48.
LUDMILLA
Era 14:30h, todos estavam na varanda conversando, tinham acabado de almoçar. Eu e a Bru conversavamos enquanto as crianças brincavam.
Lud: Amor, poderíamos marcar uma nova viagem para fazenda não é?
Bru: Sim, afinal da última vez que fomos não aproveitamos nada né.
Lud: Verdade, alguém aprontou e se perdeu. - Sorriu
Bru: Para. - Ela dá um tapa no meu ombro.
As crianças chegam e começam a brincar com nós duas, ali reinava a paz e o amor. Passamos uma tarde muito agradável, já se passava das 18:00h, quando entramos, tomamos banho depois descemos novamente, sentamos à mesa para jantar as 20:15h, depois do jantar seguimos para sala de vídeo, onde as crianças ficaram assistindo e eu e Bru subimos, como era uma sexta feira, podiam ficar até tarde. Chegamos no quarto, se organizamos e se deitamos, depois de quase meia hora pegamos no sono.
Era 23:45h quando o meu celular toca, eu abro os olho com dificuldade, e depois de algumas tentativas consigo pegar o aparelho da mesinha da cabeceira que tocava pela segunda vez, nem olho quem era já atendo.
Ligação On
Lud: Alô - Falo com a voz roca.
Marcos: Mulher me desculpa em ligar a essa hora, estava dormindo?
Lud: Estava, também há essa hora queria o que né cara?!
Marcos: Ai que mau humor, mas deixe dizer o motivo da minha ligação.
Lud: Espero que seja algo muito sério.
Marcos: Preciso que venha até aqui agora.
Lud: Ta louco? Pra que?
Marcos: Perdi o sono e resolvi vir ler o contrato daquela empresa que te quer como garota propaganda, e vi algumas coisas que não são muito favoráveis.
Lud: Ah Marcos, pelo amor de Deus, não dá para ser amanhã - Olha o relógio. Ou mais tarde?
Marcos: Não, amanhã tenho que levar esse contrato assinado para o contratante, esqueceu?
Lud: É verdade. Chego aí em uma hora.
Eu olho para o lado e a minha esposa ainda dormia, tirei ela de cima de mim com cuidado, ela dormia sobre o meu peito, fui ao banheiro, saindo já vestida, depositei um beijo em sua testa e sair, eu preferir não acorda a Bru, pois conhecia a mulher que tinha e sabia que eu ia, voltava e ainda ia encontrá ela dormindo. Então eu fecho a porta com cuidado, sigo para garagem tirando um dos carros e saindo em seguida.
BRUNNA
~ Sonho ~
Estava tudo escuro, eu seguia correndo, sentia medo, era uma casa antiga, muito linda mais antiga, eu anda por todos os lados, procurava por alguém, abro as portas uma a uma, paro em frente a uma grande porta, estava cansada já, o suor em meu rosto mostrava que havia andado ou corrido muito, vou a fechadura e abro com cuidado, ao abrir me assusta com o que vejo, ela estava abraçada a uma mulher, estava abraçada aquela mesma mulher que a fez acreditar que ela havia lhe traído.
Bru: Não posso acreditar, não é verdade. - Eu falava baixo.
As duas me olham, riem.
Mulher: Ela é minha, consegui ficar com ela, ela é minha.
~ Fim do sonho ~
Eu acordo assustada, olho para o lado e não a ver ali.
Bru: Não pode ser... - Eu falo já chorando.
Levanto e vou ao banheiro, também não a encontro, o meu choro aumenta, agora estava mais grave, o medo tomou conta de mim, não foi um pesadelo, aconteceu de verdade, abro a porta e saio correndo, soluçava, abrir a porta do quarto de hospedes estava vazio, agora sim tinha certeza, no quarto ao lado alguém se assusta com o meu choro do lado de fora, ao sair ver que era eu sentada em frente a porta do meu quarto. Eu chorava muito e repetia "não foi um sonho, não foi um sonho" Neti corre até a mim e pergunta o que aconteceu, eu não a respondo, as crianças que dormiam ali perto acordam assustados, Neti vai até eles e pede que os mesmos entrem.
Neti: Miguel fique com sua irmã, não se preocupe sua mãe está bem.
Miguel: Como ela esta bem Neti? Olha o estado da minha mãe?
Nete: Vá para dentro e leve sua Irmã, preciso ajudar sua mãe.
As crianças entram e Neti corre ao meu encontro, eu chorava muito.
Neti: O que houve?
Bru: Ela foi embora me abandonou, me abandonou.
NETI
A Brunna estava muito nervosa e eu me desespero, com dificuldade consigo levá-la de volta para o quarto, Brunna chorava muito.
Neti: Quem abandonou você menina?
Bru: Ela, ela!
Foi então que eu percebi de quem ela falava... Ludmilla, será? Eu Penso.
Neti: Se acalme, vou ligar para ela, vai ver que ela está por aqui.
Eu pego o celular dela e disco o numero de Ludmilla que chama uma, duas, três vezes e nada, ligo mais uma vez e nada, desisto, olho para Brunna que chorava sem parar.
Neti: O que faço?
Pego mais uma vez o celular da minha patroa e ligo para Mia, mas também não atende, então o jeito era a Lari, mesmo sendo tarde precisava da ajuda de alguém.
Ligação on
Neti: Dona Lari desculpa em acordá-la, mas a menina esta precisando de ajuda.
Lari: O que houve?
Neti: Acordei com ela chorando, e está aqui muito nervosa.
Lari: E a Ludmilla?
Neti: Não sei.
Lari: Estou indo.
Ligação off
Não demora muito Lari chega.
Lari: Brunna o que houve?
Ela não falava, chorava abraçada a seu próprio corpo.
Lari: Bru, fala comigo amiga - Nada dela responder.
Neti: Não sei por que de ela estar assim, repetiu só “ela me abandonou”.
Lari: E a Ludmilla, cadê ela?
Neti: Não sei senhora, tentei ligar para ela, mas não conseguir
Lari: Me ajude.
Lari pegou os documentos dela e com muito cuidado levou a amiga até o carro, Brunna chorava muito, estava vermelha já.
Lari: Vou levar ela ao hospital, tenta falar com a Ludmilla.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro