84.
LUDMILLA
Voltei para o quarto, ela continuava dormindo, sair, deixando a porta que dava acesso a cozinha aberta, passei por lá e depois fui para o quarto do meu filho.
Lud: Podemos conversar?
Miguel: Claro mãe, entra.
Eu fecho a porta e sento ao lado do meu filho que estava deitado na cama vendo TV.
Lud: Filho, queria que você me explicasse o que aconteceu.
Miguel: Tá Mama. Foi o seguinte, estávamos assistindo TV quando ouvimos alguém gritar o nome da mamãe, não demorou muito ele já veio abrindo a porta e mandando a gente sair, eu não queria, mas a mamãe disse que ia ficar bem, e quando saímos vi que ele fechou a porta com chave, fiquei ouvindo, eles falavam baixinho, a mamãe quase não falava - Ele falava olhando para TV. Aí não aguentei e comecei a chamar e bater na porta, aí ele abriu com tudo e veio para cima de mim, pegou meu braço e já foi gritando, a mamãe foi para cima dele e já foi pedindo para ele me soltar ,e o resto você já sabe.
Lud: Filho, ele te machucou? - Miguel nada fala, levanta a manga da camisa e mostra a mim, Eu me levanto e ando de um lado para o outro - Você foi mais uma vez um herói para sua mãe filho.
Miguel: Mama, fiquei com medo de ele bater na mamãe.
Lud: Mas não o fez.
Miguel: Ela está dormindo ainda?
Lud: Sim filho, mas vamos viajar viu.
Miguel: Ok Mama.
Lud: Vou ver sua irmã, até daqui a pouco campeão.
Eu vou ao quarto da Jas e a encontro com Graça que para distrair a menina brincava com ela, não falei nada, beijei a testa dela e depois de pedir a Graça que ajudasse a filha a se arrumar para viajar mais logo tarde sai, fui para o escritório, ligar para Erick contando a historia e depois de desligar logo em seguida, recebo a ligação da minha sogra que estava muito preocupada, depois de acalmar a senhora e dizer que íamos sim viajar, se despedimos e fui para o quarto, a Bru ainda dormia, olhei no relógio e vi que ia dar 18:00h, decidir então acorda-la.
Lud: Amor, acorda...
Ela lentamente abre os olhos e por um impulso me abraça.
Lud: Calma meu amor, tudo acabou.
Bru: Senti muito medo de ele me machucar, de machucar nossos filhos.
Lud: Ele não iria fazer isso, o que ele fez foi para te assustar.
Bru: E conseguiu, estou com muito medo.
Lud: Não vou deixar que nada aconteça nem a você nem a nossos filhos, isso você pode ter certeza.
Bru: Te amo.
Lud: Te amo ainda mais. Quando eu voltar de viagem, vou fazer uma reunião com os seguranças, isso foi falha deles.
Bru: Tudo bem.
Ficamos um tempo abraçadas, depois eu a informei que iam viajar sim, tomamos banho e logo já estavamos na sala, ela estava muito abatida, os olhos inchados, parecia que sentia sono, por mais que Eu e a Neti insistissem para ela se alimentar não conseguimos, Marcos e Patty demoraram um pouco, pegaram um engarrafamento, Brunna estava deitada no sofá, abraçada ao filho, Miguel estava ao meu lado, o abraçava também.
Neti: Você acha uma boa idéia viajarem? Olha para ela.
Lud: O Maurício nos liberou, ele disse que ia ser bom para ela e acredito que sim.
Neti: Não imaginei que fosse acontecer algo assim.
Lud: Muito menos eu, não gosto nem de pensar o que teria acontecido se meu cunhado não tivesse chegado a tempo.
Neti: Foi Deus que o colocou aqui.
Lud: Não irá acontecer mais, vou falar com os seguranças.
Miguel: Mãe, a mamãe dormiu.
Neti: É melhor colocar ela na cama.
Nesse momento o casal chega, falam com todos.
Marcos: Bru dormindo uma hora dessas - Olha pro relógio-
Lud: Aconteceu umas coisas, quando chegarmos lá te explico, agora vamos?
Levam as malas para o carro, depois das crianças acomodados, eu volto para pegar a Bru, encontrando na sala Neti com um travesseiro e uma coberta.
Neti: É bom levar isso, para ela fazer uma viagem confortável.
Eu nada falo, a pego no colo e a senhora nos segue, depois de acomodá-la no banco do carona, fecho a porta, dou as ultimas informações a Neti e saio seguindo o carro do meu amigo.
Chegamos a casa de campo quase meia noite, fizeram o percurso calmos, as crianças jogavam em seus tablets enquanto eu dirigia, Brunna não dormia mais, mas permanecia calada, olhava pela janela do carro.
Eu estava com o coração partido em vê-la daquela forma, não queria que ninguém a machucasse, que ninguém a fizesse sofrer, não estava conseguindo, depois do acontecido aquela tarde estava pensando seriamente em comprar uma casa fora do país e ir morar com ela e os meus filhos por lá. Prestava atenção à agora estrada de terra, mas também prestava atenção a ela.
Lud: Mô, está bem?
Bru: Sim, falta muito?
Lud: Não, em no máximo meia hora chegamos.
Finalmente chegamos, Brunna mais uma vez dormia, estacionamos, os pais de Marcos nos recepciona, Marcos e Patty já estava ao nosso lado, depois de pegar a minha Esposa no colo, as crianças desceram do carro e nos seguiram, se juntando, Carmem seguiu com todos nós para dentro, assim como os demais
Entrei no quarto com a Bru, depois de tomar banho eu volto ao quarto e vir que a minha esposa estava acordada, fui até ela e lhe dei um selinho.
Lud: Quer alguma coisa? Está sentindo fome?
Bru: Quero tomar um banho.
BRUNNA
Dei um selinho nela e seguir para o banho, ao ne despir e entrar no chuveiro vi que meu braço estava roxo, as marcas dos dedos dele ficaram ali, eu choro, imagino que o braço do meu filho também esteja assim, Ludmilla com certeza estranhou a minha demora no banho, pois entrou no banheiro para ver o que está acontecendo, ao entrar me encontra no chuveiro ainda ligado, abraçada ao meu corpo e chorando, ela não pensa duas vezes, vem até a mim e me abraça, ao me sentir abraçada o choro torna-se visível, e agora o choro saía alto, ela desliga o chuveiro e me pega no colo e leva para cama e me abraça, eu chorava muito.
Lud: Deixe-me pegar uma toalha para você Bru.
Eu nada falava, chorava abraçada a ela. Ela estava ficando desesperada, não sabia o que fazer. Lud mesmo comigo no colo, deu um jeito e puxou o lençol para me cobrir, depois de me cobrir, me abraçou outra vez, eu chorava que soluçava.
LUDMILLA
Eu já não sabia o que fazer, a coloquei na cama e fui ao quarto do meu amigo, não queria, mas precisava de ajuda, bateu algumas vezes, Marcos veio e abriu.
Marcos: O que houve?
Lud: Cara Desculpa, mas pede a Patty para ir lá no meu quarto.
Marcos: O que houve?
Lud: A Bru.
Marcos vai até a esposa e a acorda, que logo veste o roby e segue para o quarto, eu já tinha voltado, ao entrar ela me encontra com a Bru no colo chorando.
Patty: O que houve?
Lud: Depois te explico, me ajuda a acalmá-la.
Eu olhei no relógio, se passava das 3:30 da manhã, depois com a ajuda da Patty, vestir uma roupa nela, eu vou vestir uma roupa também, pois estava completamente molhada. Patty estava abraçada a ela que chorava ainda, não deixou de perceber o braço dela com marcas, isso a preocupou.
Patty: Vou chamar dona Carmem, para fazer um chá, ela não pode ficar assim.
Lud: Tenho vergonha. Nós só vem para cá e dátrabalho a eles.
Patty: Não se preocupe.
Depois que ela saiu, eu fui até a minha esposa e a abraço.
Lud: Amor, se acalma, pelo amor de Deus, está me preocupando.
Não demora muito Carmem entra com um chá, vai até ela e depois de muito insistir ela toma.
Car: Não se preocupe, é um chá de camomila, ela vai relaxar e vai dormir. E assim aconteceu, não demorou muito ela dormiu, o dia já havia amanhecido, depois de ela ter dormido, Carmem e Patty saem do quarto para deixar ela descansar, eu não dormir mais, fui ao banheiro e tomei outro banho, depois de escurecer o quarto, vou até ela a beijo e sai sem fazer barulho, me sento no sofá da sala.
Marcos e Patty apareceram, Carmem e João já estavam na cozinha.
Marcos: Precisamos conversar, mas vamos para cozinha.
Seguimos, depois de sentados e servidos começamos.
Marcos: As crianças ainda dormem?
Carmen: Sim, deixa eles lá dormindo.
Marcos: ótimo, assim podemos conversar mais tranquilos. Ludmilla, Patrícia me disse que viu o braço da Brunna com marcas, pareciam agressões, pode me explicar?
Todos olharam sem entender.
Lud: Não se preocupem, não fui eu não, nunca faria.
Patty: Então o que aconteceu?
Lud: O Caio invadiu ontem lá em casa e agrediu ela e o Miguel.
Marcos: E por que não me contou?
Lud: Estou contando.
Patty: Então por isso ela estar tão nervosa.
Lud: Sim, essa crise nervosa dela se dar a isso.
Marcos: Aquele cara não vai parar nunca?
Lud: Tomara que pare, por que estou a ponto de cometer uma loucura, para defender a Brunna sou capaz de tudo.
Carmem: Calma minha filha, tudo vai se resolver.
Lud: A raiva toda dele foi por que descobriu que ela está grávida.
Patty: E por que vocês vieram? Podíamos ter cancelado.
Lud: As crianças queriam muito vir, e o médico da Bru disse que seria bom para ela.
Carmem: Vamos cuidar dela.
Somos surpreendidos pelas crianças que me chamavam.
Lud: Não falem alto seus pestinhas, a mãe de vocês esta dormindo. Bom dia filhos.
Miguel: Bom dia mama, bom dia a todos.
Jas: Bom dia mama, bom dia todos.
Eles sentam-se a mesa, depois de serem servidos conversam comigo e os outros observavam tudo.
Miguel: mama, a mamãe acordou de madrugada não é?
Lud: Você ouviu?
Miguel: Ouvi sim, ela estava bem assustada mãe.
Jas: Eu não ouvi.
Patty: Que bom minha linda.
Lud: A sua mãe precisa muito de vocês e de todos nós.
Miguel: Mama, como vou esconder isso? - Mostra o braço, ele vestia uma regata.
Lud: Não precisa esconder, a Brunna sabe bem que ficaria assim filho, ela também tem marcas no braço.
Miguel: Queria tanto ter defendido a mamãe.
Lud: Mas você fez isso filho. - Todos observavam a conversa de nós três - O que temos que fazer é dar muito amor a sua mãe, e não vamos ficar tristes na frende dela certo? - Eles fazem q sim com a cabeça - E não vamos falar sobre o que aconteceu ontem, entendido?
Jas: Ta Mama. Mas se a mamãe falar algo ou perguntar?
Lud: Se ela falar, podem responder, mas procurem responder rápido e fugir do assunto, entendido?
Miguel: Ok.
José: Bom, como já tomamos café, Ludmilla posso mostrar a casa de campo as crianças?
Lud: Claro que sim.
Depois de se despedirem saem, deixando-os ainda na mesa de café - Eu, Marcos, Patty e Carmem-
Lud: Vou pro quarto, vou tirar um cochilo, não dormi nada, e não quero que ao acordar Bru veja que está sozinha.
Patty: Qualquer coisa chama.
Sair em seguida.
O pessoal continua conversando
Carmem: Quem é esse Caio?
Patty: Ex namorado da Brunna, é um louco.
Marcos: Ele é capaz de qualquer coisa para ficar com a Bru.
Carmem: Então ele é perigoso?
Marcos: Já aprontou algumas para separar a Ludmilla e a Brunna mãe, mas não conseguiu.
Patty: E nem vai conseguir.
Carmem: Vou fazer o almoço.
~ No quarto ~
Eu me deito ao lado dela que logo se aconchega a mim, não demora muito dormir.
Já se passavam das 13:30h, todos na sala conversavam. Menos Brunna e Ludmilla.
Carmem: Não é bom chamar elas?
Patty: Não, devem estar cansadas.
Miguel: Sabe tio, a mamãe é forte e valente.
Marcos: Sim amigão, ela é forte.
Jas: Ela gritou para o Caio não machucar meu irmão.
Miguel: E foi para cima dele tio, quando ele me pegou.
Patty: Esqueçam isso meus queridos, lembrem-se do que a mãe de vocês pediu hoje cedo, certo?
Miguel: Ok tia.
LUDMILLA
Acordamos ia dar 14:00h, depois de tomadas banho voltamos para cama.
Lud: Buh, você não comeu nada ontem e já é tarde e não se alimentou, vamos comer algo.
Ela nada fala, levanta-se comigo e segue para sala, indo em direção à cozinha, encontramos todos na sala, as crianças correm para abraça-la que os abraça e os beija.
Jas: Mamãe, hoje você está preguiçosa, olha a hora. - Todos riem.
Bru: A mamãe já está de pé meu amor.
Carmem: Vamos para cozinha, vocês precisam comer algo, principalmente você Brunna.
Carmem vai com a gente para cozinha, depois de servi-los saí deixando nós a sós.
Lud: Amor, está tudo bem? Sente algo? - Ela sorrir sapeca para mim.
Bru: Sinto sim, muita fome. - Eu sorrir alto.
Lud: Então pode comer.
Nós almoçamos, entre conversas e demonstrações de carinho, eu não quis tocar no assunto do que aconteceu, assim como ela, depois de comer, seguimos para sala onde todos estavam.
Marcos: Dona Mirian ligou, eu disse que estava tudo bem, falei que ligariam a noite, tudo bem?
Lud: Ótimo.
Bru: O que estão achando daqui filhos?
Miguel: Mãe, andei a cavalo.
Jas: Eu também mamãe, lembrei de você quando fez a Valentina.
A menina diz com empolgação, fazendo todos riem.
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