CAPÍTULO 49
Boa Noite!!!
Zayn permaneceu meio estranho durante a viagem que fizemos, brincou vez ou outra, mas notei que logo seu semblante mudava e então vinha o silêncio. Vi pelo retrovisor o carro dos seguranças, eles estavam sempre por perto. Isso era algo que não me incomodava, já estava acostumada com a rotina na vida alsayd Almir.
Olho para Zayn assim que me dou conta que chamei Almir de senhor novamente, mas dessa vez foi em pensamento. Seria difícil para mim olhar para alsayd e não o ver como senhor. Mesmo que hoje eu não fosse mais sua funcionária, chamá-lo assim nem sempre foi uma questão de ordem, e sim respeito. Respeito pela pessoa que ele sempre foi para mim, nunca me tratou com alguma diferença. Mas se isso incomoda Zayn eu não faço mais.
Depois de algumas horas chegamos a cidade.
— Onde estamos?
— Mascate. — ele responde meio que no automático. — Estamos em Omã, saímos dos Emirados.
Volto a observar a cidade que começa a se apresentar, reparo nas pessoas que estão seguindo suas vidas. Algumas conversam alegres, outras somente caminham em seus próprios caminhos, de certo somente desejando chegar em suas casas.
O carro segue até parar em frente a uma residência de muros altos, e logo o grande portão é aberto, e para minha total surpresa vejo Izabel ás voltas com Melissa que corre em direção ao jardim. Olho para Zayn que me observa sorrindo.
— Eu não acredito. — estou rindo como uma boba.
— Estão todos aqui. — ele aponta para uma tenda onde vejo Ayla sentada conversando com Mirit. — A viagem tem que aparentar ser distração. — compreendo o que ele quer dizer.
Mas para mim não faz a menor diferença, para mim o que importa agora é matar a saudades que eu estava de todos.
— E essa casa é de quem? — olho tudo. — De Almir sei que não é, eu lembraria se já tivesse passado aqui alguma vez.
— A propriedade pertence ao pai da Ayra, ela chega amanhã, como é aniversário dela. — olho para ele que desliga o carro, e me encara. — Temos a oportunidade perfeita.
— Que coisa feia, usar o aniversário de sua amiga como desculpa. — ele ri como a tempos não via. Ouvir o som de sua risada é algo que eu amo.
— A ideia foi dela, se isso for ajuda você a não me ver como um vilão destruidor de datas de aniversários alheios. — acabo rindo, ele se aproxima e me beija. — Ela não gosta da data. — ele dá de ombros.
— Não se preocupe na minha história você não é vilão. — falo beijando ele rapidamente, ele desvia o olhar para algo que está atrás de mim e mexe em algo na sua porta e ouço um clic. — Você é o príncipe. — ele sorri. — O meu príncipe. — termino de falar e pulo de susto com o som de uma batida no vidro.
Viro para olhar minha porta dando de cara com uma Izabel impaciente tentando abrir a porta.
— Você travou a porta. — falo constatando o que ele fez enquanto observava algo atrás de mim, que era Izabel se aproximando. Fico de boca aberta. — Zayn!
— Não me olhe assim, Jasmim. — ele se endireita no assento.
— É somente a Izabel — ele ri e esfrega a barba me olhando.
— Não é somente a Izabel, é justamente a Izabel. Essa frase já deveria te dizer algo. — ouço Zayn dizer antes de destravar as portas. — Que allah me ajude.
— Aleluia. — minha amiga e cunhada fala ao abrir a porta do meu lado. — Vai dizer que o bonitão aí está com medo que eu vá sequestrar a linda esposa pelos próximos dois dias?— ela pergunta encarando Zayn que solta a respiração pesada e coloca os óculos de sol sem se dar ao trabalho de responder. — Se for, mostra o quanto ele é um homem perspicaz, porque é justamente isso que vou fazer. — Zayn vira em direção a nós.
— Olá para você também, Izabel. — falando isso e dá o sorriso mais falso e forçado que já vi na vida. Izabel começa a rir, e eu não sei o que fazer no meio deles dois.
— Vai ser muito bom encher teu saco nesses dois dias, estava com saudades disso. — ela fala abrindo a porta traseira e tirando Aysha que já iria começar a resmungar. — Vamos Jas, de tchau ao seu bonitão, temos muita fofoca pra colocar em dia. — ela vai com Aysha em direção a tenda.
— Vai me condenar agora? — ouço sua voz e olho para Zayn.
Acabo rindo de toda essa situação, e por saber que não é fácil aguentar minha amiga quando ela implica com algo.
— Não.
— Que bom, será uma a menos. — ele fala saindo do carro.
Ele conversa com os seguranças que vieram em outro carro, e eu vou atrás da minha filha. Não é que eu não confie em Izabel, é somente meu coração que fica aflito todas as vezes que fico longe dela.
— Parece até praga que foi jogada. — ouço Izabel falando enquanto mostra Aysha para Mirit, mãe de Ayla. — É a cara dele, nem de DNA é preciso para dizer quem é o pai. — me aproximo e todas riem.
— Boa tarde. — falo e Ayla faz menção de levantar. — Não precisa. — vou até ela e a abraço. — Que saudades eu estava. — falo abraçando minha amiga da forma que posso, já que a barriga dela não permite muito.
— Que coisa feia Jasmim, moramos na mesma cidade e se não for numa situação como essa não nos vemos.
— Ayla, ela tem prioridades agora. — ouço a voz meiga e tranquila de sua mãe. Me, afasto e vou até ela a cumprimentando. — Olá Jasmim, como você está?
— Me acostumando a tudo, mas bem. Obrigada por perguntar.
— É só olhar a cútis dela. — Izabel fala soltando uma risadinha. — Olha como brilha, ela está passando muito bem. — ela recebe um tapa de Ayla, e reclama.
— Tia Jas! — Melissa entra debaixo da tenda e me abraça com tudo quase me fazendo perder o equilíbrio. — Depois quero te mostrar o bolo que aprendi a fazer, é uma delícia.
— Oi meu amor. — abraço de volta. — Só vou precisar organizar algumas coisas e depois vou querer experimentar esse tal bolo. — faço um carinho em sua bochecha, e ela sorri. — Não sabia que Jamal fazia bolo.
— Não foi o tigrão que ensinou. — Izabel responde meio a contra gosto. — Foi Mustafá. — então ela revira os olhos. — O traste também sabe cozinhar, acredita?
— Não o chame de traste. — Mirit repreende Izabel. — Ele é difícil eu sei, mas no fundo ele é uma boa pessoa. — Izabel ri.
— Concordo com minha mãe, Mustafá tem seu lado bom. — Izabel se levanta.
— E as vezes ele esconde tão bem que nem ele é capaz de achar esse lado. — ela fala e olha para a casa. — Não sei vocês, mas eu vou tomar um banho de piscina. — Aysha começa a reclamar e eu a pego do colo de Mirit.
— Vou cuidar dela, ela dormiu a viagem toda, e foram quase seis horas de viagem. — Melissa brinca com a mão de Aysha. — Essa noite ela não vai dormir direito.
— A tia Mel cuida de você princesa. — sorrio com a forma carinhosa que Melissa fala com minha filha. — Vamos tia, eu ajudo você a cuidar da Aysha.
— Se me derem licença.
Me despeço de Ayla e Mirit e sigo minha pequena guia pela casa grande, Melissa conta que eles chegaram cedo e que vieram de helicóptero, e não deixo de sorrir quando ela conta como foi o vôo e sinto sua empolgação.
Assim que entramos teve uma moça muito simpática que nos acompanhou mostrando cada ala da casa, quando subimos notei que minhas malas já estavam no quarto que vou ocupar, e reaparei que ficava bem afastado dos quartos dos outros, literalmente no lado oposto.
Será que foi Zayn?
Me pergunto, e assim que a moça abre as cortinas uma imensa sacada surge. Tenho que parar de impressionar com a riqueza, afinal eu convivo com ela a bastante tempo. Mas a diferença é que eu estava do lado oposto.
— Gostou?— ouço uma voz conhecida e me viro sorrindo para dar de cara com meu irmão. — Imaginei que iria gostar.
— Jamal. — vou até ele e o abraço tão forte que consigo. — Foi você? — pergunto me afastando e olhando. — Achei que tivesse sido Zayn que havia escolhido o quarto.
— Bom podemos dize que ele ajudou na minha escolha. — ele fala e eu não entendo. — Esqueça, o importante é que você tenha gostado. — noto que a serva nos encara com um sorriso no rosto, me afasto e na verdade percebo que ela encara meu irmão.
— Vou deixar você a vontade, qualquer coisa é só chamar. — a moça fala chamando minha a minha atenção, pois Jamal nem ao menos olha em sua direção.
Ela se aproxima para me entregar a chave do quarto e segura no braço de Jamal com intimidade. Abro a boca, e encaro meu irmão que silenciosamente com apenas um olhar indica a presença de Melissa.
— Obrigada! — tiro a mão dela de cima do meu irmão, e a empurro para fora do quarto. — Muito obrigada por tudo, mas se precisar de algo chamarei outra pessoa. — bato a porta na cara dela e viro com tudo para falar algumas coisas para meu irmão, mas ele é mais rápido e está em cima de mim.
— Não é o que você está pensando. — ele fala baixo desviando o olhar para Melissa.
— Pensando? — falo quase gritando. — Sua preocupação deveria estar em o que Izabel iria fazer Jamal, caso fosse ela aqui. Eu não acredito. — esfrego minha testa, querendo afastar quaisquer pensamentos desrespeitosos do meu irmão para com Izabel.
— Eu não tenho nada com ela, Jasmim. E eu jamais faria algo assim com Izabel. — ele parece magoado com o que eu quase falei, mas ele sabe que pensei. — Já tive, não nego. — abro a boca, mas nenhuma palavra sai. — Mas isso foi a anos atrás, uma única vez e nada mais.
— Ela estava se oferecendo a você na minha cara, e você acha que não é nada de mais?— ele volta a olhar para Melissa que brinca com Aysha na cama, e parece estar alheia a nossa conversa.
— Eu entenderia sua reação se você tivesse visto alguma reação da minha parte. — ela fala expirando.
— E desde quando você tem isso de uma única vez?
— Eu sou homem Jasmim, não vou ter esse tipo de conversa com você. — ele fica visivelmente nervoso. — Você deveria entender já que... — ele não termina e sei exatamente em que ponto ele está se referindo. Me sinto mal com tudo.
— E porque ela está aqui? Mande ela para qualquer outra propriedade, imagino que eles tenham outras. — eu continuo falando agitada. Ele ri, mas uma risada longe de ser engraçada, ou conter humor.
— Se você não percebeu, eu estou no mesmo patamar que ela Jasmim, sou um empregado. Eu não tenho autoridade aqui. — ele esfrega o rosto. — E, que argumento eu usaria para exigir algo assim?— noto que ele fica nervoso. — Não se preocupe não vai acontecer nada. — nesse momento a porta é aberta e Zayn entra. Noto como ele olha de mim para meu irmão.
— Está tudo bem?— ele pergunta e Jamal se afasta.
— Está sim, se me derem licença. — meu irmão me olha e noto algo que nunca tinha reparado em seus olhos. Ele está constrangido. Jamal sai fechando a porta, e, eu respiro fundo.
— Por allah isso não vai dar certo. — falo esfregando o rosto.
— O que aconteceu?— Zayn pergunta se aproximando.
— Tia, ela sujou a fralda. — Mel fala com a voz fanha por estar segurando o nariz. Vou até elas e ela se afasta. — Eu volto depois. — ela corre passando por Zayn e dando tchauzinho, que meu marido retribui no automático. Volto a focar em minha filha que agora necessita de toda minha atenção.
Depois de falar com os seguranças vejo que Jasmim já se reuniu com as amigas, então decido entrar e procurar Almir. Encontro alguns empregados conhecidos pelo caminho que faço até chegar na sala que tenho certeza que eles estão. Fazia muito tempo que eu não vinha a essa casa, na verdade desde aquela terrível noite a mais de oito anos atrás, que faço que tudo para esquecer.
— Olha ele aí. — Almir fala vindo em minha direção. — Estava ficando preocupado, porque não veio de helicóptero? — o abraço e recebo dois tapas em minhas costas.
— Eu precisava pensar, e nada como atravessar o deserto para organizar as ideias. — ele concorda.
— Mas poderia ter mandado a esposa e vindo de carro sozinho. — Samir fala ao se aproximar.
— Já está querendo que eu pare de falar com você de novo?— respondo de forma grosseira e eles riem. Cumprimento meu amigo. — Como está tudo?— pergunto.
— Agora que vocês chegaram, tudo bem. — nos sentamos no sofá. — Ficamos preocupados de ter tido alguma tempestade de areia. — nego.
— A única tempestade que ando enfrentando está aqui. — aponto para minha cabeça. Ambos tiram os sorrisos do rosto e concordam.
— Amanhã cedo iremos até a casa da avó de Zayed. — Almir fala. — Quero tirar ela da casa, para que possamos ter uma conversa mais clara possível com a tal mulher.
— E se ela não falar nada? — pergunto, sentindo uma angustia no peito. — Ela pode negar tudo. Quem vai conseguir arrancar a verdade dela?
— Dessa parte cuido eu. — olho para trás vendo que Mustafá entra na sala com uma pasta em mão. Olho para Almir surpreso pela presença do seu cunhado aqui.
— O que ele está fazendo aqui? — Mustafá senta-se a minha frente e pisca.
— Relaxa, estou tratando de negócios. — ele entrega a pasta a Almir. — Fiz o melhor que pude, acho que até mereço um pedido de muito obrigado meu cunhadinho querido. — ele sorri para Almir, que somente o ignora e começa a ler. — Meu palpite é que meu pai de alguma forma descobriu algo e vem chantageando o seu. — ele fala apontando para mim, o encaro.
— É o que você acha?— pergunto analisando a situação e isso explicaria algumas coisa que estão acontecendo na empresa.
— Sim é o meu palpite. — ele fala
— Você conhece seu pai. — falo e ele ri.
— Não falo por conhecer meu pai, mas porque é exatamente o que eu faria. — responde tranquilo como se fosse algo mais natural na vida, chantagear alguém.
— Isso explica as entradas de dinheiro.
Almir me entrega a pasta e começo a olhar tudo e vejo que as datas não batem, mas são muito próximas de quando algumas das informações é desviada da nossa empresa, entra uma quantia considerável na conta do pai de Mustafá.
— E o que você ganha com tudo isso? — pergunto fechando a pasta e devolvendo a Almir.
— Com toda certeza o que eu não estou ganhando aí. — ele aponta para a pasta. — Bom, mas se me derem licença eu estou precisando de um banho e termos a noite toda para acertar tudo. — ele se levanta e começa a sair da sala. — Até que é bacaninha a casa da sua amiga. — depois que ele se vai, encaro Almir e Samir que estão quietos.
— Tem certeza que ele vai ajudar? — pergunto.
— Por incrível que pareça, sim. — Almir responde. Me levanto também.
— Vou acomodar Jasmim e Aysha até depois. — saio e eles continuam conversando.
Passo pelo corredor e noto pelas janelas que Jasmim já não está mais na tenda, lembro da conversa que tive com Jamal pelo telefone e começo a rir, da reação dele de quando ouviu minha justificativa para que o quarto fosse mais longe possível dos de mais.
"Seria estranho você escutar algo e imaginar sua irmã, não?"
Ele não questionou mais nada.
Ao subir as escadas que levam aos aposentos, encontro com uma funcionária que está com um sorriso no rosto. Mas que fica séria assim que me vê. Não me atenho a isso, porque assim que entro no quarto a feição que encontro na face de Jasmim não me agrada.
— Está tudo bem?— pergunto, mas independente da resposta, sei que não está. Olho em direção a cama e vejo Melissa brincando com Aysha.
— Está sim, se me derem licença. — e pela forma como Jamal reage noto que algo aconteceu. Ele se afasta da irmã e sai fechando a porta.
— Por Allah isso não vai dar certo. — a angustia na voz dela me preocupa.
— O que aconteceu? — volto a perguntar.
Mas no mesmo momento Melissa fala com ela, e sua atenção agora está sobre Aysha.
Melissa passa por mim, com a mão no nariz e acenando com a mão. Retribuo, mas minha atenção está em Jasmim.
— Vai me falar o que aconteceu entre você e seu irmão? — ela tenta esconder algo com um sorriso bobo no rosto.
— Acho que é uma bobagem, Jamal tem razão. — ela fala, mas não tenho noção do que seja.
— Tem algo haver com você?— vou direto ao ponto.
— Não, é entre ele e Izabel. — fico aliviado em saber que não é nada com ela. — Mas me sinto estranha em ter percebido.
— Seja específica, assim não estou entendendo nada. — sento em uma poltrona e espero que ela me conte o que aconteceu.
Depois de ouvir o que aconteceu e entender o que a fez ficar assim eu tenho vontade de rir, na verdade.
— E você está rindo? — ela me repreende sentado-se ao meu lado e arrumando Aysha em seu colo para mamar.
— Formulei na mente algumas cenas do que poderia acontecer caso Izabel visse algo assim. — ela solta expira profundamente e com isso tenho uma noção de como isso realmente a está incomodando. — Já imaginou os rumores se Jamal tivesse tirado ela do quadro de empregados? — ela me olha séria. — Eles não tem nada hoje, mas tiveram. — ela concorda. — Quantas vezes você viu Almir evitando a presença da minha irmã?
— Nenhuma.
— E você sabe porque?— ela nega. — Porque para ele não fazia diferença.
— É diferente Zayn, Almir nunca teve nada com Samira.
— Eu sei, mas se tivesse tido e ele a evitasse e recusasse a presença dela, você acharia que fez porque está protegendo a Ayla. — ela concorda. — Mas também daria ao entender que ele não esqueceu o que tiveram, que possa ainda existir algo. Seguindo a vida como se nunca nada tivesse existido, só dá ao entender que não faz diferença para seu irmão a presença ela aqui, ou seja lá onde for. — ela pensa.
— Mas ela segurou no braço dele, e estava sorrindo como se fossemos as melhores amigas. — sorrio, ela está inconformada com a situação.
— Seu irmão é empregado, realmente não pode fazer muito, mas nós não somos. — me levanto começando a tirar a roupa.
— Você vai resolver a situação? — olho para ela e sorrio.
— Não, você vai. — ela abre a boca algumas vezes sem falar nada. — Ela faltou com respeito com você, com seu irmão, ele pode ser funcionário de Almir e não pode fazer nada, mas você não é mais, e pode chamar a atenção dela.
— Eu não quero fazer isso.
— Então deixa que Izabel vai resolver em dois tempos.
— Zayn! — ela fala mais alto e acaba assustando Aysha. — Desculpa meu amor... Xiii... — ela volta a me olhar quando Aysha volta a mamar. — Eu nunca gostei de pessoas que diminuem as outras pela posição que ocupam na sociedade. — acabo sorrindo com o que ela diz.
— Você não vai humilhar a moça que eu sei, só vai mostrar a ela quem você é, e não quem ela pensa que você seja. — ela fica confusa. — Ela agiu na sua presença vendo você como irmã do cara com quem ela teve alguma coisa, ela se sente de certa forma intima de você. Mostre a ela que essa intimidade não existe e que se aproximar do seu irmão pode trazer consequencias a ela.
— Eu não vou conseguir. — ela fala angustiada.
— Izabel vai gostar de conhecer a moça. — ela me olha com indiginada e joga um objeto em minha direção. — Jasmim! — tento repreender sua atitude, mas falho com a risada que solto. — Você fica uma gracinha com raiva. — falo pegando o objeto e vou até ela, beijo sua cabeça, coloco o enfeite na mesinha e vou em direção ao banheiro.
— Que Allah me ajude. — ouço ela falar antes de entrar no banheiro rindo.
Mas quando olho no espelho a risada some, porque lembro de coisas dessa casa que queria esquecer.
Segredo deveria ser o sobrenome do meio dessa turma, não é?
O que vcs acham que Jasmim vai fazer?
Bjos até mais...
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