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27. Deja-vu

"Eu tenho seguido os movimentos, aprendendo a fingir que tudo está perfeito. E eu tenho afundado em um oceano, me afogando mas em silêncio... – Changes, Hayd."

JORDAN

A notícia da festa particular na casa do Tayler se espalhou bem rápido, lá pelo horário do almoço esse já era o assunto mais comentado do colégio, e de repente todo mundo queria ser convidado. Foi aí quando eu percebi que estava dando certo, afinal quanto mais aquela ideia idiota soasse legal e inofensiva, mais fácil seria da Christine convencer a Lizzie de aparecer. Eu queria que ela viesse, e faria tudo ao meu alcance para que tivesse uma noite inesquecível.

Após a aula, os caras e eu viemos para a casa do Tayler organizar tudo como era de costume, compramos petiscos e bebidas no caminho, e ele mesmo se encarregou de descolar uns cigarros para a galera. Posso dizer que comecei a beber bem cedo, acho até que era mais como uma forma de me convencer que isso era mesmo que eu devia fazer, o que pareceu dar certo. Subi para tomar um banho, apenas depois que as primeiras convidadas começaram a chegar, queria estar pronto para o momento certo.

A música rolava alto lá embaixo agora, e eu podia ouvir os burburinhos das conversas e risadas na piscina. A propósito, o Tayler já tinha me dado a boa notícia onde Christine havia confirmado que a Lizzie viria, então acho que eu só desceria depois que ela chegasse, não queria arriscar de estragar a surpresa antes da hora certa. Me encontrava esparramado numa das poltronas no quarto do Tayler, fumando meu próprio cigarro, não dava para confiar nos dele.

E, assim como eu, outros caras também estavam de molho ali, uns bebendo, outros fumando, não tinha a mínima importância pra mim no momento. Estava bem mais interessado em assistir pela milésima vez o vídeo com a Lizzie em meu celular, me lembrava exatamente do dia em que gravei, foi quando lhe ajudei com um projeto de sociologia, ela precisava registrar um dia inteiro entre fotos e vídeos curtos. Na época, aquilo saiu como uma brincadeira divertida, apesar dela me pedir para apagar, mas agora era mais como um lembrete do quanto aquela puta tinha fodido comigo.

"Você é tão sexy." – minha voz soava em tom baixo, enquanto eu lhe tocava lentamente por baixo da saia, e pude ouvi-la soltar o ar com força – "Gosto disso, Liz... gosto de saber que um simples toque meu, é capaz de te deixar excitada. Dá para ver isso nesses olhos verdes e viciantes."

Nesse minuto, seus lindos olhos encararam tão intensamente a câmera, que eu juro que podia sentir que a Lizzie estava me vendo agora mesmo no presente. O zoom focou bem neles, prendendo no vídeo o quão excitada ela estava naquele momento, mas em seguida o ângulo mudava um pouco, capturando mais do seu corpo na filmagem, enquanto minha mão livre acariciava suas coxas fazendo sua saia subir bem devagar, até finalmente mostrar todo o seu traseiro, o qual eu apertava com força.

Sorri ao ouvi-la arfar, e precisei dar uma longa tragada para continuar calmo enquanto seguia assistindo aquela belezinha de vídeo. Me lembrava de cada toque, cada reação, e do quão intenso momentos assim costumavam ser. O zoom se aproximou mais daquele traseiro, enquanto meus dedos brincavam entre o elástico da sua calcinha encharcada, afinal não era preciso muito para deixá-la toda molhadinha, não é mesmo? Mas, antes que eu pudesse mostrar mais dela, Lizzie se mexia e apressada começava juntando suas coisas sobre a cama.

"Dan! Desliga a câmera," – pediu ela, fazendo parecer que estava toda envergonhada, e se levantou logo em seguida – "e apaga as últimas fotos e esse vídeo, por favor?"

Soprei a fumaça para o lado, negando sutilmente com a cabeça, qual é? Como eu não percebia que ela só estava bancando a menininha inexperiente comigo, enquanto se divertia com o puto do Jason as minhas custas?

– Fala, Davis! – uma voz familiar me fez bloquear o celular rapidamente, e logo vi Marcus sentar no braço da poltrona – Que pornozinho maneiro é esse que você tava curtindo aí?

– Você tá de brincadeira?! – me levantei furioso, e ele rapidamente desencostou da poltrona – O que foi que você viu, seu filho da puta?

– Cara, eu acabei de chegar. – ele riu fraco, levantando as mãos quando avancei, lhe alcançando pela beca – Hey, é sério, eu não vi nada não, só estava brincan...

Minha raiva daquele desgraçado era tamanha que não deixei nem que terminasse a frase, e acertei um soco com toda força bem no meio da sua cara. Eu não tinha sangue de barata, e muito menos havia esquecido o que ele fez ao mostrar todos aqueles vídeos e fotos para a Lizzie apenas por diversão. Mas, antes que pudesse lhe bater mais, os caras me seguraram pelos braços, me puxando para longe.

– Mas que merda! – berrou Marcus, enfurecido, enquanto o Johan lhe empurrava para fora do quarto – Era só uma brincadeira, porra!

– É melhor ficar bem longe de mim, seu filho da puta, ou juro que te mato! – me soltei dos caras num solavanco, e vi a porta do quarto fechar.

– Se acalma, Davis. – disse Christian, ao me ver chutar a porra da mesa de cabeceira do Tayler – Jordan...

– Vê se não enche, caralho! – me esquivei do seu toque, seguindo apressado para dentro do banheiro.

Ao bater a porta com força, me precipitei até a pia, onde me apoiei com as duas mãos, eu precisava mesmo me acalmar, meu foco essa noite era a Lizzie, só ela. Não dava pra jogar tudo para o alto, não agora que eu estava bem no meio do caminho, resolveria meus assuntos com o Marcus em outra oportunidade. Respirei fundo, e passei a encarar o meu próprio reflexo no espelho. "Relaxa, está tudo bem!", era o que eu repetia incansavelmente na droga da minha cabeça.

Assenti para mim mesmo, tragando a porra do meu cigarro até o fim, depois apaguei as cinzas sobre a pia e aproveitei para dar uma boa mijada. Já terminava de lavar minhas mãos quando ouvi a voz do Tayler me procurando pelo quarto. Aquilo me arrancou um fraco sorriso, acho que sabia exatamente do que se tratava, e já estava em hora, não é mesmo? Ajeitei melhor a minha camisa, e subi um pouco as mangas da jaqueta antes de me olhar uma última vez no espelho. Estava tudo certo, essa noite a Lizzie conheceria o verdadeiro Jordan Davis.

– Aew, porra! Até que enfim te achei. – Tayler veio em minha direção assim que saí do banheiro – Se prepara, irmão, porque a Liz acabou de chegar lá embaixo, e tá muito bem acompanhada.

– Como assim ela está acompanhada? – franzi a testa, sentindo os batimentos dispararem no peito.

– Ih, relaxa, não é o seu irmão. – Tayler segurou meu ombro esquerdo, desferindo um tapa suave em meu peitoral – A Lizzie trouxe a gata mais gostosa que eu já vi. E olha que eu já vi muitas, sabe disso.

– Quem é? – ainda estava meio confuso, de qual das garotas aquele otário estava falando?

– Cara, eu não faço a menor ideia, acho que ela não é daqui. – de fato ele conseguiu me deixar curioso – Vem comigo, você precisa ver do que eu estou falando.

Ri anasalado, mas concordei com um aceno de cabeça, tratando logo de segui-lo para fora do quarto. Eu conhecia todas as amigas da Lizzie e, seja lá quem fosse essa tal garota misteriosa, provavelmente reconheceria assim que a visse. Tayler me fez parar de andar num ponto específico entre os degraus da escada e o andar de cima, onde dava para ter uma boa vista de todos lá embaixo, sem chamar a atenção de ninguém.

Nem preciso dizer que não custei a encontrá-la dentre todas aquelas pessoas na sala, Lizzie estava linda e estranhamente mais sexy do que de costume. Não consegui me impedir de fitar suas curvas bem desenhadas no vestido preto de mangas longas o qual ela usava, tão justo em seu corpo, quanto curto, isso sem falar no decote que, mesmo muito sutil, ainda deixava seu colo bem amostra. Tayler esbarrou de leve no meu braço, o que me fez desviar o olhar para a garota ao seu lado.

– E aí, você sabe quem é? – sua pergunta me arrancou um sorriso sacana.

– Lembra que eu disse que a Liz não tinha uma irmã? – indaguei de volta, ainda atento a garota sorridente ao lado da Lizzie, mesmo assim pude ver o marmanjo ao meu lado assentir – É, eu acho que menti...

– Como assim, Davis? – ele parecia ainda mais confuso agora.

– Aquela garota lá embaixo se chama May, ela e a Liz são amigas de infância. – expliquei melhor – E acho que tirei sorte grande dela estar na cidade justo hoje.

– Não, você tá de brincadeira, irmão. – Tayler arqueou as sobrancelhas, rindo junto comigo – Eu aposto que não pega essa, cara, não tem como.

– Ah, só por isso eu vou comer aquela vadia em cima dos lençóis de seda na cama da sua querida mãezinha hoje. – dei dois leves tapas em seu ombro – Agora escuta, vou precisar da sua ajuda.

– Ih, lá vem problema. – vi o sorriso em seus lábios se desfazer quase instantaneamente – Não esquece que a Christine tá aqui, a ideia foi sua de chamar as Lioness.

– Não vou te arranjar problemas, confia em mim. – garanti, já bolando meus próximos passos – Só preciso que você dê um jeito de separar aquelas duas. Faz o que quiser, mas deixa a Liz de molho um tempinho, depois dá um jeito de levar ela pra piscina.

– E como exatamente eu faço isso? – Tayler cerrou os olhos.

– Você não me ouviu? Faz o que quiser, dá seu jeito, amigão. – ri anasalado, tornando a observar aquelas duas lá embaixo.

– Tá legal, vou ver o que consigo fazer. – ele concordou por fim – Mas se tu comer aquela mina hoje, o céu é o limite pra você, Davis!


LIZZIE

Não sei como, mas a May conseguiu convencer não só a mim, como também os meus pais a me deixarem vir para a tal festa particular das Lioness na casa do Tayler, mesmo eu não me sentindo confortável com a ideia de eventualmente acabar dando de cara com o Jordan. Para ser bem sincera, não sei nem se eu estava confortável comigo mesma. Nada parecia exatamente bom para mim hoje, não me sentia bem naquela roupa, os saltos machucavam meus pés, isso sem falar em toda aquela maquiagem... Não estou dizendo que não estava bonita, mas nada daquilo tinha muito a ver comigo. Pelo menos não hoje.

Assim que nosso uber estacionou em frente aos portões daquela enorme propriedade, senti um deja-vu tomar minhas memórias. A primeira festa em que fui ao chegar à cidade tinha sido bem ali, eu ainda conseguia lembrar de tudo o que conversei com o Jordan, e da forma assustadoramente caótica em que conheci o Jason aquela noite. Tantas coisas tinham acontecido comigo desde então, não sei dizer se eu ainda era aquela mesma garota ingênua e assustada, mas se eu tivesse que apostar, diria que não.

Eu sabia que normalmente, isso seria motivo de orgulho, o único problema é que eu não tinha certeza se a pessoa que eu estava me tornando agora, era melhor do que a versão anterior de mim. Em outras palavras, acho que estava com medo de descobrir a resposta. Suspirei baixinho ao ver a May pagar a corrida, e logo saímos do carro. Me apressei em descer um pouco o meu vestido novo, pelo menos até onde o cumprimento permitia, era mesmo desconfortável usar algo tão curto e justo daquele jeito.

– Anda, boo-boo, vem logo! – a May me chamou pelo meu apelido, e só então percebi que já caminhava mais a frente.

Respirei o mais fundo que consegui, e olhei breve para as nuvens cinzentas e pesadas no céu, me perguntando se os raios também tinham os seus preferidos. Bom, em vista que nenhum me escolheu naquele exato momento, acredito que sim. Sem mais opções, me virei, seguindo minha amiga em direção a música alta que vinha lá de dentro, enquanto me obrigava a descartar a ideia de entrar no uber outra vez e voltar para a minha casa.

– Finalmente vou conhecer seus novos amigos, isso parece divertido, não acha? – a May me agarrou pelo braço, ao passo em que atravessávamos o enorme jardim.

– É, parece muito divertido. – respondi, usando meu novo trunfo, o sarcasmo.

– Ai, para com isso! – ela me deu um leve empurrãozinho – Não estamos indo a um enterro.

– Nossa, por que você não me avisou antes? Agora já era, só trouxe o estoque de lágrimas na minha bolsa. – rolei os olhos, e ouvi sua risadinha.

– O que foi isso? Você não tinha respostas tão afiadas em Seattle. – observou minha amiga – Esse Jordan mexeu mesmo com você, não é?

– Não quero falar dele, nós combinamos que não íamos falar. – me apressei a cortá-la, antes que pudéssemos entrar de fato na casa.

– Ui, tá legal. Mas você continua uma gostosa nesse vestido, e tenho certeza que vai deixar "aquele que não deve ser nomeado" de queixo caído. – ela deu uma risadinha contida, me puxando da soleira para dentro.

– Poxa, o Voldemort já não tem nariz, vou deixar o pobre coitado sem queixo também? Segurem suas varinhas, bruxões... – ri da minha própria piada, e recebi um apertão forte no braço.

– Amiga, para com essas piadas de nerd, isso te faz parecer uma idiota. – por algum motivo senti minhas bochechas corarem sob seu olhar repreensivo – Ótimo, é exatamente assim que me sinto quando fala essas baboseiras estúpidas que vê nos seus livros.

– Ah, florzinha! – fomos interrompidas pelo berro estridente da Christine, que rapidamente se levantou do sofá onde estava sentada ao lado do Tayler – Você veio, e está tão linda.

Me soltei da May num solavanco, lhe encarando não muito contente, mas ela fingiu não se importar. Bom, acho que eu havia esquecido como era sair com ela e ter que aguentar seus pequenos surtos desproporcionais em momentos aleatórios. Soltei o ar com força, dando o melhor sorriso que pude para a Christine.

– Obrigada. – nos cumprimentamos com um abraço, o que por si só, era bem estranho – Você também está linda, como sempre.

– Amor, acho que vou dar um pulinho lá em cima. – Tayler lhe agarrou pelos quadris assim que rompemos o contato – Eu não demoro.

– Tudo bem. – ela lhe deu um selinho rápido, e ele logo olhou em minha direção.

– Seja bem-vinda, Liz. – foi o que disse, e juro que precisei me esforçar o dobro para assentir – Eu vou lá, fiquem a vontade.

Agradeci mentalmente quando o vi se afastar, e franzi a testa ao avistar um Marcus muito irritado descer as escadas. Tive a impressão de vê-lo limpar sangue do próprio nariz, o que estranhamente me deu um quentinho no coração, só a ideia daquele cretino tomar um belo soco no meio da cara, era motivo de comemorar. Desviei minha atenção de volta a Christine que parecia ter me perguntado alguma coisa.

– Desculpa, a música está meio alta, você disse alguma coisa? – me fiz de desentendida.

– Perguntei quem é a sua amiga? – ela repetiu, apontando para uma May bem mais distraída que eu.

– Ah, essa aqui é a May. – segurei em um de seus ombros, o que rapidamente a fez retomar sua atenção a nossa conversa – Minha melhor amiga de infância lá de Seattle.

– Isso mesmo, e você deve ser a Christine, certo? – May sorriu largo ao vê-la assentir – Claro, a Liz me fala tanto de você que eu sinto que já te conheço. E só pra constar, é ainda mais linda do que ela me contou.

– Obrigada, darling! Você também é deslumbrante. – Christine sorriu agradecida, parecia mais simpática do que de comum – Venham comigo, vamos buscar bebidas, os rapazes ainda estão cuidando dos jogos. Eu prometo que essa festinha vai ser animada.

Nos entreolhamos rápido antes de assentir, e sem demoras seguimos com a ruiva animadinha em direção a cozinha. Cumprimentei algumas das meninas de longe pelo caminho, mas por mais que tenha olhado em volta, não vi nem mesmo sinal do Dylan ou da Emily por ali. Bom, tentei pensar que eles apenas não tinham chegado ainda, apesar disso desconsiderar completamente o problema ontem com Noah e a sua aposta idiota.

Acho que no fundo, eu só esperava que estivesse tudo bem, tanto com a minha amiga, quanto com o seu bebezinho, ao mesmo tempo em que começava a me sentir péssima por não ter mandado nenhuma mensagem para ela desde ontem. Então, aproveitei que a May conversava distraída com a Christine mais a frente, e peguei meu celular para checar como iam as coisas, aquilo não ia arrancar nenhum pedaço de mim, não é mesmo? Sem pensar mais, comecei a digitar a seguinte mensagem:

"Desculpa ter sumido, precisei espairecer depois de tudo ontem. Espero que esteja tudo bem. XoXo" – 8:26pm.

Enviei e me sentei num dos banquinhos daquele enorme balcão de madeira, aguardando ansiosa por uma resposta. Por sorte, não demorou nada até que a Emy me respondeu de volta:

"Oi, Liz! Eu imaginei, não se preocupe. As coisas estão meio estranhas agora, mas acho que estou bem. E você, como está com tudo?" – 8:27pm.

Suspirei tristonha, me pondo a respondê-la, o que iniciou um rápido diálogo:

"Acho que estou igualzinha, está tudo estranho pra mim também." – Lizzie, 8:27pm.

"Eu sinto muito. Isso é uma merda. :(" – Emily, 8:28pm.

"Sim, das grandes. :(" – Lizzie, 8:28pm.

– Dear, o que você vai querer beber? – Christine chamou minha atenção – Temos vodka, whisky e bastante cerveja.

– Ah, eu não...

– Cerveja para nós duas. – a May me interrompeu, metendo a mão no meu celular – Estamos numa festa, Liz, guarda isso.

Ela me apontou discretamente uma direção com o olhar, e ao me virar avistei Jordan adentrar a cozinha, acompanhado de seus amigos idiotas. Por menos que me agradasse admitir, ele estava quase tão lindo, quanto no dia em que vi aquela cena pela primeira vez. Mesmo olhando rápido, notei que usava uma roupa toda preta, exceto pela jaqueta com a estampa camuflada, o que casava bem com seus cabelos curtos, ainda estavam crescendo de novo. O largo sorriso em seus lábios, me fez sentir um estranho desconforto na barriga.

No instante em que ele pareceu me notar, eu me apressei a alcançar o copo de cerveja a minha frente, no qual dei um longo gole, torcendo em silêncio para que apenas fosse embora dessa vez. E, como se ouvisse meus pensamentos, Jordan seguiu em frente com os amigos, cumprimentando somente a Christine enquanto se dirigia a área da piscina lá fora. Aquilo havia me deixado tão nervosa, que nem mesmo senti o gosto ruim da cerveja, foi quase como se tivesse tomado água.

– Você namorava esse deus grego? – a May sentou com todo o seu peso no banquinho ao meu lado – Menina do céu, quem é o Luke perto disso aqui?

– Nada de falar sobre os meus ex-namorados hoje, lembra? – arqueei as sobrancelhas.

– Lembro, mas é que pessoalmente o Jordan é muito mais gostoso do que eu imaginava. – ela riu, ignorando completamente aquele comentário de mau gosto – O que me leva a seguinte pergunta, ele é tão bom de cama, quanto parece?

– É sério mesmo, May? – franzi a testa, completamente desconfortável com o assunto em pauta agora.

– Ai, desculpa, boo-boo. – ela finalmente pareceu se tocar – Isso não muda o fato de que eu odeio muito ele, por ter traído você.

– Sem condições! – me levantei um tanto irritada agora, mas pude ouvir o barulhinho de mensagens chegando no meu celular.

– Hey, o que eu falei agora? – questionou minha velha amiga sem noção – Lizzie, espera!

Fingi não ter ouvido e continuei me afastando, a fim de respirar um pouco longe daquela atmosfera pesada, a May sabia ser inconveniente na hora errada e eu já não estava com muita paciência hoje. Me sentei entre as meninas que conversavam no sofá, e tentei me concentrar nas mensagens da Emily, era muito mais fácil estabelecer uma conversa sensata com ela, do que com a garota que tinha crescido junto comigo.

"Você está na festa da Christine?"
"Sabe dizer se o Noah foi?"
"Só por perguntar, não estou interessada no que ele faz." – Emily, 8:35pm.

"É, eu acabei vindo sim. Não vi o Noah, acho que ele não veio."
"Você e o Dylan não vão vir?" – Lizzie, 8:37pm.

"Eu não me sentiria confortável, achei melhor não ir."
"Não sei do Dylan, provavelmente só está atrasado."
"Espero que você se divirta." – Emily, 8:37pm.

"Isso foi uma piada? Eu devia ter ficado em casa também." – Lizzie, 8:38pm.

"Nada disso! Já que está aí, guarda esse celular e tenta se divertir." – Emily, 8:39pm.

"Tá legal, mas a gente bem que podia sair amanhã"
"Pra conversar um pouco, o que acha?" – Lizzie, 8:39pm.

"Você não está sabendo?"
"A Rose vai receber alta amanhã de manhã."
"Podíamos passar o dia com ela." – Emily, 8:41pm.

"Essa é uma ótima notícia! :D"
"Está combinado então." – Lizzie, 8:41pm.

– Toma aqui, é só refrigerante, eu juro. – ao olhar para frente, vi uma May arrependida, estendendo um copo de refrigerante para mim.

– Obrigada. – soltei o ar com força ao aceitar.

– Por favor, diz que não está zangada comigo, boo-boo? – ela se sentou ao meu lado, alcançando minha mão livre.

– Depende... – bloqueei meu celular, guardando-o em minha bolsa – Você tem mais alguma observação para fazer em relação ao Jordan?

– Quem é esse? – suas sobrancelhas arquearam, e eu ri fraco – Eu prometi que seria uma noite divertida pra gente lembrar os velhos tempos, e vai ser. Nada de garotos estúpidos entre nós.

– Agora melhorou um pouquinho. – brindei meu copo ao seu, e um sorriso iluminou todo o seu rosto – Vamos nos divertir.

Eu ainda não estava 100%, não diria nem mesmo que cheguei aos 50%, mas não posso negar que a notícia da Rose recebendo alta, tinha mesmo me animado. Então, decide aproveitar aquela noite atípica com a minha melhor amiga, antes dela voar de volta para Seattle. Me levantei daquele sofá, lhe puxando junto pela mão, em direção a um grupinho de meninas que se divertiam com um jogo esquisito, onde aparentemente deviam acertar bolinhas em copos com bebidas.

Nem preciso dizer que a May adorou a ideia, parecia até uma criança que ganhou um brinquedo novinho enquanto escutávamos as regras. Para jogar, cada uma teve de entrar numa equipe diferente, e pelo que entendi funcionava mais ou menos num sistema de duplas rivais, onde cada uma tentava completar a sequência de copos com bolinhas. Para finalizar, as integrantes da equipe que marcasse menos pontos, deveria tomar uma dose de tequila cada.

Confesso que não me agradei muito dessa parte, mas me forcei a jogar mesmo assim. Como forma de desempate da primeira partida, a May e eu jogamos a rodada seguinte, a qual eu orgulhosamente venci. Precisei me controlar para não rir da sua cara de derrota ao ter que tomar a primeira dose de tequila, pois sabia exatamente que aquela era a bebida que ela mais detestava na vida. Depois disso, tivemos que esperar os copos ficarem cheios de novo, até que a segunda partida foi iniciada.

No fim das contas, aquilo saiu mais interessante do que eu imaginava, e nós jogamos até eu perceber a May ficando um pouco alegrinha demais. Então, precisei mudar os ares, e animei minhas amigas no sofá para dançarem com a gente, mas receio não ter sido a melhor das ideias já que aquilo acabou arrastando junto os idiotas do time de futebol, que trouxeram mais bebidas. E quando a minha amiga totalmente desajuizada começou a beber de todos os copos que lhe eram oferecidos, me vi na obrigação de abortar o plano.

– Vem, você precisa tomar um pouco d'água. – lhe arrastava em direção a cozinha.

– Eu não quero água! – ela tentou se soltar, mas eu não deixei – Quero beijar na boca daquele gostoso que estava sarrando na minha bunda.

– Não, você não quer isso, porque todos os caras aqui são estupidamente nojentos. – sentia um embrulho no estômago apenas por lembrar das malditas apostas, de jeito nenhum deixaria a May se tornar uma – Agora senta aqui que eu vou pegar uma garrafa d'água pra você.

A vi cruzar os braços emburrada, mas assentiu de todo modo e se sentou como pedi. Olhei em volta por aquela cozinha enorme, até finalmente encontrar a geladeira. Sorri satisfeita ao abri-la e de cara encontrar garrafinhas de água, peguei uma, tratando de tirar a tampinha e voltei para junto da May. Antes mesmo que eu lhe oferecesse, ela tomou a garrafa das minhas mãos, se apressando em beber, quase como um andarilho no deserto.

– Isso, boa menina. – ri anasalado, depositando leves tapinhas na sua cabeça.

– Eu não estou bêbada, tá legal? – ela arregalou os olhos, e eu fingi acreditar – É sério, Liz, você mal me deixou beber a noite toda.

– É pra isso que servem as...

– Lizzie, que bom que eu te encontrei! – Christian surgiu na cozinha, e não pude deixar de notar os hematomas em seu rosto – O Tayler me disse pra te procurar, porque a Christine está puta e quer falar com você lá em cima.

– Quê? – franzi a testa, afinal nós duas tínhamos conversado numa boa no início da festa – Como assim ela tá puta?

– Eu não sei, foi tudo o que ele me disse. – o vi dar de ombros, tão confuso, quanto eu agora.

– Será que aconteceu alguma coisa? – tornei a olhar para a May, que praticamente finalizava a garrafinha d'água.

– O quê? Eu não fiz nada dessa vez. – ela levantou as mãos, me fazendo dar uma risadinha – Exceto por essa água, você mal me deixou beber, então tenho certeza que não quebrei nada, e ainda não beijei ninguém aqui.

– Não foi o que eu quis dizer. – rolei os olhos – Eu vou subir e ver o que aconteceu, você quer vir comigo?

– Sabe que sou péssima em dar conselhos, então prometo que vou ficar bem quietinha aqui. – a May sorriu como a criança de cinco anos que habitava dentro dela.

– Tá legal, mas não sai daqui, nem bebe mais nada além de água. – arqueei uma sobrancelha, e a vi fazer uma careta de decepção – Você pode ficar de olho nessa maluquinha até eu voltar, Chris?

– Claro, pode deixar. – ele concordou prontamente, o que me deixava um pouco mais tranquila.

– Obrigada, e desculpa mesmo por isso, eu não sei o que deu no idiota do Jordan. – me referia aos seus recentes machucados.

– Ah, está falando disso aqui? – ele apontou para o próprio rosto, e eu assenti envergonhada, pois em parte sentia que era minha culpa – Não esquenta, eu já me machuquei bem pior, está tudo bem.

– Tem certeza? – arqueei as sobrancelhas, e sorri um pouco mais aliviada ao vê-lo assentir – Está bem então. E quanto a você, é melhor se comportar, mocinha.

Me referi a May, e acabei rindo quando ela rolou os olhos pela milésima vez, então me virei ajeitando a alça da minha bolsa no ombro. Não fazia ideia do por que a Christine ia querer conversar comigo lá em cima, mas me perguntava se ela estava chateada comigo pela briga com a Ashley ontem, ou com o idiota do Tayler por aprontar alguma coisa como de costume. Passei pelos casais muito bem embalados numa dança extremamente sensual pela sala, até alcançar a escadaria.

Tentei me tranquilizar enquanto subia os degraus, afinal se a Christine estivesse com raiva de mim eu teria percebido assim que cheguei, não é mesmo? Conhecendo aquela ali, provavelmente estava furiosa por algum motivo fútil, como "Copiaram meus sapatos!" ou "Meu rímel tá borrado?". Ri das vastas possibilidades enquanto caminhava pelo corredor vazio no andar de cima. E, por mais estranho que fosse, não havia nem sinal da ruiva por ali.

Soltei a respiração com força após verificar que o último quarto com a porta aberta estava vazio, talvez Christian não tivesse mesmo entendido muito bem o tal recado do Tayler. Já estava prestes a descer as escadas quando avistei um casal estranho surgir, e não pude deixar de notar o quanto a garota parecia estar bêbada. Cerrei os punhos com força ao ver o cara avançar para beijá-la, mesmo ela tentando esquivar para evitar o contato, assistir aquela cena me desencadeou gatilhos no mesmo instante.

– Me larga, Ian. – disse a moça, eu a conhecia de vista, era a irmã mais nova da Mandy, uma das amigas da Ashley nas Lioness – Não estou me sentindo muito bem...

– Qual foi? Nós já estamos aqui em cima, gata. – o brutamontes do time de futebol, tentou beijá-la outra vez, sem ao menos perceber minha presença no corredor – Não dá uma de difícil agora, vem cá...

– Ela disse pra você largar, é surdo por acaso? – rangi os dentes, chamando a atenção de ambos.

– Cuida da sua vida! – o tal Ian não parecia muito disposto a recuar.

– Minha cabeça... – a garota enfiou a destra por entre os cabelos loiros mechados de azul nas pontas, e tropeçou nos próprios pés sem ao menos se mover.

– Ela está bêbada, deve ser do primeiro ano, então não tem idade nem pra dirigir, e pediu pra você largar... Quer mesmo insistir? – arqueei as sobrancelhas – Então está bem, vamos ver o que a polícia acha disso.

– Espera aí, o que está fazendo? – o idiota a minha frente pareceu tremer na base, quando alcancei meu celular dentro da bolsa – Quer saber, eu acho que você entendeu errado...

– Não, nós dois sabemos que eu entendi certo. – disquei 911, sem nem pensar – Agora vamos pedir a opinião da polícia, o que acha?

– Beleza, fica com ela então, eu tô vazando... – ele rapidamente soltou a menina, erguendo os braços em rendição.

Tomando meu silêncio como resposta, Ian nos deu as costas antes que eu iniciasse de fato a chamada, e soltei a respiração com força depois que sumiu escada a baixo. Só Deus sabe como consegui reagir daquela forma, meus nervos estavam a flor da pele, mas não deixei transparecer. Hesitei um pouco em guardar o meu celular outra vez na bolsa, mas logo o fiz tratando de me aproximar da garota visivelmente tonta de tão bêbada. Com sua permissão, lhe agarrei pelos ombros, e rapidamente a encaminhei para o banheiro.

Mal entramos e ela começou a vomitar tudo o que tinha ingerido. Deixei a minha bolsa sobre a pia, e logo segurei seus cabelos para trás, me abaixando na sua altura enquanto ela abraçava o vaso. A situação estava mesmo feia, e não sei como existiam caras tão babacas a ponto de quererem se aproveitar disso, era nojento e perturbador imaginar o que teria acontecido, caso eu não tivesse interrompido os planos daquele filho da puta lá fora.

– Pronto... – apertei a descarga assim que ela se afastou do vaso – Está se sentindo melhor agora?

– Não muito, acho que eu exagerei... – a vi limpar os lábios com as costas das mãos – Qual é o seu nome?

– Lizzie, pode me chamar assim. – me apressei em pegar alguns lenços, os quais estendi em sua direção – E você?

– Katherine, mas todo mundo me chama de Kath. – ela sorriu numa careta de dor – Por que me ajudou?

– Por que eu não ajudaria? – arqueei as sobrancelhas e, de repente, ouvimos passos pesados e apressados do lado de fora.

Num impulso, me adiantei trancando a porta com a chave, não queria arriscar e dar de cara com mais um babaca nojento hoje. Me afastei em direção a pia, um pouco antes dos passos cessarem, fazendo um claro sinal para a Kate ficar em silêncio. Tudo pareceu quieto por alguns segundos, até um rangido alto sobressair em meus ouvidos, como se alguém tentasse arrastar algo bem pesado. Devia ser algum escroto do time que bebeu demais, sem chances daquela cena com o Jason se repetir, certo?

– Quem está aí? – perguntei ao escutar o mesmo barulho esquisito se repetir, e pude ver a sombra de dois pés por baixo da porta – Pode parar a brincadeira quem quer que...

Estremeci com uma forte pancada contra a porta do banheiro, e de repente as sombras dos pés sumiram da minha vista, em seguida os passos pareceram se afastar em direção a escadaria, até que tudo voltou a ficar silencioso lá fora. Respirei fundo, engolindo o susto, e logo tratei de ajudar Katherine a se levantar. Passei a alça da minha bolsa de volta pelo ombro, e esperei alguns segundos, me certificando que a pessoa estranha havia mesmo ido embora.

Contudo, ao destrancar e empurrar a porta, não consegui abrir, tentei novamente com um pouco mais de força e percebi que havia algo pesado postado bem na frente, me impossibilitando de sair dali. Daí o rangido de algo sendo arrastado pareceu fazer sentido para mim. Ótimo! Não tinha mesmo ninguém melhor para pregarem uma pegadinha idiota como aquela? Bufei o ar pelo nariz, e comecei a esmurrar a porta, enquanto xingava quem quer que tivesse feito aquilo.

– Porra! – chutei aquela maldita porta com força.

– Olha, eu sinto muito, mas acho que ninguém vai ouvir a gente. – observou Katherine, se apoiando com as duas mãos sobre a pia.

– É, você tem razão... – desisti e me recostei ao seu lado, cruzando os braços enquanto tentava pensar numa alternativa mais eficiente para sairmos dali.

Gritar por socorro estava completamente fora de cogitação, ninguém lá embaixo ia nos ouvir, não importava quanto barulho conseguíssemos fazer. Até tentaria o celular da May, mas ela me disse mais cedo que tinha esquecido no quarto do hotel, o que me surpreendeu já que o tio Alex odiava dormir em hotéis. Pedir a ajuda do Jordan também não era uma opção, eu preferia morrer sequinha naquele banheiro. O que nos restava era tentar falar com a Mandy, ela devia estar lá embaixo na festa.

– E aí, nada? – questionei, após a terceira tentativa da Kath.

– Pra ser sincera, eu nem sei se ela está com o celular. – a vi rolar os olhos ao encerrar a chamada – Sinto muito ter te metido nisso.

– Não é sua culpa, além do mais... – peguei meu celular, tendo mais uma ideia – Acho que posso tentar outra pessoa.

Sem mais demoras, disquei o número do Christian, pois de todos lá embaixo ele me pareceu o menos bêbado, e não sei porque não foi minha primeira alternativa.

– Lizzie? – sua voz soou abafada após o terceiro toque – Aconteceu alguma...

– Ai, graças a Deus que você me atendeu. – não me importei em interrompê-lo – Um dos seus amigos idiotas me prendeu no banheiro, tem como você vir me ajudar?

– Fala mais alto, eu não estou conseguindo te ouvir. – pediu ele, do outro lado da linha.

– Estou dizendo que fiquei presa com a irmã da Mandy no banheiro, precisamos de ajuda! – falei mais alto dessa vez.

– O que tem no banheiro? Desculpa, a música está muito alta aqui. – rolei os olhos ao ouvi-lo dessa vez.

– ESTOU PRESA NO BANHEIRO COM A IRMÃ DA MANDY, SOCORRO! – gritei quase engolindo o celular.

– Tá legal, eu entendi agora. – Christian me fez dar uma risadinha – Já chego aí, espera um pouquinho.

– ACHA A MANDY PRIMEIRO, AVISA QUE A IRMÃ DELA BEBEU DEMAIS E ESTÁ PASSANDO MAL! – continuei aos berros.

– Está bem, aguentem firme. – concluiu ele.

– OBRIGADA! – gritei só pra zoar dessa vez, e logo encerrei a chamada.

Agora não tinha muito o que fazer a não ser esperar, me escorei na pia novamente, e depois de uns dez minutos encarando aquela maldita porta empancada em silêncio, com uma garota visivelmente mal ao meu lado, comecei a me questionar se o "nosso salvador" tinha mesmo entendido a mensagem. Já estava prestes a desistir e calcular outra saída, quando ouvi passos apressados pelo corredor.

– Liz, vocês ainda estão aí dentro? – perguntou Christian, um tanto eufórico.

– E onde mais estaríamos, não é mesmo? – respondi com outra pergunta.

– Tá legal, eu vou tirar isso aqui e... – escutei um rangido alto do lado de fora – Pronto, podem sair agora.

Soltei a respiração em alívio, e ajudei a Katherine para fora dali.

– Ai, meu Deus! Você se mete em cada uma... – ralhou Mandy, ao ver a mais nova em péssimo estado.

– Estou feliz por te ver também, maninha. – Kath rolou os olhos, se soltando de mim e abraçando a irmã pelos ombros.

– Obrigada, Liz. – agradeceu a mais velha, mesmo não tão contente.

– Não foi nada, mas podia ter sido. – alertei, o que fez a Mandy franzir a testa – Ela estava com o Ian do time de futebol.

– Ah, mas eu mato aquele garoto! – ela abraçou melhor sua irmã mais nova – Obrigada mesmo, vou levar ela pra casa agora.

– Tudo bem. – forcei um sorriso, e ambas se viraram em direção as escadas.

– Até mais, Lizzie. – Kath me olhou por cima dos ombros, e lhe respondi com um curto aceno.

– Anda, vem logo, sua tonta! Eu avisei pra não beber, o que tem na...

– O que foi isso aqui? – Christian chamou minha atenção – Não vai me dizer que a Christine estava com tanta raiva que trancou vocês duas aí?

– Não tinha nada de Christine, foi só uma pegadinha de muito mau gosto por sinal. – tratei de guardar meu celular de volta na bolsa.

– Desculpa, eu não sabia que iam fazer isso. – o vi erguer as mãos em rendição, e ri anasalado.

– Tudo bem, e obrigada pela ajuda, mas agora vamos descer, também preciso convencer a May de irmos embora. – acabei puxando aquele marmanjo pelo braço em direção as escadas – Essa festa já deu o que tinha que dar por hoje. Estou exausta, os meus pés estão me matando, sem falar que não aguento mais sentir esse cheiro forte de álcool pra todo lado.

– Se te interessa, eu estava pensando em ir embora também, posso dar uma carona pra vocês. – ele ofereceu com toda educação, e quase pude sentir meus olhos brilharem.

– Eu aceito, esses sapatos estão mesmo ferindo até a minha alma. – rolei os olhos, me esgueirando entre as pessoas dançantes.

Contudo, ao chegarmos à cozinha, o balcão estava vazio, e não havia nem mesmo sinal da minha amiga cabeça de vento por ali. Cruzei os braços, lançando um olhar muito bem humorado para Christian ao meu lado.

– Tá legal, acho que agora eu preciso confessar que sou uma péssima babá, desculpa. – ele se rendeu no primeiro segundo, e eu ri um pouco mais.

– Tudo bem, ela não deve ter ido muito longe. – tentei analisar a situação – Nós viemos daquele lado, e definitivamente a May não estava lá, então...

– Ok, vamos rezar para a garota bêbada não ter pulado na piscina, já entendi. – disse ele, como se lesse os meus pensamentos.

– Exatamente! – concordei risonha, seguindo ele para o deck nos fundos da casa.

No instante em que saímos, fui golpeada por uma brisa gélida que soprou meus cabelos, arrastando junto algumas fracas gotas de chuva. "Ótimo! Era só o que faltava!", foi o que pensei ao olhar para cima e ver um raio cortar o céu. Um segundo depois de observar isso, as pessoas começaram a sair da piscina e algumas esbarraram em mim, correndo apressadas para dentro de casa. Tentei sair da passagem, mas paralisei ao encontrar a May um pouco mais distante...

[...]

💕. Vocês já conseguem sentir o cheirinho do que vem no próximo capítulo???? KKKKKKKKK Estou muito ansiosa pra postaaaar, comentem bastante e não esqueçam de deixar a ⭐. Até loguinhoooo 😘

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