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Capítulo 24 - Ano 2010

Toda lembrança de vigiar a porta de trás
Eu deixava o álbum de fotos espalhado pelo meu quarto
É difícil de dizer, é hora de dizer
Adeus, adeus
Photograph
Nickelback

As semanas se passaram rapidamente e logo agosto deu lugar a Setembro.
Desde daquele dia em que falei tudo para Murilo, sentia como se um enorme peso houvesse sido retirado de mim e eu pudesse respirar sem aquela pressão em meus pulmões que me impedia. O que era um alívio muito grande.

Murilo continuava sendo gentil comigo mesmo quando pensei que ele iria sumir após a revelação. Que iria sentir nojo de mim pelo o que eu fiz, mas ele ficou.

— Eu detesto filmes de romance por que eu estou vendo mesmo? — Ele sussurrou baixinho em meu ouvido ao me ver concentrada demais em um filme antigo.

Estávamos fazendo muito aquilo ultimamente. Ele sempre ia para minha casa e entrava pela janela após ver que todas as luzes da minha casa se apagavam.
Entramos em uma rotina gostosa e confortável. Íamos a escola, voltávamos, e ao anoitecer ele ia para minha casa dia sim, dia não.
A notícia de estarmos juntos não demorou para circular na escola ao nos verem sempre juntos e de mãos dadas. Não houve um pedido oficial de namoro, fora somente aquelas palavras ditas na frente de minhas amigas. Não houve conversa sobre o assunto comigo, mas eu nem ligava para mim era sim um relacionamento.
Belle surtou e ódio era visto em suas feições e seu jeito de se comportar.
Confesso que tive medo dela armar um escândalo, mas Murilo valia a pena.

— Porque eu gosto e você gosta de mim. — Falei diretamente e levantei a cabeça de seu peito para o olhar de forma irônica. Falar aquilo era um avanço para mim.
Ele me seu um selinho e sorriu.

— Pois está muito certa.
— Ele beijou a ponta de meu nariz e meus dois olhos fechados me fazendo rir como uma tola apaixonada. — Quero saber de uma coisa, pretende ir ao acampamento?

— Óbvio que não. — Optei pela verdade. Eu via Murilo sondando aquilo por dias comigo e eu ficava com receio de tirar aquele belo sorriso do rosto dele, mas eu não poderia o enrolar mais.

— Por que não?

— Não me interessa estar com aquele povo que me odeia Murilo. — Falei cansada. Ele já deveria tentar entender meus motivos.

— Pense em Ellie, ela está doida e animada para ir, até me pediu para te convencer. Eu também quero ir. É bem legal Isa. — Droga. Eu não queria ser a estraga prazeres, mas se me recusasse era aquilo que eu me tornaria. Além do mais o que poderia dar errado em um passeio?

— Está bem Murilo. Vou dizer para Ellie que vou. O que temos que fazer? — Ele estava tão feliz que me abraçou ainda mais e rolou por cima de mim nos fazendo quase cair da cama.

— Obrigado Isa. — Eu ia soltar uma piada infame, mas com aquele olhar de segundas intenções dele não havia como.

Murilo me beijou suavemente, me fazendo sentir o gosto do chocolate que estávamos comendo por sobre sua língua aveludada.
Meus braços rodearam seu pescoço e a cada toque que seus dedos me davam meu corpo acordava para a vida pela primeira vez em muito tempo. Ele traçava sem pressa cada pedaço de pele meu, cada curva coberta pela enorme camiseta preta que eu vestia e um arrepio gostoso prespassava com seu toque.
Mordi seu lábio inferior e seu gemido rouco me excitava muito mais do que eu poderia imaginar.
Murilo se afastou quando levantei meus quadris buscando o contato de nossos corpos. Se levantou para longe de mim como se meu corpo pegasse fogo, o que  deveria estar mesmo dado ao meu estado.

— Não quero te forçar a nada Isa. Perdão

— Mas quem disse isso criatura? — Falei exasperada e querendo sim o que ele tinha para me oferecer.

— Vamos deixar rolar, dar tempo ao tempo. Tenho que ir embora agora. — Fiquei confusa por suas palavras pois aquilo estava acontecendo naturalmente. Qual era o problema dele?

Murilo se aproximou de mim e beijou meus lábios inchados, foi até a janela e saiu por ela como costumava fazer sempre.
Eu estava surpresa tanto por sua recusa quanto por mim mesma que estava disposta a fazer sexo com ele.
E não me arrependeria de nada.


— Eu não estou acreditando que você vai.— Ellie gritou no meio do corredor, que para minha sorte, estava vazio.

— Eu não sou surda e estou ao seu lado. Pare de gritar. — Caminhei até o meu armário e peguei os livros necessários para a aula.

— Desculpe, ainda estou em choque. Pensei que você não ia.

— E não ia mesmo, mas Murilo deve ter sido influênciado por um certo alguém então resolvi ceder. — Ellie fez cara de paisagem o que me arrancou uma risada.

— Não sei do que fala.

— Sabe sim sua cretina. Quero só ver como irá vender biscoitos com toda a simpatia que temos disponíveis. — Falei em tom de deboche e vi Ellie empalidecer. — Achou o quê senhorita língua solta, você vai nos tirar dessa furada dos biscoitos. Me recuso a ser simpática com pessoas que não são do meu minúsculo círculo social.

— Droga Isa. O que vamos fazer? Eu sou tímida demais e você é um poço de antipatia, por assim dizer.

— Isso você que vai dar o jeito. — Bati a porta do armário e segui pelos corredores para ir para a minha sala.

Chegar em casa e poder largar minha mochila no chão foi a melhor coisa que fiz no meu dia.
Tive uma manhã estressante e horrível. Um teste de matemática foi aplicado e no segundo tempo um trabalho de história em aula foi feito. Fora que Belle não parava de me lançar olhares mordazes e sua trupe ficava soltando risadas com algo que ela dizia.
Algo era muito engraçado ou a piada era eu.
Decidi ignorar tudo aquilo e deixar quieto. Se ela pensava que isso iria me afetar estava completamente enganada.

— Olá minha filha. — Minhas sobrancelhas se juntaram ao ver minha mãe em casa àquela hora.

— Você cedo em casa mãe? Que milagre. — Falei de mau humor ao ver tia Millie sorrindo para mim no sofá. Algo estava acontecendo. As duas reunidas a minha espera na sala era o bastante para eu chegar àquela conclusão.

— Sua tia queria contar uma novidade e pedi para sair cedo. — Parei no lugar e cruzei os braços em modo defensivo.

— O que estão tramando?
— Minha tia se levantou e sorriu e sabia que eu não ia gostar do que viria a seguir.

— Fiquei sabendo da sua viagem e da venda de biscoitos.

— E daí?

— Achei desnecessário você vender isso na rua. — Ela torceu o nariz em desprezo e aquilo me fez revirar os olhos. — Então fui ate sua escola, falei com a diretora e comprei todos os seus biscoitos e de seus amigos. Vocês irão na viagem sem fazer esforço. — Ela falou em tom alegre demais e eu não conseguia compartilhar àquela alegria pois sabia que tinha algo escondido ali.

— Qual o truque?

— Nossa, mas como voce é desconfiada. — Ela falou em um tom de vitimismo que não me convenceu. — Fiz somente isso para curtir os últimos momentos com seus amigos já que no final do ano vamos para Nova Iorque.

— Vocês ainda não desistiram dessa idéia maluca? — Gritei exasperada.

Meu sangue parecia ter virado larva em meu corpo e a fúria fazia estragos por cada poro do meu ser.
Eu estava irada e com razão. Não sabia mais o que fazer para retirar aquela idéia da cabeça daquelas loucas.

— Você vai Isadora. É um fato, aceite. — Nada falei. O silêncio era a melhor arma e também por que eu não sabia mais o que fazer.
Corri para a escada e subi os degraus rapidamente. Fugi das duas, mas era difícil fugir do destino.

Minhas unhas já estavam todas roidas de tanto que fiz aquilo nos últimos dez minutos.
Meus pensamentos estavam desordenados por pensamentos sobre a viagem que eu não queria ir e em uma solução que não envolvesse a morte da minha tia.
Nada vinha a minha mente e já estava começando a ceder ao desespero.

— O que houve Isa? — Tomei um susto ao ver Murilo parado bem a minha frente.

— Já chegou? — Perguntei pois nem havia escutado ele entrar.

— Sim. Estava tão distraída que nem me escutou entrar. O que houve? — Pensei por alguns instantes em lhe contar a verdade, mas não havia coragem. Decidi ir pelo mais fácil.

— Minha tia pagou a nossa viagem. — Ele arregalou os olhos e se sentou ao meu lado.

— Não precisava mesmo. Puta que pariu, mas obrigado mesmo. Sua tia é muito legal.

— Você nem imagina quanto. — Sussurrei para mim mesma.

— Não entendi.

— Nada. Vamos ver um filme. — Falei tentando mudar de assunto.

Ele se deitou ao meu lado e ligou a televisão tentando procurar um canal que houvesse algum filme bom.
Eu não conseguia prestar atenção em nada pois minha atenção estava dispersa, mas tomei uma decisão naquele momento.
Iria contar tudo para Murilo na viagem.

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