5.
LUDMILLA
Eu fiquei segurando o tecido junto ao rosto de Brunna até ver que o gelo derreteu, tirei do rosto dela, seguir até a cômoda colocando o pano Lá e voltei.
Lud: Está melhor?
Bru: Sim, obrigada. O que você veio fazer aqui?
Lud: O Miguel me ligou, falando que você e o Caio estavam discutindo e ele te puxou para fora da casa.
Bru: Nossa, o Caio estava alterado.
Lud: Por que terminou com ele? Ela me olha, acho que não imaginava que eu fosse pergunta-la assim, tão rápido, se sentou na cama, que até então estava deitada.
Bru: Ele não gostou de eu ter te parabenizado no seu aniversário. – Ela falou de cabeça baixa e eu solto um suspiro e ela continuou – Conversamos, e por decisão minha, achei melhor terminar com ele. - Eu sorrir de canto, ela me olha. - Mas não vá se alegrando, por que terminei com ele não quer dizer que eu vá voltar para você.
Eu nada falei, me levantei e fui até a janela, olhei por alguns segundos depois voltei a mirá-la.
Lud: Brunna, que medo é esse de tentarmos ser felizes?
Bru: Ludmilla, como quer que eu me arrisque outra vez com você? Para me trair mais uma vez?
Lud: Já te disse e repito mil vezes, não te traí, nunca te traí.
Bru: Não me contaram, eu vi, eu te peguei. Grita já chorando.
Eu me abaxei próximo a ela.
Lud: BRUNNA, POR TUDO QUE É MAIS SAGRADO, ME OUVE, ME ENTENDE... EU NUNCA TE TRAÍ, NUNCA TE TRAIRIA! EU TE AMO, NUNCA DEIXEI DE AMAR VOCÊ, NUNCA QUIS TE FAZER SOFRER! ARMARAM PARA MIM, ARMARAM PARA NÓS SE SEPARAR. - Eu falava com sinceridade e já chorando muito.
Bru: E se eu acreditasse em você, quem poderia ter armado isso tudo?
Lud: Eu não sei, mas eu vou te provar que nunca fiz isso. - Me aproximei mais dela. Vamos tentar, não deixa o nosso amor morrer, não deixa o nosso amor acabar Brunna, eu te imploro.
Brunna nada fala, nesse instante alguém bate na porta, Eu vou ver quem é, eram as crianças, já estavam vestidos para dormir, mas queriam ver a mãe.
Miguel: Mama, a senhora pediu para não incomodarmos a mamãe, mas ficamos preocupados, então viemos vê-la.
Lud: Entrem meus queridinhos.
Os dois entram e vão até o encontro da mãe, que mais que depressa são abraçados e beijados pela Bru, ficam ali cerca de cinco minutos depois se despedem e saem, deixando nós duas sozinhas mais uma vez.
Eu mais uma vez fico de pé, próxima a janela.
Lud: Sabe Bru, quando me escorraçou daqui, como uma Ninguém, meu coração se desfez em pedaços, não sabia como ia viver sem sentir suas caricias, seus beijos ao acordar, seu sorriso, sua birra. Sofri muito, sofri ainda mais por que eu era inocente e você não acreditou em mim.
Bru: Também sofri, você me causou um dano irreparável, tanto que decidi não continuar no quarto que ocupávamos.
Lud: Sim, e meses depois você começou a namorar com o Caio. Aí sim, percebi que tinha te perdido de verdade. Você me esqueceu muito rápido, não me deu mais uma chance e meses depois já estava nos braços de outro.
Ela abaixa o rosto, Brunna que ainda continuava sentada em sua cama, levanta-se e vai até a janela também, fica próxima a mim.
Bru: Você sabe, a Mia confia em você - Solta um leve sorriso. parece mais mãe sua do que minha.
Lud: Sim, tanto que ela não me abandonou, sempre vai até minha casa, sempre liga. Mas e você?
Bru: Eu o que?
Lud: Vai me dar uma chance? - Fui direta.
Bru: Ludmilla eu...
Eu imediatamente me virei para ela e coloquei o dedo em sua boca.
Lud: Não precisa me dar a resposta agora, hoje você teve muitas emoções, vou deixar você pensar o final de semana, na segunda voltamos a conversar, pode ser?
Bru: Sim.
Então me despedi dela
2 dias depois...
Dois dias se passam, era uma sexta feira, eu já estava estacionando o carro, iria pegar os meus filhos, depois de estacionar o veiculo segui para a casa, encontrando a Jas na sala de estar.
Lud: Meu anjo.
Jas: Mama... - Corre e me abraça.
Lud: E Seu irmão?
Jas: Ainda está terminando de se arrumar mama.
Lud: E sua mãe?
Jas: Está no quarto com a vovó.
Eu e Jasmine ficamos ali conversado enquanto esperavam Miguel, durante esse tempo Brunna desceu com a Mia, que mais do que depressa veio falar comigo, eu amava demais a minha sogrinha, isso nunca desfiz esse vinculo.
Mia: Minha querida norinha, não imaginei encontrá-la, estou indo embora, e pensei que viesse pegar esses pestinhas mais tarde.
Lud: Não Sogrinha, eu vim logo por que senti saudades dos meus pirralhos - Vi a Bru revirar os olhos. - Olá Bru.
Brunna apenas acena, Miguel desce, as crianças se despedem da mãe, a Mia também se despede e todos saem, deixando a Bru sozinha. Esse final de semana seria longo, ou curto.
BRUNNA
EU tinha que decidir algo, não sabia o que fazer, não sair de casa, decidi deitar cedo, amanhã o dia seria longo, não por que eu tivesse compromissos, mas sim, por que tinha que decidir algo muito importante para minha vida. No dia seguinte. Cerca de 10 horas da manhã, eu já estava de pé, tomei um café rápido e seguir para o escritório, teria uma reunião de ultima hora com Erick, já que próximo final de semana seria o meu show, depois de tudo resolvido, voltei para casa. Na quinta sairia em viagem, faria um show no Brasil estava muito feliz, amava aquele povo brasileiro, uma gente que sabia amar, chegaria na quinta e voltaria para o México no domingo a noite.
Cheguei em casa, quase duas da tarde, tomei um banho, almocei e mais uma vez sair, precisava conversar, tinha que ouvir uma opinião, tudo bem, sabia que essa opinião não a serviria de muito, mas ia tentar. Pouco tempo depois cheguei ao meu destino.
Lari Abri a porta.
Lari: Entre amiga.
Nos acomodamos no sofá e depois de conversarmos sobre coisas supérfluas...
Bru: Lari, o Caio foi me procurar em casa, na terça.
Lari: O que ele queria?
Bru: Foi pegar as coisas dele, mas como não me encontrou em casa, ficou esperando, discutimos e...
Lari: E?
Bru: Ele me bateu.
Lari: Ele fez o que? - Grita
Bru: Deixe eu terminar de falar tudo, aí você faz perguntas sim? - Lari assente. Bom, eu disse umas coisas a ele, acho que ele não gostou e me bateu, justo nesse momento, Ludmilla chegou - Lari ia me interromper, mas eu continuei. - Eles discutiram, Ludmilla deu um soco no Caio e depois de alguns minutos ele foi embora, claro, antes me pediu perdão e disse que não queria ter feito.
Lari: Meu Deus, e eu não sabia.
Bru: Ainda tem mais.
Lari: Mais?
Bru: Sim, depois a Ludmilla e eu ficamos sozinhas, depois de eu ter me acalmado e tudo, conversamos. Ela me pediu mais uma chance.
Lari: E já sei, você não vai dar.
Bru: Não é isso. Ela me pediu para eu pensar durante esse final de semana, mas não sei Lari.
Lari: Falou com a Dona Mia a respeito disso?
Bru: Sim e ela ficou muito feliz, você sabe, a Mia adora a Ludmilla.
Lari: Verdade.
Bru: Vou ver o que faço. Vou pedir a ela mais uns dias para pensar. Na quinta viajo para o Brasil, talvez, se ela me der até a volta dessa viagem, será melhor.
Lari: Não é uma má idéia, você não pode decidir uma coisa assim e se arrepender depois.
A Lari tinha razão, eu tinha que ter 100% certeza do que queria.
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