CAPÍTULO 56 [ÚLTIMOS CAPÍTULOS]
Boa noite...
Chegou o momento da tão esperada verdade...
Sabe aquele ditado: não julgue o livro pela capa... então é bem isso.
Aqui é o começo das revelações...
Fiz um story dedicado a vcs! Kkk
A música tem tudo haver... hahaha
Eu não sei o que vcs vão achar do que está por vir, mas no epílogo algo vai fazer muito sentido...
Sempre tem um msg nas minhas histórias, e nesse acho que vem a mais importante da vida... no próximo capítulo conversamos mais!
Aí genteeeeee tô nervosa aqui... 🥺
Boa leitura!
— Estarei te esperando.
Falo a Nagibe desligando o telefone e encarando meu pai que continua sem entender nada. Antes que ele pergunte algo meu telefone toca novamente. O nome de Jamal aparece na tela.
— Alguma novidade? — pergunto. Escuto o que ele diz e desligo ainda sentindo o impacto do que escutei.
— Filho o que está acontecendo? — meu pai pergunta, olho para Jasmim e para ele.
— O senhor pediu para minha mãe levar algo a empresa hoje, e entregar a Esmael?
— Sua mãe não mexe em nada relacionado ás empresas. Nunca pedi isso a ela, você resolve e quando preciso de algo peço para Raquif. — Raquif claro, seu motorista e segurança a mais de dez anos. — O porque da pergunta?
— Precisamos ir para casa pai. — falo, eu falava, mas nem ao menos sei o que estava falando.
— Zayn o que está acontecendo? Aconteceu algo com sua mãe? — ele procurou o celular no bolso e eu segurei sua mão.
— Não sei como explicar, porque nem eu sei o que dizer. — procuro pensar como tudo começou. — Eu estava investigando um desvio de informações na empresa, e Almir a morte do pai, e não sei dizer onde tudo se junta, mas a questão é que tudo leva até a minha mãe. — lembrei das vezes em que encontrei com ela na empresa, sempre sorrindo e gentil com todos.
— Isso só pode ser uma brincadeira de muito mau gosto! — ele esbravejou e começou a sair de casa.
— Pai! — o chamei preocupado pela forma como ele saiu.
— Zayn vai atrás dele, eu vou com o motorista não se preocupe. — ouvi a voz de Jasmim ao meu lado. — Vai! — sai atrás do meu pai e ainda consegui entrar em seu carro enquanto ele esperava o portão ser aberto.
Todo o percurso foi feito em total silêncio, eu não sabia o que pensar desde que Jamal falou que Soraia estava presa, e que era minha mãe quem ela foi encontrar, e na casa deles. Fechei os olhos pedindo que esse dia de hoje, não tivesse começado e que tudo não passasse de um pesadelo.
Assim que o carro parou em frente da casa deles, eu vi os carros dos seguranças de Almir. e tão logo eu entrei em casa com meu pai, vi Almir, Zayed sentados na sala ambos olhavam para o chão.
— Onde ela está? — meu pai perguntou sem se dar ao trabalho de cumprimentar alguém.
— Na cozinha. — Almir respondeu. — Disse que está preparando algo para o jantar. — ele não desviou os olhos do chão enquanto falou.
Meu pai não esperou que algo mais fosse dito e seguiu para a cozinha, eu fui atrás dele. Ao entrar encontrei minha mãe cortando alguns legumes na bancada. Lia estava ao seu lado com uma expressão assustada no rosto, mas assim que notou nossa presença ela abaixou a cabeça.
— Hadassa. — meu pai a chamou, e ela nem olhou na direção dele.
Eu não sabia o que fazer, mas meu instinto faltou gritar nesse momento, então fui até ela e segurei sua mão, parando o que ela estava fazendo. Minha mãe respirou fundo, mas não me olhou. Tirei a faca de sua mão colocando na pia.
— Eu tenho que preparar o jantar. — ela falou ainda mexendo com os pedaços de legumes picados. — Aquela mulher é uma louca. — ela falava, mas ainda não olhava em nossa direção. — Vocês não podem acreditar no que ela está dizendo. — sua voz falhou e eu senti um nó na garganta, eu não queria acreditar. Meu pai se aproximava.
— Eu não estou acreditando em ninguém, Hadassa. — meu pai parou ao seu lado. — Nem sei de quem estão falando. — ele gentilmente segurou em sua mão e acariciou. — Mas não consigo acreditar que você tenha feito algo que possa ter prejudicado alguém. — minha mãe começou a chorar. — Não a mulher com quem sou casado a mais de três décadas.
— Said... — ela tentava falar, mas não conseguia, pois estava soluçando.
— Não precisa me dizer nada além de que você não fez nada do que estão falando. — ela escondeu o rosto nas mãos. — Eu só preciso ouvir isso de você, e eu moverei céus e terra para encontrar o culpado, e fazer com quem está te acusando pague por isso. — meu pai soava quase desesperado. Acho que nunca o tinha visto assim.
A entrada de Jamal na cozinha chamou minha atenção. Ele estava com a feição tranquila, e eu quis me agarrar a possibilidade de que tudo não passou de um engano. Que tudo que pensei desde que ele me falou, era fruto da minha imaginação.
— Nagibe chegou. — ele informou, e minha mãe ao ouvir isso se afastou de todos.
— Mãe. — eu a chamei, mas ela somente negava com a cabeça freneticamente.
Meu pai estava em silencio encarando-a com uma expressão de dor no rosto, como se seu coração estivesse sendo arrancado com as mãos.
— Eu queria ouvir algo de você antes de saber do que estão te acusando, mas vejo que você não vai falar. — a voz baixa do meu pai chamou sua atenção. — Peça ao segurança para levarem ela para o quarto. — a decisão do meu pai, me deixou surpreso.
— Vai trancá-la? — ele me encarou e eu não consegui definir o que sentia, com sua atitude.
— Prefere deixá-la aqui? — ele moveu a mãos mostrando a cozinha. — Estou fazendoisso pensando nela, Zayn. — ele deu dois passos antes de falar novamente. — Pelo que vejo não conheço sua mãe, como pensava. — sua voz soou tão seca ao sair da cozinha.
— Vou deixar alguém com ela. — Jamal informou ao passar por mim.
Olhei para ela, e só vi lágrimas descerem por seu rosto.
— Você me falou uma vez que meu pai era o responsável pela morte de Fauze. — não queria ter soado magoado pela mentira que ela contara uma vez. — Eu de certa forma acreditei em você. — ela negava com a cabeça e as lágrimas continuavam a cair.
— Mas ele é o responsável. — ela falou baixo. — Se ele não tivesse se envolvido com aquela mulher, nada disso teria acontecido.
Ouvir aquelas palavras saindo de sua boca, fez um embrulho se instaurar em meu estômago. Sem querer ouvir mais nada dela sem antes saber o que realmente havia acontecido, fui em direção a sala. Eu não me reconhecia, minha capacidade de raciocínio havia desaparecido, por isso nem questionei quando Nagibe pediu a presença de Malika.
— O que vou falar será uma vez só, então é bom que ela esteja presente. — ele se sentou com uma pasta em mãos. — Já que ela foi uma das maiores prejudicadas. — ele olhou para Zayed que estava de cabeça baixa, balançando o pé de forma rápida.
Ninguém falou mais nada, e o silêncio que se fez a seguir era ensurdecedor. O choro da minha mãe foi ouvido ao ser levada para cima. Eu não estava agüentando mais ficar aqui a espera de que alguém falasse alguma coisa, olhei para Almir que ainda continuava de cabeça baixa. Eu estava prestes a explodir quando senti mãos suaves deslizando por meu ombro, e eu sabia de quem eram.
— Eu estou aqui. — sua voz doce e suave sussurrada ao meu ouvido, caiu sobre mim como balsamo. — Vai ficar tudo bem. — eu não agüentei e segui para o escritório sendo seguido por Jasmim, que me abraçou assim que fechei a porta.
— Eu não consigo acreditar. — os fatos e conversas que tive com Almir sobre tudo não parava de se repetir em minha mente.
— Calma Zayn. — Jasmim acariciava minhas costas agarrada a mim. — Eu também não consigo acreditar. — eu a afastei e a encarei. — Meu irmão me contou por alto enquanto eu vinha. — ela justificou por já saber de algo que eu provavelmente ainda não sabia. — Eu não entendi o que estava acontecendo, fiquei assustada pela forma como saíram de casa, então liguei para Jamal, e depois do que ele me falou eu resolvi deixar Aysha em casa com minha mãe. Vai ser melhor. — eu fechei meus olhos, a puxei para mim, e abracei-a. Duas batidas foram dadas na porta.
Sai do escritório segurando a mão de Jasmim, sei que não deveria, mas não era falta de respeito com os outros, eu somente precisava senti-lá. Aqui nesse momento entre tudo que seria revelado ela seria meu refugio, meu porto seguro. Malika entrou seguida por Ibrahim, e vi pela forma que olhava a todos, que não estava entendendo nada. Ela não era a única, mas assim que seus olhos se fixaram em Zayed, algo mudou, um leve sorriso estava ali.
— Traga a Soraia Jamal. — Almir pediu.
— O que está acontecendo? — Malika perguntou encarando a todos.
— É sobre a morte do nosso pai, mãe. — Ibrahim respondeu, mostrando que já sabia de algo, mas que não tinha falado nada a mãe. Não o culpo eu não consegui contar quase nada para meu pai.
— E sobre seu filho também. — Nagibe falou olhando para Ibrahim. — O outro filho. — ela voltou a olhar para Zayed que agora encarava Nagibe.
Ele não falou nada, mas a respiração dele estava acelerada. Soraia entrou de cabeça baixa e se sentou em uma cadeira.
— Eu havia começado a investigar a morte do meu pai alguns anos atrás. — Almir começou a falar agora olhando para todos. — E, quando descobri que teria sido um acidente provocado, eu temi. — ele riu sem graça. — Porque em algum momento eu cheguei a pensar que a culpada poderia ter sido minha mãe. — ele olhou para Nagibe. — Porque eu descobri que minha mãe havia entregado uma carta de Mirit a Nagibe. — Nagibe olhava sério para ele. — Meu pai era apaixonado por Mirit, mas eles não viveram esse amor, cada um seguiu seu caminho, ele se casou com minha mãe, e ela com Nagibe.
— A desgraçada me fazendo de trouxa, ficando de conversinha com ele por carta. — Almir o encarou sério.
— Vou pedir para que mantenha o respeito, afinal esse não é a questão pela qual estamos aqui. — meu amigo estava no limite eu sentia. — Mas para que entendam, que cogitei a possibilidade de que por esse segredo que minha mãe manteve, eu desconfiei dela, afinal a morte do meu pai se deu um ano depois da fuga de Mirit e Ayla, já que minha mãe havia entregado uma carta a ele. — Nagibe voltou a rir.
— Que mundinho pequeno, e vejam aonde elas vieram parar novamente. — Almir e Nagibe se encararam por um tempo como se estivessem se desafiando. — O interesse falou mais alto. — Nagibe completou, e nesse momento Almir se levantou indo em direção a Nagibe, mas foi impedido por meu pai.
— Elas não são iguais a você! — Almir praticamente cuspiu as palavras.
— Eu quero entender onde minha esposa entra nisso tudo. — meu amigo voltou a se sentar.
— Por achar que minha mãe era a responsável, eu desisti de continuar as investigações, e com isso criei uma crise entre mim e meu irmão. — ele apontou para Ibrahim. — Que ficou de fazer o que quisesse, para mim descobrir não mudaria nada, não traria meu pai de volta. Mas devido a tudo que ele passou com a esposa e a gravidez de risco, também deixou de lado, até que notamos algo estranho que estava acontecendo debaixo do nosso nariz na empresa. — Almir e olha, fazendo todos me encararem.
— Estava havendo um desvio de informações privilegiadas e que levavam até as empresas Al-Shabbar. — falei respirei fundo. — Começamos a investigação, por ser dentro da empresa, teve que ser tudo com cautela, quase ninguém sabia. Mas ai tudo parou novamente porque não era algo que acontecia com frequencia, existia um padrão, mas não uma frequencia.
— Nisso ela foi esperta. — Nagibe falou rindo. Olhei para meu pai, que acompanhava tudo em silencio.
— O que uma coisa tem haver com a outra? — foi Malika quem perguntou.
— Nagibe estava chantageando minha mãe, pelo segredo que ele guardava. — falei e olhei para meu pai.
— Eu não chantageei ninguém, ela quem quis pagar pelo meu silêncio. — Nagibe se defendeu.
— Qual era o segredo? — meu pai perguntou.
— De não falar que foi ela quem pagou para que o carro de Fauze fosse sabotado. — Nagibe falou como se isso não fosse nada, todos ficaram em silêncio.
— Eu não acredito. — meu pai respondeu. Nagibe jogou a pasta em cima da mesa.
— Veja com seus olhos, ai tem foto, transcrição de conversas e os dados do cara que fez o serviço. — ele olhou para todos. — Includive o atual endereço dele.
— Mas porque? — Malika se perguntou novamente.
— Por ciúmes. — foi Soraia quem respondeu. — Ela estava com ciúmes e com medo de que o marido se casasse novamente. — ela olhou para meu pai. — Então me contratou para me aproximar de Miray, como amiga dela Hadassa saberia tudo sobre ela. — ela baixou a cabeça. — No início eu achei que seria algo como assustar a moça, ou algo assim, mas quando ela descobriu que Miray estava grávida, ela começou a perder o controle.
— Quem era Miray? — Malika perguntou e notei que ela começava a ficar nervosa.
— Uma mulher com quem eu me envolvi. — meu pai falou esfregando o rosto. — É a mãe de Samira. — outro silêncio se fez na sala.
— E o que Fauze tem haver com isso? — ela se levantou nervosa. — Alguém me explica! — ela gritou e foi abraçada por Ibrahim que a segurou.
— Calma mãe. — ela o abraçou.
— Ele descobriu sobre meu caso e ficou no me pé para assumir ou acabar, porque isso não me faria bem, e não faria bem ao meu casamento. — meu pai começou a falar com a voz baixa. — Nessa época eu achava que ele estava exagerando, mas quando Miray começou a me chantagear por causa da gravidez eu vi que ele tinha razão, me envolver com ela havia sido um erro.
— Ela nunca te chantageou. — Soraia falou. — Ela foi acuada por Hadassa que inventou que tudo o que estava acontecendo com ela era culpa de Fauze, e como Miray havia notado que vocês realmente vinham discutindo, ela acreditou e quando recebeu a demissão e a ordem para sair da cidade ou ela morreria, ela temeu pela criança e por ela. — meu pai a encarava, Soraia olhou para ele e abaixou a cabeça logo em seguida. — Afinal tinha sido Fauze Al-Faruk a ameaçar.
— Meu pai jamais faria algo assim. — Almir defendeu a memória do seu pai.
— Ele não fez. — a voz da minha mãe chamou a tenção de todos. Ela estava de pé ao lado de Jamal. — Eu fiz.
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