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EPÍLOGO

Olá meus amores, tudo bem com vcs?

Espero que sim.

Olha chegamos a mais um ponto final, foram mais de 193 mil palavras, 451 páginas de muito choro e alegrias...

Ufa!

Esses últimos dias achei que não conseguiria finalizar essa história. Algumas pessoas acham que pode ter sido por algumas coisas que aconteceram no decorrer, mas não é. Não é fácil dizer fim, que acabou. Tive bloqueio sim durante a escrita, estou com dificuldade de escrever cenas hots... enfim, muitas coisas que aconteceram até aqui... mas agradeço a Deus por tudo, pelos elogios, pelas críticas e pelas inspirações, eu sei que sem Ele nada se faz...

Obrigada pela paciência, e pela persistência de acompanhar não somente minhas histórias, mas as outras tbm. Não é qualquer pessoa que lê pelo wattpad, então muito obrigada, vcs que comentam, votam, divulgam, vcs são a razão de tudo.

Mesmo que um dia eu leve minhas histórias a outras plataformas, foi aqui que tudo começou... e foi por aqui que conheci pessoas muito importantes que levarei por toda a vida... agradeço as minhas Betas, Rafaela Lopes e Cláudia Martins... vcs são demais. Agradeço a Cássia, minha caça avatares e primeira esposa do Mustafá... a Nay, minha borboleta e segunda esposa do cachorrão (sim, ele tem 2 esposas kkkk)

O restante faz parte do harém, ok? Kkkk

Charlene obrigada, não tenho como agradecer o que faz por mim.

Obrigada a todas as meninas do meu grupo de watts, é naquele hospício que faço minhas terapias diárias 😅😅
Meus dias sem vcs jamais seriam coloridos como são... SÓ SEI AMAR. ❤

Fiquei de falar sobre a Jasmim, mas cheguei a conclusão que não a o que falar, se alguém não conseguiu captar a essência dela durante a história, não será agora que o fará. Jasmim é o tipo de pessoa no caso personagem que só sabemos amar e agradecer a Deus quando encontramos uma pessoa como ela em nossas vidas.

Afida, parabéns meu amor que Deus derrame bênçãos sem medidas na sua vida! Feliz aniversário...

Vamos dar um tchau para essa turma que volta em breve?

UM ANO DEPOIS...

Está tudo pronto para hoje á noite? — pergunto a Issac, que está mais nevoso do que eu. — Acho que você deveria ir até minha casa, e pedir para Jasmim um dos chás calmantes que ela faz. — ele me olha, fechando a cara e eu acabo rindo.

— Não é uma má ideia, se pensar bem. — ele diz sentando a minha frente.

— Quem vai discursar sou eu, não sei por que todo esse nervosismo.

— Apesar de não gostar de falar em eventos, você está acostumado e sempre acaba dando certo. — deixo a caneta na mesa e encaro meu quase ex-assistente.

O acordo que eu havia feito com o pai da Hanna, está para acabar e ela então voltará de vez para Dubai, e isso tem tirado a paz dele.

— E, se ele não aceitar? — infelizmente essa possibilidade existe, e não tem o que eu possa fazer com relação a isso.

— Não vou dizer que essa possibilidade não exista, Issac, mas uma das coisas que tenho aprendido com minha esposa é que sem fé não alcançamos nada. — olho em seus olhos, procurando passar a confiança que sinto dentro de mim. — Então pense positivamente, não deixa a dúvida entrar no seu coração. Vamos deixar as coisas acontecerem hoje à noite, então veremos os próximos passos. — ele sorri.

— A Jasmim tem mudado você. — acabo sorrindo. — Um tempo atrás você falaria para mim, faça o que for preciso para conseguir o que quer. — ele gesticula com as mãos no ar. — Hoje fala com tanta tranqüilidade.

— Não tem como não mudar, Jasmim é um ser diferenciado, ela transforma tudo a sua volta. — ele sorri junto comigo. — Falando nela, já terminamos aqui? — ele olha no tablet e confere algumas coisas.

— Sim, agora somente na segunda. Cancelei tudo o que pediu. — desligo meu computador e pego minhas chaves.

— Então vamos terminar em casa, assim você toma o tal chá e se acalma. — ele me segue para fora da sala e pega suas coisas.

— Gostei daquele bolo que ela fez da última vez, será que ainda tem? — viro e o encaro.

— Não abusa Issac. — ele cai na gargalhada.

— Só queria ver até onde a mudança chegou, pelo visto não foi tão longe. — seguimos para o elevador rindo.

Rir. Algo tão simples que trás uma leveza para a vida, que antes eu quase não fazia. Não via motivos, ou não tinha motivos, não sei na verdade. Eu tive uma boa vida, mas não sentia à necessidade de sorrir. Mas hoje é difícil não fazer isso todas às vezes que chego em casa, pelo simples motivo de estar lá. Todas às vezes que ouço Aysha me chama de papai e corre para abraçar minhas pernas. Todas às vezes que seguro meu filho Youssef no colo. E, claro o maior de todos os motivos, e a razão de tudo isso ser possível. Todas às vezes, em que Jasmim me olha com aquele sorriso tímido e lindo.

Como eu amo aquele sorriso.

Como eu a amo.

Conversei coisas aleatórias com Issac até chegarmos em casa, somente para distraí-lo. Coisa que eu não precisaria fazer mais assim que chegasse lá. Eu havia ligado para Jasmim mais cedo e sabia que Hanna estaria lá no final do dia. Ela veio para o evento de hoje à noite, pedi que viesse, e como já era de se esperar, ela e Jasmim viraram amigas.

Esse nervosismo de Issac se dá pelo simples fato de hoje ser uma noite importante para ele. Bom na verdade é uma noite importante para todos nós, mas em especial para ele. Hoje é a oportunidade perfeita para mostrar ao pai dela o jovem com futuro promissor que Issac se tornou.

Abro a porta de casa e já ouço as vozes e risadas. Às vezes tenho a sensação que minha casa se transformou num verdadeiro comércio, mas me entendam bem, não estou reclamando, pelo contrário todo esse vai e vem aqui, trouxe um ar diferente de tudo que estávamos passando há um ano.

Com a morte da minha mãe e tudo que foi revelado, parecia que uma tempestade de areia havia tomado conta de tudo, e não passava. Mas então Jasmim com seu jeitinho de ser foi trazendo luz e paz para cada membro dessa família.

— Filho. — ouço a voz do meu pai. — Que bom que chegou.

— Vovô Sid, vote não vai bola. — Aysha aparece logo atrás dele, e meu pai não esconde o sorriso.

— Vovô só vai quando sua mãe entregar sua mala. — ele pisca para ela. — Quem vai dormir na casa do vovô hoje? — minha pequena coloca a mão no queixo e fica pensativa, mas então cai na gargalhada.

— Eu! — ela grita esticando os bracinhos para alto, então ela me olha. — Oi papai. — abaixo para receber seu abraço. — Vote chegou! — ela me beija e eu retribuo, passando o braço em seu corpinho e a levantando comigo. — Ai... Aí! — ela se afasta por conta da barba. — Oi Zac. — ela fala com Issac.

— Oi Aysha, como você está? — ele pergunta.

— Eu to gande. — ela olha para baixo, e nós três rimos.

— Onde está a mamãe? — pergunto roubando mais um beijo dela, que se contorce.

— Tá tacada. — olho para meu pai.

— Ela quer dizer trancada. — ele a corrige, e sorrio pela forma de Aysha falar. — Jasmim está no escritório.

Não era difícil imaginar o que Jasmim fazia lá, melhor do que ninguém eu sabia o que minha esposa fazia quando se trancava no escritório. Era algo de muita importância para ela, para nós. Coloquei Aysha no chão que tratou de seguir meu pai para cozinha.

— Ela ama mesmo o avô. — concordei com Issac.

— Só não mais do que ele a ama. — conclui.

O que era a maior verdade, Aysha foi fundamental para a recuperação do meu pai, após a morte da minha mãe. Ele se fechou e mesmo depois de um tempo, ele não falava em se casar de novo, o que é de costume. Ele se recusava a tocar no assunto, eu notava como ele ainda se fechava quando o assunto era ela. Mas nesse último ano, tocar no assunto Hadassa e tudo o que aconteceu foi necessário, foi então Aysha se tornou seu mundo, e ele praticamente o dela.

Eu procuro esconder meu ciúme da melhor forma, não sei se dá certo. Como Lia sempre fala, sou um péssimo mentiroso, mas sou esforçado.

— Zayn! — Hanna se levanta assim que me vê entrando na cozinha, mas ela para no momento em que percebe que estou acompanhado.

— Hanna. — Issac passa por mim, e como vem acontecendo ultimamente, passo a ser um item de enfeite dessa casa.

Reviro meus olhos.

Saio da cozinha indo atrás de quem realmente me interessa, e para quem eu nunca deixei de ser o centro de sua atenção. Entro no escritório e a vejo de pé de costas para mim, o carrinho com nosso filho esta ao seu lado. Encosto a porta com cuidado.

— O que você acha dessa? — Jasmim mostra um recorte de revista ao nosso filho.

Sorrio com a cena, Youssef tem apenas cinco meses, e não faz ideia do que esta acontecendo. Me, aproximo com cautela, e, a abraço por trás, pegando minha linda esposa desprevenida.

— Que susto Zayn. — ela coloca o recorte em cima da mesa onde eu vejo vários outros, ao lado do album que lhe dei de presente de casamento. — Estava distraída, não ouvi você chegando.

— Vim mais cedo de propósito. — ela se vira em meus braços ficando de frente para mim e me beija. — Porque não vai descansar e deixa para preparar esses recortes amanhã? Hoje temos um evento, amanhã vai ter mais conteúdo para você escolher.

Em outros tempos eu acharia perda de tempo o que ela faz, mas sei da importância de cada recorte para Jasmim. Nosso album já está bem recheado com recortes, fotos e algumas ilustrações que Aysha pinta. Tudo que envolve nossa família vem para o album.

— Mas o que pode acontecer de diferente nesse evento de hoje? — ela pergunta olhando para as fotos.

— Bom pode ser que me façam alguma pergunta diferente das mesmas de sempre. — ela sorri.

— A única coisa que importa para eles é sobre o escandalo entre você e sua irmã. — sim ela tinha razão.

Quando retornei do Brasil, há um ano tomei uma decisão difícil, mas a cada dia vejo que foi a melhor coisa que fiz. Tornei tudo que aconteceu à minha família de domínio público. Foi um verdadeiro escandalo, foi um ano bem difícil para todos os envolvidos. Eu não tomei a decisão sozinho, tive uma conversa com Almir, Ibrahim e Zayed e decidimos que seria melhor, assim eu acabei com qualquer chantagem de Samira.

Lembrei do que a mãe de Samir me falou uma vez:

"Segredos são como heranças e cabe a você decidir o que fazer com ele"

Agora esse assunto já não tinha tanto interesse.

Mas depois dessa noite tudo tomaria um rumo diferente.

— Você tem razão. — concordo com ela, e a beijo. — Mas um bom estrategista sempre tem uma carta escondida na manga. — pisco para ela.

— O que você está aprontando? — me pergunta toda sorridente. — Você sabe que eu não gosto de aparecer. — sim, isso eu sabia.

— Não se preocupe, você só irá ter que fazer o de sempre. — ela revira os olhos. — Esbanjar esse sorriso lindo para todos os lados.

— Assim pareço uma inútil. — é minha vez de cair na gargalhada, o que faz com que Youssef resmungue.

— Jasmim, você é tudo, menos inútil. — eu a beijo na testa e vou até o carrinho pegar meu filho. — Ei garotão. — ele se espreguiça todo quando o pego em meus braços.

— Já esta na hora da mamada, por isso ele acordou. — alguém bate na porta. — Entre. — Jasmim vem para perto e a porta é aberta.

— Oi casal. — Izabel entra.

— Bel. — Jasmim vai cumprimentar a amiga e cunhada. — Veio pegar as amostras novas? — Izabel olha para mim e concorda.

— Claro, se eu depender de você para me enviar alguma coisa, chega na missa de sétimo dia. — acabo rindo. — Cadê meu gorducho lindo. — ela se aproxima.

— Vou pegar. — Jasmim começa a sair, mas volta. — Vocês conseguem ficar cinco minutos sem implicar um com o outro? — olho para Jasmim e sorrio.

— Eu não implico com a Izabel. — Izabel bufa ao meu lado.

— Imagina, só nunca dá o braço a torcer.

— Se eu tenho razão, não tenho porque mudar de opinião. — falo seguindo para fora do escritório com Youssef no colo.

— Eu desisto. — Jasmim sai na minha frente e não liga para mais nada. Quando estou no corredor Izabel para ao meu lado.

— Ela desconfia de algo? — nego.

— Não.

— Já sabe o que vai falar? Não seria melhor decorar?

— Não preciso decorar nada. — ela segura meu braço.

— Olha foi um sacrifício organizar esse evento de hoje sem que ninguém desconfiasse de nada, espero que não estrague falando algo indevido. — sorrio para ela.

— Izabel, eu vou falar de Jasmim, não tem com nada dar errado. — ela acaba sorrindo.

— É verdade, não tem como nada dar errado quando o assunto é falar da minha florziha.

Chegamos à cozinha onde estão todos reunidos em volta da mesa. Issac está numa conversa mais discreta com Hanna, meu pai está com Aysha no colo que está tentando passar algum creme num pão e dispensando a ajuda que minha sogra está tentando dar. Há muitas vozes e conversas diferentes, mas hoje em meio a essa bagunça, existe harmonia, e um sentimento único que une a todos, coisa que nunca tive no meio da minha família.

Até mesmo o pai de Jasmim, está se aproximando da filha aos poucos. Fiquei feliz quando ela me contou que havia encontrado com ele na rua, e que conversaram. Não foi uma reconciliação, mas é um passo.

Izabel se senta e começa a conversar com Aysha que está brava. Minha sogra vê Youssef no meu colo e vem de encontro.

— Ele acordou, vou aproveitar para trocá-lo antes da próxima mamada. — eu o entrego a ela, que sai da cozinha.

Sento ao lado do meu pai, e começo a participar do momento entre eles. Um dois momentos favoritos do meu dia.

HORAS MAIS TARDE...

— Você fez isso pelas minhas costas.

Acabo rindo com a conversa entre Mustafá e Melissa, que estão sentados a minha frente, falando sobre a sociedade dela comigo. Mesmo estando conversando com Issac repassando alguns pontos sobre o que pretendo falar sobre a surpresa de hoje, escuto parte da conversa dos dois.

— Não teria sido se você não tivesse viajado. — ela fala se justificando pelo fato de ter se tornado minha sócia em uma das empresas que mexem com ramo de cosméticos.

— Não acredito que eu estando aqui você mudaria de ideia. — acabo olhando para eles. — Você teve um ano para me falar.

— Verdade eu tive, acho que esqueci. — Mustafá a encara e depois a mim, que não consigo esconder o sorriso. Ele desvia o olhar. — E, outra, você deveria me dar os parabéns. Consegui uma excelente sociedade. Pequena, mas excelente que está me dando lucros maravilhosos, e acredite se quiser, eu não precisei ameaçar ou chantagear ninguém. — ele revira os olhos. — Vamos encerrar esse assunto Mumu, quero saber se vai me levar na competição de cavalos amanhã?

— Não, se quiser vá. — ele a responde de forma seca, e o máximo que Melissa faz é revirar os olhos. — Pelo que sei você sabe se virar muito bem sozinha. — Izabel faz um sinal para ela, que se levanta.

— Até o fim da noite você vai mudar de ideia, seu chato! — Melissa responde bagunçando os cabelos dele, antes de se levantar e recebe um tapa na mão, então ela vai em direção a irmã. Eu acabo rindo com a cena, e pelo sorriso que está estampado na cara de Mustafá, não sou o único.

— A sua aprovação é importante para ela. — comento.

— É importante que ela sempre tenha certeza do que faz. Independente de aprovações ou elogios. — ele se levanta e arrumando os cabelos. — O quanto menos ela depender de outros, melhor. — Mustafá me encara. — O mundo não é só de flores, ela tem que aprender a lidar com os espinhos. — falando isso ele se afasta e se mistura entre as mesas.

— Ele é tão frio, mas ás vezes parece que só usa isso para se esconder. — olho para Issac que olha na direção onde Mustafá saiu. — Bom vamos terminar... — ele para de falar e olho na direção onde ele olha, e vejo o pai de Hanna se aproximando da nossa mesa. — Ele está vindo para cá. — comenta baixo.

— Melhor assim já resolvemos isso. — me levanto e olho para Issac que perece nervoso.

— Zayn! — o pai de Hanna me culmprimenta. — Como vai meu rapaz?

— Bem, e o senhor. — dou um passo para o lado para que ele veja Issac.

— Já tive dias melhores. — ele diz.

— Já conhece Issac Al-Madini.

— Ah sim, ele trabalha para você. — sorrio e noto como Issac engole em seco.

— Trabalhava. — ele volta a olhar para Issac. — Agora ele é dono do seu próprio negócio. — Issac sorri sem jeito.

— Olha quem diria. — Adnam comenta surpreso. — Está sendo difícil se destacar no meio hoje em dia. — concordo. — Menos para você. — ele bate no meu braço. — Fiquei sabendo que fisgou parte da empresa de Adi. — sorrio. — Eu estava de olho nela faz um tempo. Se quiser se desfazer eu ficarei feliz em firmar uma parceria,

— Elas não me pertencem mais. — ele fica desapontado. Aponto para Issac. — Ele é o novo proprietário, e já conseguiu triplicar os lucros em apenas um ano. — agora Adnam realmente olha para Issac o enxergando. — Ele tem recebido muitas propostas em sociedade, mas nenhuma lhe interessou.

— Estão oferecendo pouco? — ele pergunta a Issac. — Olha meu rapaz, você tem um tesouro nas mãos.

— Eu sei, e estou procurando aplicar tudo que aprendi por anos ao lado de Zayn. — ele conseguiu falar sem gaguejar. O que já é uma vitória. Ele me olha, e eu faço sinal para que prossiga. — Mas na verdade eu não estou atrás de uma sociedade.

— É uma pena.

— Ele está querendo se casar. — falo o que Issac deveria ter dito. — Ele vai usar parte das ações para pagar o dote da futura esposa. — os olhos de Adnam brilham.

— Mas olha que coincidência, minha filha está voltando. — ele olha para os lados. — Na verdade ela está aqui hoje, mas não sei onde se enfiou.

— Eu conheço sua filha senhor Adnam, inclusive... — eu o corto.

— Uma feliz coincidência mesmo. — seguro o braço de Issac. — Acho que vocês podem conversar sobre isso em outra ocasião, preciso me preparar para a apresentação.

— Claro... Claro. — ele aperta a mão de Issac. — Nos falamos depois.

— Até mais. — começo a caminhar em direção a qualquer lugar aleatório.

— Porque fez isso Zayn?

— Ele iria te oferecer a filha para casar. — Issac para ao meu lado.

— E, eu quero me casar com ela. — eu acabo rindo.

— Eu sei, mas ele não precisa saber desse detalhe. Nunca misture sentimentos nas negociações, primeira regra. — ele revira os olhos. — Aprenda que nos negócios, todos são seus adversários.

— Ele será meu futuro sogro.

— Até lá, ele continua sendo seu adversário, e não deve saber qual é seu ponto fraco, muito menos que ele tem essa carta em mãos. — ele compreende. — Agora vamos, já está na hora.

Seguimos até o palco e antes de subir eu olho em direção a mesa em que estão todos reunidos. Almir e Ibrahim com suas respectivas esposas, Izabel com Melissa, Zayed que está acompanhado de uma moça que não me é estranha, mas não lembro de onde à conheço. Então meus olhos recaem sobre a flor mais bela do jardim. Jasmim.

Seus olhos encontram os meus, e como sempre recebo o sorriso mais lindo. Como Issac falou hoje mais cedo, eu não gosto de falar em publico, mas hoje é necessário. Há quase um ano, as pessoas reviram minha vida, e de todos que convivem comigo.

Mas eu nunca falei de Jasmim, sempre mantive nossa relação longe dos holofotes, mas hoje será diferente.

Subo os degraus sentindo aquele costumeiro frio na barriga. Assim que paro diante do microfone, a música para e tanto às luzes quanto os olhares são destinados à mim.

— Boa noite a todos. Quero começar agradecendo a presença de todos nessa noite. Como vocês já sabem, eu sempre me mantive reservado, coisa que mudou de um ano pra cá. E creio que já devam estar enjoados do assunto. — escuto alguns borburinhos.

"Sempre tem algo novo para saber"

Alguém comenta, fazendo todos rirem. Acabo sorrindo junto.

— Sim, sempre tem. — concordo.

Nos próximos quinze minutos falo sobre nossa aquisição empresarial, e respondo algumas perguntas em relação ao evento. Até que ouço uma pergunta pertinente para que eu adentre o assunto que me interessa.

— Qual foi sua pergunta? — aponto para um repórter.

— A que você atribui seu sucesso, e qual sua maior riqueza?

— Gostei da pergunta. — penso um pouco dando tempo para que o silêncio se estabeleça. —Sucesso é uma palavra que relacionamos a riqueza. — ele concorda. — Você saberia me dizer a diferença entre um carvão e um diamante? — ele nega. — Se eu colocar um diamante e um pedaço de carvão aqui, todos vão ficar impressionados com a beleza do diamante, ele realmente chama a atenção pelo brilho.

Eles concordam.

— O que poucos sabem é que ambos são feitos do mesmo elemento químico, o carbono, e tem a mesma composição. — a um silêncio. — Mas se são feito do mesmo elemento e tem a mesma composição, o que os torna tão diferentes? — espero que alguém responda, mas o silêncio continua. — Simples, o carvão tem suas moléculas todas dispostas desordenadamente, cada uma numa direção, uma verdadeira bagunça que impede a passagem da luz, tornando sua estrutura frágil. Ao ponto de se esfarelar com o dedo. Por outro lado o diamante tem suas moléculas todas perfeitamente ordenadas, numa mesma direção, o que o transforma em um dos materiais mais duros no planeta, e mesmo assim permite que a luz o atravesse facilmente.

Olho para todos, e continuo.

— Nós também somos feito de carbono. E o que cada um aqui é? Façam essa pergunta silenciosa a si mesmo. O que eu sou? — busco olhar para Jasmim. — Eu descobri que não passava de um pedaço de carvão, opaco, apagado, sem vida que poderia esfarelar facilmente. Fui colocado diante de situações nos últimos dois anos que me fizeram enxergar isso. Eu teria me esfarelado.

Noto que Jasmim está enxugando o canto dos olhos. Ah meu diamante, prepare o lenço, porque hoje a noite é sua, e você irá brilhar. Continuo olhando para ela.

— Eu tive a oportunidade de conhecer uma pessoa que é um verdadeiro diamante. Um diamante rosa até posso dizer, porque o rosa é raro. — explico. — Pessoas como ela são poucas pelo mundo. Ela na sua simplicidade me mostrou que apesar das posses e status na sociedade, eu não passava de um pedaço de carvão, que permitia que sentimentos ruins, como mágoa, raiva entre outros bagunçasse minhas moléculas, assim me tornando um carvão. Que não serviria para nada além de queimar no fogo e virar cinzas. Triste fim não, acham?

Escuto algumas risadas.

— Aprendi com ela que dependia somente de mim para organizar meu interior, e me tornar um diamante como ela. Não que eu já tenha conseguido, mas sigo tentando. — agora as risadas aumentam. — Podemos ser opacos, sem vida, mas também temos o poder de brilhar, de permitir que a luz que nos faz brilhar, atravesse-nos e através de nós de nossas vidas outras vidas possam ser iluminadas, possam ter seus caminhos conduzidos a melhorar. Como no processo do carbono para se transformar em um diamante ele tem que aguentar muita pressão e uma alta temperatura, ela nunca permitiu que apagassem sua luz. Nunca permitiu que situações mudassem quem ela é na sua essência, me mostrou que a força do ser humano não está em revidar na mesma moeda, mas em não deixar que pessoas e situações mudassem quem ela é. E que apesar de tudo ela continua lá, brilhando para todos verem sua beleza e preciosidade.

Todo o salão explode em palmas.

— E respondendo a sua primeira pergunta. — aponto para o jornalista que perguntou. — A que eu atribuo meu sucesso? — ele concorda. — Ter, me permitido deixar de ser um carvão.

Mais aplausos.

— E qual minha maior riqueza? — olho para Jasmim que chora. — Descubra o que um homem guarda em seu coração, e ali estará sua maior riqueza. — mais aplausos, e se não me engano todas as mulheres da mesa estão chorando.

— E onde está essa pessoa tão especial? — outra pessoa pergunta.

— Ela gostaria de estar em casa cuidando de nossos filhos, mas hoje ela está aqui. — a atenção de todos se voltam para ela. — Minha esposa é meu diamante rosa. — mais aplausos. — Obrigado Jasmim por ter me tirado da escuridão, em que eu vivia. — posso ouvir um "ooooo" generalizado no salão.

Eu tremia toda, e não conseguia parar de chorar.

— Ok! — escuto Bel falando ao meu lado, enquanto funga no guardanapo. — A que horas é o enterro amanhã? — todos da mesa olhamos assustados para ela. — O que? Depois dessa noite de hoje todos vocês morreram no quesito romantismo. — ela aponta para os homens da mesa.

— Izabel! — Zara a repreende, mas ninguém consegue parar de rir e chorar ao mesmo tempo. — Que ideia!

— Que coisa mais linda. — Ayla limpa o canto dos olhos. — Você sabia Jasmim? — nego, estou imcapaz de falar qualquer coisa.

— Se ela desconfiasse de algo, ai que não teria vindo. — Izabel comenta. — E ainda não acabou. — ela bate as mãos em palmas silenciosas.

— O que você aprontou? — pergunto.

— Eu nada, mas ele. — ela aponta para o palco onde Zayn ainda estava.

— Eu gostaria da atenção de vocês para mais um detalhe. — os borburinhos se acalmam. — Como já é de conhecimento de todos, eu enfrentei minha irmã na justiça, a quem ache um absurdo a quem ache que eu estou certo, mas como tudo só diz respeito a mim, eu decido. Mas durante todo esse processo, resolvi que a herança da minha mãe não ficaria nem comigo nem com minha irmã, ela iria para quem realmente precisasse e com a ajuda da outra parte envolvida, e creio que a mais prejudicada em tudo isso. — ele aponta para nossa mesa, onde está Almir, Zayed e Ibrahim. — Hoje eu tenho a honra e a felicidade de tornar publica a fundação Flores do Deserto. — um telão é acesso atrás dele, onde a imagem com o nome da fundação aparece. — Diante de tudo que aconteceu entre nossas famílias, e ciente que não existe o que pudesse ser feito para ter de volta as vidas que se perderam no meio disso tudo, eu me sinto na obrigação de destinar esse dinheiro a mulheres que por algum motivo tem suas vidas mudadas repentinamente.

— Você não acha que isso vai contra alguns costumes, já que vai abrigar fugitivas? — escuto alguém perguntar.

— Aconselho você fazer uma pesquisa e descobrir o que acontece com muitas mulheres que necessitam fugir, não por serem criminosas ou algo do tipo, mas porque são seres humanos, e sucetíveis a erro como qualquer outra pessoa. — muitas pessoas aplaudem, e eu também. — Só quero dar a essas pessoas a dignidade de ter onde buscar apoio, ali elas terão profissionais de todas as áreas possíveis a sua disposição, e terão todo apoio necessário para poderem seguir com segurança o caminho que escolherem, ninguém irá julgá-las, ou acusá-las, quero fazer por elas, o contrário do que minha mãe fez na vida de outras pessoas. Ela destruiu a vida de algumas pessoas, querendo ou não, eu não sei. Mas minha meta é não ser um carvão na vida de ninguém.

Novamente o salão explode em aplausos e todos ficam de pé. Sinto que meu coração irá parar a qualquer momento. Alguns minutos depois levanto precisando ir ao banheiro com urgência. Antes de sair eu me olho no espelho e vejo como minha maquiagem está borrada.

Refaço o que posso, e saio. Quando chego ao salão vejo Zayn parado conversando com algumas pessoas. Em outros momentos eu olharia para os lados, vendo a quantidade de pessoas, e me manteria longe, mas não depois de hoje. Não enquanto eu não falar a ele o quanto o amo.

Esse sentimento está latejando dentro de mim, e parece que vai explodir a qualquer momento. Eu nunca em toda minha vida me imaginei vivendo um momento como o de hoje. Me, aproximo e ele nota, se despede das pessoas e vem em minha direção. Zayn segura uma rosa na mão, e a estende para mim quando chego até ele.

— Zayn... Eu. — ainda estou com dificuldade de falar. — Foi lindo. — ele sorri e acaricia meu rosto.

— Claro que foi, falei de você. — sinto meus olhos arderem novamente. — Meu diamante rosa.

— Eu te amo.

ALGUNS DIAS DEPOIS...

— Você não está falando sério, está? — Almir sorri.

— Sua filha não tem um ano. — ele dá de ombros.

— A insistência não foi minha, e sim de Ayla. — ele coloca o jornal ao seu lado no sofá e se recosta. — Segundo ela, é melhor assim todos crescem juntos.

— Eu realmente quero esperar. — falo pensando em Jasmim. — Pelo menos é o que eu acho, não conversei mais com Jasmim sobre isso. — ele ri. — Caramba, meus parabéns. — o felicito pela novidade. — Será pai pela terceira vez.

— Sou um homem abençoado. — nesse momento James entra na sala e pela sua cara algo aconteceu.

— Almir. Sei que você tinha planos de viajar com a família. — James diz esfregando a nuca.

— Tinha não, eu tenho nada vai me fazer mudar de ideia, seja o que for vai esperar eu voltar. — James ri, e nega.

— Creio que acabaram de mudar seus planos. — Almir expira profundamente. — Mustafá está preso. — encaro Almir que me olha, e o silêncio paira no ar. Até que eu não aguento e começo a rir.

— Você é realmente um homem abençoado. — James tenta segurar o riso, mas falha.

— O que esse infeliz aprontou dessa vez? — Almir pergunta.

— Não sei, mas estão exigindo sua presença em Omarak, ou caso contrário ele será executado. — nesse momento paro de rir, porque noto que é algo realmente sério. Almir esfrega a cabeça e se levanta.

— Mande preparar o funeral, porque se eles não o matarem eu mesmo o farei com gosto! — pego meu celular e tento falar com Ayra, se é em Omarak, ela deve saber de algo. Mas cai direto na caixa postal.

— Eu vou com vocês.

E lá se foram os dias de paz e tranqüilidade que pairavam sobre todos.

FIM!

Então é isso, a história desses dois acaba aqui... quando a próxima história estiver adiantada eu começo as postagens...

Irei tirar um tempo para me organizar, e enquanto isso, estarei postando No Ritmo das Ondas e Uma Segunda Chance  ( continuação de Um Único Olhar)

Bjos e até mais!

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