Capítulo 5_ Piter.
— Max! O que você está fazendo aqui! –gritei, me levantando num salto.
— Estava escutando atrás da porta, ué –ele revirou os olhos
— Max! –repreendi
— Mas isso não importa, o que importa é você gosta de mim e me acha bonito –eu revirei os olhos para sua tamanha audácia, mas é claro que eu achava, afinal quem não acha? Max era como um deus grego.
— Eu disse aquilo para ajudar Megan. Não se sinta o importante –o sorriso e felicidade de Max ainda estava intacto, ele não acreditava nas minhas desculpas.
Nem eu acreditava mais.
— Tanto faz. O que importa é que você fez uma promessa. Até onde eu sei, promessas são para serem cumpridas –eu o encarei perplexa e irônica, Max tinha ganhado essa, eu nunca quebrava promessas.
— Tá. É. –revirei os olhos, Max sorriu e se virou para sair do quarto
— As oito então?
— Combinado –me joguei na cama suspirando, coloquei minhas mãos no rosto pensando no que acabara de acontecer; terei um encontro com Max.
O que foi que eu fiz para merecer isso?
O sono veio à tona, ele sempre vinha quando eu estava ansiosa de mais, então acabei apagando pensando em 2 "palavrinhas":
"Às oito."
∆∆
Já eram oito horas e eu estava aqui, esperando Max me chamar.
Eu estava nervosa, e toda hora passava a mão no meu vestido de renda vermelho para "desamassar", ou então checava meu cabelo preso em um coque frouxo para saber se estava tudo "ok".
Estou tensa. Muito tensa.
Já faz anos que tive um "encontro" e foi com alguém que conhecia há anos. E Max era totalmente um desconhecido e não me disse para onde iríamos.
Ninguém nos impediu de sairmos, minha mãe falou que precisava viajar e me deixou com o Max (como se não se importasse de me deixar com um DESCONHECIDO!) e Dylan; eu não a vejo há horas! Max disse que ela gosta de farrear e nessas horas estaria dançando um funk pesadão.
Escuto batidas na porta.
Levantei bruscamente, meu cuturno se chocou com o chão fazendo um barulho estrondoso.
Droga
— Riley você está bem? –Max sussurrou da porta — Que barulho foi esse? Você caiu?
— E-estou e não caí. –que bonito! Agora Max acha que eu caí. Era possível escutar sua risadinha de deboche
— Ok então. –andei até a porta trancada trêmula, "por que minhas pernas estão tremendo? É só um cupido boboca!".
Respirei fundo "É só Max, é só o idiota do Max", e então abri.
Logo dei de cara com um cupido sorridente. Ele estava de um jeito relaxado mas ao mesmo tempo arrumado "isso era possível?"
Encarei suas roupas arqueando a sobrancelha e pensei se aquilo era ou não uma roupa ideal para um encontro.
Ele estava usando uma roupa totalmente normal (comparado ao que usara anteriormente), uma calça jeans, blusa e jaqueta.
Sua jaqueta era da cor jeans e suas mangas eram em um tom pastel. Era uma jaqueta bonita, quando voltarmos do encontro tenho que me lembrar de rouba-la pra mim.
Por baixo uma blusa branca, acho que foi a 1° vez que vi Max de branco. Encarei sua cintura, e não tinha vestígios de armas "ufaa, sem trabalhos de cupidos hoje!". A única coisa que não mudara naquele look era seu cabelo, continuava bagunçado como sempre.
— Vamos? –ele estendeu o braço galanteador, sorri fraco antes de passar o meu braço sobre o dele e sairmos rumo à rua.
Nossa viagem não foi muito longa, estávamos em um lugar super reconhecido por mim, era o meu restaurante favorito!
Lembro-me de que antes de aprender a cozinhar enviei meu currículo para poder trabalhar ali, mas parece que os donos não aceitam alguém que só sabe fritar ovo e fazer miojo especializada em sabor galinha caipira. Então desistir e hoje sou uma desempregada.
— Max... –exclamei —Como...
— Meu trabalho é te observar... –sorrir eu o puxei para dentro do restaurante famoso por sua lasanha deliciosa. Ele me deixou o guiar e parecia estar se divertindo com tudo aquilo.
— Esse é meu restaurante favorito... Não sabia que você me traria aqui –ele puxou a cadeira me ajudando a sentar
— Eu queria que nosso 1° encontro fosse em um lugar que você gostasse. –sentou-se à minha frente
— Por que um restaurante? Gosto de várias outras coisas também –arqueei as sobrancelhas
— Eu sei que gosta, mas nada se compara a sua gula, você come muito! E não existe nada melhor que ganhar um gordo com comida –dei-lhe um soco fraco, nós sorrimos descontraídos e aquela tinha sido a primeira vez que eu e Max tínhamos nos dado bem.
— Você me conhece bem... É uma pena que não posso falar o mesmo –era estranho saber que ele conhecia tanto sobre mim, eu mal sabia seu nome completo. Eu não era uma desconhecida para ele, mas pra mim ele era apenas um cupido recentemente descoberto e estranho.
— O que quer saber sobre mim? –ele colocou os braços sobre a mesa formalmente e me olhou atentamente
— Tudo.
— Tudo? –arqueou a sobrancelha
— Apenas o necessário para que eu não fuja achando que é um cupido assassino procurado –ironizei, ele sorriu graciosamente
— Máximos Lovegod, 25, moro em eternal love a capital do mundo dos cupidos. Tenho uma irmã e é super chata, um demônio em pessoa... –eu soltei uma risada, Dylan e Max eram hilários! — e serei o futuro rei de lá da qui há algumas semanas... –não prestei mais atenção no que Max falou a seguir, ele era o futuro rei mais uma novidade pra mim!
Casamento, cupido, e agora rei...
Que mais coisas descobrirei sobre o garoto à minha frente?
— Ser rei é algo totalmente incrível Riley... Quando nos casarmos você também será uma, e tenho certeza que será grandiosa –eu sorri fraco. Ele estava sendo fofo comigo, embora saiba que não estou preparada para nada inclusive casamento.
É difícil entender toda essa história, por quê tenho que me casar com Max? Por que fui escolhida para tudo isso?
— Você deve estar se perguntando porque quero me casar com você –assenti em concordância, ele pegou na minha mão e olhou nos meus olhos —A resposta é simples, eu te observava. Você é uma garota incrível, e eu me apaixonei, me apaixonei tanto que fui capaz de separar um casal que eu mesmo criei... –eu sorrir, a sinceridade de Max era comovente, eu o julguei mal ele é um garoto incrível. — Cupidos só se apaixonam uma vez, e é raro quando é por humanos, por isso há uma regra sobre isso. Cupidos devem se casar com seu verdadeiro amor. Mesmo que obrigatoriamente –abaixei minha cabeça pensativa e pensei na ideia de casamento; meu coração acelerou ao imaginar Max no altar, quê diabos está acontecendo comigo? — Eu vou fazer você me amar Riley. Não quero te levar ao altar à força. –aquilo foi o suficiente para que eu começasse de fato, olha-lo com outros olhos.
Eu sempre sonhei em me casar e tinha planos para isso, mas infelizmente meu ex e primeiro namorado preferiu me trair do que simplesmente me pedir em casamento.
Ele se ajeitou na cadeira soltando minha mão e chamando o garçon, nós ficamos em silêncio sorrindo um para o outro.
— O que vocês vão querer? –o som daquela voz me fez levantar bruscamente me obrigando a encarar o garçon.
Max também parecia estar surpreso juntamente do "garçon".
Eu encarei aquela figura enorme de terno estupefata antes de sussurrar incrédula:
— Piter... –encarei seus olhos quase minúsculos e orientais, ele ainda estava o mesmo, ainda parecia ser o mesmo, mesmo depois de tudo que aconteceu.
Estávamos paralisados, nunca imaginei que o encontraria tão rápido.
Ouve um silêncio constrangedor e aquela cena começou a ficar estranha e ser notada por pessoas à nossa volta, um de nós tinha que falar e eu não seria essa pessoa.
Pude escutar Piter limpar a garganta e endireitar a postura apertando firme o cardápio em suas mãos, ele sorriu sem mostrar os dentes e entendendo a mão para mim disse:
— Olá Riley. Eu estava esperando você.
∆∆
Esse é o look que foi inspirado na roupa do Max
Esse garoto da foto se chama Jackson Wang, e ele vai ser baseado no Piter :)
Aposto que vocês nunca imaginaram um Coreano como Piter né kk.
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