LARISSA

Brunna gritava em seu quarto, acordou muito assustada, nós duas correu encontrando-a aos prantos, muito nervosa, pálida.

Mia: Filha o que ouve? – Dona Mia a abraça ela tremia

Eu corro e pegou uma água para ela, porém ela não se acalmava.

Lari: Fala o que aconteceu Brunna.

Bru: Estou com medo, muito medo. - Ela falou chorando.

Mia: Filha, não fique, estamos aqui, tudo dará certo.

Neti chegou e me chamou.

Neti: Brunno está aí, com a Luane.

Eu seguir para sala encontrando-os, depois de cumprimentar explico o que estava acontecendo, seguimos para o quarto dela. Bru quando ver o irmão pede o braço a ele que a abraça, ela chora abraçada a ele.

Brunno: Calma irmã, calma...

Ela aos poucos foi se acalmando, eu vi que ela estava cochilando nos braços dele, fui até a janela fechando-a e puxando a cortina.

Lari: Ela esta cochilando.

Mia: Filho, se importa de ficar aí com ela?

Brunno: Claro que não mãe.

Lari: Ela só vai conseguir dormir assim.

Brunno: Vão, não vamos fazer barulho, não se preocupem fico aqui com ela.

Saímos

BRUNNO 

Eu alisava a cabeça dela.

Brunno: Dorme... Lembra quando éramos crianças que quando você tinha algum pesadelo corria pra meu quarto pra eu te proteger? – Ela assente – Então, estou aqui como antes, para te proteger, dorme meu anjo.

Não demora muito ela dorme nos braços do irmão, ele encostado na parte de frente da cama e ela em seu colo.

LARISSA

Chego a sala junto com a Luane e Dona Mia, vou direto em meu celular.

Mia: O que vai fazer?

Lari: O que deveria ter feito há mais tempo.

Eu disco um numero, converso cerca de meia hora, desligando em seguida.

Luane: E aí?

Lari: Tudo feito, no final da tarde estará aqui. – Ando de um lado para o outro – Já era para termos feito isso desde o início. Luane, a Brunna não dorme desde o dia da viagem da Ludmilla.

Mia: Minha filha está muito cansada.

Luane: Ela esta abalada

Lari: A Ludmilla ficou brava quando eu disse o que estava acontecendo, me cobrou por que não falei antes. Disse que quando voltasse teríamos uma conversa, com a senhora também.

Mia: A entendo, ela não queria viajar, estava preocupada.

Luane: E Miguel e a Jas como estão?

Mia: Bem, eles parecem preocupado com a mãe também, o Miguel percebe mais as coisas do que a Jasmine, mas estamos conseguindo fazer com que eles se tranquilizem.

BRUNNA

Eu não dormir muito, porém deu para descansar um pouco, depois de tomar um banho na companhia de Luane, seguimos para sala de janta onde todos jantamos, depois seguimos para sala de jogos, onde conversamos animados, Brunno e Luane vão para casa, precisavam resolver uns assuntos, prometeram voltar a noite queriam conversar comigo. Eu estava deitada na cama, assistia TV.

No final da tarde, Lari estava sentada na mesinha ao lado, lia um livro, a porta estava fechada, já que Brunna não estava sozinha.

Alguém entra no quarto fazendo-as se virarem para porta.

Brunna vai ao encontro dela a abraçando, um abraço forte e tão protetor, Sair deixando elas sozinha, porém antes, a alerta.

Lari: Procura não conversarem agora, ela teve uma noite difícil.

Ela nada fala, Eu sair.

Brunna permanecia abraçada a ela, o silêncio ali era o rei, enquanto a abraçava a acariciava as costas, aos poucos foi sentando-se na cama, colocando-a em seu colo, o silêncio agora dava lugar a soluços, ela chorava, ela nada dizia, não queria falar nada por que sabia que iam acabar discutindo.

Na sala eu e a Mia conversavam.

Lari: Já faz um tempinho que estão lá.

Mia: Será que você fez mesmo o correto?

Lari: Depois que a vi correr para seus braços tive a certeza que era o certo.

Fui ao quarto para avisarem que o jantar já estava sendo servido, Lud assentiu. Brunna agora não chorava mais, porém permanecia ali. Lud saiu do colo da esposa e seguiu para o banheiro, deixando a Bru ali comigo.

Bru: Foi você que ligou para ela não foi?

Lari: Foi sim, tinha que fazer algo para ajudar você.

Bru: Não era para ter feito. – Parecia nervosa

Lari: Está reclamando?

Bru: Sim, você se meteu aonde não devia. – Eu paro e olho para ela, que continua falando –  Isso mesmo, você sabia que eu não queria que a Ludmilla soubesse de tudo o que estava acontecendo... – Eu a interrompo.

Lari: Faço um favor e é assim que me agradece.

Bru: Que favor me fez?

Lari: Não posso acreditar que estou ouvindo isso de você.

Ela fala Levemente alterada.

Bru: Estou cansada de sempre alguém se metendo na minha vida.

Lari: Esse é o problema? Então já está resolvido.

Lud: que gritaria é essa? Ela fala enquanto saia do banheiro.

Bru: É que...

Lari: Ela está reclamando comigo por eu ter ligado para você avisando o que estava acontecendo.

Bru baixa a mirada, Ludmilla a olha incrédula.

Lud: Queria que eu ficasse sem saber o que estava acontecendo Brunna?

Bru: Que droga, já falei para ela... – Apontando para mim – Que não está acontecendo nada.

Lari: Como não está? Você não dorme direito desde o dia que sua esposa viajou, não se alimenta por culpa de uma droga de um sonho.

Lud: Você passar noites sem dormir, não se alimenta direito e ainda diz que não está acontecendo nada?

Bru: Você não precisava saber, a Larissa não era para ter falado nada.

Lud: Era para ela, ou melhor, ela não, você, era para você ter me falado desde o dia em que teve esse sonho. Eu merecia saber o que estava acontecendo, estou fora há quatro dias, ia ficar mais dois fora, e se fosse passar mais dias? Brunna, olha para você, está cansada, mesmo com essa barriga enorme nota-se que emagreceu.

Bru: Cansei de ver todos querendo mandar em mim.

Lud: É assim que pensa? Queremos mandar em você?

Bru: Não, mas a Larissa sim.

Ludmilla Anda de um lado para o outro, enquanto é observada por mim e a Brunna.

Lud: Olha o que está falando... Lari passa esses dias com você, não dorme direito também assim como você e a Senhora Gonçalves Oliveira ainda reclama.

Bru: Ela veio por que quis, não pedi.

Eu me sentir mal com o que a minha amiga diz e sair do quarto.

BRUNNA

Lud: O que deu em você? Esses dias mal dormidos afetaram seu cérebro ou o quê Brunna? – Ela saiu também, deixando-a sozinha.

Eu sento na cama, cansada, coloco a mão na cabeça, que droga fiz? Olho para porta que estava aberta, penso em ir atrás deles, mas desisto, o que aconteceu não podia ser mudado, não naquele momento.

LARISSA

Seguir para sala chorando, Ludmilla vem logo atrás.

Lari: É melhor eu ir.

Lud: Claro que não, você fica aqui, a Brunna tem que pedir desculpas a você.

Lari: É melhor não, ela tem razão.

Lud: Aonde Larissa? A Brunna tem que agradecer por tudo o que você tem feito por ela todo esse tempo, sempre que ela precisou, você tava aqui ao lado dela, você faz tudo de braços abertos, sem reclamar. Vou ter uma conversa com ela, isso não pode ficar assim, não mesmo.