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104.

LUDMILLA

Eu peguei o notbook e coloquei na cama próximo onde a minha esposa estava sentada.

Bru: Não estou entendendo nada.

Lud: Já vai entender, só quero que preste bem atenção.

Eu ligo o aparelho, enquanto o mesmo liga, eu vou até o celular e disco para Marcos: “Já estamos prontas” eu falei, depois desliguei, Brunna não estava entendendo nada, Eu fui até ela lhe depositei um selinho, depois passo a mão na barriga dela e fico prestando atenção ao aparelho que estava a frente de nós duas.

Bru: Amor vamos ficar olhando o notbook a tarde toda?

Lud: Calma, jaja entende.

Não demora muito a skype é acionada, recebemos uma chamada de vídeo e eu logo atendo.

Lud: Olá seu José. Olá dona Carmem, como estão?

Car: Bem minha filha, olá minha querida, como anda? E esses bebês?

Bru: Estamos bem obrigada. Olá seu Jose. Seu José, o senhor estar em um hospital? – Presta atenção ao quarto.

José: Sim minha querida, mas apenas para fazer alguns exames

Bru: Em pleno domingo?

Car: Sim, mas não estamos aqui para falar da saúde do meu marido.

Bru: Mas está tudo bem?

José: Sim, não se preocupe, tudo controlado.

Bru: O que precisarem podem falar conosco, os ajudamos com todo o gosto.

José: Muito grato minha querida, e sabemos disso. Mas, Ludmilla já contou a ela?

Abrir um largo sorriso.

Lud: Ainda não.

Bru: Contar o que?

Car: De uma linda surpresa que sua esposa preparou para você minha filha.

Bru: Aí meu Deus, estou ansiosa já. – Eu apenas sorrir

Car: Minha filha, sei que ficou sabendo que meu esposo está enfrentando uns probleminhas de saúde não é?

Bru: Sim, e volto a repetir, podem contar com nossa ajuda.

Car: Obrigada, mas bom, com isso, infelizmente não poderemos mais administrar nossa casa de campo...

Bru: Que pena.

José: Com isso, decidimos nos desfazer da nossa propriedade.

Bru: Vocês tem certeza que vão fazer isso?.

Car: Sim minha querida, por que sei que os compradores são pessoas boas, e o melhor, irão nos receber como se estivéssemos em casa.

Lud: Com certeza. – Bru ainda não percebia o que acontecia.

Bru: Verdade. Mas é triste, por que esse lugar é magnífico.

Car: Sabemos o quanto você gosta desse lugar, então, como um passe de mágica alguém que não imaginaríamos que compraria nos procurou ontem à noite, e fechamos negócio.

Eu estava boba com ela, parecia uma criança que acabara de perder seu melhor brinquedo, achei divertido.

Bru: Já venderam?

Car: Sim, fechamos o negocio ontem.  – Repetiu

A Bru vira-se para mim.

Bru: Amor, então temos que ir embora, já que já venderam.

Lud: Não precisamos.

Bru: Como não precisamos?

Lud: Brunna, o comprador sou eu.

A Bru para, olha para mim, depois vira para mirar o aparelho, voltando a olhar para mim.

Lud: Sim, comprei, é meu presente para você.

Ela abre um largo sorriso e me abraça, o casal que estava do outro lado da tela rir.

Bru: Não acredito.

Car: Meu filho se encarregará de tirar nossos pertences daí, bom, vamos encerrar a chamada, obrigada minhas queridas.

Bru: Eu que os agradeço, obrigada por tudo.

Lud: Fiquem bem, e reforçando o que minha esposa falou, podem nos procurar se precisarem de algo.

Car: Sabemos sim, mas o que você nos mandou pelo meu filho já é o bastante. – Encerrando

Bru: Amor, você mandou uma quantia para eles?

Lud: Sim, são os pais do meu empresário e a cima de tudo amigo, tinha que ajuda-los. – Ela me abraça

Bru: Que presente lindo.

Eu tiro o aparelho da cama e volto, dessa vez sento de frente a ela.

Lud: Podemos conversar um pouco?

Bru: Claro.

Lud: Ontem, você conversou comigo, quer ir embora daqui por um tempo.

Bru: Sim.

Lud: Mô, faço o que você quiser, mas antes, vamos conversar a respeito disso.

Bru: Antes você queria e eu que não quis, agora é você que não quer?

Lud: Bru, eu queria fazer isso sem pensar, eu estava agindo de cabeça quente. Faço o que você decidir, mas vamos pensar em uma coisa, e quando eu precisar viajar, você vai ficar sozinha com o Miguel e a Jasmine?

Bru: A Mia disse que se muda também amor.

Lud: Não vamos conseguir escola no meio do ano para as crianças.

Ela se levanta, já demonstrando nervosismo.

Bru: E o que você me propõe? Que eu fique a mercê das ameaças do Caio?

Lud: Você está protegida, reforcei a segurança, sempre tem alguém com vocês, o Mj não larga o seu pé, podemos mudar seu número mais uma vez.

Bru: Isso vai adiantar?

Lud: Podemos vir morar aqui enquanto você não ganha os bebês, o que acha?

Bru: Não sei, estou assustada.

Lud: Eu sei disso, pensa mais um pouco em tudo o  que conversamos e se mesmo assim você quiser se mudar para outro país, nós vamos, ok?!

Bru: Ok.

Nos abraçamos, e deitamos, não demora muito ela acaba adormecendo, eu a deito, e sair da cabana, sento ali em uma pedra que tinha próximo a entrada e disco o número.

Lud: Sogra, está ocupada?

Mia: Não, pode falar.

Lud: Conversei com a Brunna, ela me disse que quer sair do país.

Mia: E o que você diz de tudo isso?

Lud: Não sei, não acho que vá adiantar, comprei a casa de campo.

Mia: Que bom, mas decidiram viajar?

Lud: Falei meu ponto de vista para ela, agora é com ela. Sogra, depois que conversei com a Lari, percebi que não é uma boa viajarmos, queria fazer aquilo sem pensar.

Mia: Eu que a induzi a viajar, mas vocês sabem o que é melhor, só tenho medo de acontecer algo a minha filha.

Lud: Não vai acontecer, bom, vou desligar, amanhã conversamos com mais calma.

Mia: Ok.

Lud: Meus filhos estão bem?

Mia: Sim, estão aqui, sua mãe também está, e Brunna e os outros?

Lud: Tudo bem. Até amanhã sogra. Diga a dona Silvana que mandei um beijo.

Desligando, eu volto para dentro, a encontro ainda dormindo, vou até ela e a acordo, tínhamos que voltar para casa, para almoçar, conversamos enquanto caminhamos de volta.

Lud: Mô, só tem uma coisa que não te falei.

Bru: O que?

Lud: A Cabana, dei ao Marcos.

Bru: Que bom, por que afinal, pertence a ele. Amor, o que você fizer para mim está bom.

Não demora muito chegamos, depois de tomar um banho rápido sentamos a mesa e almoçamos em um clima muito amistoso, depois seguimos para sala onde assistimos a um programa na TV.

Um mês depois...

BRUNNA

Eu estava com 6 meses de gestação, as crianças estavam de férias, eles estavam na casa de campo, Eu por fim, decidir não sair do país, pelas crianças e por que sabia que onde quer que estivesse Caio me encontraria, também não estavamos morando na casa de campo, Eu não quis ficar longe das crianças, decidimos então contrinuar com a rotina de sempre, eu mudei o número, dando-o apenas ao Erick, Lari, Mário e a Mia, além de Ludmilla, não queria dar a mais ninguém por segurança.

Era uma quarta feira, como era época de férias, estavamos passando o mês lá, Eu, Mia e as crianças. Ludmilla estava viajando.

Bru: Amor, quando volta?

Lud: Daqui dois dias, minha vida.

Bru: Ainda?

Lud: Sim, mas passa logo, e como está tudo?

Bru: Bem

Lud: As crianças se comportando?

Bru: Sim.

Lud: Amor, estão me chamando para entrar no palco, te ligo ou mais tarde ou amanhã de manhã. – Desligando em seguida.

Eu fico angustiada, não sabia o motivo, mas estava com algo ruim, tipo, um prescentimento, depois de desligar o aparelho seguir para sala encontrando a mia lendo um livro.

Mia: Estava falando com Ludmilla?

Bru: Sim. – Respondi em um tom triste.

Mia: Está tudo bem com ela?

Bru: Sim.

Mia: Filha, o que você tem?

Bru: Nada... Bom, estou angustiada mia.

Mia: Porque?

Bru: Não sei.

Na capital...

Caio: Como não encontraram o lugar?

...: Não chefe,  a mulher parece que foi engolida.

Caio: Não é possível. – Pega o controle e liga a TV, Ludmilla se apresentava – Então Vamos mudar os planos.

...: Não entendi chefe.

Caio: Como pode ser um tapado, presta atenção ao que vou te dizer, e ai de você se fizer errado, acabo com sua raça.

...: Ok chefe, pode falar.

Caio: É o seguinte...

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