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CAPÍTULO 6



Bom dia. 

Eu iria postar amanhã, mas como disse no meu grupo que assim que batesse 1k eu postaria, e falta pouco, e também por hoje ser o dia do Escritor, farei esse agrado a vcs, que dão a nossa vida o sentido de continuar escrevendo. 

Mas algo me diz, que no final vcs estarão me xingando kkkkkk 

Genteeee, desde o início eu aviso que das 3 histórias que a da Jasmim seria a mais dramática, e assim será. Isso não inclui sofrimento somente para ela, e sim na história em contexto geral, é aqui que todos os segredos guardados nos outros livros será revelado... 

Então não podem reclamar... 

Como diz Marília, Tia Lisa ta aqui com vocês! 

Ah, Lisa mas pra que isso? A Florzinha não merece.... 

Nem tudo é porque merecemos, mas porque é necessário que assim seja. 

Quem leu No Ritmo das Ondas? 

Foi nesse livro que ganhei o apelido de Bellatrix hahaha 

Vocês precisam confiar em mim, porque eu garanto que a história desses dois aqui É LINDA!!!! 

PS: pelo menos para mim... 

Algumas pessoas estão me pedindo um castigo bom pra Samira, e sugeriram que eu case ela com Zayed... Castigo pra ele, só se for...hahahaha  Casar com um Al-Faruk foi o que ela sempre sonhou... 

Relaxem, que esse livro promete alguns surtos... 

Eu me divirto muito com vcs e seus comentários, podem surtar a vontade, fico triste quando leio ou chega até mim que alguém não vai ler, porque não está gostando do enredo. Fico triste sim, mas não que isso vá me fazer mudar, já cheguei naquela fase da vida onde me preocupo mais comigo, e sigo o que acho certo. Sei que vcs estão revoltadas pela forma como Zayn está tratando a Jasmim, mas eu sigo sendo justa na medida do possível, o que ela fez foi errado e ponto, e ele ao menos tem o direito de pensar o que quiser. O que é diferente de fazer. 

Porque será que o título é Meu conto de fadas quase perfeito? 

Vamos refletir. 

Bjos meus amores, e um ótimo domingo a vcs! 


Não preguei os olhos em nenhum momento da noite. Fiquei repassando tudo na mente, até que desistindo de tentar dormir resolvi voltar ao escritório ás 3 da manhã e me dediquei ao trabalho, pelo menos para isso minha mente estava funcionando perfeitamente bem. Depois de duas horas resolvendo assuntos burocráticos entre uma de minhas empresas e um associado, isso me ajudou a chegar a uma conclusão sobre Jasmim. A porta do escritório é aberta e vejo Lia sorrir ao entrar segurando uma xícara.

— Imaginei mesmo que não conseguiria pregar os olhos. — ela coloca uma xícara na minha frente, e vejo se tratar de café. — Amargo e forte como você gosta. — agradeço com um sorriso.

— Me conhece tão bem. — desligo o computador, sentindo-me melhor com a solução que encontrei, pego a xícara e tomo o café. — Obrigado Lia.

— Você é como se fosse meu filho, e toda mãe conhece sua cria. — ela comenta sorrindo. — Percebi que discutiu com Samira, e a Jasmim também escutou. — lembro da discussão que tive com minha irmã quando cheguei. — Sua irmã não é uma pessoa fácil, mas meu receio não é ela, já pensou em como falar com seu pai sobre tudo isso?

— Falar a verdade é sempre á melhor opção, por mais que doa. — ela concorda. — Está com tempo? — ela puxa a cadeira a minha frente, e eu lhe conto tudo o que aconteceu.

Minha relação com Lia é tão maternal quanto com minha mãe, a diferença é que minha mãe sempre fica do meu lado, estando certo ou errado. Agora de Lia, já levei muito puxão de orelha dela na infância, e muitos dias do seu silêncio depois de grande quando ela já não se sentia a vontade em puxar minha orelha, e posso afirmar com toda certeza que seu silêncio, e sua indiferença, doeram muito mais que os puxões de orelha. Ela escuta tudo o que falo e não comenta nada, e quando explico o motivo da minha discussão com Samira, que minha irmã acha que estou sendo vítima de um golpe Lia de certa forma concorda.

— Não posso julgar sua irmã por pensar assim, afinal não conhecemos a menina. — ela se levanta. — Mas seja como for, a criança pode ser sua. — concordo. — Então não faça nada que possa se arrepender ou eu vou ter que te dar uns, tapas. — ela coloca a cadeira no lugar dirigindo a mim um olhar severo. — Ou pensa que só porque cresceu não faço isso? — acabo sorrindo, ela vem até mim e segura em meu ombro. — Eu vou preparar o café da manhã, e ver como ela está.

— Vou conversar com ela hoje e acertar tudo, não se preocupe. — ela concorda e sai, me deixando sozinho.

Mesmo com o chá que Lia me trouxe ontem, a agitação do dia se fez presente durante toda a noite, e mal consegui descansar. Ainda deitada na cama, eu olhava para o teto em plena escuridão. Era assim que eu me sentia, em plena escuridão, sem saber o que aconteceria comigo e com meu filho. Pensar nele eu tinha um pouco mais de tranqüilidade, porque por mais que me acusassem de golpe, eu sabia que Zayn era o pai. E isso me deixava tranquila, e quanto as acusações não me incomodava, não quando essa acusação não vinha dele.

Só pedia a allah que não permitisse que me separasse dele ou dela. Eu suportaria qualquer coisa, menos ficar longe de meu filho. Ele era tudo o que eu tinha me mantinha com a esperança de dias felizes. Pensar em meu bebê me fazia sorrir a qualquer hora do dia, da mesma forma que por anos Zayn me fez sorrir e sonhar. Olhei para a janela notando os primeiros raios de sol começar a iluminar as cortinas. Mais um dia estava começando, e não saber o que me aguardava me deixava agoniada.

Leves batidas na porta me alertaram que eu não era a única que estar acordada á essa hora. Logo depois Lia entrou, ascendendo uma luz fraca.

— Bom dia, conseguiu descansar? — ela me tratava como se já me conhecesse a tempos, e seu cuidado comigo era comovente, me deixava confortável.

— Bom dia, não muito. — respondi sentando na cama e me recostando na cabeceira. Ela me olhou com um sorriso compreensivo e foi até o banheiro, logo voltando com algumas coisas nas mãos.

— Eu imaginei, eu quero saber se quer que eu traga o café aqui ou prefere descer? — eu não sabia o que iria encontrar fora desse quarto, e isso me deixava desconfortável.

— Se não for muito incomodo prefiro aqui, ainda estou com meu corpo cansado. — usei da desculpa de não ter dormido, o que não deixava de ser verdade. Ela olha me analisando, tentando decifrar alguma coisa.

— Claro, mas aviso que é melhor se trocar, Zayn quer conversar com você, se não descer ele virá até aqui. — só em ela tocar no nome dele meu coração dispara. Ela vai em direção a porta.

— Ele está nervoso? — pergunto curiosa, já que depois da discussão entre ele e Samira, não vi nem um dos dois. Ela para e vira-se para mim, e um sorriso surge em seu rosto.

— Não menina, ele não está. Daqui a pouco volto com seu café, se arrume enquanto isso. — ela fala e sai fechando a porta.

Ainda fico um tempo olhando para o nada a minha frente sem conseguir pensar em nada. Mas sentindo a bexiga reclamar saio da cama e vou em direção ao banheiro. Depois de fazer minha higiene pessoal e estar devidamente trocada, sentei em uma cadeira perto da janela e admirei o dia lindo que começa. Reparei no vasto jardim que se estendia lá em baixo. Ouvi barulho da porta sendo aberta, e como esperava que Lia trazer meu café, continuei observar as lindas flores.

— O jardim é lindo. — comentei por comentar, mas realmente admirada com a beleza das flores. — Sempre gostei muito de flores, além da exuberante beleza de cada uma, deixando tudo mais belo, seu perfume me acalma.

— Minha mãe gosta de manter ele assim. — meu coração falha uma batida quando me dou conta de que é ele quem está aqui. Olho para o lado sem acreditar. Tenho certeza que o espanto é evidente em meu rosto. Zayn está parado próximo de onde estou sentada, ainda veste as mesmas roupas de ontem, e seu rosto demonstra cansaço. Será que ele também não dormiu?

— Achei que fosse Lia. — comento voltando a olhar para fora. Seguro minhas mãos para que ele não veja que um pequeno tremor percorre meu corpo, por somente saber que ele está aqui.

— Ela está trazendo seu café. — ele comenta puxando outra cadeira e senta-se ao meu lado, a uma curta distância. — Como passou a noite? — sua pergunta me surpreende, e olho para ele. Ficamos nos olhando por milésimos de segundos.

— Bem. — minto.

— Imagino, pelo seu semblante. — ele não acreditou no que falei. — Olha Jasmim, acho que certas coisas já não precisam ser ditas, a questão agora é procurar resolver tudo da melhor forma possível para ambas as partes. — volto a olhar para ele e concordo com a cabeça. — Como falei ontem, vou fazer um exame, e assumirei todas as responsabilidades, eu preciso que você fale comigo qualquer coisa que precisar. — ele olha para minha barriga. — Você fez acompanhamento médico?

— Sim. — ele concorda, esfregando as mãos.

— Mas agora você vai passar em um médico que eu indicar. — concordo. — Mandarei buscar suas coisas na casa de Samir, você não precisa ficar aqui dentro desse quarto o tempo todo. — ele olha para fora. — Você pode circular livremente, só não quero que saia sem companhia.

— Você também acha que estou te dando um golpe? — minha pergunta sai sem que me de conta. Ele me encara também surpreso. — Eu ouvi sua discussão com sua irmã.

— Não se preocupe com minha irmã, ela...

— Eu não me preocupo com ela, ou com o que ela pensa a meu respeito, me preocupo com o que você pensa sobre mim. — ele fica me encarando, o que me deixa inquieta por dentro. Ele apóia os cotovelos nos joelhos. Movimento que permite ele chegar mais perto de mim.

— Me diga você Jasmim, isso se trata de um golpe? — sua pergunta não me deixa chateada, sei que ele tem muitos questionamentos. Nego com a cabeça, e ele continua me observando. Lia entra no quarto com uma grande bandeja, e nós dois olhamos em sua direção. — Bom vou deixar você tomar seu café, e depois se arrume iremos ao médico.

— Minha consulta de rotina é somente semana que vem. — comento quando ele se levanta. Ele concorda, e sorri.

— Mas como disse passará por outro daqui em diante. — ele se encaminha até Lia e a beija na cabeça de forma carinhosa. — Vou tomar um banho e quando estiverem prontas me avise. — ele fala com ela, que concorda. Zayn sai fechando a porta.

— Vamos alimentar essa criança, já que a mãe não está com um semblante muito bom. — ela comenta se aproximando, e eu tento forçar um sorriso, mas tem algo dentro de mim que parece estar quebrado desde ontem.

Respiro fundo olhando o jardim enquanto ela arruma tudo na mesa, e quando estou prestes a começar a comer alguém bate na porta. Meu coração acelera, sabendo que não se trata de Zayn. Ele não bateu na porta quando entrou minutos atrás, meu medo agora é que possa ser Samira. Lia vai abrir, e quando escuto a voz, um enorme sorriso se estende por meu rosto.

— Hum, bacaninha esse quarto. — Bel fala olhando tudo quando entra, e me encara com as mãos na cintura. — Eu falei que vinha, e preferi vir cedo antes de ir para empresa... — ela fala enquanto caminha em minha direção, mas para assim que olha no meu rosto. — Filho da puta! — ela se aproxima e senta-se na cadeira que Zayn estava sentado. — Desgraçado, ele te bateu? — então lembro do meu rosto e do tapa que levei do meu pai, e levo a mão até o local.

— Não foi Zayn. — explico e vejo que Lia nos observa. — Foi meu pai. — Izabel abre e fecha a boca quando escuta o que falo. — E eu teria apanhado mais, mas Zayn não deixou. — ela fecha a boca e dá de ombros.

— Não deveria ter deixado você levar essa, quem dirá uma segunda. — ela fala olhando a comida na mesa. — Mas vamos conversar, não posso demorar. — ela me olha e sorri. — Só vim mijar no poste, sabe como é? — ela pisca, e como eu não entendo sua referência, ela revira os olhos. — Mostrar que você não está só, que o meu chute ainda está de pé, se precisar. — ela faz um barulho, diferente com a boca, e pega um pãozinho da travessa. Eu acabo rindo do seu jeito.

— Só você para me fazer rir. — Lia se aproxima.

— Vou deixar vocês a vontade, daqui a pouco eu volto para te ajudar a se arrumar. — concordo e ela sai. Quando olho para Izabel, percebo que ela me encara.

— Cão de guarda? — pergunta enquanto come algumas uvas.

— Não. — respondo, ela levanta a sobrancelha de forma inquisitiva. — Quer dizer se você está se referindo a ficar de olho em mim? — ela anui. — Pode até ser, mas ela é um amor de pessoa, esta cuidando de mim. — Bel revira os olhos.

— Você só enxerga o lado bom das pessoas Jas, esse é o seu problema, não vê maldade em nada. — dou de ombros e começo a me servir também. Estando mais calma eu consigo me alimentar melhor, e com vontade dessa vez. — Você não está aqui nem um dia, e já acha que conhece ela.

— Não sei explicar, mas ela não me passa medo ou algo ruim. — dou de ombros.

Acabou que Izabel me ajudou a me arrumar. Enquanto me vestia procurei demonstrar que eu estava calma, que estava tudo bem. Sabia que ela iria falar com Jamal, e a última coisa que eu precisava era arrumar problemas entre meu irmão e Zayn. Eu iria conseguir lidar com tudo isso, sozinha.

Pelo menos era esse meu pensamento.

Lia avisou que Zayn estava no escritório e que estava a minha espera. Ele sabia que Izabel estava aqui afinal foi ele quem a deixou subir. Fiquei feliz que ele não voltou ao quarto, já que Izabel não perde a oportunidade de cutucar. Pela primeira vez desde que Zayn apareceu, eu estava sorrindo de verdade, sem nenhuma angustia dentro de mim. Tinha plena consciência de tudo que eu enfrentaria, mas eram momentos assim, felizes que me ajudaram a me manter durante todo esse tempo.

— Vai de vagar, parece que a qualquer momento essa criança sai daí de dentro, e de preferência que eu não esteja perto. — Izabel comentou enquanto me ajudava a descer as escadas, segurando minha bolsa e uma de minhas mãos. — Você está parecendo uma bola. Uma bola fofa, mas uma bola.

— Ainda falta um mês para nascer. — falei para que ela ficasse mais tranquila, já que suas feições eram de quase pânico. Quando chegamos ao fim da escada ela me olhou e sorriu.

— Você está parecendo uma bola. Uma bola fofa, mas uma bola. — não consegui evitar o riso.

— Podemos ir? — Zayn perguntou assim que chegamos ao hall de entrada.

Ele não olhou em nossa direção, mas meus olhos não saiam dele. Ele estava simplesmente lindo, vestido com uma camisa que seguia os cortes de um thobe*, mas com o comprimento menor na cor azul, e os bordados em fios dourados nos punhos e gola davam um charme sofisticado a vestimenta.

— Bom dia para você também, senhor simpatia. — apertei a mão de Izabel, já temendo deixar o clima pesado com sua provocação. Ela olhou para mim estranhando minha reação. — Ai! Só estou sendo educada, já que ele permitiu que eu subisse, mas não havia me dado a honra de sua presença. — ele tira o olhos do celular e nos encara.

— Zayn? — para melhorar o clima Samira resolve aparecer. — Você vem para o almoço? — ele olha para o relógio e nega com a cabeça.

— Creio que não, já vou perder quase a manhã toda, resolvendo alguns problemas. — ela sorri de forma estranha para mim quando ouve sua resposta. — Porque da pergunta? — ele quis saber.

— Vou almoçar na casa de uma amiga, só queria saber se pedia para Lia preparar algo. — me sentindo desconfortável, olho para Izabel que encara Samira com cara de nojo.

— Mesmo que eu não apareça, que diferença vai fazer? Jasmim estará aqui. — Zayn responde, ela levanta as sobrancelhas como se não acreditasse na resposta do irmão. — Você nunca se preocupou com isso antes.

— Ui! — Izabel deixa escapar junto com uma risadinha. Eu aperto sua mão. — E, olha Sasa, já que você vai cuidar da comida, capricha porque se você não reparou, ela come por dois. — Izabel fala piscando para ela. Samira abre a boca para falar algo, mas Izabel continua. — Zayn já aproveitando que nos encontramos queria conversar com você sobre aquela reunião...

Ambos começam a andar em direção a porta e eu os acompanho com passos mais lentos, e segurando para não rir da cara de Samira, que resmunga alguma coisa, mas eu não compreendo o que seja. Fico tão tensa com a presença dela que não presto atenção em que Izabel conversa com Zayn. Quando já estamos fora, reparo que Bel olha para dentro e sorri, de forma vitoriosa.

— Essa reunião foi semana passada Izabel. — Zayn comenta, talvez entendendo que Izabel só quis tirar Samira da conversa.

— Eu sei, só queria saber se você estava esperto. — ela sorri e pisca para mim, o que faz com que ele também acabe sorrindo. De forma leve, mas é um sorriso.

— Estou no carro. — ele fala indo em direção ao carro parado, mais a frente.

— Espero que eu não precise chutar ele, to começando a gostar dele. — ela comenta enquanto observa ele seguir para o carro. — É minha amiga, estou torcendo para que vocês se entendam, porque você vai estar muito bem servida.

— Izabel! — a repreendo e ela ri.

— Relaxa, sou sua amiga, mas não sou cega. Esse quesito pertence a ele. — agora nós duas olhamos em direção ao carro. — Se ele não for um babaca com você, acho que posso abrir uma segunda vaga de meu melhor amigo gay. — ela pisca. — Sabe como é, a primeira é do Almir. — Rimos.

Depois de me despedir da minha amiga meio doida, entrei no carro e seguimos para a tal consulta. Apesar de eu ter rido com Izabel, eu agora não estava me sentindo tão confiante. O silêncio dele me deixava incomodada.

Chegamos a uma das clinicas mais famosas de Dubai. Era tudo muito diferente de onde eu estava fazendo meu pré-natal. O estranho foi que subimos por um elevador da garagem direto para a ala dos consultórios, sem passar pela recepção. Senti meu peito afundar, ao me dar conta que naquele momento eu era um segredo.

Não havia ninguém nos corredores, era somente eu e ele. No final de um dos corredores, ele abriu uma porta e fez sinal para que eu entrasse. Foi o que fiz. Para minha surpresa havia uma mulher na sala.

— Bom dia. — ela sorriu ao se levantar e vir ao nosso encontro. Ou o dele, já que fui ignorada completamente por ela, que faltava se atirar nos braços de Zayn. — Recebi seu recado, aconteceu alguma coisa? — ele somente apertou sua mão de forma discreta.

— Preciso de sua total discrição. — ela concordou e então pareceu me notar.

— Entendi. — ela me olhou dos pés a cabeça e forçou um sorriso, como se lamentasse.

— Preciso saber se pode fazer isso? — ela concordou.

— Claro. — ela voltou para a mesa e começou a mexer no computador. — É melhor se sentarem, isso vai demorar um pouco.

E durante os próximos trinta minutos falei para a médica como tem sido meus dias desde que descobri a gravidez. Ela fez todas aquelas perguntas de rotina. Depois, fui para uma sala ao lado, onde colhi sangue, Zayn acompanhava tudo de longe, era o mesmo que não estar ali.

— Agora vamos fazer uma ultra, e ver como está tudo aí dentro. — ela olhou para Zayn que estava observando tudo de braços cruzados. — Ajude ela se deitar ali. — ela apontou uma maca que estava ao lado dele. — Só vou pedir para minha assistente já enviar isso ao laboratório.

Ela saiu da sala onde estávamos, e um clima estranho pesou sobre nós, ou talvez somente sobre mim. Era difícil saber o que se passava pela cabeça dele. Levantei da poltrona que estava e segui até o seu lado. Ele esticou a mão para me ajudar. Olhei para sua mão estendida, antes de olhar para ele. Seu olhar era indecifrável.

Seria nosso primeiro contato físico desde que aquela noite em Milão. Lembranças começaram a surgir, me lembrando de cada toque, delas em meu corpo. Será que eu sentiria a mesma corrente elétrica percorrendo meu corpo, me deixando instável? Não querendo parecer uma boba, por estar pensando nisso, nesse momento. Segurei em sua mão.

E, sim. Lá estava tudo como antes, a sensação quente do toque de sua pele, a maciez de seus dedos, a força ao apertar minha mão ao me ajudar a subir. Senti novamente os pequenos tremores, começando a percorrer meu corpo.

— Prontinho. — e tudo acabou quando ele soltou minha mão e se afastou dando espaço para ela. — Você já sabe o sexo? — olhei para ela meio atônita. — Do bebê? — neguei com a cabeça, minha voz simplesmente sumiu. — E querem saber? — eu iria dizer que não, mas ele foi mais rápido.

— Sim. — ele não me olhou. Voltou a cruzar os braços em frente ao peito.

A médica antes de levantar minha abaya, colocou um lençol em minhas pernas, só então descobriu minha barriga. Eu tremia, que estava difícil de disfarçar. Segurei com força em minhas roupas, querendo que ele não percebesse.

— O ar não ajuda muito, e o Gel é gelado. — ela falou como se justificando meu estado.

Ela então colocou o gel, e começou a esfregar minha barriga. Eu tinha feito uma ultra a uma semana, eu sabia como meu bebê estava, mas foi bom ouvir dela que tudo continuava em perfeita ordem. Somente virei meu rosto e encarei a tela, quando ela começou a procurar para saber o sexo.

— Bom, não sei tinham expectativas, mas é uma menina. — sorri de forma boba ao ouvir isso.

Uma menina. Minha filha. Senti uma lágrima discreta descer pelo canto do olho. E esfreguei como ombro, para limpá-la.

— Já podem escolher o nome. — ela voltou a falar, e nesse momento criei coragem e olhei para Zayn, que encarava o monitor e seu rosto continuava indecifrável.

Fechei meus olhos, e engoli a vontade de chorar. Não por ele, ou pelo que viria, mas pela felicidade que me cobriu em saber que é uma menina. Minha princesa. Eu ligaria mais tarde para falar com senhora Berta, e lhe diria que ela tinha razão, era uma menina.

Pelo menos alguém ficaria feliz com a notícia.

Saímos em silêncio do consultório e tudo continuava vazio, naquela ala. Eu queria saber o que ele estava pensando, mas me contive. Preferia estar sentada, assim não correria o risco de cair. Eu já estava me sentindo cansada. Esses últimos dias estavam sendo assim e juntando que não dormi essa noite, eu estava me sentindo mal.

Quando as portas do elevador se abriram na garagem, ele se pronunciou pela primeira vez.

— Meu motorista irá te levar de volta para casa. — ele parou a minha frente antes de abrir a porta do carro para que eu entrasse.

Com isso tive que encará-lo. Engoli em seco quando olhei em seus olhos, havia fúria contida ali.

— Porque você não me procurou? — a pergunta em baixo tom, mas cheia de farpas. — Se ela é minha filha, eu tinha o direito de saber desde o inicio.

— Eu tive medo. — confessei. — Não sabia como você poderia reagir. Você não sabia quem eu era. — ele esfrega o queixo e aperta a mão em volta da boca. Respiro fundo.

— Nós nunca saberemos qual teria sido, mas agora você sabe qual a minha reação de hoje. — ele abre a porta e sai para falar com o motorista. Fico olhando para ele, que não me olha, fala com o motorista. Sem mais ele segue até outro carro que viemos.

Eu sabia que ele estava se esforçando para não explodir comigo, eu o conhecia melhor do que ninguém. Talvez ele estivesse certo, teria sido melhor do que a reação de agora, mas já estava feito e eu não iria chorar por isso. Entrei no carro, e o motorista fechou a porta. Seguimos em silêncio até a casa.

E quando eu entrei na casa a única coisa que eu queria era descansar, e saber que Samira não estava já ajudava bastante. Foi somente eu colocar o pé no primeiro degrau, que ouvi sua risada. Ela não tinha saído.

— Oi Jasmim, não sabia que já havia chegado. — ela sorriu e vi uma moça muito bonita ao seu lado. — Já conhece Hanna? A noiva do Zayn. — olhei novamente para a moça que também me encarava. — Talvez não afinal somente a família e alguns amigos íntimos sabiam, mas logo estará estampado em todas as revistas o casamento do ano. — a última coisa que eu precisava agora era aguentar ela e seu veneno. — Se bem que os empregados sempre sabem de tudo antes. — comenta com desdém.

— Se me derem licença. — olhei para Hanna — Foi um prazer lhe conhecer. — engoli o bolo que se formava em minha garganta, e comecei a subir as escadas, ainda pude ouvir quando Hanna perguntou quem eu era, senti o prazer em na resposta de Samira.

"Ninguém importante.

Vamos, tenho várias ideias para a decoração do seu casamento com meu irmão"

Respirar fundo e manter a calma eram as únicas coisas que me restavam no momento. Me, tranquei no quarto não querendo ver ou ouvir ninguém pelo restante da tarde. 

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