PENÚLTIMO CAPÍTULO
Olá meu povo, eu sumi eu sei, e olha que nem foi porque fui pular Carnaval... eu particularmente não gosto.
Mas sumi por motivo de saúde mesmo... hj posso dizer que foi um susto. 😬
Mas graças a Deus deu tudo certo. 🙏
Obrigada pelo carinho e orações, mesmo que eu não tenha falado nada, sei que muitas ficaram preocupadas e oraram por mim e minha família. Eu jamais poderei retribuir isso... muito obrigada!
Até no meu grupo de watts eu não falei nada... tem momentos que precisamos só ficar quietinha e nos concentrar em quem realmente pode tudo. E mais uma vez Deus se fez presente na minha vida.
🙏 só agradecendo !
Boa leitura.
Mais tarde irei postar Heitor... ❤
— Como não se lembra de nada? — perguntei a Mustafá quando estávamos sozinhos no quarto do hospital. A enfermeira havia feito o controle, e eu tinha recebido a permissão de entrar.
— Não lembrando. — ele falou dando de ombros. — Lembro de ter entrado na casa, e depois de ter acordado aqui. — ele sorriu. — Sei lá, vai ver é algum tipo de amnésia pós-traumática.
— Isso acontece quando se bate a cabeça, e você não bateu a cabeça. Levou um tiro. — falei me sentando na poltrona. — Eu tive uma discussão com Haidar depois que você foi socorrido e o que ele falou dava a entender que não o tiro não era para você. — ele olhava para mim com curiosidade. — Cheguei a pensar que fosse uma emboscada para mim.
— Você brigou com o cara por minha causa? — ele me olhava sério.
— A forma como ele falou, deu a entender que era para mim, não para você.
— O tiro não era para você, com certeza. — ele falou divagando. — Mas ficaria feliz em saber que brigou por minha causa.
— Não era para mim? — repito o que ele falou. — Então você lembra? — ele voltou a sorrir.
— Quero dizer que não somos parecidos, não teria como se confundir entre nós. — estava claro que ele sabia e não queria me dizer o que realmente aconteceu, naquela noite.
— Só espero que você saiba onde está se metendo e o que está fazendo. — o alertei.
— Acho que já sou um pouco grandinho para tomar minhas próprias decisões. — me levantei e ele tentou se sentar. — Merda!
— Você vai ficar de molho por um tempo, vai se acostumando.
— Assim que sair de cima dessa cama, irei tirar umas férias. — ele sorriu. — Tenho um assunto pendente no Brasil. — eu sabia que assunto era esse. Ele iria atrás do tal Bruno. — Nada melhor do que relaxar fazendo o que gosta. — eu ri balançando a cabeça.
— Se cuida.
— Eu sempre me cuido. — falou e eu o encarei, depois olhei para o os aparelhos. Ele revirou os olhos. — Ou quase sempre.
DUAS SEMANAS DEPOIS...
As coisas começavam a se encaixar de forma natural. Não estava sendo fácil para ninguém, mas estava mais difícil para meu pai. Eu tinha Jasmim e Aysha, meu pai não tinha ninguém fora a mim.
Em uma das noites passadas ele lembrou de como pensava em minha mãe como sua salvação no passado e hoje se culpa de certa forma por tudo. O que não acho certo, ele errou eu sei, mas cada um é responsável por seus erros, e minha mãe era a única responsável por tudo o que aconteceu.
Ele viveu uma vida toda, ao lado dela e agora descobrir a verdade dessa forma, realmente não era algo fácil, mas ele se culpar não mudaria essa mancha que paira sobre minha família. Paro o carro no comercio local em um dos bairros afastados da cidade. É aqui que o pai de Jasmim mantém seu pequeno negócio.
Antes de resolver vir aqui, levantei tudo sobre ele e sei que sua loja é tudo o que ele tem. Conversei com Jamal e ele disse que o pai se recusa a pegar dinheiro dele para qualquer coisa. Isso mostra que é um homem honrado em seu ganho.
Minha sogra eu sei que não gosta de mim, mas meu sogro eu não tinha tido a oportunidade de conhecer, além do dia em que bateu em Jasmim. Apresar de nesse momento meu lado vingativo estar falando ao meu ouvido, tenho que pensar em Jasmim. Ela ama o pai. E eu respeito isso. Sei que o que ela fez, foi realmente algo grave diante de nossos costumes e sei que muitas mulheres na mesma situação perdem a vida, são mortas apedrejadas, e abandonadas a própria sorte por suas famílias.
Lembro de Jasmim, e o que poderia ter acontecido a ela, se Zayed não a tivesse encontrado no dia em que ela estava fugindo. E hoje eu entendia esse carinho que ela tem por ele, realmente é algo que o dinheiro não compra. Tudo do que aconteceu com Miray, Mirit com Ayla quando tiveram que fugir por medo do que poderia acontecer.
Eu sentia aquela dor no peito todas as vezes que me lembrava de Miray, as lembranças dela tinham um peso maior, porque da mesma forma como meu pai se sentia culpado pelo que aconteceu, eu também me sentia. O que era confuso porque eu não achava certo ele se culpar, e no, entanto eu estava sentindo o mesmo.
Deixei isso de lado e antes de descer do carro, olhei para Issac que desde que tudo aconteceu se mantinha mais calado, e eu agradecia por isso. Segurei o envelope com os documentos e o encarei.
— Você aguarda aqui. Se der tudo certo eu te chamo. — ele olhou para o lugar.
— Espero que sua ideia de certo.
Saio do carro e vou a procura do pai de Jasmim. Enquanto andava e direção a loja eu notava a forma como todos me olhavam. Alguns sorriam, outros olhavam com curiosidade, talvez não soubessem quem eu era, mas minhas roupas diziam de onde eu vinha.
Parei em frente e olhei a fachada da loja, estava caindo aos pedaços, e agora já não sabia se achava honrado ele recusar ajuda do filho para manter o comércio. Entrei e me deparei com dois homens conversando com ele no balcão.
Eles conversavam e não notaram minha presença, até que um deles percebeu e parou de falar. O que chamou a atenção dos outros dois, que olharam na mesma direção. Não sei se o pai de Jasmim me reconheceu, se o fez, manteve para ele, porque não esboçou nenhuma reação. Me aproximei.
— Salaam Aleikum. (que a paz esteja sobre vós). — cumprimentei a todos.
— Alaikum As-Salaam. (esteja a paz de Deus sobre vós também). — responderam. Os dois homens se afastaram para que eu pudesse ser atendido.
— O que deseja?
— O senhor sabe quem eu sou? — ele olhou para os dois que fingem conversar, mas que na verdade estavam prestando atenção em tudo. O que era bom, já que eu sabia que orgulho eu sabia que era algo que meu sogro tinha de sobra.
— Sim. — coloquei o envelope em cima da mesa.
— Isso me poupa tempo. — tirei os documentos de dentro do envelope e empurrei a ele. — Sobre sua dívida, ela está paga. — ele franziu o cenho.
— Mas como? — ele olhou para os amigos, depois para mim. — Eu iria pagar.
— Tenho certeza que sim. — na verdade ele e eu sabíamos que ele jamais conseguiria pagar esse valor no prazo estipulado.
Ele me encarou e pela forma como me olhou, ele havia entendido que eu não iria expor ele na frente dos seus amigos. Apesar de ser minha vontade. Ele olhava as folhas e olhou para os dois que estavam olhando para nós.
— Então agora eu devo a você? — ele perguntou baixo.
— Eu vim por Jasmim. — vi a surpresa em seus olhos. — Eu não vou entrar em detalhes, mas gostaria que o senhor me procurasse em meu escritório. Como passarei a ser seu sócio, vejo que o lugar precisa de uma boa reforma. — ele me encarava, e eu já não sabia se agia assim por espanto ou por não queria falar na frente de outras pessoas.
— Sócio? — voltou a perguntar como se duvidasse.
— Sim, e não se preocupe a reforma será por minha conta. — os homens que estavam escutando tudo, saíram falando baixo. Daqui um pouco todos saberiam.
— Jasmim não sabe que você está aqui, não é mesmo? — eu acabei sorrindo. Ele era esperto.
— Não. — ele voltou a olhar para os papéis e me encarou. — E, a forma como vou contar a ela sobre minha visita, vai depender do senhor.
— Você veio me comprar?
— O senhor está a venda por um acaso? Creio que não. — andei pelo lugar olhando tudo. — Conversei com seu filho, sei que se nega a pegar dinheiro dele e por isso acabou se endividando. — ele andava atrás de mim.
— Não acho certo fazer isso, tenho que andar com minhas próprias pernas. — concordei com ele.
— Sua filha errou, eu sei. Mas o erro dela não trouxe consequencias para sua família.
— Ela arrastou o nome da minha família no chão, com o que fez. — ele alterou a voz.
— O mesmo chão ao qual o senhor vai se arrastar sozinho. Se eu executar essa dívida. — ele olhou para os papéis em suas mãos. — Eu sei que o senhor é um bom homem, criou dois filhos com um bom caráter e responsabilidade. Mesmo que minha esposa tenha feito algo irresponsável, não apaga quem ela é, foi um momento. — ele abaixou a cabeça.
— Ainda me sinto sendo comprado. — ele resmungou olhando as folhas.
— Talvez eu esteja lhe comprando.
— O que você quer afinal?
— Como eu disse vim por ela, e por mais nada.
— Você quer que eu a perdoe. — ele concluiu.
— O que eu quero não inclui o senhor, pode ter certeza. Mas sua filha lhe ama, e sente sua falta, e por ela sou capaz de fazer qualquer coisa. — encaro o homem a minha frente. — Como perdoar essa dívida, ou executá-la caso seja necessário para que o senhor entenda que há momentos na vida em que precisamos repensar alguns dos nossos conceitos, e aceitar que ninguém é perfeito. Eu não sou. O senhor não é, e sua filha muito menos, mas se colocarmos numa balança o valor dela excede a nós dois juntos. — ele ficou em silêncio. — O senhor tem o tempo que precisar para pensar, e quando decidir sabe onde me procurar.
Sai da loja, e a rua estava cheia de curiosos. Cochichavam varias coisas, mas o que me fez rir foi que estavam falando, invejando o pai de Jasmim pelo genro que tinha. Era incrível como que para os outros, a grama do vizinho sempre parecia mais verde. Entrei no carro.
— Deu certo? — Issac perguntou ansioso.
— Ele é um homem difícil. — falei olhando em direção a loja. — Mas eu sei ser mais, quando quero. — Issac riu.
— Será que devo ficar com pena dele? — acabei rindo da sua pergunta.
— Se ele recusar sim. — liguei o carro. E Issac riu enquanto olhava para a loja.
— Bom agora você tem aquela reunião com os importadores... — ele começou a falar olhando para o tablet.
Eu já estava terminando de separar as coisas da minha sogra. O costume era que suas coisas, como roupas e pertences deveriam ser doados aos pobres. E eu já estava a dois dias separando tudo. Lia me ajudou em tudo, ela conhecia minha sogra melhor que todos.
— Só faltam essas duas caixas. — apontei para as duas ultimas caixas que estavam no chão ao lado da cama.
— Será que ele voltará a dormir aqui? — uma das servas que estavam ajudando perguntou. Meu sogro estava dormindo em outro quarto desde que enterrou minha sogra.
— Isso não é do seu interesse. Yalla yalla... (vamos, vamos) — Lia tratou de colocar ela para fora do quarto e fechou a porta. — Não gosto que eles fiquem de fofoca pelos cantos, mas eu me faço a mesma pergunta, todos os dias.
— O tempo vai se encarregar de colocar tudo no lugar, Lia, só temos que fazer nossa parte. — ela sorriu e me abraçou.
— Tenho tanto orgulho de você minha menina, tão nova e tão sábia. — sorri e beijei seu rosto.
— Agora vamos cuidar do jantar. — falei e ela concordou.
— Eu cuido da comida, vá cuidar de Aysha que logo ela acorda. — era impressionante como ela dormia bem com o avô. Sim era com ele que ela estava. — Ela tem sido tudo para ele. — ela comentou saindo do quarto. — Nem quero pensar quando vocês forem embora.
Também não queria pensar, estava sendo um dia de cada vez. Lia desceu e eu me encaminhei para o quarto em que meu sogro estava ocupando, bati duas vezes e então ele abriu a porta. Aysha estava em seu colo, e era impossível não sorrir.
— Terminamos de separar tudo. — ele somente concordou e me entregou minha filha, e pude ver o leve sorriso em seu rosto.
— Obrigado.
Segui para meu quarto, eu tinha que cuidar da minha pequena antes que Zayn chegasse. Ao entrar no quarto escutei meu celular tocar. Fui até a mesa onde havia deixado ele, e vi o nome de Izabel na tela.
— Alô. — coloquei no via voz, e fui em direção a cama.
— Até que enfim resolveu atender. — resmungou.
— Desculpa, o celular estava no quarto. — eu não poderia ver, as tinha certeza que ela estava revirando os olhos.
— Ok, tudo bem, como estão as coisas? — perguntou.
— Se encaixando. — ficamos em silêncio por alguns segundos, eu tirando a roupa de Aysha. — Mas o que você queria?
— Sei que não é o momento, mas estou precisando de uma posição sua sobre as fragrâncias. — fechei meus olhos me dando conta de que com tudo que aconteceu eu me esqueci completamente.
— Ai Bel, eu me esqueci. — admiti.
— Não é para menos, eu já teria pirado na batatinha. — rimos. Zayn entrou no quarto. — Mas eu só preciso saber se realmente vai fechar com a importadora. — eu nem sequer havia lido o contrato. Na verdade eu iria pedir para Zayn olhar, e com tudo acabei esquecendo.
— Eu vou pedir para Zayn olhar o contrato, você sabe que eu não entendo disso. — ele se aproximou e beijou minha testa e brincou com os pés de Aysha que não parava um só minutos.
— Eu sei bem do que você entende. — pela forma como ela falou desconfiei que ela já estava levando a conversa para outro assunto. — Já usou a calcinha que eu te dei? — olhei para Zayn que sorriu.
— Izabel só para que você saiba a chamada está no viva voz, e meu marido está aqui.
— Sério? Não brinca. — ela falou com diversão na voz. — Oi marido da Jasmim. — Zayn riu. — Então ela já usou a calcinha que dei? Ela já dançou para você com ela? Você sabe que ela é uma dançarina de mão cheia, né?
— Bel. — a repreendi.
— Sério, ela já me deu algumas aulas, e ela dança mil vezes melhor que aquela mocreia que você havia dado a chave do seu quarto. — meu rosto estava em brasa.
— Pensando bem ela não usou. — Zayn me encarou sério e imaginei que ele não gostou das brincadeiras de Izabel.
—Bom acho que já dei assunto suficiente para vocês dois para a próxima semana. — eu abaixei a cabeça rindo de raiva de Izabel. — Jas, não esquece de analisar o contrato dependo da sua resposta para fechar o contrato.
— Farid cuida disso amanhã, Izabel. — Zayn falou indo até o celular e tirando do viva voz. Ele colocou o aparelho no ouvido. — Obrigado pelas informações. — ele falou olhando em minha direção, e desligou.
— Izabel não muda. — falei terminando de tirar a roupa de Aysha. Zayn ficou em silêncio, o que me deixou curiosa. Quando olhei em sua direção ele estava sentado me encarando. — O que foi?
— Porque eu não sabia sobre você ser uma professora de dança? — o encarei e mordi o canto da boca.
— Porque eu não sou professora. — ele riu e concordou.
— Ok, mas quero ver você dançar. — ele falou se levantando e começando a tirar suas roupas. — Falando nisso, onde está a tal calcinha?
— Está na nossa casa. — respondi, ele concordou e foi para o banheiro tomar banho.
Eu tratei de cuidar de Aysha, enquanto Zayn tomava banho. Depois que eu já tinha dado banho e amamentado minha pequena Zayn apareceu no quarto de Aysha. Ele estava vestindo uma roupa simples e no momento em que deitou ao nosso lado, senti o cheiro de sabonete.
— Ela não vai demorar a dormir. — falou acariciando os cabelinhos da filha.
— Não.
Ficamos ali até que nossa filha dormia tranquilamente. Ele levantou, pegou ela com cuidado e a colocou no berço. Zayn ainda ficou um tempinho observando então se virou e veio em minha direção.
— Vamos, precisamos resolver um assunto. — fiquei surpresa com o que ele falou.
— Aconteceu alguma coisa? — perguntei preocupada. Ele me abraçou pela cintura e sorriu.
— Sim, temos uma calcinha perdida em casa e você me deve uma dança. — fiquei de boca aberta, surpresa com suas palavras.
— Você está falando sério?
— Sim, já falei com Lia ela vai dormir aqui com Aysha, até chegarmos. — eu olhei em direção ao berço. — Desde que tudo aconteceu você tem dado atenção a tudo e todos, e eu nem sei como te agradecer, mas hoje quem precisa de você sou eu. — ele beijou meu pescoço. Olhei para ele e sorri.
— Você já falou com ela? — ele concordou. — Eu não acredito. —acabei rindo.
— Ela sabe que precisamos de tempo. — ele me beijou. — E, aqui não conseguimos desligar.
— Você já me convenceu quando disse que precisava de mim. — falei ficando na ponta dos pés, e dei um beijo rápido em seus lábios. — Já volto.
Entrei no banheiro e tomei um banho. Eu teria que pensar em algo, porque não havíamos jantado e em algum momento a fome iria bater. Mas lá eu cuidaria disso. Depois de banho tomado, e já trocada, fui atrás dele.
Zayn estava ao telefone e quando me viu encerrou a conversa.
— Pronta?
— Sim.
Saímos e encontramos com Lia na escada. Ela não falou nada somente sorriu, o que foi suficiente para meu rosto esquentar igual brasa, não sei o que ela pensava, mas somente em ela imaginar o iríamos fazer já me deixava envergonhada. Durante o caminho não falamos nada, tocava uma música baixa e suave.
Constatei que eu estava nervosa como nunca, quando me olhei no espelho vestindo a tal calcinha que Bel havia me dado de presente. Ela era linda, toda em renda e com tiras finas nas laterais, o problema estava na parte de trás, não existia nada, além de um misero fio rendado.
Eu não era nenhuma sem noção sobre a vida, afinal nós mulheres éramos ensinadas desde pequenas o que deveríamos fazer para agradar o marido. A dança era uma delas, aprendíamos a dançar ainda muito novas, isso era comum e normal. Então porque meu estado de calamidade interna?
Eu estava tremula. Nervosa. Respiração ofegante. Lembrei a forma como Zayn falou que precisava de mim hoje. Foi o bastante para eu colocar meus medos e anseios de lado e terminar de me arrumar. Coloquei uma vestimenta usada em dança do ventre, essa em especial era em tecidos coloridos, mas ao mesmo tempo transparentes.
Tanto na lateral da saia como em todo top, tinha pedras penduradas que fariam barulhos com os movimentos que fizesse. Balancei o quadril e senti os movimentos que elas fariam quando eu me movesse. Fui até o banheiro e passei o meu perfume em alguns lugares. Pescoço. Punhos. No vão dos seios, e entre as pernas. Sorri. Acho que estava pronta.
Zayn havia ficado na sala, assim que entramos em casa, ele dispensou os empregados que estavam por aqui, e seu telefone começou a tocar, falei para ele atender enquanto eu me arrumava. Quando desci as escadas eu ouvia o som de uma musica que vinha da sala que tinha vista para o quintal. Meu cantinho preferido da casa.
Me aproximei em silêncio e o vi olhando para fora, ele estava sem camisa, e eu podia ver a tatuagem que ele tinha nas costas. Não sei por quanto tempo fiquei o observando, mas ele notou minha presença quando olhou de lado.
Eu havia acabado de conversar com Issac e Farid, estava olhando para fora perdido em pensamentos sobre tudo, quando senti seu perfume. Inconfundível. Quando olhei de lado notei que ela estava escorada no batente, me olhando.
Eu sentia meu peito estufar todas as vezes em que seus olhos me observavam dessa forma, como sendo algo precioso. Sendo que a preciosidade aqui era ela. Jasmim estava me ensinando tantas coisas sem perceber que hoje eu já não seria capaz de responder quem era.
Tudo que sempre acreditei se desfez como um castelo de areia. Seu sorriso era capaz de iluminar meus dias de escuridão, sua bondade aquecia as noites mais frias que já senti. Eu buscava na mente algo que eu tivesse feito para merecer alguém como ela, e não encontrava. Não encontrava porque não tinha.
Ela teve todos os motivos para se tornar uma pessoa amarga e rancorosa. Me amou em silêncio por anos sofrendo ao saber que eu me envolvia com outras mulheres, passou por humilhações que não merecia. Mas mesmo assim ainda sorria, e esbanjava bondade por onde passava.
Quem que disse que a mulher é o sexo frágil de alguma relação, com certeza não sabia o que estava falando. Ela se aproximou devagar e mudou a musica que tocava.
— Eu estou nervosa. — me aproximei dela, segurei em seus ombros e senti como estremeceu.
— Não precisa ficar. — falei gentil e beijei seu pescoço, sentindo mais do seu perfume. — Você já me tem aos seus pés, independente do faça. — escutei seu riso. Ela virou ficando de frente para mim e passou os braços em volta do meu pescoço.
— Sinto meu coração parar todas as vezes em que você fala isso. — e fui presenteado com mais um dos sorrisos mais lindo que já vi. — Eu nem consigo acreditar.
— Acredite porque é verdade. — beijei seus lábios. — Agora dance antes que eu tire tudo isso de você sem que faça nada. — sua risada era algo que eu amava ouvir.
Me afastei e fui me sentar no sofá. Pequei o controle apagando algumas luzes só deixando na parte onde ela estava e dançaria para mim. Me ajeitei da melhor forma possível, já que somente olhando para ela vestida assim, eu sentia meu pau crescer e começar a incomodar.
Ela notou o momento em que passei a mão por cima da calça o ajeitando, e vi como ela ficou sem jeito. Sorri. Como eu amo esse jeitinho dela. Me, excita demais. O ambiente está ameno e silencioso. Quando a música voltou a tocar, Jasmim virou de costas e a primeira coisa que fiz, foi olhar se ela estava usando a tal calcinha. De onde eu estava eu não conseguia ver nitidamente, por causa dos tecidos da saia.
Ela começou a mover o quadril de acordo com a música, e meus olhos desviaram de sua bunda, e comecei a admirar o conjunto da obra. Ela é perfeita. Eu não lembro de como ela era antes da gestação, mas seu corpo para mim estava perfeito, as curvas nos lugares certos.
Se tinha uma coisa que eu gostava na vida era de ver uma mulher dançar, nem sempre as levava para cama, mas admirava a todas. Me, sentia envolvido e seduzido pelos movimentos e gestos. Era algo que eu não sabia explicar, somente sentia.
E quando Jasmim se aproximou mexendo os quadris no ritmo da musica, eu não resisti e estiquei a mão apertando sua cintura. Ela desviou e não me deixou tocá-la ficando de costas. Então foi baixando o corpo para trás, enquanto se movia e me contemplou com a visão de seus seios fartos balançando. Quase de cabeça para baixo ela sorriu ao ver a cara que eu fazia.
Movi minha cabeça também sentindo os acordes da música e mordi o lábio imaginando o que faria, assim que eu colocasse minhas mãos sobre ela. Em um movimento rápido ela se levantou e tirou parte da saia jogando para o alto e os tecidos leves foram caindo aos poucos, e então agora eu consegui ver o que ela usava. A tal calcinha.
Puta que pariu.
Ainda tinha uma camada de tecido em volta de seu corpo, mas era totalmente transparente e eu consegui ver cada detalhe do seu corpo. Ela se aproximou e começou a dançar bem próxima de mim. Jasmim rebolava com uma maestria que nunca tinha visto. Levei minha mão até sua perna e fui subindo de vagar até chegar no topo de sua coxa, e senti o volume de sua bunda. Percorri com o dedo o caminho que o tecido da calcinha fazia.
Sem conseguir me controlar mais, passei a outra mão em sua cintura, e a puxei para sentar-se em meu colo.
— Zayn... — ela se assustou com minha atitude. — Eu não terminei. — falou choramingando enquanto eu afastava seus cabelos para poder beijar seu pescoço, e deixava uma mordida.
— De dança por hoje está bom. — comecei a tirar o top que usava. — Agora é minha vez de mostrar o que sei fazer.
Assim que soltei o fecho de seu top, levei minhas mãos até seus seios e os massageei, fazendo com que ela gemesse e os empinasse mais, em busca de contato. Fiz com que ela ficasse de pé de frente para mim e tirei sua saia. Então ela estava na minha frente, somente usando a calcinha fio dental.
— Você é linda, Jasmim. — falei puxando-a para mim, e enquanto eu beijava sua barriga, apertava sua bunda, sentindo todo seu corpo. — Perfeita.
Passei os dedos pela sua intimidade e senti como ela estava molhada. Esfreguei com mais força e senti suas pernas vacilarem, e ela se apoiou em meus ombros.
— Você gosta quando eu faço isso, não gosta? — perguntei aumentando a fricção e olhando para ela que mordia o lábio. Mas que me olhava intensamente.
— Gosto de tudo que você faz comigo. — respondeu num fio de voz.
Tirei sua calcinha e segurei suas mãos, indicando para que subisse no sofá. Ela o fez, e eu a tinha de pernas abertas bem na minha frente.
— Se apóie na parede. — ordenei, e voltei a mexer em sua intimidade com os dedos. Sentia seu corpo tremer.
Fui de encontro com a língua e passei por toda a extensão da sua boceta, sentindo a maciez da pele, e o doce sabor do seu desejo. Me, acomodei melhor e a puxei para que se sentasse em meu rosto, assim eu poderia fazer o que queria.
Eu lambia e chupava, enquanto Jasmim gemia, falava meu nome. Quando senti que ela já estava excitada, me livrei das calças junto com a cueca que usava, e a puxei para sentar em minhas pernas, e saqueei sua boca. Seus gemidos foram calados por meus lábios exigentes.
Me afastei e a olhei. Estava linda com os lábios inchados e vermelhos. Sua respiração pesada fazia com que seus seios se movessem, em um convite silencioso. Segurei firme em seus seios e me fartei. Ela gemia, enquanto eu lambia e os chupava, eu passaria horas somente brincando com seus seios, mas os movimentos que ela fazia em cima do meu pau, já estavam me deixando doido. Ela se esfregava num vai e vem frenético. Suspendi seu corpo o suficiente, para encaixar meu pau em sua entrada, e a invadi com uma única estocada.
— Ah! — ela soltou um gritinho.
— Agora você pode continuar dançando. — falei buscando seus lábios, e a beijei com volúpia.
Jasmim começou a rebolar em cima de mim, e a sensação era maravilhosa. Soltei seus lábios para poder olhar onde nossos corpos se uniam. Inclinei seu corpo um pouco para trás, e a visão era deliciosa. O tesão bateu mais forte, e comecei a me mover junto.
Trouxe seu corpo de volta para mim, e apoiei-a em mim para conseguir me mover com mais intensidade.
— Zayn... — Jasmim sussurrou meu nome antes de eu sentir como ela me apertava com os espasmos do orgasmo.
— Goza, bem gostoso. — falei segurando em seu queixo, capturando cada nuance de seu lindo rosto. Ela fechou os olhos mordendo o lábio. — Olha para mim Jasmim. — pedi e ela o fez.
Eu não agüentei muito depois disso, também gozei enquanto ela me olhava com aquele olhar apaixonado. O olhar que falava mais que as palavras que saiam de sua boca. Ela não agüentou e se debruçou sobre mim, agarrando meu pescoço, e buscando ar.
— Eu te amo. — falei acariciando suas costas.
Foram as palavras mais sinceras que já saíram da minha boca.
— Eu posso me acostumar a ouvi-las. — ela falou sorrindo. Mesmo que eu não pudesse ver, eu sentia seu sorriso em minha pele. Fiquei em silêncio sentindo seu corpo sobre o meu. Eu ainda estava dentro dela, quando ela se moveu e me encarou. — Eu te amo mais. — sorri.
— Isso eu não posso contestar. — acariciei seu queixo.
Teremos o último capítulo com um bônus da viagem do Mustafá para o Brasil... bom se as cariocas verem ele por aí no Rio não se assutem hahaha
Ele é meio mal... mas lá no fundo é uma boa pessoa... eu acho 😬
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