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ÚLTIMO CAPÍTULO

Olá meu amores, como vcs estão?

Primeiramente desculpem-me pelo sumiço, mas as vezes acontecem tantas coisas de uma só vez, que temos que nos desligar e focar somente em uma coisa, se não dá o famoso tchutchi kkk

Bom, e nesse período eu me desliguei completamente da história  então se ficou algo pendente que eu não tenha colocado, quando eu fizer uma revisão eu acerto...

Sobre Hanna e Issac, vem no epílogo.

Nesse período de bloqueio surgiram algumas coisas como novas ideia, pequenas mudanças e até mesmo uma história completa... ficará top o encerramento da série...

Próximo livro como vcs já sabem é do Mustafá, depois um livro curto com o desfecho do Zayed e finalizo a série com o livro da Melissa, teremos uma passagem de tempo bem importante,  longa...  então os filhos estarão presentes... assim vcs matam a curiosidade de como ficará essa criançada que está vindo aí.  😁

Ah, o epílogo está tão lindo. 🥺❤

Boa leitura!

Ainda sinto meus músculos tensos da noite mal dormida. Zayn assim que entrou no avião simplesmente apagou. Sorrio, enquanto o admiro dormindo ao lado de Aysha. Ontem durante o jantar com nossos amigos, notei que ele e Almir tratavam de negócios, ambos querem aproveitar a vinda de Zayn para o Brasil para acertarem algumas pendências, com alguns prováveis exportadores. Eles nunca param de trabalhar.

Olho os dois dormindos, tão lindos, sou inundada pelo sentimento de gratidão, a tudo que tenho. Sempre sonhei com isso, e por mais que eu acreditasse em milagres, no poder da fé, eu confesso que nunca imaginei que realmente conseguiria alcançar.

Uma lágrima desce dos meus olhos, e, eu a limpo rapidamente antes que ele acorde. Sempre fui chorona, mas esses dias estão demais. Passo a maõ em minha barriga e sorrio, me sentindo plenamente realizada. Preciso achar um momento ideal para contar a novidade. Pensei em contar após o jantar, mas não tivemos tempo.

Escuto uma batida na porta da cabine, e vou ver o que é.

— Em trinta minutos iremos pousar. — a comissária avisa. — A senhora vai querer que eu prepare algo antes de desembarcar? O desembarque até a liberação deve demorar algum tempo. — ela olha no relógio. — Aqui no Brasil é quase hora do almoço.

— Pode ser. — ela sorri gentilmente. — Mas prepare somente o que comemos no café da manhã. — ela concorda.

— Irei servir assim que o avião parar no hangar.

— Obrigada. — agradeço.

Demorou em torno de uma hora para que saíssemos do aeroporto em direção ao hotel que ficaremos. Estou olhando tudo a minha volta com verdadeira curiosidade, o dia está lindo e o sol por aqui também se faz presente.

Quando o carro entra na orla da cidade, eu me assusto com a normalidade das pessoas em andarem com tão pouca roupa. Tudo bem, eu já sabia disso, mas mesmo assim não consigo esconder o espanto. Sinto um puxão na minha roupa e quando olho, vejo Aysha tentando comer um pedaço do meu vestido.

— Não pode meu amor. — tiro o tecido de sua mãozinha e ela tenta sair do meu colo. — Nada de manha, mocinha. — vendo que não tem jeito ela olha para o pai em busca de auxilio. Acabo rindo da sua atitude.

Zayn está olhando algo no celular. Os carros param em frente a um grande hotel, quando desço vejo que os seguranças e a babá de Aysha já estão entrando no hotel, e tão logo entramos no saguão somos levados para fazer o check-in, com os cartões em mãos somos levados até os elevadores.

— Este é o hotel que Almir comprou? — pergunto a Zayn.

— Sim. — ele responde.

Um jovem sorri assim que as portas se abrem. Ele conversa em inglês com Zayn e percebo que ele olha para nossas roupas pelo espelho quando as portas se fecham. Ele e Zayn continuam conversando e logo o rapaz se endireita e o sorriso some, não prestei atenção na conversa, então não sei o que falaram para que a mudança acontecesse.

Assim que estamos dentro do quarto e as portas fechadas, olho para Zayn.

— O que você falou para que ele mudasse daquele jeito? Estava tão sorridente. — Zayn revira os olhos e começa a roupa.

— Perguntei se ele gostava do trabalho. — fico sem entender.

— E, somente isso era motivo para ele mudar daquela forma? — coloco Aysha no chão e ela sai engatinhando.

— Como ele disse que sim, falei para manter os olhos longe de você. — eu o encaro.

— Você não fez isso?

— Fiz. — ele diz indo em direção ao banheiro.

— Zayn... — vou questionar, mas ao ver que Aysha está quase derrubando um vaso deixo de lado, e pego minha filha.

Uso a porta conjugada e a levo até a babá, que veio dessa vez. Desde que viajei com ele para a festa de Ayra, senti a necessidade de ter uma pessoa de confiança para cuidar dela, e me ajudar.

— Ela mamou na vinda para o hotel. — ela concorda e pega minha princesinha. — Vou tomar um banho, e já volto. — ela concorda e eu volto, fechando a porta. Vou até o banheiro e escuto o barulho de água escorrendo.

— Antes que você questione qualquer coisa em defesa do pobre coitado. — ele fala ainda de costas para mim. — Ele olhou tempo demais para você Jasmim, e, isso constrange qualquer pessoa, podemos estar em ouro país, e os costumes serem totalmente diferentes, mas ele na função que ocupa deve inspirar confiança e respeito a todos, independente dos costumes. — fecho a boca pensando no que ele falou. — Ele vê e escuta muita coisa, e tem que se portar de forma neutra a tudo. Não em caso de violência, claro. — ele vira-se enxaguando a cabeça. — Usei o que ele fez como exemplo, não foi só por ele ter olhado tempo demais para você.

— Você não foi duro demais com ele? — ele ri do que eu falo.

— Não, Jasmim.

— Como sabe?

— Ele ainda está trabalhando, não está? — Zayn fala dando de ombros.

Acabei entrando e tomando um banho junto com ele, e quando saímos do banheiro tinha um recado da babá dizendo que Aisha havia dormido depois de tomar banho. Aproveitei meu momento de esposa e sai do quarto com Zayn, para conhecer o hotel.

Ele já estava bastante familiarizado com o ambiente, cheguei a pensar que Zayn já tivesse vindo, mas ele disse que conhecia por foto e pela planta que estudou bastante, até andou discutindo as reformas com Almir, e deu algumas ideias de melhorias. A ideia é deixar esse hotel com mais estrelas que ele tinha quando foi comprado.

Estávamos sentados em um ambiente bem aconchegante quando quase engasguei com a cena que vi na minha frente. Primeiro porque achei que tivesse álcool no drink de frutas que eu estava bebendo, mas quando Zayn olhou na mesma direção e xingou algumas palavras feias, eu vi que não era uma alucinação. Era realmente ele.

Então a moça que discutia com ele, deu as costas o deixando sozinho e foi nesse momento em que Zayed começou a vir na nossa direção.

— Pensei que estivesse álcool nisso. — falei rindo e colocando o drink de lado.

— E, eu que ele estivesse longe. — retrucou Zayn assim que Zayed se sentou a nossa frente.

— Que mundo pequeno. — ele falou com um sorriso, que somente eu, retribui. —

— O que faz aqui? — perguntei.

— Vim tirar um tempo para mim. — ele respondeu olhando na direção em que a moça seguiu.

— Achei que estivesse no rio. — Zayn comenta.

— Não, preferi ficar. — a moça loira volta, e Zayed finge não ter notado, vira e conversa comigo. — Mas, me diga, o que está achando do Brasil?

— Chegamos faz pouco tempo. Não vi nada ainda. — ele concorda e olha rapidamente na direção na moça que não está mais lá. — Quem foi para o rio? — ele e Zayn se entreolham e Zayed meneia a cabeça. — Dá pra vocês pararem de falar assim. — balanço a cabeça e os dois dão risada.

— James e Mustafá, estão no rio. — Zayn comenta.

— Mustafá foi resolver um assunto lá com James e eu preferi ficar. — olho para Zayed que complementa, e depois para o local onde a moça estava e acabo rindo. Olho para Zayn que não fala nada, mas acaba deixando um sorriso escapar ao perceber o mesmo que eu. Reviro meus olhos. Homens.

— Podemos sair depois e conhecer alguns lugares. — Zayed sugere e antes que eu consiga pensar, Zayn empurra o copo do suco que ele estava bebendo e se levanta.

— Não atravessei o oceano para ter você como companhia. — Zayn me estende a mão e eu lhe dou um tapa pela grosseria. — Nem vem Jasmim, essa é a nossa primeira viagem, com certeza seu amigo tem coisa melhor pra fazer do que ficar empatando meus planos. — ele olha na direção onde a moça saiu.

— Cara, você é chato. — Zayed reclama quando eu me levanto e acabo rindo da birra dos dois. Chega ser engraçada.

— O bom de ser chato, é que não rola. — uma atendente passa e Zayn pede para colocar na conta do quarto.

— Vai ficar quantos dias florzinha? — Zayed ignora Zayn ao meu lado e conversa comigo. — Espero que tempo o suficiente para jantarmos um dia todos juntos. — sorrio.

— Um jantar, claro. — concordo e escuto a bufada do meu marido ao meu lado. Zayed sorri para ele como se dissesse, está vendo? — Vamos? — falo para Zayn que concorda na mesma hora. — Tchau Zayed, comporte-se. — falo ao notar que somos alvos do olhar aguçado da moça, e agora vendo melhor noto que ela veste uniforme do hotel.

— Pode deixar mãezinha. — quando ele fala dessa forma, eu me lembro que esqueci de perguntar sobre ele e Malika, mas acho que Zayn percebe o que se passou pela minha cabeça, porque me puxa pela mão.

— Deixa para ter essa conversa com ele quando eu me ausentar. — começamos a nos encaminhar em direção aos elevadores. — Terei uma reunião essa semana, então você coloca o papo em dia.

— Se você sabe que eu vou conversar com ele, porque foi tão grosso? — ele sorri ao apertar o botão do elevador.

— Para não perder o costume.

MUSTAFÁ

— Não me formei na melhor universidade da Inglaterra e conquistei meu estimado currículo para estar num lugar desses. — olho para meu almofadado acompanhante que está olhando a cidade pelo vidro do carro. — E você tem certeza que esse tal de Bruno vai estar nesse tal de baile funk?

— Vale lembrar que você está aqui porque trabalha para Almir, se trabalhasse para mim, com certeza você não estaria. — James ri balançando a cabeça.

— O que Almir tem de mim, dinheiro nenhum poderia pagar Mustafá. — olho para ele levantando a sobrancelha de forma inquisitiva. — Minha lealdade.

— Todos tem seu preço, não se engane com o contrário, é somente uma questão de tempo. — sorrio.

Recebo a mensagem de Abul com o endereço do tal baile e com as instruções que devemos seguir para poder entrar na tal comunidade. Passo o endereço para o motorista e o guia local então seguimos para lá.

— Porque você não mandou seus capangas pegarem ele e pronto?

— E perder o melhor? — pergunto puxando um sorriso irônico. — A caçada é a melhor parte, você ver o vacilar nos olhos da sua presa o exato momento em que a ficha começa a cair, é algo que pra mim não tem preço. — começo a imaginar a cena. James está me olhando sério. — Cada um com seus gostos.

— Você é estranho. — sorrio com seu comentário.

Logo chegamos a uma rua bem movimentada, os vidros do carro foram baixados e a luz interna ligada, segundo o que nosso guia local falou ser necessário. Todos nos olhavam com estranheza. Virando em uma esquina notei como pessoas se aglomeram, dançam ao som alto que vem de diversos carros.

— Aqui tem que fazer tudo conforme eu falei, ta ligado? — o cara que se intitulava como mano alguma coisa, começou a conversar com o motorista e nos olhou pelo espelho retrovisor esperando alguma resposta. Somente concordei sem fazer ideia do que ele falava. — O bagulho ta doido hoje. — ele continuava divagando sem que ninguém precisasse responder algo. — Já falei pro meu parça que tirei a noite grande, chegar com os gringos só vai aumentar minha moral.

— Seja o que Deus quiser. — escuto James falar.

Quando saimos do carro, fomos levados direto para dentro de um grande pédio, segundo o que entendi é o clube onde o baile vai acontecer. Desde que Bruno chegou ao rio, sei que ele tem freqüentado esses bailes, inclusive parece ter alguém da família no meio do negócio.

— Se liga, as novinhas aqui pira nos gringos. — ele fala sorrindo e dá um empurrão no meu braço. Encaro o sujeito e pela liberdade, e como ele arregala os olhos, acho que entendeu que não gostei. — A noite de vocês promete também. — terminou de falar olhando para frente.

Entramos no prédio e se a música já era alta fora, dentro estava mais. As pessoas se expremiam, ou, melhor se esfregavam uma nas outras no ritmo da música. Éramos alvos de diversos olhares curiosos, mas que logo desviavam. Subimos uma escada e chegamos a um local menos ocupado.

— Pode falar pro seus parças que aqui eles podem relaxar, o patrão ta ligado da presença de vocês. — ele sorriu mostrando os dentes, quando apontou para meus seguranças. — Tá tudo na paz. — olhei em volta vendo as pessoas.

— Quando ele deve chegar? — perguntei e ele ficou confuso, mas logo entendeu.

— O vacilão que você ta atrás? — confirmei. — Relaxa, logo ele da às caras por aqui. — ele balançou a cabeça. — Vacilão da porra, não sabe que as mina da família é sagrada. — ele parecia inconformado. Ele se fudeu, se fosse os vermes vindo atrás dele, ele taria a salvo, mas não foi. — o tal sujeito começou a rir.

— Ele sabe os motivos que fizeram você vir atrás do Bruno? — James aparece ao meu lado com uma garrafa de alguma coisa na mão e sorri. — Cerveja.

— Ele sabe o que precisa saber. — digo e volto a olhar o ambiente.

Isso não parece ser nada diferente de alguns lugares que já fui. Mulheres de todas as idades, algumas parecem realmente só querer se divertir, outras estão atrás da vítima da noite. Enfim pessoas são pessoas em qualquer lugar.

James apesar de ter reclamado agora já parecia bem enturmado no clima. Sorrio. Até arrisca conversar com algumas moças que se aproximava dele. De mim até o momento ninguém teve a coragem ou ousadia de se aproximar, creio que meu espírito não estava muito para festa, e isso deve estar estampado em minha cara. Sentei em um sofá e fiquei bebendo enquanto o baile seguia o fluxo. Notei o momento em que o tal mano que não fecha a boca, fez sinal indicando que quem eu esperava havia chegado.

Cheguei a sentir o sabor da doce vingança na boca. Bom eu não faria nada aqui, nem agora, mas estar diante do cara que bateu e abusou da minha irmã me deixava no mínimo excitado. Revirei os olhos e balancei a cabeça. Eu preciso transar. Começar a ficar excitado com tortura, não é um bom sinal.

Como o combinado ele foi trazido para nossa área e como já havia sido jogado algumas conversas sobre um empresário gringo estar procurando alguém que tenha conhecimento no ramo de hotéis. Bom, confesso que esse não era meu plano quando embarquei para cá, mas conversar com James durante o vôo, algo surgiu em minha mente, e no momento meu ideal é tirar ele do país, de livre e espontânea vontade.

Então, eu sou o cara que ele vai bajular a noite toda na tentativa de me convencer que ele é o cara ideal para ocupar a vaga. Sorrio quando ele se aproxima acompanhado do mano. Eles conversam e o tal aponta para mim, que não disfarço e os encaro. Eles se despedem e o tal Bruno se aproxima.

James olha de onde está e reconhece o futuro finado das fotos que me foi enviado. Ele somente sorri e levanta a garrafa de bebida. Levanto o copo que estou bebendo em um brinde silêncioso. A noite promete. Penso no que o mano falou logo quando chegamos.

— Cara, fiquei sabendo que está a procura de alguém... — desvio olhar de James e encaro minha presa que fala comigo em um inglês bem fluente. — Acho que sou quem procura. — ele termina estendendo a mão para mim. Baixo o olhar, mas não me movo.

— Porque acha que é quem procuro? — respondo em português mesmo. Ele fica surpreso.

— Estou surpreso em você falar português. — ele ri.

— Te garanto que as surpresas não ficarão somente aí. — me movo e coloco o copo na mesa improvisada a minha frente. — Mas então, porque acha que se encaixa?

— Tenho um vasto conhecimento em rede hoteleira. — ele abaixa a cabeça. — Não vou poder lhe mostrar nada aqui, tive um pequeno probleminha na justiça e isso sujou meu currículo. Mas não apaga meu conhecimento, se me der uma oportunidade posso mostrar como sou competente. — ele está animado com a possibilidade.

— Probleminha? — pergunto.

— Infelizmente sim, mas se confiar em mim. — sorrio.

— Confiança é algo que não tenho por ninguém. — ele fica parado. — Mas vou te dar a chance de mostrar quem você é. — nesse momento uma mulher passa a minha frente conversando com outra.

Seus cabelos são tão longos que chega a altura da cintura, e quase chega a esconder a bunda empinada. Nossa! Seus traços são um tanto diferentes do que vi até o momento. Não consigo ver o tom de pele já que o ambiente não permite, mas olhando para ela me lembra uma índia.

Ela também me olha e pisca. Me ajeito melhor no lugar e encaro a mulher a minha frente que começa a dançar ao som da batida da música. Ela e a amiga apóiam as mãos nos joelhos e empinam a bunda, e requebram fazendo diversos movimentos.

— Ela ta na sua. — ouço uma voz ao meu lado, então lembro do tal Bruno. Consegui esquecê-lo por um minuto? Volto a olhar para as moças e vejo que James já está conversando com a amiga da índia. Retiro um cartão do bolso.

— Esteja amanhã cedo nesse hotel e conversamos. — ele pega o cartão e me encara. — Se realmente quiser. — caso não apareça, eu te caço. Penso sorrindo ao me levantar.

— Estarei lá.

— Eu sei que estará. — mexo nos cabelos e vou em direção do meu próximo alvo.

Me aproximo de onde elas estão dançando e James olha para o Bruno que ainda está sentado no mesmo lugar.

— Ele mordeu a isca? — ele pergunta se aproxmando por causa da música alta.

— Creio que engoliu sem morder, mesmo. — respondo admirando o sorriso que recebo da mulher que chamou minha atenção. — Ele vai estar no hotel amanhã cedo.

— Então já podemos ir embora? — ele pergunta e eu o encaro estranhando sua pressa. Ele começa a gargalhar. — Achei que era intocável. — as duas cochicham algo e riem. Pelo visto virei motivo de piada interna.

— Como você se chama? — pergunto ao pé do ouvido dela. Aproveito para sentir o perfume.

Ela já aproveita e envolve uma das mãos em minha nuca, e se aproxima mais, creio que ficando na ponta dos pés, já que é mais baixa que eu.

— Me chamos Nay. — ela fala raspando as unhas em minha pele. Seu ato responde diretamente na minha virilha. Mulher ousada. — Mas pode me chamar de borboleta. — ela ri. — passo uma de minhas mãos em sua cintura e a trago mais para perto.

— Butterfly... — texto seu apelido em meus lábios.

— Então você que é o dono? — ela pergunta.

— Dono de que? — minha pergunta a faz sorri mordendo os lábios. Então ela volta a se aproximar do meu ouvido.

— Dono dos meus desejos. — putaaaa que o pariu. A ousadia dela mexe comigo. Ela se afasta e ri olhando meus lábios.

— Espero que voar amanhã não seja um de seus desejos, Butterfly. — pisco. Ela sorri e se afasta abraçando a amiga.

— Essa é minha amiga Luana, ela é de Brasília, está passando uns dias aqui. — a amiga sorri e cumprimenta James. O mesmo a encara com a famosa cara de cachorro abandonado que usa. Reviros os olhos.

Eles começam a conversar, mas confesso que o assunto que gira em torno é o último dos meus atuais. Olho mais uma vez para a morena de cabelos longos...

Realmente a noite hoje promete.

DOIS DIAS DEPOIS...

Estou tomando um suco em um dos espaços reservados a recreação do hotel quando vejo Zayed ao telefone passar pelo corredor de acesso. Zayn foi resolver algumas coisas e preferi ficar, eu já tinha combinado de sair com meu amigo.

— Pronta? — ele pergunta assim que se senta ao meu lado.

— Sim, confesso que estou um pouco nervosa. — ele ri balançando a cabeça.

— Relaxa, você vai amar a tarde que vamos passar. — faço sinal para a babá que está com Aysha em um dos brinquedos. — Ainda não acredito que seu marido deixou você sair comigo. — acabo rindo.

— Pare de implicar com Zayn. — lhe dou um tapinha no braço, em repreenção. — Ele não é tão ranzinza como você pinta. — ele revira os olhos.

— Você o ama. — ele diz. — Já ouviu dizer que o amor é cego? — ele pega Aysha assim que a babá se aproxima. — Oi minha fofuxinha. — ela pula em seu colo. — Eu também estava com saudades.

— Dá dá dá... — ele a beija. Com todo essa carinho do meu amigo para com minha filha eu lembro da pergunta que eu tanto queria fazer a ele.

— Como estão as coisas entre você e sua mãe?

Pergunto assim que começamos a caminhar em direção a saída do hotel. Dois carros já estão nos esperando, um para nós e o outro são os seguranças. Essa foi a única condição de Zayn para que pudesse passar a tarde com Zayed.

— Acho que estão como devem estar. — a resposta dele foi um pouco seca, o que achei estranho, pois Malika é um amor de pessoas, e tão carinhosa com todos.

— Porque está falando assim? — ele me encara, e faz sinal para que eu entre no carro.

— Ainda me sinto estranho, é como se eu tivesse tirando algo de alguém. — ele me entrega Aysha, e dá a volta no carro para entrar no outro lado. Um dos seguranças fecha a porta e quando meu amigo está dentro do carro eu volto a perguntar.

— Porque você se sente assim? — ele somente balança a cabeça. 

— É estranho, eu não sei dizer. — ele abaixa a cabeça. — Eu só preciso de tempo, só isso. — eu sorrio e seguro em sua mão.

— Por isso veio para cá. — compreendo sua atitude, e ele concorda. — Apriveite o tempo que está tendo, eu conheço sua mãe, ela não vai te dar tanto tempo assim. — eu acabo rindo e ele também. — olho para fora vendo as ruas da cidade. — Afinal onde você vai me levar? — prefiro mudar de assunto.

— Vou pagar uma promessa que fiz a uma pessoa que é muito especial. — olho confusa, e, ele somente sorri.

Depois de um tempo o carro para em frente a uma casa. Uma casa simples, mas muito bem cuidada. Assim que descemos do carro, o portão é aberto e tenho uma surpresa e tanto quando vejo de quem se trata.

— Eu não acredito que realmente está aqui. — meus olhos já estão cheios de lágrimas, e quando sou envolvida pelos braços de dona Magnólia, a mãe de Ayla sinto que elas caem pelo meu rosto.

— Que surpresa. — falo me afastanto. Magnólia segura meu rosto e me beija.

— Essa é sua princesa? — ela beija a mão de Aysha.

— Sim, essa é a Aysha.

— Venha mocinha você tem muito o que me contar. — ela segura meu braço e me puxa para dentro da casa.

— Minha parte da promessa eu cumpri. —Zayed fala.

— Estou vendo. — eles se olham e riem. — Seu bolo que macaxeira com queijo está saindo do forno. — eu fico de boca aberta.

— Jasmim você tem que aprender a fazer esse bolo. — ele passa por ela e entra na casa sem esperar pela dona.

— Ah esse menino. — dona Magnólia somente ri e balança a cabeça. — Ele é muito especial.

— Sim, ele é sim.

Passei uma tarde maravilhosa ao lado da mãe de Ayla. Conversamos sobre tudo um pouco e claro, tive que concordar com Zayed que o bolo da dona Magnólia valia a promessa. Estava delicioso. Ela me convidou para voltar quando quisesse, e disse que logo iria para Dubai, porque queria conhecer a neta que nasceu.

Quando já estava de volta ao hotel, deixei Aysha com a babá depois de dar um belo banho e amamentá-la. Do jeito que estava cansada, logo ela dormiria. Voltei ao meu quarto e tratei de tomar um banho também, o clima aqui era bem parecido com o de Dubai. Quando sai do banheiro escutei a voz de Zayn pelos cômodos do quarto, pelo tom ele não estava nada feliz, o deixaria cuidar do que fosse e fui me trocar. Quando sai do closet ele estava parado perto da grande janela olhando para fora, parecia perdido em pensamentos. Me, aproximei de mansinho e o abracei por trás.

— Como foi sua tarde? — ele perguntou acariciando meu braço. — Desculpe não poder ter ido junto. — contornei seu corpo parando na sua frente e o beijei na boca.

— Minha tarde foi maravilhosa. — vi quando ele torceu o nariz, e ri.

— Pelo visto não fiz muita falta. — senti um pouquinho de ressentimento em suas palavras, mas decidi ignorar.

— Sabe onde eu fui? — ele negou, mas eu sabia que era mentira, os seguranças já deveriam ter lhe informado de tudo. — Vou fingir que acredito. — ele sorriu. Como eu amo esse sorriso. Beijei novamente sua boca, ele enlaçou minha cintura. — Mas vou te contar do mesmo jeito.

— E, eu vou amar ouvir. — Zayn olhou para o telefone.

— Passei uma tarde maravilhosa com a mãe de Ayla. — ele não pareceu surpreso, o que confirma que ele já sabia. — Zayed trocou minha visita por um bolo, acredita? — fingi estar ofendida. Ele riu. — Eu nem sabia que tinha tanta saudade dela, mas bastou ela me abraçar para que eu me lembrasse a forma carinhosa com que ela sempre me tratou.

— Já gosto dela. — bom, são nesses momentos que eu me derreto toda. Volto o abraçar.

— E como foi sua tarde? — me afasto um pouco. — Parece que não foi muito boa.

— Foi tudo como esperado, foi produtiva. — ele respirou fundo e eu senti que algo o estava incomodando. — Foi o telefonema que recebi que Issac que me deixou assim.

— O que aconteceu?

— Samira está me ameaçando. — senti um frio na barriga ao ouvir aquilo.

— Como assim?

— Ela ameaçou jogar tudo na mídia se eu não ceder. — seu semblante fechou e eu queria fazer qualquer coisa para que ele não ficasse assim.

— Isso parece não ter fim. — o abracei. — O que eu posso fazer para melhorar seu humor? — ele sorriu e me abraçou mais forte, beijando minha cabeça.

— Você já está fazendo. — acariciei suas costas. — Sua presença parece fazer tudo sumir. — foi minha vez de sorrir, e me afastei o suficiente para olhar em seus olhos. — Não vamos sair hoje. — ele comentou baixo. — Vamos ficar no quarto hoje, e aproveitar nosso tempo. — concordei. — Quero ficar mais com Aysha e com você. Só nós três. — senti meu coração acelerar quando ele falou: nós três. Sendo que agora somos quatro.

Ficamos ali abraçados por alguns minutos olhando a praia, o dia já se encerrava, o sol estava se pondo e a coloração alaranjada já pintava o céu. Estávamos deitados em uma espreguiçadeira e a noite se fazia presente, a brisa levemente fria me fez aconchegar mais a ele.

Eu amava tantas coisas nele, que será difícil escolher, mas esses momentos carinhosos, só nosso, tinha um lugar especial em meu coração.

— Sobre seus planos de passarmos a noite somente nós três, acho que não vai dar certo. — comentei acariciando seu peito. Ele moveu a cabeça, e me olhou sem entender. — Vamos estar em quatro.

— Jasmim, você já passou a tarde com seu amigo e... — coloquei o dedo em seus lábios, e neguei com a cabeça. Eu acho que não vou conseguir falar sem chorar, já sentia meus olhos nublados.

— Porque agora seremos em... quatro. — falei e senti a lágrima descer. Ele passou o dedo por onde ela escorreu.

— Quatro? — Zayn perguntou e desceu os olhos para minha barriga.

— Sim. — confirmei. — Então sempre que fizer algum plano para nós, pense em quatro. — sua mão acariciou minha barriga de leve.

— Quando soube?

— Semana passada, mas estava esperando o momento certo de contar. — ele riu, mas logo sumiu de seu rosto o sorriso.

— Alguém já sabe? — estranhei sua pergunta.

— Não, eu fiz um teste de farmácia.

— Então estou sendo o primeiro a, saber?

— Sim. — ele sorriu. — Porque dessas perguntas?

— Geralmente eu sempre sou o último á saber de qualquer coisa, gostei de ser o primeiro. — eu ri e o abracei. — Então seremos quatro.

— Está feliz? — perguntei.

— Eu sou feliz ao seu lado Jasmim. — sua mão segura meu queixo me fazendo olhar em seus olhos. — Sou muito grato a Allah por você e por nossa filha, ou filhos no caso de agora em diante, então não existe momento errado. Filhos são bênçãos e sempre vem nos momentos certos. — ele me beija selando suas palavras. — Mas tenha em mente que será como se fosse meu primeiro filho, já que não acompanhei nada da Aysha, você vai ter que me explicar muitas coisas. — eu não consegui segurar mais as lágrimas que já desciam em abundância. — Porque você está chorando desse jeito?

— Eu te amo. — falei o abraçando. — Primeira coisa que deve saber é que grávidas choram muito. — ele limpou meu rosto e beijou logo em seguida.

— Estou vendo. — falou sorrindo. — Qual é a segunda? — pensei no que poderia ser, e o que me veio na mente fez minha bochecha esquentar, e fechar os olhos. — É algo tão ruim assim? — neguei e não sabia se ria ou chorava.

— Talvez, eu não sei. Será uma novidade para mim também, já que na de Aysha eu não tinha ninguém. — ele franziu a testa. — Eu tinha pessoas que me ajudavam, mas não nessa parte.

Fui até seu ouvido e cochichei o que era. Eu não iria conseguir falar em voz alta. Zayn se afastou e me olhou meio assustado.

— É sério isso? — concordei, sem saber onde enfiar minha cara de vergonha. — Gravidez te deixa mais excitada?

— Fala baixo.

— Não tem ninguém aqui Jasmim. — ele falou rindo. — Eu não acredito.

— Eu sei que não tem ninguém, mas sei lá, admitir isso não é fácil. Não para mim, pelo menos. — Zayn se levantou e me pegou no colo.

— Para você isso chega ser quase uma tortura. — ri, e entramos no quarto.

— Porque entramos? Estava gostoso lá fora. — fui colocada na cama.

— Vou torturar você a noite toda. — ele começou a tirar as roupas. — Ou até minha pequena ciumenta acordar. — acabei rindo pelo apelido que ele deu a Aysha. Ele deitou em cima de mim sem colocar peso e beijou rapidamente meus lábios. — Vamos aproveitar essa fase. — falando isso Zayn começou a espalhar beijos pelo meu corpo, conforme ia tirando minhas roupas.

Eu realmente estava vivendo meu conto de fadas, e de quase perfeito não tinha nada. Era tudo perfeito!  


Sobre o que Mustafá fará com Bruno, vem no livro dele.

Até mais...

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