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Capítulo 29 - Ano 2010

Então me deixe te dizer que sua chance passou e você sabe que é um pouco tarde demais um pouco errado demais e eu não posso esperar
Garoto, você sabe dizer as coisas certas. Você sabe que é tarde demais.
Diz que sonha com meu rosto, mas você não gosta de mim e sim da conquista e para dizer a verdade isso nem importa mais, você sabe que é um pouco tarde demais.
Too little too late
Jojo

Acordei com os raios solares batendo em meu rosto. A claridade era insana e amaldiçoei desde o início daquele maldito dia até a minha aceitação de ter vindo para aquele local.
Por um lado eu odiava a mim mesma por ter aceitado aquela idéia, uma parte de mim querendo ficar na ignorância, mas a outra, a racional, dizia que aquilo serviu para me abrir os olhos.

— Como está se sentindo? — Ellie questionou. Me virei e a vi sentada na posição de lótus, um olhar carinhoso em seu rosto repleto de sardas.

— Péssima. — Falei sincera. Minha cabeça doía pelas poucas horas de sono que tive e mais uma vez me xinguei mentalmente por não ter levado meus remédios.
Naquele momento me dei conta do quão sério era o meu estado, para sentir falta dos remédios eu realmente não estava bem.

— O que pretende fazer?

— Eu vou viajar com tia Millie. — Os olhos de Ellie se arregalaram surpresos.

— Isa... — Seu olhar suplicante me dava pena, mas eu não poderia fazer nada.

Iria sentir falta de Ellie, mas não iria aguentar olhar para Murilo. Já teria que fazer um esforço hercúleo para aturar mais dois dias de viagem em sua presença.
O evitar seria o mais difícil pois meu coração ainda o amava.

— Não há jeito Ellie.

— Há sim. Você pode continuar o plano e ir para o Rio de Janeiro. Eu posso ir com você estudará lá. — As lágrimas já brotavam nos olhos verdes de Ellie e fui tomada por uma vontade repentina de a abraçar e foi o que fiz.

— Por favor Ellie. Não torne isso mais difícil do que já está sendo. — Me afastei por centímetros para olhar para seu rosto, mas ainda mantendo uma boa aproximação. — Vamos sempre nos comunicar e prometo retornar. — Naquele momento eu já não fazia questão de esconder que ela me faria falta.

Ellie foi a única pessoa verdadeira comigo em muito tempo. A única que eu fazia questão de lembrar sempre. A única que valia a pena naquela cidade fodida.
Minha melhor amiga ali.
Ela e Nicole não poderiam ser esquecidas assim e aquela promessa de voltar era verdadeira.

O professor nos deixou livres naquele dia para fazermos o que tivéssemos vontade.
Eu e Ellie optamos por conhecer a tal trilha que minha amiga havia pesquisado. Por mais que eu odiasse andar por um caminho cheio de mato eu precisava daquela distração no momento.
Minha cabeça estava cheia e doendo, parecia que eu havia bebido todas na noite passada e estivesse sofrendo de uma bruta ressaca.
Só que diferente de uma bebida comum a minha tinha nome: Murilo.

Quando ele nos viu tentou se aproximar de mim, me abraçou e beijou minha testa. Tentei parecer o mais neutra possível e devo dizer que consegui interpretar o meu papel relativamente bem. Consegui er uma bela atriz, mas quando ele pediu para ir conosco eu neguei.

— Você foi muito fria ao não dar nenhum tipo de reação ao ver Murilo. Eu não conseguiria agir assim. — Ela comentou comigo após um tempo.

— Não preciso de uma atenção desnecessária. Quando voltarmos para Prazeres resolverei. — Disse sem emoção alguma na voz.

— Pretende fazer algo com ele?

— Não. Só comunicarei que sei de tudo e irei embora, mas preciso saber com tia Millie o dia certo. — Ellie assentiu e se concentrou em desviar de uma pedra enorme que havia no caminho.

— Irá para o baile?

— Isso é óbvio. Será lá que o comunicarei. — Antes de tudo eu pensava em não ir àquele maldito baile, mas as circunstâncias mudaram juntamente com meus pensamentos.

— Pretende evitar Murilo por dias?

— Sim. — Falei sucinta. Minha sorte havia sido que não precisava mais ir a escola. Um golpe de sorte. As aulas e provas haviam acabado portanto não havia necessidade de ver a cara de pau dele.

— Pois eu acho que ele não irá facilitar para você. — Eu tinha conhecimento daquilo, mas eu tinha um plano.

— Relaxa. Não precisarei ver Murilo desnecessariamente. — Ellie assentiu e quando demos conta havíamos terminado a trilha e chegado no local.

A cachoeira era linda, com a água clarinha e diversas pedras enormes.
Me sentei em uma delas, tomando o cuidado para não escorregar em nenhuma, e olhei para o céu tendo que colocar a mão nos olhos para os proteger dos raios solares.
Escutei Ellie se acomodando ao meu lado e a olhei com um sorriso sincero pintando meus lábios.

— Só quero que saiba que nunca vou te esquecer para onde for vamos continuar nos falando. — Soltei do nada.

— Por que diz isso? — Ela parecia confusa e não tirava sua razão dado ao meu comportamento volátil.

— Por que você é a única que fez minha estadia em Prazeres valer a pena. — Ela sorriu e me abraçou.
Ainda não gostava de abraços, mas aprendi que em alguns casos eles eram necessários.

A volta para cada foi muito estranha e era esquisito eu mencionar aquele fato. Logo eu, a rainha do comportamento estranho.
Me sentei ao lado de Ellie e o tempo todo Murilo me questionava o porquê de eu não querer estar perto dele, de nem ao menos nem falar com ele.
O ignorei o tempo todo chegando ao ponto de colocar meus fones de ouvido para abafar sua voz que antes me deixava caindo de amores, mas naquele momento me dava asco.

Quando desci do ônibus e fui até o professor para pegar minha mochila tive uma surpresa ao me virar e olhar para seu rosto confuso para mim.
Ter aqueles olhos me encarando me dava vontade de chorar pois por um grande tempo eu acreditei que ele sentia o mesmo que eu.

— O que há com você Isa? Tem me evitado e parece que desistiu da idéia de fugimos. — Tive vontade de gritar, xingar, de bater nele, mas procurei manter minha expressão o mais neutra possível.

— Não é nada Murilo. Só não estou dormindo muito bem.

— Sei que não é só isso. Me fale. — Ele pegou em minhas mãos e senti minba pele arder com o contato. O toque que antes me fazia bem naquele momento me machucava.

— Só preciso ir para casa. Julie não está bem. — Seus olhos se arregalaram como se realmente ele se importasse com algo a ver comigo. Quase acreditei. Quase.

— É grave? — Neguei com a cabeça e me desvencilhei de seu toque.

— Só preciso ir.

— Mas, e nosso plano?

— Vai dar certo. — Falei e segui meu rumo para casa tentando ignorar o semblante triste que havia em seu belo rosto.


Os dias se passaram como um borrão. Via o dia se transformando em noite, nem mesmo noção de tempo eu tinha de tanto que fiquei trancafiada em meu quarto.
Minha mãe vinha me ver e pude sentir o qual preocupada ela estava. Eu não conseguia comer direito e nem ao menos dormir.
Fora que ignorar as pedrinhas em minha janela haviam ficado cada vez mais difíceis.

Murilo era persistente e o deixar lá fora sem notícias minhas estavam se tornando uma provação.
Dei ordens expressas para minha mãe e tia Millie não o deixarem entrar e ameacei Julie a não se deixar levar pela boa lábia do menino bonito.

Meus lábios se retorceram ao lembrar da expressão exultante que tia Millie portava quando dei a noticia de que iria para Nova Yorque com ela. Vitória, aquela era a palavra que a resumia.

Me levantei de minha cama e fui até o espelho que havia no meu quarto. Espalmei as duas mãos nele e me aproximei bem devagar do vidro para me analisar bem de perto.
Olheiras profundas estavam bem destacadas. Meu rosto pálido entrava em contraste com elas.
Meu cabelo sem brilho já teve dias melhores e minha expressão de sofrimento completava o pacote cadavérico de meu ser. Aquilo ali refletido no espelho era só o que havia restado depois de muito sofrer.
Eu já não tinha forças para nada e odiava escutar das pessoas que eu tinha que ser forte, que aguentar que tudo iria passar.
Nada iria passar e eu sabia daquilo. Sempre teria aquela mancha em meu coração, a dor da mágoa que Murilo havia marcado em mim.
Mas o último sacrifício eu faria. Me reergueria para dar o golpe final em Murilo, o machucar tanto quanto ele havia me machucado.

Saí da frente do espelho, já não aguentando mais olhar meu reflexo destruído, e fui direto para um pequeno calendário que ficava posicionado em cima de minha escrivaninha.
Faltava pouco para as festas de fim de ano, faltava pouco para o baile dos formandos.
Pegquei um piloto preto e fiz um X enorme no dia em específico do baile. Logo em seguida desenhei uma caveira ao lado dele. Um símbolo da morte do meu amor, ao qual nunca deveria ter existido.
Não seria fácil, mas aquele amor seria morto pela sua portadora.
Nada melhor do que eu mesma para destruir meu último elo com Murilo.

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