruim Isadora.

— Para mim é. Pessoas fizeram com que eu achasse isso.

Ele se aproximou e entregou o caderno em minhas mãos, causando um pequeno toque com a ponta de nossos dedos. Um arrepio que começou ali percorreu por todo meu corpo.

— Então somos iguais porque eu também me acho diferente. — Juntei as sobrancelhas confusa.

— Isso é dificil de acreditar.

— Se você não ficasse tentando achar alguma coisa que me incrimine e tentasse deixar com que eu lhe mostre iria ser mais fácil.

Eu não acreditava naquilo. Tudo parecia fácil demais, como eu poderia confiar? E por que ele queria tanto mostrar aquilo para mim? Não fazia sentido e eu ficava cada vez mais confusa.

— Não consigo. — Suspirei cansada.

— Todos precisam de amigos.

— E sua namorada do mal? — Eu não me importava de tentar ser amiga de Murilo o que me deixava com vontade de vomitar era a namorada dele que iria interpretar tudo errado.

— Ela não precisa saber. O mundo de Belle é diferente do meu e isso às vezes me sufoca. — Eu não queria confiar, mas algo me incitava.

Tinha que admitir que a companhia dele me fazia muito bem, fazia as vozes na minha mente sumirem e meu ponto de foco mudar, mas suas palavras me deixavam com aquela pinta de dúvida. Murilo era bom na conversa, era fato.

— Nunca pensei que o menino bonito estaria aqui conversando comigo.— Dei uma risada sarcástica e ele me acompanhou.

— Você fica bem sem todo aquele treco em seu rosto. A maquiagem esconde a sua verdadeira beleza. — Meu riso morreu e fechei meu rosto.

— Pode parando hein.

— Desculpe.

— Você ainda não me respondeu como sabe onde moro. Devo achar que você é um perseguidor? — Levantei a sobrancelha em deboche.

— Não sou. Eu moro na sua rua. Se parasse de se esconder saberia, assim como eu soube. — Aquilo me deixou em choque.

Eu não estava acreditando que Murilo era meu vizinho. Eu estava tentando evitar tudo aquilo, mas o destino e os acontecimentos estavam contribuindo para que ele se aproximasse cada vez mais de mim.
Eu poderia evitar, mas estava permitindo que ele ficasse mais perto de mim.

— Eu devo ser muito azarada.

— Eu acho que você tem muita sorte. O menino bonito é seu vizinho.

— Não estou achando graça. — Arranquei o caderno de suas mãos e joguei no sofá com raiva.

— Para de ser durona Isadora. Que tal se eu te levar para um lugar legal, para você conhecer a cidade?

— Não estou interesseda.— Falei rápido demais.

Um lado meu queria, mas outro só tentava me resguardar. Fazer aquilo seria abrir brecha para Murilo entrar na minha vida e aquilo implicava muita coisa que eu não estava pronta.

— Vai ser legal. Não gosta de aventuras? Não sou esse mauricinho que você pinta não Isadora. — Revirei os olhos e fui para a porta a abrindo.

— Vá embora Murilo. — Ele me deu um sorriso esplendoroso e obedeceu.

Mas antes que eu fechasse ele colocou o pé na porta impedindo que eu o fizesse.

— Vou passar aqui às onze da noite. — Ele retirou o pé e fechei a porta.

Encostei meu corpo nela e pela primeira vez um sorriso sincero despontou em meus lábios.

Deveria aceitar ou não?

As horas passaram como um borrão para mim, mesmo eu estando em casa no mais completo tédio, o dia voou.

Aquilo estava me deixando apreensiva e nervosa, pois significava que eu tinha que tomar uma decisão. Murilo estaria chegando dali a vinte minutos e eu tinha duas opções: deixá-lo plantado ou me deixar levar e ver no que ia dar.

A situação não era boa e ambas as opções me pareciam ruins. Não que eu tivesse pena de deixar Murilo plantado no meu portão, eu não via problema algum, mas aquilo poderia resultar em represálias, como por exemplo ele bater no portão da minha casa.

Eu não poderia aceitar aquilo, era o cúmulo e abriria precendentes para que Belle surtasse ainda mais se caso descobrisse. Revirei os olhos para meus pensamentos idiotas, ela já sentia um ódio gratuito por mim, nada que eu fizesse poderia piorar.

Eu não tinha interesse nenhum em Murilo, mas confessava que estava curiosa para onde ele iria me levar. Aquela cidade era um ovo, que lugar seria tão interessante para me chamar a atenção? Na breve viagem de carro eu vi pouco, mas a cidade patética não parecia ter nada de impressionante.

Balancei a cabeça e me neguei a continuar formando teorias. Eu não iria, estava resolvido. Quando ele chegasse eu iria ignorá-lo deliberadamente. O deixaria me esperando e que se dane as consequências.

Me deitei na cama e fitei o teto iluminado apenas por adesivos de caveira que brilhavam no escuro. Todo corredor se encontrava na mesma situação e amaldiçoei minha mãe pela milésima vez por ter retirado minha porta. Só queria entender como ela fez aquilo tão rápido.

Um barulhinho irritante se fez presente naquele ambiente silencioso. Olhei para todo o quarto a procura da origem e por alguns segundos não obtive resposta. Dei de ombros e resolvi ignorar, só que mais uma vez o barulhinho se fez presente, mas daquela vez eu pude saber de onde vinha. Era da janela.

Me levantei da cama e caminhei até lá, abri as cortinas e vi Murilo no meu quintal. Um sorriso enorme enfeitava seus lábios e ele estava com uma pequena pedra em mãos, se preparando para atirar em minha janela de novo se fosse necessário.

Como ele ousava fazer aquilo? Eu estava disposta a ignorá-lo, será que não se mancava?

Abri a janela e olhei para ambos os lados, com medo de que aquele simples barulho acordasse a todos.

— O que pensa que está fazendo? — Falei alto o suficiente para que apenas ele me escutasse.

— Fiquei lhe esperando por dez minutos no carro, então presumi que você ia me dar um bolo. — Deu de ombros e continuou. — Então vim até aqui para lhe buscar.

— Se eu não fui é porque não estou interessada, por que você é tão insistente? — Raiva coloria meu tom de voz.

— Se não descer eu vou começar a gritar seu nome em voz alta.

— Não ousaria...

— Isadora desça por favor. — Sua voz aumentou alguns tons e era possível ouvir o cachorro do vizinho latindo com aquele barulho.

— Mas que inferno. Tudo bem idiota, eu vou descer. — Fechei a janela e me olhei no espelho com a ajuda da luz da lua entrando pela minha janela.

Não me importava com minha aparência, mas um sentimento de vergonha me incitava a pelo menos olhar o meu estado. Não queria que Murilo me visse no modo desleixado como viu mais cedo. Eu estava me tornando contraditória quando Murilo estava em pauta, o que era ridículo.

Balancei a cabeça para minha cara amassada pelo travesseiro, blusa de um ombro só preta que deixava um pequeno feixe de pele a mostra e um par de shorts que mal cobria o meu bumbum.

Eu estava com roupas de ficar em casa, mas aquilo ultrapassava o limite do indecente para sair. Como eu era estúpida. Eu não era a síntese da beleza e Murilo tinha a Belle.
Não me leve a mal, um garoto bonito como Murilo que tinha uma namorada perfeita e linda nunca iria olhar para mim, uma garota esquisita e cheia de bagagem.

Eu era muito iludida de pensar que minha imagem contava naquele momento. Eu nem sabia o porquê dele estar saindo comigo, na certa era para tirar onda com a minha cara ou para provar algo para si mesmo. Uma experiência.
Eu tinha que pagar para ver no que ia dar. Era um preço alto para mim e esperava que nada de ruim saísse por conta da minha decisão.

Deixei aquilo de lado e saí do quarto de encontro ao desconhecido. Naquele momento, eu tinha que arrsicar.

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